sábado, 29 de junho de 2019

Habilidade para uma boa Relação Humana

Todas as comunicações humanas apresentam dificuldades que os interlocutores procuram, por vezes, resolver e, outras vezes, complicam:
a) Um primeiro problema, que se coloca, é que em todas as comunicações humanas ninguém imagina que há dificuldade quer se esteja a conversar com uma pessoa, ou com um grupo, porque todos pensam, com demasiada frequência, que as pessoas não só ouvem o que se diz, mas também entendem, concordam e agem de acordo com o que ouviram, exatamente da maneira que se pensa que o deviam fazer;
b) Uma outra dificuldade é que os indivíduos, de uma maneira geral, não são muito bons ouvintes, realmente a escutar, quando alguém fala com eles e depois a entender, corretamente, o que ouvem;
c) É importante, e contribui para o êxito comunicacional, o domínio e compreensão de três técnicas das comunicações: «Audição eficiente; interpretação da linguagem corporal – a arte de ver o que as outras pessoas estão a pensar; apresentação eficiente». (LIDSTONE, 1994:16).
É pela fala que se procura afirmar a vontade individual, os pontos de vista de cada um e a própria autoridade, enquanto que a audição é, geralmente, considerada uma atitude passiva, e/ou de concordância e, como refere o adágio: “Quem cala, consente”.
Em geral, as pessoas que são boas a ouvir, tendem a ser boas a comunicar com eficiência, por exemplo, nos contactos com a Comunicação Social, é fundamental utilizar-se uma comunicação eficaz, justamente, através de uma escuta ativa, até porque: «Quando falamos sentimos que controlamos os acontecimentos ou situações. Todavia, quando falamos, embora possamos satisfazer as nossas próprias necessidades, não consideramos as necessidades dos outros. Na verdade, quanto mais falamos menos aprendemos». (Ibid.:18).
a) A velocidade com que o ser humano fala;
b) Distrações exteriores, tais como: fadiga, desconforto pessoal, ruídos diversos, demasiado conforto, mensagens indecifráveis;
c) Interpretação e distorção – ambiente cultural e educacional de quem fala e, na mente do ouvinte, a linguagem pouco precisa de quem a usa, ideias preconcebidas, suposições sobre o que ouvimos;
d) Barreiras pessoais, desde logo a partir dos próprios preconceitos, conversas e vocabulário que desinteressa o ouvinte ou provocam neste, irritação e sentimentos de repulsa;
e) Má audição, por razões de interferência das barreiras enunciadas, pode provocar graves danos, como por exemplo: erros ortográficos, de construção e de sentido da frase.
A importância dada ao ouvinte atencioso, significa um grande contributo para que a comunicação humana seja proveitosa, para os interlocutores envolvidos. Em certas situações, bem específicas, mais importante do que falar é ouvir, todavia, nem todas as pessoas têm bem apurada esta faculdade, não no sentido patológico, antes na perspectiva cultural, educacional e técnica.
Afigura-se, portanto, necessário, indicar algumas técnicas para uma boa audição, tais como:
a) Domínio completo sobre a atenção consciente e concentrada no assunto que se está a abordar;
b) Evitar distrações, principalmente, em relação a outras conversas, barulhos de trânsito, propaganda sugestiva, toques e conversas telefónicas, no local onde decorre o diálogo;
c) Prestar atenção fisicamente à pessoa que fala, permanecendo-se de frente para ela, mantendo-se um bom contacto visual;
d) Prestar atenção psicologicamente a quem fala, o que se está a dizer, procurar ouvir bem o tema central de quem fala, manter um espírito aberto e não tirar conclusões precipitadas, ignorar o vestuário de quem fala, a voz, o penteado, o sexo, a etnia e a apresentação, eventualmente pobre; prestar atenção aos filtros emocionais;
e) O que está e como está a ser dito determinado tema, atendendo ao modo como a pessoa fala, e transmite as suas ideias, incluindo os movimentos físicos que faz enquanto fala;
f) O que não está a ser dito, procurando-se ler/entender o sentido do que está omisso, e descodificar a designada «Agenda Escondida».
A boa estratégica sugere alguns cuidados a observar: «Como os nossos hábitos de audição se desenvolvem mais por acaso do que por treino, muitos de nós somos ouvintes pouco ou nada eficientes. Encontros bem-sucedidos com a imprensa dependem do domínio que possuirmos sobre os factos. Quando estivermos a ouvir é preciso: estar atento fisicamente; estar atento psicologicamente ao que se está a dizer, à maneira como se diz e ao que não se está a dizer». (Ibid.:25)

