domingo, 30 de julho de 2023

Caraterísticas exigíveis ao Político Democrático

Desde há mais de dois mil e quinhentos anos que se vem escrevendo sobre democracia, sobre política, sobre desigualdades, regimes políticos, situações humanas diversas, elaboração de projetos: alguns, os mais utópicos, imaginativos e irrealistas; outros, bem fundamentados, objetivos, concretos e seguramente, exequíveis.

O mundo funciona com as pessoas, e toda uma outra natureza a qual, com crescente rapidez, se vai conhecendo, que o ser humano vai usufruindo, alterando e extinguindo. O mundo habitado por humanos, por enquanto, limita-se a um reduzido espaço físico, assimilado por um universo, para já, tido como infinito, no qual se integra um planeta chamado Terra, habitação permanente do ser humano, e de muitas outras milhares de espécies, dos reinos animal, vegetal e mineral.

Neste espaço, o homem, aqui com o significado de homem e mulher (Humanidade), considera-se o centro, o qual, e para quem preferir, se denominaria por um sistema antropocêntrico, todavia, também haverá os que entendem que será mais adequado, um tal sistema, designar-se por geocêntrico, colocando o homem, a natureza e uma entidade divina, que pacifica e maioritariamente se convencionou intitular por Deus, no centro tripartido deste mesmo sistema, contudo, para os crentes, Deus será, de facto, o centro e então, o mesmo espaço, passará a ser conhecido como um sistema teocêntrico. Teorias a este respeito, certamente, não faltam.

Independentemente do sistema que faz funcionar o mundo, o homem criou, para efeitos da sua própria organização societária, modelos de governação, controlo e sanção, que se traduzem na predominância de determinadas vertentes: culturais, políticas, históricas, económicas, religiosas e de poder. Concretamente, o sistema político democrático, ter-se-ia iniciado, ainda que embrionariamente, e com profundas deficiências, na antiga Grécia clássica, na então cosmopolita Atenas.

 A Democracia pressupõe: o exercício do poder pelo povo, com o povo e para o povo. Considera-se aqui que o povo é constituído por todos os cidadãos que integram uma determinada comunidade, e/ou sociedade mais alargada. A Democracia faz-se, portanto, no seio do povo, sem discriminações negativas.

O poder deve emanar, através de eleições livres e justas, desse mesmo povo que, no sistema democrático, tem sempre a possibilidade de escolher os seus representantes e governantes. A Democracia Política, não é um sistema perfeito, inatacável, impoluto e totalmente transparente, pelo menos em alguns contextos, onde vigora este sistema político, no entanto, apesar de todas as imperfeições, ainda assim, é o que oferece melhores condições para, pelo menos, garantir a alternância do Poder, e dos representantes do povo, nas respetivas instâncias: locais, nacionais e internacionais.

É possível, apesar de difícil e moroso, aperfeiçoar o Poder Político Democrático, precisamente a começar pelos seus agentes mais diretos: os políticos “profissionais”, aqui entendidos como sendo aqueles que se dedicam à política a tempo inteiro, ao serviço da comunidade; os cidadãos que exercem cargos políticos e os cidadãos que exercem cargos de nomeação política.

Numa definição extremamente objetiva, quiçá, demasiado profissional e materialista, haverá quem concorde que: «Para sermos políticos (…) deveremos ser sagazes, prudentes, oportunos, astutos e ter capacidade de planeamento.» E ainda: «Os políticos no seio das organizações podem ser assim, manobrando nas costas das pessoas e boicotando propostas que não lhes agradam. É à custa dos outros que melhoram a sua reputação e desenvolvem sua carreira. » (ARMSTRONG, 2005:234).

O poder democrático que se deseja melhorar, desde o início deste novo século, certamente que exige políticos: competentes, motivados para as causas públicas, que contribuam para o bem-comum, para o bem-estar individual e coletivo, sensibilizados para os valores democráticos da liberdade, igualdade e solidariedade; formados nas virtudes da integridade, do respeito, da obediência, da humildade, da ética, da moral e, se necessário, da religião; experientes, se possível, na comunicação e relacionamento interpessoais, na liderança, no uso de boas-práticas administrativas, sociais e políticas; assertivos no sentido da tomada de decisões, na assunção plena e inequívoca das respetivas responsabilidades; determinados na condução dos assuntos públicos; e, finalmente, que exerçam o poder democrático com rosto humano civilizado, que não se refugiem na abstração e generalidade das leis, ou na obrigação de cumprir as tão oportunas “ordens superiores”.

