domingo, 31 de janeiro de 2021

Hermenêutica e Gramatologia

O conflito de uma Hermenêutica Filosófica geral, e a arbitragem das interpretações metodológicas, prometia desbravar um novo pensamento, à procura da integralidade do falar humano.

É assim que o texto da neo-Hermenêutica, procurando corrigir a tendência intersubjetiva e psicologizante da Hermenêutica romântica, visa o mundo que se revela na interpretação, sendo o texto pensado, enquanto fazendo parte da experiência geral da linguagem, pondo em relevo a idealidade do sentido fixado, e conservado num documento escrito, situação que imprime ao discurso, no seu significado e plano onto-semântico, as marcas da Gramatologia.

A presença de um sentido da linguagem, desenvolve-se num jogo de diferenças internas, alterando a natureza da pertença do leitor a um texto, o que resultará numa certa incompatibilidade entre a Hermenêutica e a Gramatologia, porque o acontecimento da linguagem, com as suas implicações ontológicas, tem um papel transcendental na condição de possibilidade da discursividade.

Numa nova contextualização, a Hermenêutica e a Gramatologia, constituirão, certamente, fatores importantes, podendo-se, por isso, adiantar a hipótese de alguma colaboração entre aqueles dois ramos, no âmbito da natureza do texto, enquanto produtividade e trabalho de interpretação. Certamente que tal tarefa produtivo-interpretativa se justifica ao nível do texto escrito, como no plano do texto verbal, ou seja: no campo das expressões e significações dos atos de fala.

A relação entre Código e Sentido, no plano dos atos de fala, numa perspetiva estruturalista, consiste na decifração do sentido para o homem, a qual se insere numa compreensão de si próprio e do ser. A análise dos significados do Código deve ser a etapa objetiva, de uma interpretação existencial do sentido, uma decifração para a compreensão de si e do ser.

Pelos atos de fala, o homem procura os instrumentos de pensamento capazes de dominar a linguagem, e com ela estrutura o seu sentido último para a vida, que no fundo passa pelo problema da Língua e da Fala, e nenhum analista negará que enquanto homem falante (e filósofo), ele irá encontrar o mistério da fala vivida. Cabe ao filósofo relembrar a fala vivida, sem, contudo, cair no verbalismo sem-sentido.

O Homem encontra nos atos de falta o veículo privilegiado para o diálogo, desde que instituindo um esquema de funcionamento emissor/recetor, na medida em que, em cada polo surgem os problemas do “EU-TU”, do mundo, das categorias do Espírito.

Só uma Filosofia de consentimento do Ser está, sem dúvida, melhor equipada para aquele diálogo, ultrapassando as hegemonias culturais do ocidente, e a opinião de que existe um “selvagem pré-lógico” e um “civilizado adulto na sua lógica”, pelo que nas linguagens humanas, se evidenciam os signos de uma profunda unidade do homem.

 

 

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As “benditas” vacinas começaram a chegar. CALMA. Já se vê a luz ao fundo do túnel

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Venade/Caminha – Portugal, 2021

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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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domingo, 24 de janeiro de 2021

Os Nomes Próprios

 A simples afirmação: “o nome representa o objeto”, nada explica, efetivamente, embora seja verdadeira, no entanto, tal afirmação, aplicada aos nomes próprios, levanta sérias questões e, uma delas, é saber se os nomes próprios têm um sentido?

Qual a natureza da relação entre o nome e o objeto representado, ou seja, se entre a forma pela qual uma descrição definida isola o seu referente, e a forma pela qual um nome próprio o faz. O nome próprio é, realmente, uma descrição abreviada? Para J. S. MILL, (John Stuart MILL 1806-1873) os nomes próprios não têm sentido, são marcas sem significação, denotam mas não conotam, porque um nome próprio não descreve o objeto, ao contrário de uma descrição definida, e daqui resulta a primeira diferença entre esta e o nome próprio, de resto, este também não admite predicação, pelo que usamos o nome próprio para referir, e não para descrever.