Bibliografia

LIDSTONE, J. (1994). Como Lidar com os Media: Como Gerir as Entrevistas para a Televisão, Rádio e Imprensa. Tradução, Francisco de Oliveira Faia, Mem Martins: CETOP – Centro de Ensino Técnico e Profissional à Distância.

Com o protesto da minha perene GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
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TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística  http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de
COMENDADOR das Ciências da Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker – Brasil. (2017)

DOCTOR HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.


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sábado, 22 de junho de 2019

Comunicação

A comunicação é uma daquelas atividades humanas que todos conhecem, mas poucos conseguem definir, pelo menos no seu sentido mais abrangente, desde logo, porque, e simplesmente, a comunicação: é falar uns com os outros; é televisão, rádio, imprensa, internet; é divulgar informação; é o próprio penteado; é a obra de arte, qualquer que seja o seu estilo e época; é a crítica literária.

Se se partir da premissa, segundo a qual, o comportamento não tem oposto, porque não existe o não-comportamento, isto é, um indivíduo não pode não-se-comportar, e se se aceitar que todo o comportamento tem valor de mensagem, ou seja, é comunicação, então é impossível o indivíduo não comunicar, porque: atividade ou inatividade; palavra ou silêncio; tudo possui um, valor de mensagem, influencia outros e estes outros, por sua vez, não podem não-responder a essas comunicações e, portanto, também estão comunicando.
A mera ausência de falar ou de observar não constitui exceção e, deste modo, uma pessoa que se encontre, por exemplo, de olhos fechados, silenciosa e quieta, poderá estar a comunicar que não quer falar com ninguém, nem que falem com ela.
Pode-se ficar com a ideia de que o ser humano está sujeito à inevitabilidade de comunicar, que consiste no facto de ninguém ser capaz de não-comunicar, porque a simples presença de um indivíduo envolve a emissão de mensagens, com significados determinados, para os seus intérpretes. Voluntária ou involuntariamente, o comportamento humano tem sempre um valor de mensagem para quem o lê.
Tomando por base a etimologia, a palavra comunicação deriva do latim “communis”, que significa comum e comunicar poderá, então, significar, tornar comum, inaugurando a passagem do individual ao coletivo, entendido como condição de toda a vida social.
E se inicialmente o termo significava troca de palavras, de coisas, de bens e serviços, hoje, assume um sentido não material, porque se trata de uma troca de mensagens significativas, e que envolve determinados elementos: emissor; recetor; código; mensagem; canal e ruídos.
Também se invoca um outro conceito da palavra comunicação humana, como sendo um processo bidirecional, que relaciona, pelo menos, dois indivíduos, envolvendo diversos fatores ou elementos, estes já antes indicados.
Neste conceito a palavra comunicação: «deriva do verbo latino communicare – conversar, trocar ideias, expor e consultar. Relaciona-se, ainda, com a ideia de commnunitas – comunidade ou comunhão. Partilhamos e trocamos conhecimentos, sentimentos as experiências de modo a alterarmos reciprocamente os nossos comportamentos.» (cf. MARQUES; RAPOSO, s.d.:3).
Também poderemos perspetivar uma outra noção de comunicação, segundo a qual: «Em qualquer projeto, a comunicação entre as pessoas é fundamental. É no ato comunicativo que partilhamos ideias/propostas, analisamos a situação atual e delineamos as fases seguintes. Segundo os dicionários portugueses, a palavra comunicação deriva do latim comunicare, que significa “tornar comum”, “partilhar”. A comunicação pressupõe, deste modo, que algo passe do individual ao coletivo. Os seres humanos são obrigados a cooperar uns com os outros, formando grupos/redes para alcançar certos objetivos que a ação individual isolada não conseguiria alcançar.» (FERNANDES, 2014).
Os indivíduos agem e comportam-se socialmente: uma conduta individual toma as outras pessoas como objeto e, essas pessoas, são interlocutoras e parceiras, respondem às ações do indivíduo considerado, embora, as relações não sejam sempre desta forma.
