domingo, 12 de maio de 2024

Fátima. Tempo Mariano – 13 de maio de 2024.

 Entre as várias e muitas características do povo português, ainda, e por enquanto, maioritariamente católico, é a sua Fé na Virgem de Fátima, a cujo Santuário acorrem, diariamente, peregrinos em número relativamente significativo, aumentando aos fins-de-semana, tendo o seu expoente máximo nos meses de Maio, Outubro e Agosto, porque se celebram as aparições e no verão é quando se regista o maior número de emigrantes portugueses e crentes estrangeiros de diversas nacionalidades, respetivamente, com destaque para os brasileiros

Os portugueses, na verdade, são um povo crente e o apego a Deus e aos Santos verifica-se a cada momento, nas mais diversas e complexas circunstâncias, de tal forma que, mesmo algumas daquelas pessoas, que se autointitulam de não-crentes, agnósticas, ateias e outras posições, algumas das quais de duvidosa consistência religiosa, na verdade, e quando em situações de grande desespero pessoal, familiar ou outra, no limite, sempre acabam por pronunciar, pelo menos, o nome de Deus: “Vala-me Deus”; “Deus me acuda”, ou de uma figura santificada: “Nossa Senhora me defenda”, proferindo, portanto, o nome da/o santa/o a quem pedem ajuda em troco, muitas vezes, do cumprimento de uma promessa.

Escusado será referir que qualquer pessoa bem-formada, acatadora das ideias, convicções e comportamentos do seu semelhante, a atitude mais adequada é a de total respeito pela religião professada, concordando, ou não, partindo, sempre, do princípio que não existe radicalismo, fundamentalismo e ações violentas, por parte de quem se diz praticante, de uma dada confissão religiosa.

Numa sociedade democrática, na qual a liberdade de expressão e de religião, são direitos consagrados constitucionalmente, na respetiva Lei Fundamental, eles, os direitos, devem ser escrupulosamente exercidos, com equilíbrio, moderação e igual respeito pelas posições daquelas pessoas que, não sendo crentes, nem professando nenhuma religião, acatam, contudo, o comportamento dos crentes católicos, neste caso e em geral, mas também de outras confissões religiosas.

Em Portugal, o Mês de Maio está consagrado como sendo um período “Mariano”, dedicado a Nossa Senhora de Fátima, porque foi em treze de Maio de mil novecentos e dezassete, que teria ocorrido a primeira aparição da Virgem aos três pastorinhos: Lúcia, Jacinta e Francisco, na Cova da Iria, em Fátima, para, em Outubro do mesmo ano, nova aparição se ter repetido.

De então para cá, a Fé, a devoção e o apego à Senhora de Fátima evoluíram exponencialmente, de tal forma que: quer as instalações anexas à Capelinha das Aparições, como o imponente Santuário Mariano; quer as infraestruturas instaladas para acolher os peregrinos; quer as vias de comunicação e acesso; quer, ainda, a indústria hoteleira e de restauração; bem como o turismo religioso, beneficiaram de um incremento jamais equiparável noutras localidades portuguesas, em tão pouco tempo, o que não retira as convicções de quem recorre a Nossa Senhora de Fátima, em situações de maior aflição na vida, e/ou para agradecer alguma “Graça” recebida, e isso tem de se respeitar.

O Mês Mariano em Portugal é de grande veneração a Nossa Senhora de Fátima, praticamente em todas as aldeias, vilas e cidades do país. As peregrinações a Fátima, seja de transporte motorizado, seja a pé, partindo de qualquer recando do país, ou do estrangeiro, são às centenas de milhares de crentes que vão à Cova da Iria para: pagar promessas, pedir ajuda e manifestar à Santa a sua Fé e Fidelidade.