O Poder Democrático, com rosto humano civilizado, cuja apologia aqui fica expressa, prende-se, inexoravelmente, com a urgente necessidade de um qualquer cidadão comum, no seu relacionamento com o Poder, seja este político, económico, empresarial, religioso, comunicação social, ou outro, ser atendido pelos seus concidadãos, que deveriam assumir-se compreensivos, civilizados, solidários e competentes, quais guias ou orientadores, que colaboram na solução dos problemas e situações, direcionados para resultados favoráveis ao cidadão-utente-contribuinte, do serviço onde um tal Poder é colocado à sua disposição.

 

Bibliografia

 

ARMSTRONG, Michael (2005). Como ser Ainda Melhor Gestor. Guia completo de técnicas e competências essenciais. Tradução, Geraldine Correia e Raquel Santos. Lisboa: Actual Editora

 

“NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. As Regras, são simples, para se obter a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2023

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR.

 Condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL,

Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística

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CHANCELLOR OF ARTES (PRIZ OF ARTS - LONDON UK) (07.04.2023)

 

COMENDADOR das Ciências da Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker – Brasil

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DIPLOMADO COM O TÍTULO DE “PERSONALIDADE DE OURO DA TERRA LUSITANA”.

No dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. 

Ministério Evangélico Internacional Valorizando a Vida, como reconhecimento da

Comunidade Internacional, das Ciências, Letras e Artes. (2022)

 

TÍTULO HONORÍFICO DE EMBAIXADOR DA PAZ.

 Pelos «serviços prestados à Humanidade, na Defesa dos Direitos as Mulheres. Argentina»

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DOCTOR HONORIS CAUSA EN LITERATURA.

Pela Academia Latino-americana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latino-americanos.

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EMBAIXADOR DA PAZ, TÍTULO HONORÍFICO

Outorgado pela OMDDH - Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos (2020)

 

DESTAQUE SOCIAL INTERNACIONAL.

Outorgado pela OMDDH - Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos. (2020)

 

DESTAQUE CULTURAL INTERNACIONAL.

Outorgado pela OMDDH - Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos. (2020)

 

JORNAL CULTURAL ROL.

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INTERNET JORNAL – O Jornal dos Internautas inteligentes.

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LAÇOS & ESCRITA:

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BIOGRAFIA:

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BIOBIBLIOGRAFIA:

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sábado, 22 de julho de 2023

Regras para melhorar a comunicação

A comunicação humana não pode pré-existir às relações entre os indivíduos, pois consiste em criar um estado de espírito, comum entre aquele que comunica e aquele que recebe a comunicação, o que supõe relações anteriores. Reciprocamente, uma sociedade não funciona se não existir a comunicação.

Os homens não são máquinas, e toda a interação humana subentende a mediação de ideias que são comunicadas. Daqui podem extrair-se conclusões interessantes, no quadro das relações humanas quotidianas, como por exemplo: a relação professor-aluno pode levar a pensar em bases, segundo as quais o aluno, sujeito-alvo, atribui poder ao professor, agente-influenciador e, certamente, reconhecer-lhe poder de competência; por sua vez, o professor poderá legitimar ao aluno, poder de recompensa e de punição, através da simpatia ou antipatia que o aluno demonstra.

Quando se abordam as questões da comunicação, um dos tipos que se discute, coloca-se ao nível da comunicação verbal, diretamente conotado a uma língua, esta considerada indispensável na produção de documentos, que transmitem informação diversa, conforme a sua origem, destinatários e objetivos, comportando em si mesmo significações, que o leitor terá de interpretar corretamente, no sentido que o remetente pretende dar à informação produzida.

O que, imediatamente, se infere desta reflexão, é a importância de dominar muito bem, a língua que se utiliza na comunicação verbal. Na verdade: «Falar uma língua é adotar uma forma de comportamento regido por regras, sendo estas regras de uma grande complexidade. Aprender e dominar uma língua é (interaliar) aprender e dominar estas regras. Este é um ponto de vista familiar à filosofia e à linguística, mas dele nem sempre se tiraram todas as consequências.» (SEARLE, 1981:21).