Esta posição, embora pareça correta, ela suscita algumas oposições, ou seja, contra a afirmação de que os nomes próprios não têm sentido, podemos, desde já, apontar três argumentos:

1º - Usamos os nomes próprios em proposições existenciais – “existe um local que se chama África” -, porque toda a afirmação de existência afirma que deve haver uma instância, em que certo predicado é verdadeiro para um objeto, logo, um nome próprio que ocorra numa afirmação de existência, ele deve ter algum conteúdo concetual ou descritivo;

2º - As frases que contêm nomes próprios podem ser utilizadas para fazer afirmações de identidade, que transmitem informação fatual e não somente linguística – “O Everest é o Chomolungma” -, esta frase pode servir para fazer uma afirmação de natureza geográfica, logo, há uma transmissão de uma informação, o que, afinal, dá um sentido ao nome próprio.

3º - O princípio de Identificação, exige que o enunciado de um nome próprio comunique uma descrição, da mesma maneira que o enunciado de uma descrição definida deve fazê-lo, se deseja que a referência seja completa, logo, parece deduzir-se que um nome próprio é um tipo de descrição abreviada, e, por conseguinte, tem um sentido.

Redunda daqui, e desde já, uma conclusão a saber: os nomes próprios são descrições definidas abreviadas, todavia, tal conclusão parece incompatível com algumas verdades evidentes, entre elas:

a) Se o nome próprio fosse uma descrição abreviada, então as descrições poderiam ser utilizáveis como equivalentes, mas em geral não temos definições para os nomes próprios;

b) Se apresentássemos uma descrição completa de um objeto, como sendo o sentido do nome desse objeto, poderiam resultar consequências diversas, como a mudança da significação do nome, sempre que houvesse qualquer modificação no objeto.

A antinomia criada: por um lado, pelo bom senso, em que concluímos que o nome próprio não é uma espécie de descrição, mas uma realidade “sui generis”; e, por outro lado, ao contrário, uma série de considerações teóricas levam-nos à conclusão de que o nome próprio deve ser uma descrição definida abreviada.

Tal antinomia, admite, porém, uma solução ao partirmos da seguinte questão: - Os usos referenciais dos nomes próprios implicam, logicamente, algum tipo de predicados descritivos? -.

Acontece que a caraterística do nome próprio consiste em ser empregado para se referir ao mesmo objeto, em diferentes ocasiões, pressupondo que o objeto permanece o mesmo, ao longo da história, o que implica a identidade do objeto, e de um critério para essa identidade.

Respondendo de maneira mais fraca, poderemos dizer que a todo o nome próprio é associado, analiticamente, um certo termo geral – O Everest é uma montanha -, sendo o termo geral o critério de identidade. Respondendo, porém, de maneira mais forte, poderemos decidir de modo determinante, se um nome próprio tem, ou não, um sentido, no uso que fazemos desse termo.

À luz do princípio de identificação, qualquer um que utilize um nome próprio, deve estar preparado para substituir uma descrição identificadora do objeto ao qual se refere, por um nome próprio.

Se é incapaz de fazê-lo, então não sabia de quem, ou de que fala, portanto, o nome próprio tem um sentido, e a descrição identificadora constitui esse sentido, quando ocorre um termo geral, cuja base é igual para todos os falantes, ou então que a disjunção seja analiticamente associada ao nome a que se refere, sendo essa uma resposta quase-afirmativa à pergunta: “Os nomes próprios têm um sentido?”, considerando naquela resposta a vertente mais forte, ou positiva.

Podemos dizer que os nomes próprios não têm sentido, se utilizados para descrever ou especificar as caraterísticas dos objetos; mas os nomes próprios têm sentido se são, ou não, logicamente ligados às caraterísticas do objeto ao qual se referem.

O nome próprio é uma instituição para realizar o ato de falta de referência identificadora. A existência dessas expressões, deriva da nossa necessidade de separar a função referencial, da função predicativa da linguagem. A referência da predicação nunca pode ser isolada, porque isso seria violar o princípio de identificação, sem o qual não é possível qualquer referência.

 

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domingo, 17 de janeiro de 2021

Teoria das Descrições

A Teoria das Descrições consiste em fornecer um meio de traduzir certas expressões, em termos do cálculo de predicados, de acordo com a conveniência técnica, numa análise da linguagem, uma descrição do funcionamento das expressões referenciais.

Para Frege, (Gottlob, FREGE 1848-1925. «Todo o bom matemático é pelo menos metade filósofo e todo o bom filósofo é pelo menos metade matemático») o sentido de uma expressão referencial fornece o modo de apresentação do referente, pelo que a referência ocorre em virtude do sentido, no entanto, Roussel, (Albert Charles Paul Marie ROUSSEL, 1869-1937) rejeita esta tese e defende que: “não existe relação entre as descrições definidas e os seus referentes, porque uma frase que contém uma tal expressão é, de forma dissimulada, uma frase que afirma a existência de um objeto”.