Quem entra no recinto do Santuário de Fátima, imediatamente sente-se como que num mundo celestial de serenidade, de transcendência, de proteção e de mistério. Os receios da vida como que desaparecem, para darem lugar a uma confiança imensa, uma segurança que nos deixa mais fortes, uma Fé que se renova, à medida que caminharmos para a Capelinha das Aparições e depois para a Basílica. Igual sensação de bem-estar e tranquilidade, quando se visita a Igreja da Santíssima Trindade. Enfim, um mundo “Sobrenatural” que nos leva ao recolhimento.

Maio Mariano, assim poderemos qualificar estes trinta e um dias de Oração, de Fé, de Peregrinação, de tentativa de realização de desejos e cumprimento das promessas. Os crentes, em geral; e os devotos de Nossa Senhora de Fátima, em particular, devem sentir-se orgulhosos, privilegiados, por poderem vivenciar experiências tão íntimas, misteriosas e salvíficas, na medida em que: é uma Graça Divina termos do nosso lado, a Senhora de Fátima.

Há quem desvalorize, eventualmente, ridicularize estes sentimentos religiosos. Também existem outras pessoas que rotulam os crentes de “ignorantes”, “atrasados mentais”, “supersticiosos” e outros epítetos que acabam, até, por serem difamatórios, mas que qualificam bem: a formação, a educação, os princípios, os valores, os sentimentos e o caráter, de quem os produz.

Ao longo da História da Humanidade, a religião sempre foi uma dimensão incontornável da pessoa verdadeiramente humana, que a distingue dos restantes seres da natureza e, também é verdade que: mulheres e homens, figuras ímpares, no mundo de milénios de anos, se revelaram de incomensurável importância, pela inteligência, atitudes altruístas, mártires; como também houve quem, pela ideologia maquiavélica, produzisse os maiores horrores do mundo.

Defender a religião, no respeito pela laicidade de cada pessoa e instituição, é uma atitude que se deve considerar como fazendo parte de uma cultura mais global que, de alguma forma, nos enriquece, espiritual e moralmente, quando praticada com equilíbrio, isenção, convicção e Fé. Não se pode, nem deve, defender qualquer tipo de sectarismos, seja ele religioso ou antirreligioso, porque cada pessoa tem, ou não, a sua Fé, as suas crenças e, acredita, ou não, numa vida eterna.

Comemorar o “Treze de Maio”, em Portugal, é festejar o que de mais sublime, misterioso e inefável se pode fazer, sem preconceitos de qualquer tipo de inferioridade, ou superioridade, porque a Fé alimenta-nos o espírito como a ciência nos enriquece a inteligência e nos conduz ao desenvolvimento material, mas estas duas dimensões nos distinguem dos demais animais e, sem qualquer complexo, até se podem complementar, enriquecendo-se, reciprocamente.

Cabe aqui uma alusão a todas as pessoas que têm a felicidade de, neste dia, comemorar algo de importante nas suas vidas: um aniversário natalício; a realização de um projeto; a obtenção de um emprego; a conquista de um grande amor; a recuperação da saúde; a restauração da felicidade, enfim, que este “Treze de Maio” seja um dia marcante na vida dessas pessoas e que Nossa Senhora de Fátima as proteja, as acompanhe, ilumine suas vidas, suas consciências, suas inteligências, bem como de seus familiares.

Neste Mês Mariano, nós, os crentes e devotos de Nossa Senhora de Fátima, queremos unirmo-nos aos nossos irmãos em Cristo para, todos juntos, rogarmos que, por interceção da Virgem Maria, possamos viver em fraternidade, sem quaisquer discriminações negativas, uns em relação aos outros, porque em boa verdade, acreditamos que a nossa diferença e, possivelmente, superioridade, em relação à restante natureza: animal, vegetal e mineral, reside, precisamente, nesta misteriosa dimensão que a Fé religiosa nos confere.

O mês de maio em Portugal e, muito especificamente o dia “Treze” é para ser festejado: crentes e não-crentes, devotos de Nossa Senhora de Fátima, com aquelas pessoas que, não acreditando na sua própria natureza espiritual, tenham a possibilidade, e a boa vontade de, pelo menos, meditar no Ser Transcendente que nos governa, e na santificação de quem já passou por este mundo terreno e deu exemplos de grande abnegação, altruísmo e amor ao próximo.