Naturalmente que existem algumas orientações para se introduzirem regras (há quem lhes chame truques), simples e acessíveis à linguagem popular, para melhorar a transmissão dos comunicados humanos, de que se podem destacar algumas delas:

 

a) Cultive a empatia;

b) Mostrar um rosto aberto, interessado e convicto, sobre o assunto que está a expor;

c)Planeje o que vai falar;

d) Pronunciar as palavras corretas e claramente;

e) Falar distintamente, com boa dicção, nem muito alto, nem muito baixo;

f) Concentrar-se na sua mensagem e levar os interlocutores a fazerem o mesmo;

g) Aprenda a ouvir;

h) Não usar maneirismos, nem palavras complicadas e os termos técnicos apenas,

i) Quando, for absolutamente necessário, se possível, perante um auditório especializado no tema;

j) Ser breve, conciso, preciso, estruturante quanto aos objetivos a atingir;

k) Manter uma postura correta, gestos comedidos que acompanham a palavra,

l) Controlo de voz, que evite os sons excessivamente agudos ou graves;

m) Preste atenção na linguagem não-verbal

n) Não seja o “dono da verdade”

o) Pratique a comunicação pessoal não violenta.

 

O relacionamento humano seria impossível, sem o ato comunicativo, entendido este como uma interação entre pessoas, que desejam a convivencialidade societária, seja em contexto familiar, profissional, social, político, religioso, ou outro.

As relações humanas pressupõem diálogo, troca de ideias, transmissão de conhecimentos, divulgação de factos, manifestação de sentimentos e tantas outras intervenções, só possíveis pela comunicação, verbal, e/ou, não-verbal.

Qualquer dos tipos de comunicação (verbal e não-verbal), quando utilizado um, este será tanto mais enriquecido, quanto mais se recorrer, adequada e complementarmente, ao outro, imprimindo sempre naturalidade, sinceridade e entusiasmo na apresentação do tema, independentemente do auditório a quem se dirige a comunicação.

A comunicação forçada, simulada, afetada e muito sofisticada pode, em certos contextos, dificultar a compreensão da mensagem que se pretende divulgar e, consequentemente, os efeitos pretendidos e objetivos a alcançar ficam prejudicados. Com efeito: «Todos nós admiramos os oradores que conseguem dar naturalidade às suas alocuções, que não têm medo de se expressar, nenhum receio de utilizar a única, individual, imaginativa maneira de dizer o que têm a dizer ao auditório.» (CARNEGIE, 1962:188).

 

Bibliografia

 

CARNEGIE, D. (1962). Como Falar Facilmente, 6ª edição. Tradução, Mário Domingues, Porto: Livraria Civilização.

SEARLE, J. R. (1981). Os Actos de Fala – Um Ensaio de Filosofia da Linguagem. Tradução, Coordenação de Carlos Vogt. Coimbra: Livraria Almedina.

 

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domingo, 16 de julho de 2023

Pensar a Dignidade da Pessoa Humana

 

E se é verdade que, hoje, terceira década do século XXI: tal como no passado, se tem escrito muitos textos que, perante um mundo em permanentes conflitos regionais, parecem autênticas utopias; também se acredita que algumas situações bélicas, ainda vigentes, serão resolvidas, apenas, através da força do diálogo, entre os povos envolvidos, e com a intervenção diplomática de países, que rejeitam a violência bélica.

A conflitualidade belicosa, e/ou através de outros processos, eventualmente, humilhantes, como os embargos, os boicotes, o encerramento de fronteiras para pessoas e bens de primeira necessidade, o impedimento do envio de produtos e artigos de carácter humanitário, igualmente não favorece a paz e a harmonia entre os povos.

Refletir sobre determinadas situações e publicar tais reflexões, pode, até, constituir motivo de “chacota”, riso ou perseguição: política, religiosa, económica ou de qualquer outra natureza. Estes riscos é preciso assumi-los, esperando-se, contudo, a compreensão e bom senso de quem lê e analisa tais reflexões/opiniões. O objetivo não é ofender, nem criticar, negativa e ofensivamente, mesmo que certas frases ou palavras, possam induzir a extrair conclusões desta natureza.