As disputas em torno desta questão suscitaram novas polémicas, e outras teorias se foram construindo, nomeadamente, a de que poderá haver asserções que pecam por ausência de referência (como por exemplo: “O rei de França é calvo”; que são falsas ou verdadeiras.

O que importa é distinguir: se uma determinada expressão predicativa é falsa para o objeto ao qual se refere a expressão-sujeito; ou pô-la em causa, porque não existe o objeto, ao qual a expressão-sujeito se refere, e para o qual a expressão predicativa pode ser verdadeira ou falsa. Daqui resultam duas coisas completamente distintas.

Pela Teoria Geral dos Atos da fala, não há possibilidade de identificar um ato proposicional, a um ato ilocucionário de asserção, porque o ato proposicional só pode ocorrer como parte de algum ato ilocucionário, e não isoladamente. Ora, fazer uma asserção é, por um lado, realizar um ato ilocucionário completo.

A Teoria das Descrições, eliminados que sejam os paradoxos, revela-se de grande plausibilidade global, porque deriva do facto de que esta teoria propõe, como condição prévia a toda a realização efetiva de um ato de referência, a existência do objeto ao qual ele faz referência.

O que parece justificar a Teoria das Descrições, é que exista algum objeto a que a asserção se possa referir. A referência pode pertencer a uma grande variedade de atos ilocucionários, não somente às asserções, mas também às perguntas, às ordens, às promessas.

Na aplicação coerente da Teoria das Descrições, deparamo-nos com um dilema: “ou devemos considerar que todo o ato ilocucionário, que implica o emprego de uma descrição definida constitui, de facto, dois atos de fala – a asserção de uma proposição existencial e uma questão; ou uma ordem qualquer, proposta sobre o objeto de que se afirma a existência -, ou então, devemos considerar que o tipo de ato de falta, realizado quando se enuncia a frase original, engloba a tradução no seu todo, e compreende a frase inicial.”

Assim, a referência enquanto instituição, é de natureza totalmente diversa das instituições que são as asserções, as perguntas ou as ordens. A referência não se situa ao mesmo nível, porque apenas apresenta uma parte de um ato ilocucionário efetivamente realizado, não sendo, por si mesma, um tipo de ato ilocucionário, por isso, torna-se absurdo tentar analisar os atos ilocucionários que envolvem o uso de uma descrição definida, como se contivessem uma asserção.

Nenhuma das interpretações é adequada, portanto, a teoria deve ser posta de parte, não obstante, aquelas interpretações representarem as duas únicas maneiras plausíveis de aplicar a Teoria das Descrições, a todos os tipos de atos ilocucionários.

 

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domingo, 10 de janeiro de 2021

Expressões Linguísticas

Falar uma linguagem implica necessariamente, subordinação a regras, executar atos de acordo com certas normas. A enunciação de frases pelo falante, exige que este se refira a algo, que mencione ou designe um certo objeto, embora a referência e a predicação sejam as mesmas, elas ocorrem como partes de um ato de fala completo, sendo por isso denominadas por atos ilocucionais, quando afirmamos, perguntamos, ordenamos, prometemos; chamando-se atos proposicionais quando referem e predicam e, finalmente, atos de enunciação quando enunciam palavras.

O verbo predicar no emprego que dele fazemos, afasta-se do uso tradicional em Filosofia, porque são expressões, e não universais que se predicam a propósito de objetos: aquelas, às quais se podem chamar verdadeiras ou falsas; a estas não.

A noção de referência, serve para isolar ou identificar um objeto, ou uma entidade, ou ainda um elemento particular com exclusão de outros objetos, a respeito do qual o falante poderá dizer algumas coisas, portanto: a “expressão referencial” é aquela que serve para identificar uma coisa, um processo, um acontecimento, uma ação ou qualquer outro tipo de ser individual ou particular e, tais expressões, respondem às perguntas: “Quem?”, “O Quê?” e “Qual?”.

As expressões referenciais devem distinguir-se das não-referenciais, pelo artigo indefinido, na medida em que este não identifica, em particular, o nome que se lhe segue, embora o artigo indefinido possa qualificar uma determinada ocorrência, como sendo predicativa, se colocado entre dois nomes, como por exemplo: “o automóvel é um veículo”.