Maria, Mãe Redentora, enaltecida neste “Treze de Maio”, protegei as nossas crianças que, neste dia, tiveram o privilégio de nascer; mas protegei, também, todas as outras criaturas: jovens, adultos e idosos; as famílias e amigos; as instituições; sensibilizai todas as pessoas mais velhas, que não são crentes, para que ingressem no caminho que conduz à salvação do espírito, porque para lá do corpo físico, certamente, teremos uma outra natureza espiritual, encantadora, que mais nenhum outro ser, provavelmente, terá.

Nestes tempos dificílimos para o povo irmão brasileiro em geral e, particularmente, para os habitantes do Rio Grande de Sul, a minha profunda fraternidade, que significa o meu sentimento de amizade e fraternidade, por isso rezo a Nossa Senhora de Fátima e a Nossa Senhora da Aparecida, para que proteja este povo, a passar por graves dificuldades, as quais se consubstanciam em destruição de milhares de habitações, centenas de mortes e desaparecidos. Um grande e emocionante abraço muito amigo

 

Portanto, glorifiquemos Nossa Senhora de Fátima e louvemos Nossa Senhora da Aparecida.

 

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2024

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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sábado, 4 de maio de 2024

MÃE. BÚSSOLA DO AMOR.

Atualmente, não será nada fácil ser Mãe, ainda que a análise parta de um homem, na medida em que ao longo da história da humanidade, a Mãe tem arcado com as maiores responsabilidades na família e na sociedade porque: em primeira instância, é ela que prepara homens e mulheres para o mundo; é ela que ensina as primeiras palavras, as boas-maneiras, os bons hábitos.

Quem não se sente honrado, feliz e abençoado por ter a Mãe presente, sempre do seu lado, nas alegrias e nas tristezas, nos sucessos e nos fracassos, na saúde e na doença? Quantas pessoas em geral, e quantos filhos, em particular, suspiram pela sua Mãe, ou porque ela faleceu, ou porque teve de abandonar o lar, por razões que nem sempre serão da sua exclusiva responsabilidade? A Mãe, em toda a sua plenitude, é indispensável.

Quantas vezes ao longo da vida recorremos à nossa Mãe: para nos ajudar, material e/ou espiritualmente; quantas vezes ela nos negou a sua ajuda? Quantas vezes nós nos interrogamos, profundamente ansiosos: Mãe, onde estás? Ajuda-me! Não me abandones, Mãe!

É muito difícil refletir-se e escrever-se sobre a Mãe, em geral; e sobre a nossa Mãe, em particular, sem que os sentimentos de amor, de saudade ou até de arrependimento, pelo que de errado tenhamos feito, contra a nossa Mãe, nos chamem à razão, nos alertem para a riqueza que temos, ou perdemos, ou ainda que maltratamos.

De facto, ter Mãe é a maior riqueza que se pode obter neste mundo, e quando a nossa Mãe se nos revela com todo o seu amor, sem limites, nem julgamentos e condenações prévios, nem exigências de nenhuma natureza e que, simultaneamente, nos defende, nos elogia, nos projeta para a vida e para a sociedade, então consideremo-nos as pessoas mais felizes e mais ricas do mundo, porque é impossível uma felicidade maior do que termos a nossa Mãe.

Reconhecendo-se como insubstituível as funções de Mãe, numa sociedade civilizada, defensora e praticante dos mais elementares valores do amor, da dignidade e da felicidade, é tempo de se engrandecer a Mulher, nesta sua dimensão ímpar, concedendo-lhe as condições necessárias para que ela tenha um papel mais ativo e decisivo na formação das mulheres e dos homens que, num futuro próximo, nos vão governar, porque cada vez mais se faz sentir a necessidade de uma sociedade mais humana, mas justa e fraterna.