Pretende-se, isso sim, apelar a todas as pessoas de boa vontade, com responsabilidades em diversos setores, e aos vários níveis dos diferentes Poderes, para que, também elas parem um pouco no tempo, para refletir nas gravosas situações que assolam o mundo, para as quais podem dar um contributo valioso, no sentido da sua resolução.

Depois de algumas centenas de artigos publicados, sobre temas atuais, com algum suporte científico-investigativo, obviamente que não se esperava mudar o mundo, nem as comunidades, porém, a verdade é que, ao nível escolar, no contexto da formação profissional, por exemplo, vem-se reconhecendo este esforço, por parte de colegas e, principalmente, no que aos formandos e alunos respeita, em conjuntura das disciplinas de Integração e Cidadania, proporcionando: debates abertos, democráticos, despreconceituosos, contextualizados em sala de formação; elaboram-se trabalhos muito interessantes, com alguma investigação, sobre os mais diversos temas, alguns destes, considerados autênticos tabus, até há bem pouco tempo.

Os formandos, principalmente do nível secundário, buscam nos nas redes sociais, em bibliografia especializada, algumas ideias que depois citam nos seus trabalhos. Torna-se, portanto, gratificante, este tipo de intervenções, e estimula para a sua continuação, nos mesmos moldes: temas atuais, com suporte científico, de reduzidas dimensões, e de fácil leitura e compreensão.

A Filosofia e as diversas áreas do conhecimento, trazidas a público, com a atualização possível, vão continuar a suportar os trabalhos que se seguirão, não excluindo, naturalmente, os conhecimentos e invenções da ciência, da técnica e da tecnologia. A este manancial de apoios, juntar-se-á, sempre que oportuno, a informação recolhida e divulgada pelos “mass media”, igualmente muito importantes, para o conhecimento do mundo atual. Os objetivos continuarão a girar em torno: da Cidadania, dos Direitos Humanos, da Paz, da Educação e Formação Profissional, cultural, laboral, lazer e tantos outros aspetos da pessoa humana.

A dignidade da pessoa humana estará presente, sempre que oportuno, nos trabalhos que se vão publicando, e uma preocupação constante pelos mais desfavorecidos, integram uma postura que se deseja, a curto prazo, na maioria dos cidadãos, quaisquer que sejam as suas posições estatutárias: económicas, políticas, religiosas, sociais, étnicas, etárias, éticas e quaisquer outras, resultantes do processo de socialização.

Com efeito: «Você deve preocupar-se pelo que acontece no mundo. Além do futebol, da praia, das salas de aula e do violão, existe um mundo girando em ritmo social. A vida do jovem careceria de sentido se não se engajasse na construção de um mundo que o está desafiando. Deve voltar os olhos e abrir o coração para os milhares de seres que sofrem mergulhados e angustiados em mil infortúnios da fome, da fumaça de crises, de guerras, de ignorância.» (GALACHE-GINER-ARANZADI, 1969:13).

O texto acima citado foi escrito em 1969, justamente há cinquenta e quatro anos. O que mudou de então para cá (2023)? O que foi feito pelos homens? Obviamente que se deve ser justo e correto, e/ou pelo menos, verdadeiro, segundo a sua própria consciência e convicções. No domínio das ciências e da tecnologia deram-se passos de gigante, e os resultados estão à vista na medicina, na engenharia, na arquitetura, na biologia, na genética, nos fármacos, e noutros domínios que têm contribuído para a qualidade de vida das pessoas, no combate a doenças mortíferas, apenas para referir algumas áreas.

Infelizmente, o mesmo não acontece no que respeita à consideração devida à dignidade da pessoa humana, na eliminação das desigualdades, no acesso ao trabalho e aos diversos cargos políticos e empresariais. Direitos Humanos e Cidadania têm sido o núcleo substantivo, para o desenvolvimento das centenas de reflexões, porque a partir dele, da sua interiorização e boas-práticas, será possível, um dia, alterar-se alguma coisa. A saúde, a felicidade, o trabalho, são outros tantos aspetos, pelos quais se vem lutando.