A referência não é sinónimo de “expressão referencial”, embora não haja limites precisos entre eles e assim, se a referência é um ato de fala, e os atos de fala sejam realizados pelos falantes, a expressão referencial também é utilizada pelos falantes, pelo que os atos de fala de referência devem ser explicados, dando exemplos de expressões referenciais paradigmáticas.

Uma mesma proposição é expressa cada vez que dois atos ilocucionais contêm: a mesma referência,  a mesma predicação e se a significação da expressão referencial é a mesma nos dois casos, todavia, uma proposição não é um ato de fala, porque a proposição é o que é assertado no ato de afirmação, o que é asseverado no ato de afirmação, ou seja, uma asserção é um compromisso com a verdade da proposição, o que leva a concluir que o ato ilocucional é distinto do seu conteúdo proposicional.

Também sobre as regras dos atos de fala, é importante distinguir dois tipos que se poderão chamar de constitutivos e normativos: aquelas, governam formas de comportamento pré-existentes, ou que existem de modo independente, nomeadamente: as regras de cortesia, nas relações interpessoais; as constitutivas criam e definem novas formas de comportamento, designadamente: as regras de um qualquer jogo, que além de dizerem como se joga, criam a própria possibilidade de existência de jogar tais jogos.

Estas regras constitutivas estabelecem uma atividade cuja existência é, logicamente, dependente das regras. As regras normativas têm, tipicamente, a forma de construções imperativas. O alheamento das regras constitutivas é de alguma importância para a Filosofia, na medida em que a criação de uma regra constitutiva, cria a possibilidade de novas formas de comportamento, para obedecer à regra.

Finalmente, a significação prende-se com os atos ilocucionais, os quais são, carateristicamente, realizados na enunciação de sons que, por sua vez, quando produzidos na execução de um ato ilocucional, têm uma significação e intenção, com captação do traço essencial da comunicação linguística.

A intenção que vai na significação pode ser compreendia pelo ouvinte, se ele interpretar, corretamente, o ato ilocucional que pela palavra lhe transmitimos e então, adquirirá o necessário conhecimento.

Há certos paradigmas de conhecimento, que são tomados para formar o modelo de todo o conhecimento, embora no âmbito da ética e da estética o conhecimento possa fundamentar-se em sentimentos emocionais e psicológicos, inverificáveis pela experiência das ciências da natureza.

 

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domingo, 3 de janeiro de 2021

A Linguagem na Construção do Mundo

 O texto nietzschiano, inserto na obra “A Genealogia da Moral”, pretende perspetivar os processos mais importantes do idealismo, numa dialética metafísica entre: o significado, o valor e suas equivalências, o que corresponde a afirmar que a «metafísica e a religião nos seus esforços conjugados lançaram uma proibição sobre qualquer ciência do corpo, ao mesmo tempo que sobre qualquer prática filológica» (cf. NIETZSCHE, 1976: op. cit.), relegando o corpo e o significante para uma posição de dominados, o que resulta num recalcamento, cuja lógica se inscreve numa leitura do código linguístico, moral e religioso, colocando a descoberto o simbolismo cristão.

A linguagem serviu, ainda, para o homem situar o seu próprio mundo e a partir deste construir o resto do mundo e tornar-se o seu senhor. O conhecimento do mundo fundamentava-se na língua. A crença na linguagem, tornou-se um dogma, e o homem o detentor orgulhoso que se elevava acima do animal.

Pela língua se estabeleceram os conceitos, e por estes o conhecimento universal, fundamentos que fora do seu tempo se reconhecem, no entanto, errados. Na verdade, e a título de exemplo, o conceito de “castigo”, em termos semióticos, o que implica que qualquer significado só pode ser decifrado na posição de significante.

 É, portanto, e uma vez mais, o problema da língua que é tomado em consideração pela genealogia, e a deformação de um texto assemelha-se a um assassínio, porque suprime os seus vestígios. A perspetiva genealógica terá como consequências marcar a ruptura histórica, da qual tais processos constituem contragolpes.

A arte incomparável de ler bem, já estava fixada na cultura antiga, condição prévia da tradição cultural: «Os métodos são o essencial e o mais difícil, e aquilo que tem durante mais tempo contra si os hábitos e as preguiças» (Ibid.).