À comunicação corresponde um determinado efeito social, já que dela resulta a modificação do comportamento ou da convicção do recetor, porque misturando elementos intencionais, e devidamente calculados, com elementos espontâneos e, até certo ponto, involuntários, a comunicação produz mudanças variadas nos comportamentos.
Por isso se pode aceitar que a primeira forma de interação humana, a estudar, é a comunicação, que se pode entender como sendo um mecanismo que sustenta a existência, desenvolvimento e transmissão das significações entre as pessoas.
A comunicação humana não pode pré-existir às relações entre os indivíduos, pois consiste em criar um estado de espírito comum entre aquele que comunica e aquele que recebe a comunicação, o que supõe relações anteriores. Reciprocamente, uma sociedade não funciona se não existir a comunicação.
Os homens não são máquinas, e toda a interação humana subentende a mediação de ideias que são comunicadas. Daqui podem extrair-se conclusões interessantes, no quadro das relações humanas quotidianas, como por exemplo: a relação professor-aluno pode levar a pensar em bases segundo as quais o aluno, sujeito-alvo, atribui poder ao professor, agente-influenciador e, certamente, reconhecer-lhe poder de competência; por sua vez, o professor poderá reconhecer ao aluno poder de recompensa e de punição, através da simpatia ou antipatia que o aluno demonstra.
Quando se abordam as questões da comunicação, um dos tipos que se discute, coloca-se ao nível da comunicação verbal, diretamente conotado a uma língua, esta considerada indispensável na produção de documentos, que transmitem informação diversa, conforme a sua origem, destinatários e objetivos, comportando em si mesmo significações, que o leitor terá de interpretar corretamente, no sentido que o remetente pretende dar à informação produzida.
O que, imediatamente, se infere desta reflexão, é a importância de dominar muito bem a língua que se utiliza na comunicação verbal, porque: «Falar uma língua é adotar uma forma de comportamento regido por regras, sendo estas regras de uma grande complexidade. Aprender e dominar uma língua é (interaliar) aprender e dominar estas regras. Este é um ponto de vista familiar à filosofia e à linguística, mas dele nem sempre se tiraram todas as consequências.» (SEARLE, 1981:21).
Naturalmente que existem algumas orientações para se introduzirem regras (há quem lhes chame truques), simples e acessíveis à linguagem popular, para melhorar a transmissão dos comunicados humanos, de que se podem destacar algumas delas:
a) Pronunciar as palavras corretas e claramente;
b) Falar distintamente, com boa dicção, nem muito alto, nem muito baixo;
c) Concentrar-se na sua mensagem e levar os interlocutores a fazerem o mesmo;
d) Não usar maneirismos, nem palavras complicadas e os termos técnicos apenas, e quando, for absolutamente necessário e, se possível, perante um auditório especializado no tema;
e) Ser breve, conciso, preciso, estruturante quanto aos objetivos a atingir;
f) Manter uma postura correta, gestos comedidos que acompanham a palavra, controlo de voz, que evite os sons excessivamente agudos ou graves;
g) Mostrar um rosto aberto, interessado e convicto, sobre o assunto que está a expor.
O relacionamento humano seria impossível sem o ato comunicativo, entendido este como uma interação entre pessoas, que desejam a convivencialidade societária, seja em contexto familiar, profissional, social, político, religioso ou outro.
As relações humanas pressupõem diálogo, troca de ideias, transmissão de conhecimentos, divulgação de factos, manifestação de sentimentos e tantas outras intervenções, só possíveis pela comunicação, verbal, e/ou, não verbal.
Qualquer dos tipos de comunicação (verbal e não verbal) quando utilizado um, este será tanto mais enriquecido quanto mais se recorrer, adequada e complementarmente, ao outro, imprimindo sempre naturalidade, sinceridade e entusiasmo na apresentação do tema, independentemente do auditório a quem se dirige a comunicação.
A comunicação forçada, simulada, afetada e muito sofisticada pode, em certos contextos, dificultar a compreensão da mensagem que se pretende divulgar e, consequentemente, os efeitos pretendidos e objetivos a alcançar ficam prejudicados porque: «Todos nós admiramos os oradores que conseguem dar naturalidade às suas alocuções, que não têm medo de se expressar, nenhum receio de utilizar a única, individual, imaginativa maneira de dizer o que têm a dizer ao auditório.» (CARNEGIE, 1962:188).