Possivelmente, realizadas as diversas dimensões da pessoa humana, também a felicidade possa ser um bem ao alcance da maior parte dos cidadãos, felicidade, aqui entendida, com um significado talvez um pouco amplo: «Ser feliz é o objectivo principal de todas as pessoas. E a felicidade é obtida em pequenas doses, como resultante de seus esforços, da efectivação prática de suas aspirações, da sua capacidade de resolver problemas para adaptar-se à vida, e da sua capacidade também de saber usufruir dos seus recursos pessoais e dos recursos disponíveis pela natureza e pela sociedade.» (RESENDE, 2000:176).

Obviamente, que os valores a desenvolver são imensos, e diversificados. Tem-se procurado, ao longo das reflexões já publicadas (bem como das que virão a sê-lo), sensibilizar a sociedade e as pessoas para diferentes problemas e situações, apelando-se aos Poderes que emanam dos diversos cargos e funções. Tem havido uma preocupação permanente em não “fulanizar”, esta ou aquela situação que, quando circunstancialmente abordadas, têm algum suporte científico, e divulgação prévia nos órgãos de comunicação social. Tentar fazer coincidir algumas abordagens com situações, ou personalidades, eventualmente conhecidas, é uma mera especulação, da responsabilidade de quem usa tais assertivas.

Não está nos projetos, nem nas intenções, e muito menos nas práticas do autor: nenhuma ideia, tentativa ou busca de ofender quem quer que seja. Pretende-se, isso sim, alertar, e pedir ajuda, para as situações difíceis, para os problemas, para os mais desfavorecidos, para que “quem pode, quer e manda”, tenha a bondade de contribuir para um mundo mais humano, mais justo, mais igualitário. Afinal, e de uma forma geral, todos defendem os Direitos Humanos, todos querem viver em cidadania plena, todos desejam a paz, porém, muito poucos trabalham para tudo isso seja possível, provavelmente, por várias razões, algumas destas, nem sempre diretamente imputáveis ao cidadão.

 

Bibliografia

 

GALACHE – GINER – ARANZADI, (1969). Uma Escola Social. 17ª Edição. São Paulo: Edições Loyola

RESENDE, Enio, (2000). O Livro das Competências. Desenvolvimento das Competências: A melhor Auto-Ajuda para Pessoas, Organizações e Sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark

 

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domingo, 9 de julho de 2023

Rentabilização dos Recursos Naturais

À boa qualidade do ambiente importa, também, na medida do possível, uma melhor rentabilização dos recursos naturais e destes extrair o maior proveito para a sociedade. Numa análise, eventualmente, um pouco bíblica, dir-se-ia que os “bens que a Terra produz deveriam ser equitativamente repartidos por toda a população”.

Alguns desses recursos, de facto, são usufruídos por todos, embora em maior ou menor grau, conforme a localização geográfica, como o ar que se respira, a água, o frio, o calor, a sucessão dos dias e das noites, as fases da lua e os ciclos das marés e outros bens naturais, embora alguns deles tenham de ser pagos às entidades que suportam os custos com as infraestruturas, como no caso, por exemplo, do tratamento e distribuição da água.

Recursos naturais como a energia eólica, que envolve grandes investimentos, certamente que devem ser pagos pelos consumidores, contudo, se possível, a valores suportáveis. Outros recursos provenientes da floresta, caça, pesca, obviamente, que estarão disponibilizados, em função do trabalho de cada pessoa interessada. Mas qualquer que seja a forma de exploração e uso dos recursos, sempre deverá existir uma forte sensibilização para não os desperdiçar, inclusivamente aqueles que são pagos pelo consumidor.

Portugal é um país pobre, quanto a recursos naturais, fundamentalmente aqueles de primeira necessidade. Também sucede na maioria dos municípios, de natureza rural e semiurbana, os quais estão em situação idêntica, logo, é preciso estabelecer regras, muito rigorosas, para que a escassez não se agrave.

Entre os recursos naturais, a água é, porventura, um dos mais importantes para a vida na Terra. A captação e tratamento deste precioso líquido, sua condução e distribuição, para e até aos domicílios, e outras instalações, tem custos elevados e tanto mais onerosos quanto melhor for a qualidade e quanto maior for o desperdício.

 Bens essenciais, que são fundamentais não só para o homem como para todos os seres vivos na Terra, devem merecer um especial cuidado por parte de todos os cidadãos, mesmo com as máximas capacidades e poder de improviso que o ser humano tem, para resolver a maior parte das situações que lhe são desfavoráveis.

