domingo, 9 de julho de 2023

Rentabilização dos Recursos Naturais

À boa qualidade do ambiente importa, também, na medida do possível, uma melhor rentabilização dos recursos naturais e destes extrair o maior proveito para a sociedade. Numa análise, eventualmente, um pouco bíblica, dir-se-ia que os “bens que a Terra produz deveriam ser equitativamente repartidos por toda a população”.

Alguns desses recursos, de facto, são usufruídos por todos, embora em maior ou menor grau, conforme a localização geográfica, como o ar que se respira, a água, o frio, o calor, a sucessão dos dias e das noites, as fases da lua e os ciclos das marés e outros bens naturais, embora alguns deles tenham de ser pagos às entidades que suportam os custos com as infraestruturas, como no caso, por exemplo, do tratamento e distribuição da água.

Recursos naturais como a energia eólica, que envolve grandes investimentos, certamente que devem ser pagos pelos consumidores, contudo, se possível, a valores suportáveis. Outros recursos provenientes da floresta, caça, pesca, obviamente, que estarão disponibilizados, em função do trabalho de cada pessoa interessada. Mas qualquer que seja a forma de exploração e uso dos recursos, sempre deverá existir uma forte sensibilização para não os desperdiçar, inclusivamente aqueles que são pagos pelo consumidor.

Portugal é um país pobre, quanto a recursos naturais, fundamentalmente aqueles de primeira necessidade. Também sucede na maioria dos municípios, de natureza rural e semiurbana, os quais estão em situação idêntica, logo, é preciso estabelecer regras, muito rigorosas, para que a escassez não se agrave.

Entre os recursos naturais, a água é, porventura, um dos mais importantes para a vida na Terra. A captação e tratamento deste precioso líquido, sua condução e distribuição, para e até aos domicílios, e outras instalações, tem custos elevados e tanto mais onerosos quanto melhor for a qualidade e quanto maior for o desperdício.

 Bens essenciais, que são fundamentais não só para o homem como para todos os seres vivos na Terra, devem merecer um especial cuidado por parte de todos os cidadãos, mesmo com as máximas capacidades e poder de improviso que o ser humano tem, para resolver a maior parte das situações que lhe são desfavoráveis.

É evidente que: «O homem na sua pessoa humana tem necessidades, mas tem perspicácia, tem engenho e inteligência que procura satisfazê-las. Os bens da Terra nesta colocados pelo Criador, são como a resposta às necessidades do homem e constituem um contínuo desafio ao engenho humano no sentido de serem por ele descobertas e utilizadas de acordo com o fim de servir e em sua especialidade própria. Enfim a resposta prática do homem à proposta feita a ele pela riqueza dos bens da Terra: a actuação transformadora do trabalho.» (SARTORI, 1990:32).

A realização de um trabalho consistente, regular, competente e atualizado, em parceria com instituições e cidadãos individuais, todos interessados na obtenção e conservação de um bom ambiente natural, a partir de uma entidade coordenadora, que, na circunstância, poderia ser a Câmara Municipal, para toda a área do respetivo município, parece ser o caminho a seguir, com sustentação técnica e científica, acompanhamento permanente da evolução das condições ambientais, para a qualidade de vida que, seguramente, será o bem mais precioso para a humanidade.

A conceção de um projeto, exclusivamente vocacionado para a melhoria do ambiente natural, para uma ecologia avançada e permanentemente respeitada que, afinal, não é mais do que um dever de cidadania, será um dos grandes melhoramentos públicos que qualquer administração central, regional e local, pode oferecer aos seus cidadãos, mesmo sabendo-se que a visibilidade física, o impacto monumental, ou sumptuosidade da obra, talvez não produzam os efeitos, circunstancialmente, cíclicos, que se poderiam, e até seria legítimo desejar, o que, ainda assim, se coloca em dúvida porque, hoje como no passado e no futuro, o maior bem que se pode ter é um excelente meio-ambiente, uma ecologia moderna, bases da saúde, do bem-estar e da felicidade humana, obviamente, entre outros valores, igualmente fundamentais.

 

Bibliografia

 

SARTORI, Luís Maria, (1990). Quando a Empresa se Torna Comunitária. Aparecida SP: Editora Santuário

 

“NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. As Regras, são simples, para se obter a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2023

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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