Bibliografia

CARNEGIE, D. Como Falar Facilmente, 6ª edição. Tradução, Mário Domingues, Porto: Livraria Civilização. 1962
FERNANDES, Cecília Manuela Gil Carrondo, (2014). Dissertação de Mestrado: “Turismo, Inovação e Desenvolvimento”, Viana do Castelo: IPVC-Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
MARQUES, R. & RAPOSO, R. Comunicação I. Lisboa: IEFP/Núcleo de Apoio à Aprendizagem – Departamento de Formação Profissional para o Sector Terciário. S. Data.
SEARLE, J. R. Os Actos de Fala – Um Ensaio de Filosofia da Linguagem. Tradução, Coordenação de Carlos Vogt. Coimbra: Livraria Almedina. 1981


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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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domingo, 16 de junho de 2019

Conflito versus Decisão


A maioria dos conflitos tem a sua origem no comportamento de pessoas difíceis que, tecnicamente, se designam por “Fontes-de-Dor (FDD)” e que, constituindo grande parte dos contactos humanos diários, provocam muitas frustrações.
As pessoas difíceis podem encontrar-se em quaisquer circunstâncias, locais e tempo. Qualquer pessoa que, premeditada e intencionalmente, se assuma como “Fonte-de-Dor”, sabe conduzir-se de forma a provocar o desgaste, a desorientação e até a humilhação da (s) pessoa (s) que pretende atingir.
Gerir a conflitualidade de forma imperturbável, alimentar uma situação de permanente mal-estar, através de argumentos e atitudes aparentemente corretos, e legais, são técnicas que as pessoas difíceis utilizam muito bem.
Tomar boas decisões dá trabalho. Exige dispêndio de tempo, de energia e de recursos. As pessoas podem ter um elevado grau de controlo sobre as suas vidas, e sobre o que lhes acontece através de um constante e consciencioso uso da tomada de decisão. Para tal é necessário que seja conscientemente assumida a responsabilidade de tomar decisões.
Existe um processo para tomar boas decisões, que pode ser aprendido e praticado. Como qualquer outra competência, a capacidade para tomar decisões torna-se mais simples e mais efetiva com a prática.
Uma boa decisão é formada através da utilização do processo de tomada de “Decisão Planeada”, mesmo se as suas consequências não correspondam às que são sempre as desejadas. O uso do processo de tomada de “Decisão Planeada”, não significa, necessariamente, que as consequências sejam as melhores.
Quando um pai ensina o seu filho, está a prepará-lo para que tome decisões, tendo em conta valores que lhe foram incutidos, ou aprendidos ao longo da vida. Os valores não dizem como tomar uma decisão, nem mesmo qual a melhor alternativa a seguir, são apenas guias, que mostram como chegar ao objetivo final, através de linhas condutoras. São faróis que iluminam um determinado caminho.
Para se compreender melhor todo o mecanismo da negociação, importa reter alguns conceitos. Com este objetivo, pode-se aceitar que a Negociação será: a) Uma forma conjunta de resolução dos problemas contidos numa relação de interesses; b) Processo onde duas ou mais partes tentam concordar sobre o que cada uma deve dar e receber, ou fazer e receber em uma transação; c) Os agentes ativos da negociação ou transação são os próprios detentores da relação de interesses; d) São eles os negociadores e não terceiros.