É evidente que: «O homem na sua pessoa humana tem necessidades, mas tem perspicácia, tem engenho e inteligência que procura satisfazê-las. Os bens da Terra nesta colocados pelo Criador, são como a resposta às necessidades do homem e constituem um contínuo desafio ao engenho humano no sentido de serem por ele descobertas e utilizadas de acordo com o fim de servir e em sua especialidade própria. Enfim a resposta prática do homem à proposta feita a ele pela riqueza dos bens da Terra: a actuação transformadora do trabalho.» (SARTORI, 1990:32).

A realização de um trabalho consistente, regular, competente e atualizado, em parceria com instituições e cidadãos individuais, todos interessados na obtenção e conservação de um bom ambiente natural, a partir de uma entidade coordenadora, que, na circunstância, poderia ser a Câmara Municipal, para toda a área do respetivo município, parece ser o caminho a seguir, com sustentação técnica e científica, acompanhamento permanente da evolução das condições ambientais, para a qualidade de vida que, seguramente, será o bem mais precioso para a humanidade.

A conceção de um projeto, exclusivamente vocacionado para a melhoria do ambiente natural, para uma ecologia avançada e permanentemente respeitada que, afinal, não é mais do que um dever de cidadania, será um dos grandes melhoramentos públicos que qualquer administração central, regional e local, pode oferecer aos seus cidadãos, mesmo sabendo-se que a visibilidade física, o impacto monumental, ou sumptuosidade da obra, talvez não produzam os efeitos, circunstancialmente, cíclicos, que se poderiam, e até seria legítimo desejar, o que, ainda assim, se coloca em dúvida porque, hoje como no passado e no futuro, o maior bem que se pode ter é um excelente meio-ambiente, uma ecologia moderna, bases da saúde, do bem-estar e da felicidade humana, obviamente, entre outros valores, igualmente fundamentais.

 

Bibliografia

 

SARTORI, Luís Maria, (1990). Quando a Empresa se Torna Comunitária. Aparecida SP: Editora Santuário

 

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sábado, 1 de julho de 2023

Valores nas Relações Profissionais

A produtividade de qualquer instituição, pública, privada ou cooperativa, depende, em grande parte do, melhor ou pior, relacionamento profissional das equipas, e/ou indivíduos, isoladamente considerados, que nelas exercem as suas funções. Claro que as relações profissionais assentam em objetivos comuns, espírito institucional, valores adotados, missão e satisfação das clientelas. Portanto, todos devem comungar daquelas preocupações.

Trazer para o ambiente profissional amizades pessoais, mais tarde ou mais cedo, acabam por prejudicar os interesses institucionais (e quantas vezes essas amizades também terminam, elas próprias, eventualmente, de forma dramática), porque tal associação levará a comportamentos que podem afetar a amizade pessoal privada, e o profissionalismo dos colegas, porque poderá haver a tentação da sobrevalorização, do elogio permanente e da proteção do amigo, com a desvalorização, interiorização e alegada incompetência em relação aos restantes colegas, o que cria desmotivação, injustiças e quebras de produtividade, para além de se gerar uma rivalidade, não sadia, que dificulta, ainda mais, o relacionamento.

As relações profissionais devem pautar-se por outros valores, alguns já mencionados e outros que se indicam, nomeadamente: competência, espírito de equipa, responsabilidade, deontologia, lealdade, humildade e gratidão, obviamente entre muitos outros possíveis, igualmente importantes, conforme os pontos de vista: empresarial e dos colaboradores.

Importa, sem prejuízo de outras definições, deixar uma primeira ideia, muito genérica, sobre um dos muitos conceitos do comportamento leal: «Ser leal é estar comprometido com algo em que acreditamos. E se acreditamos, queremos que continue, queremos conservar aquela crença, aquele estado estável criado no grupo. » (ÁVILA, 2005:12).

Significa que nas relações profissionais, a primeira condição para que elas sejam pelo menos normais, é que cada indivíduo seja leal a si próprio, aos seus valores, à sua autoestima, à sua dignidade. Só depois é que virá a lealdade para com os colegas, desde que se saiba que há reciprocidade e, também, que não violente os próprios valores.