As Mães de todo o mundo transportam nos seus ventres e lançam para a luz do dia crianças que carecem, não só enquanto tais, mas durante toda a vida, dos valores e sentimentos que suas mães lhes podem e, certamente, transmitem. Nota-se muito bem uma criança que está sob a proteção e amor de sua mãe, daquela que não tem ou nunca teve essa bênção divina.

Como é triste ouvir os choros lancinantes de uma criança, ou até de um adulto, a chamar pela sua Mãe, a pedir-lhe socorro, a pedir-lhe comida, agasalho, proteção e amor. Como estas situações penetram bem fundo na consciência de quem sabe o que é ter uma Mãe, o sorriso carinhoso da Mulher que primeiro se ama na vida, a doçura de um beijinho, a suavidade de uma carícia terna e meiga e, também de uma “palmadinha” para nos chamar a atenção das nossas traquinices.

Como é bom ter a Mãe do nosso lado, sem condições, nem exigências, e sempre junto de nós, qual baluarte de defesa das nossas fragilidades! Com é imenso o amor de Mãe que pelos seus filhos é capaz de vencer tudo e todos. Como é essencial o acompanhamento de uma Mãe, ao longo das nossas vidas. Como o mundo seria melhor se nós ouvíssemos os sábios conselhos das nossas mães, os valores e sentimentos que elas nos transmitem.

E como será bom para uma Mãe receber dos seus filhos o respeito, a admiração, o amor incondicional. E, quando necessário, tal Mãe poder contar com o filho, igualmente, do seu lado e com ele resolver os problemas da vida. Como será gratificante para uma Mãe saber que o seu filho lhe proporcionará as melhores condições de vida, que a visitará frequentemente, ou que a terá junto de si, se a vida lhe permitir porque, em quaisquer situações, a Mãe saberá sempre compreender o filho e enquanto puder, mesmo na velhice, mesmo privando-se de bens essenciais à sua vida e saúde ela, essa Mãe extremosa e amorosa, continuará a velar pela felicidade do seu filho e, quantas vezes, dos netos.

Seria muito significativo e revelaria boa formação e sentimentos nobres, toda aquela pessoa que, sendo detentora de um qualquer poder, especialmente os líderes: políticos, legislativos e executivos, bem como de todas as atividades, se adotassem medidas justas, humanas e adequadas à proteção das famílias em geral, e das Mães em particular.

 Afinal foram, continuam a ser elas, as nossas Mães, que nos ajudaram a chegar até onde estamos, a elas devemos muito dos nossos sucessos, do nosso conforto e felicidade. Sem as nossas Mães do nosso lado, sem o seu amor, carinho, tolerância e auxílio, provavelmente, não passaríamos de vulgares criaturas, sem valores, sentimentos e, eventualmente, sem rumo na vida.

Por tudo isto, e não é nada pouco, governantes, que também são filhos, protegei as vossas Mães, as nossas Mães, defendei as Mães de todo o mundo, porque sem elas, seríamos incompletos. Amemos as nossas Mães, respeitemo-las através do Amor, da Doação, da Ética, da Gratidão, da Lealdade e da Honestidade. É o mínimo dos mínimos que por elas podemos fazer. Mãe Querida, onde quer que estejas, um beijo, com imenso amor, do teu filho.

Por tudo o que fica escrito, amar as nossas Mães em vida, ou honrar a sua memória, é um tributo que lhes devemos prestar, hoje e sempre. Mães Queridas, onde quer que estejais, um beijo, com imenso amor, dos vossos filhos. A todas as Mães do mundo, em geral e, particularmente, às Mães da Comunidade Lusófona, na Diáspora e também às sacrificadas mães Ucranianas, Palestinianas e de outros cantos do mundo onde persistem conflitos bélicos, deixo aqui uma palavra de amizade, também de admiração profunda, pela forma como elas enfrentam a vida, quais GUERREIRAS, num combate sem fim.

 

UM BEIJINHO, COM MUITO CARINHO E RESPEITO, PARA TODAS VÓS.

 

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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