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domingo, 9 de junho de 2019

Estratégias de Negociação e de Assertividade

Para se compreender melhor todo o mecanismo da negociação, importa reter alguns conceitos. Com este objetivo, pode-se aceitar que a Negociação será: a) Uma forma conjunta de resolução dos problemas, contidos numa relação de interesses; b) Processo onde duas ou mais partes tentam concordar sobre o que cada uma deve dar e receber, ou fazer e receber em uma transação; c) Os agentes ativos da negociação ou transação são os próprios detentores da relação de interesses; d) São eles os negociadores e não terceiros.
Partindo do princípio que algumas das causas do conflito se situam ao nível: a) Dos “mal-entendidos entre as partes (da situação ou problema); b) Do desacordo sobre a natureza do assunto e sua solução; c) Ameaça as necessidades e interesses pessoais; e que tanto pode ser negativo (quando toma a atenção de outras atividades importantes; mina a moral, a ética e a autoimagem; polariza pessoas e grupos, reduzindo a cooperação; aumenta ou aguça as diferenças; conduz a um comportamento irresponsável e danoso); e abordando o conflito pelo seu lado positivo (quando: i) resulta no esclarecimento de importantes problemas e assuntos; ii) redunda na solução de problemas; iii) causa comunicação autêntica; iv) ajuda a canalizar, positivamente, emoções, ansiedades e stress; v) facilita a cooperação entre as pessoas, através do conhecimento recíproco; vi) ajuda a desenvolver compreensão e habilidades), importa ter capacidade para colocar o conflito, no seu estágio inicial, num modelo de escalada que revele maturidade das partes, através do bom-senso, da prudência, em suma, da sabedoria.
O grau de desenvolvimento emocional, no âmbito de um modelo onde prevalece a maturidade, organiza-se a partir das seguintes características: a) Relações interpessoais normais; b) Alguns momentos de conflito; c) Resolução baseada em grande cuidado e mútua empatia; d) Ampla troca de informações relevantes; e) Interesses prevalecem em detrimento de posições; f) As partes buscam soluções objetivas de forma cooperativa; g) Defesa obstinada de um ou mais pontos de vista, por uma ou ambas as partes, faz o conflito mudar para o próximo estágio (o da imaturidade, que, no limite, conduz o processo até à exaustão financeira ou física e o conflito será decidido na Justiça)
Uma das estratégias de negociação possíveis, no domínio da resolução de conflitos, passa por diversas técnicas e/ou atitudes a saber:
a) Cooperar: i) As partes necessitam e aceitam trabalhar em conjunto para atender interesses comuns, associados a causas dos conflitos; ii) A continuidade do relacionamento for importante; iii) Aprender e compartilhar conhecimentos, forem fatores críticos; iv) Obter o comprometimento das partes com os objetivos e soluções;
b) Desenvolvimento de Competências Essenciais: i) Entendendo os valores, necessidades e motivações humanas; ii) Fundamentos da negociação, Ganha-Ganha; iii) Competências interpessoais fundamentais; iv) Lidando com pessoas difíceis;
c) Decidindo por Consenso: i) Construir confiança. Não é uma competição, todos devem expressar suas ideias e opiniões, sem medo; ii) Durante o processo, assegurar-se de que todos estão contribuindo para a obtenção do consenso desejado, bem como ouvindo, com atenção, e mantendo um elevado nível de entendimento; iii) Todos devem contribuir com ideias e conhecimentos relacionados ao assunto abordado, mantendo o grupo concentrado no assunto; v) Deve-se admitir a discordância, contudo, a pessoa que discorda deve manter-se flexível e contribuir para o alcance dos objetivos desejados; vi) Separar os assuntos das pessoas; vii) Estar disposto a gastar um bom tempo neste processo. A rapidez não é um sinal de qualidade. O pensamento necessita ser extraído para fora.” (Cf. CAVAGNOLI, 2004)
Na comunicação e relacionamento interpessoal, ao utilizar-se um comportamento comunicacional assertivo, é necessário considerar que existem regras, consubstanciadas nos “Direitos de Assertividade”, estes, exercidos de igual modo pelas partes, que os devem aceitar reciprocamente, sem que isso, minimize a importância dos interlocutores.
Destacam-se alguns desses direitos: «1) Tenho o direito de exprimir as minhas opiniões, os meus sentimentos e as minhas vontades, sem me sentir a violar os direitos dos outros; 2) Tenho o direito de ser escutado; 3) Tenho o direito de não utilizar nem entender subentendidos; 4) Tenho o direito de não dar explicações que justifiquem os meus comportamentos; 5) Tenho o direito de solicitar informação sempre que não compreender algo; 6) Tenho o direito de dizer “não sei” sem, por isso, me considerar estúpido; 7) Tenho o direito de mudar de opinião sem, por isso, me considerar incoerente; 8) Tenho o direito de não ser lógico; 9) Tenho o direito de estabelecer as minhas prioridades; 10) Tenho o direito de ter aquilo por que paguei, ou o direito ao reconhecimento e à reclamação; 11) Tenho o direito de não ser assertivo; 12) Tenho o direito de não ser perfeito; 13) Tenho o direito de cometer erros ou ter falhas sem me sentir culpado ou sofrer, por isso, controlo mais apertado; 14) Tenho o direito de ser independente, isto é, de não gostar de toda a gente e de não me responsabilizar pelos problemas dos outros; 15) Tenho o direito de dizer “NÃO” à cooperação com os outros sem, por isso, me sentir egoísta.» (AZEVEDO, 1999:54-64)