A lealdade para com a instituição é como que o fator objetivo, com o qual se terá sempre de contar, afinal é esta que mantém o indivíduo, a família e, quantas vezes, parte da população, de uma dada localidade. É difícil gerir as diferentes lealdades, mas, similarmente, aqui intervém o bom senso da pessoa, os seus interesses, o seu futuro e dos que dela dependem. Nos tempos que correm, de ainda muita crise, nos domínios que mais afetam as pessoas, quanto ao seu bem-estar, qualidade de vida e futuro, será sempre decisiva a lealdade para com a instituição, embora, e também aqui, mantendo a firmeza no que respeita à defesa dos valores próprios da dignidade que é devida, a qualquer pessoa humana.

É certo que no local de trabalho se adquirem, quantas vezes para o resto da vida, amizades bem sólidas, verdadeiras, que levam a comportamentos leais entre os amigos que, entretanto, se constituem como tais. Nestas circunstâncias, tal amizade deve passar, imediatamente, para o plano privado, fora da instituição e não a misturar com o relacionamento profissional, justamente para a melhorar, consolidar e preservar. Aliás, no plano profissional, toda e qualquer interferência que prejudique a amizade pessoal, deverá ser evitada.

Numa instituição, e/ou numa simples equipa de trabalho, todas as pessoas são diferentes, os seus princípios e valores não são exatamente os mesmos, os seus interesses e objetivos pessoais, também não coincidem em absoluto, as suas personalidades são, igualmente, diversas. As amizades que possam existir entre os diferentes membros do grupo, têm níveis distintos. As lealdades também não são as mesmas. Cada um é leal ao outro se tiver a certeza, através de provas inequívocas, de que há reciprocidade, de contrário, funcionarão a omissão, a indiferença, a desvalorização, a hipocrisia e a mentira.

No contexto do grupo, seja profissional, social ou de qualquer outra natureza, a lealdade, a amizade, o relacionamento sério, imparcial e irrefutável, não são compatíveis entre pessoas que não comungam de boas relações entre elas, isto é: não se pode ser amigo de um, enquanto este tem problemas com o outro; e, ao mesmo tempo, amigo deste outro, transportada esta amizade para os vários relacionamentos, porque, na verdade, é difícil a harmonia entre “Deus e o Diabo”, ou seja, ninguém, que se pretenda ter um comportamento coerente, entre pensamento e ação, pode “Amar dois senhores ao mesmo tempo”. Há que fazer opções honestas, escolher aquelas pessoas que, indubitavelmente, têm dado, ao longo da vida, provas irrefutáveis de fidelidade.

A já velhíssima teoria popular, segundo a qual, é necessário que se faça jogo com todas as pessoas, mesmo que isso não corresponda a qualquer sentimento de sinceridade, para se “levar a vida”, obviamente que em muitas circunstâncias, tem dado os seus frutos, para quem utiliza estas “técnicas”.

Não é este tipo de comportamento que neste trabalho se defende, não significando esta posição qualquer hostilidade a quem o pratica, mas tão só uma atitude criticável e de afastamento, porque, afinal, quando se está perante pessoas que agem com aquele tipo de atitudes, as certezas que antes se tinham, podem passar para o lado da incredibilidade.

No âmbito profissional, começa a tornar-se, cada vez mais evidente, que a lealdade e a amizade, entre colegas, já não será o mais importante, porque se entende que no domínio privado as possibilidades de se exercerem, são maiores e com melhores resultados.

Hoje, «A nova lealdade está voltada em primeiro lugar para a carreira profissional que construímos. Àquela em que actuamos, tomando as decisões certas no sentido de actualizá-la permanentemente e, sobretudo, zelar pela coerência entre nossas acções e convicções. Assumimos, assim, uma atitude positiva de permanente diálogo interior a partir da percepção que temos do contexto cultural em que nos inserimos, fazendo frente aos desafios que a nossa actividade profissional nos exige. » (Ibid.:33).

 

Bibliografia

 

ÁVILA, Lauro António Lacerda de (2005). Lealdade nas Atuais Relações de Trabalho, Vale do Rio dos Sinos - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Cadernos IHU, Ano 3, Nº 14 – 2005

SHINYASHIKI, Roberto T., (2000). Os Donos do Futuro. 31ª Edição. S. Paulo: Editora Infinito.

 

“NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. As Regras, são simples, para se obter a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2023

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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