 Devido à opacidade dos textos metafísicos, a genealogia tem de abrir caminhos, entrelaçar códigos, numa perspetiva desenvolvimentista, colocando em relação as diversas figuras de representantes dos vários códigos: moral, religioso e até estético, pondo-se em questão o privilégio da “eterna presença do código”.

Por isso há que evitar a busca da experimentação dos valores, escudando-se na dupla defesa da revelação e da tradição, isto é, a sabedoria das leis é de origem divina, total, perfeita, um prodígio, e a afirmação de que a lei existe desde tempos imemoriais. Deus deu a lei aos antepassados, e eles viveram-na.

Parece pertinente apresentar o contra-ponto ao pensamento Nietzschiano, porque o homem não é só subjetividade vazia, linguagem opaca ou, pior do que isso, um ser sem sentido.

Na verdade, o homem de qualquer época, de qualquer religião ou raça, evoluiu ao longo dos séculos, graças à sua capacidade de construir o seu próprio mundo, no qual tem buscado, incessantemente, uma verdade absoluta e que só a poderá encontrar se tiver um projeto de salvação coletivo, num ideal comunitário de bem-comum, num projeto de felicidade universal, em completa liberdade, numa aproximação ao outro, que com ele se relaciona, mas que o transcende, que o ilumina mas não se desvela.

 

Bibliografia

 

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm, (1976). A Genealogia da Moral. 3ª Edição. Tradução de Carlos José de Meneses. Lisboa: Guimarães & Cª Editores

 

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

A Paz deve começar em cada pessoa

Regra geral: toda a pessoa, verdadeiramente humana; as famílias; as instituições; as comunidades; as sociedades; os povos; as nações de todo o mundo, perseguem objetivos, desejam alcançá-los e consolidá-los, para viverem com a maior estabilidade possível, com qualidade de vida, com tranquilidade, na maior felicidade exequível, enfim, com Paz.

Na verdade, o Papa Paulo VI, em sua primeira mensagem, para o dia de Ano Novo, dizia: «Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1 de Janeiro de 1968. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro.» (in: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Mundial_da_Paz   

Muitas são as dimensões que acompanham a existência humana, ainda que as culturas, histórias, civilizações tenham, e exerçam, os valores que consideram próprios de cada povo. Praticamente, é impossível conseguir adaptar-se valores, e as respetivas boas-práticas, comuns a todas as pessoas, e embora se deseje acreditar, que haverá valores que toda a gente gostaria de possuir, e usufruir plenamente, como por exemplo: Saúde, Trabalho, Família, Solidariedade, Justiça, Felicidade e Paz, o certo é que não é seguro que assim seja.

A Paz não é, apenas, e/ou, necessariamente, a ausência de guerra. Ela envolve, por si só, outros valores, outras práticas, de tal forma que se não existirem e não forem fruídos, então a Paz será, tão só, uma condição em que se vive, mas que não traz à pessoa humana, a tranquilidade para viver feliz, com entusiasmo, dinamismo e projetos de vida. A Paz, no conceito de ausência de guerra, é muito pouco. A Paz tem de comportar outras exigências, dimensões e realizações, para que contribua para a dignidade humana.

É rigorosamente verdade que o mundo é um aglomerado de seres, de fenómenos, de mistérios. O ser humano é, porventura, no campo do que já se conhece, o mais evoluído de todos, aquele que, verdadeiramente, constrói, destrói, desenvolve e desfruta de uma cultura, desde logo, na sua própria educação, formação ao longo de toda a vida, sem que alguma vez se sinta plenamente realizado, feliz, todavia, poderá encontrar alguma tranquilidade, uma sensação de bem-estar, de conforto material e espiritual.

Se assim for, então, parta-se da aceitação de que a Paz deve começar em cada pessoa, em cada um de nós, e depois, qual vento circulante, expandir-se para as outras pessoas, cada uma destas, igualmente se esforçando por construir a sua própria Paz, continuando a envolver sempre mais pessoas, povos e nações. Resulta que a grande estratégia será a “Soma das Pazes individuais” para se erigir a Paz Mundial, porque é necessário o contributo de todos, em liberdade e com responsabilidade.

Aproveito esta oportunidade: primeiro para pedir desculpa por algo que, involuntariamente, tenha cometido e magoado alguém; depois para desejar: um próspero Ano Novo de 2021, com saúde, trabalho, amor e felicidade. Que 2021 nos restitua grande parte do que nos foi retirado em 2020 e que a normalidade, em que sempre temos vivido, regresse rapidamente a todo o mundo.


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