Construir, desenvolver e sustentar um discurso assertivo, implica dominar algumas técnicas e que, na circunstância, por se considerar pertinente, aponta-se, como viável a denominada “Técnica dos 5 Eu” que: «fornece um esquema básico de organização da comunicação assertiva. (…); Ajudará melhor a combater comportamentos passivos, onde os houver. (…); “Serve tanto para elaborar o guião prévio dum diálogo como para o pilotar, isto é, utiliza-se tanto antes como durante. (…) Na prática, agrupa-se tudo o que se quer transmitir, seja de carácter cognitivo, volitivo ou emocional, debaixo de cada uma das 5 posições do Eu.” (Ibidem, 69). A “Técnica dos 5 Eus, desenvolve-se por cinco atitudes assertivas, a saber:
«1) EU VEJO – Descrevo, sem dar opiniões e da maneira mais objetiva e desapaixonada possível, a situação. Refiro o que os meus sentidos veem, ouvem, tocam, provam e cheiram. Por exemplo, “vejo que a sua mesa está cheia de papéis e livros” e não “vejo que a sua mesa está em completa desordem”, porque desta forma estou a interpretar. (…) ou: “Ouvi, esta manhã, o seu telefone a tocar 5 vezes” em vez de “Esta manhã o seu telefone não parou de tocar”. O interlocutor, com uma tal base objetiva e neutra dificilmente será levado a defender-se, a negar os factos ou a retaliar;
2) EU PENSO – Apresenta a interpretação da situação. Esta é a interpretação de um dos interlocutores e, por isso, deve aparecer sempre como “Eu”, para que o outro tome a afirmação como opinião e não como verdade absoluta e definitiva. Poder-se-á substituir por “suponho que”, “imagino que” ou “creio que” para, em certas circunstâncias, dar um tom mais opinativo; (…) De resto, quando se diz: “Eu penso que”, depois de se ter descrito uma situação, quer-se dizer que se está disponível para novas interpretações, se houver mais informação e se os outros interlocutores trouxerem novas luzes para a questão.
3) EU SINTO – Permite a expressão do que realmente está a sentir. Trata-se de uma emoção específica. Estou alegre; estou satisfeito; estou zangado; estou aborrecido; sinto-me desapontado; sinto-me preocupado (…) Deve, por isso, evitar-se, embora nem sempre seja possível (…) porque estas expressões acabam por se centrar, sobretudo, na pessoa do interlocutor em vez de se centrarem em quem fala;
4) EU QUERO – Na comunicação operativa, quem fala quer sempre algo, no mínimo mostrar satisfação, desagrado ou outra emoção, por palavras ou atos, que o afetam e em que o interlocutor interveio. No caso do exemplo do telefone, já referido em 1), poderá dizer-se, ainda: “Quero que tome alguma iniciativa para o telefone não tocar”. A decisão pode ser cooperativa, mas não tem que ser necessariamente, porque, como se viu, os seres humanos têm o direito a optar pela cooperação ou pela não-cooperação, de acordo com as expectativas, as regras estabelecidas e aceites e de acordo com o juízo particular de cada circunstância;
5) EU PRETENDO – Quer-se exprimir, deste modo, a finalidade dos atos e dos sentimentos, de modo a que o interlocutor veja só o que está no diálogo e não crie biombos à comunicação. (…) Se não exprimir as minhas finalidades (creio que é preferível falar de finalidades a falar de intenções, porque as intenções são geralmente tidas como finalidades escondidas e manipuladoras, e por isso se diz que de “boas intenções está o inferno cheio”, corro o risco de vir a provocar congeminações estéreis no interlocutor. A assertividade implica antecipação. (…)
Nesta técnica é fundamental: “Não omitir qualquer posição. Como se vê, esta técnica assenta em princípios de comunicação conhecidos. Distinguem-se factos de opiniões e vontades de finalidades. O que é eventualmente típico da assertividade é a aplicação destes princípios à comunicação corrente e a importância reconhecida à afirmação explícita dos sentimentos. Efetivamente os sentimentos são, com frequência, o elemento que provoca a confusão entre factos e opiniões, e entre vontades e finalidades.
Ao reservar-lhes tratamento autónomo e relevante, a assertividade evita a contaminação dos outros elementos e a própria, porque os sentimentos degradam-se se não forem libertados. (…) A comunicação só lucrará se os comunicadores distinguirem perfeitamente opiniões, constatações, sentimentos, vontades e finalidades.» (Ibidem, 69-72).
Para se compreender melhor todo o mecanismo da negociação, importa reter alguns conceitos. Com este objetivo, pode-se aceitar que a Negociação será: a) Uma forma conjunta de resolução dos problemas contidos numa relação de interesses; b) Processo onde duas ou mais partes tentam concordar sobre o que cada uma deve dar e receber, ou fazer e receber em uma transação; c) Os agentes ativos da negociação ou transação são os próprios detentores da relação de interesses; d) São eles os negociadores e não terceiros.

Bibliografia

AZEVEDO, Lemos, (1999). Comunicar com Assertividade. Lisboa: Instituto do emprego e Formação Profissional/Ministério do Trabalho, do Emprego e Segurança Social

CAVAGNOLI, Irani, (2004). Mediação e Arbitragem. São Paulo: Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo

Venade/Caminha – Portugal/Brasil, 2019

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domingo, 2 de junho de 2019

Fatores que Influem na Conquista da Resolução

A situação ideal quando se toma uma decisão, passa por não existir intervenção de qualquer fator externo. Essa seria a forma mais pura de decidir, sem pressões, nem condicionalismos de qualquer espécie, onde o que prevalece é a melhor das alternativas encontradas para a resolução do problema.
Mas o ser humano é muito complexo, as suas necessidades, incertezas, valores, desejos, etc., individualmente, ou em conjunto, influenciam o processo de tomada de decisão, levando, por vezes, a uma decisão de qualidade inferior em prol de uma necessidade ou desejo. Neste contexto, é de salientar a envolvente que rodeia o indivíduo e, como tal, a tomada de decisão, isto é, a cultura organizacional e/ou social presente.
As necessidades fazem alterar os comportamentos, quer seja uma necessidade básica ou não. Maslow construiu uma pirâmide que representa as necessidades dos indivíduos, defendendo que o indivíduo satisfaz as suas necessidades da base para o topo da pirâmide, e esta é constituída da base para o topo pelas seguintes necessidades: fisiológicas, de segurança, de amor, de estima e de autorrealização.
Toda e qualquer decisão é afetada por uma ou mais necessidades do decisor. A incerteza e o risco são dois fatores que, normalmente, “andam de mãos dadas”. Muitas decisões têm um elevado grau de incerteza, normalmente acontecem em situações que o indivíduo não está familiarizado, nestes casos, a escolha entre as alternativas disponíveis tem grau de risco associado, porque na fase de análise, o auxílio de uma matriz ocorrência/nível de impacto, pode ser uma mais-valia na elaboração de decisões de contingência, na eventualidade da decisão primária falhar.
A matriz tem como “output” dois resultados possíveis, risco baixo ou elevado, consoante o impacto e a probabilidade de ocorrência. Caso a decisão se situe nos quadrados cinzentos, existe uma probabilidade elevada da decisão falhar, o que implica escolher uma estratégia de contingência, caso não se queira alterar a decisão.
A tomada de decisão tem por base a existência de um conjunto de critérios, de entre os quais se encontram os valores do próprio decisor e o peso que cada um adquire, em cada momento, ou em cada situação. Desde pequenos que os indivíduos são ensinados: o que, como e o porquê, executar uma tarefa de determinada forma.
Quando um pai ensina o seu filho, está a prepará-lo para que tome decisões, tendo em conta valores que lhe foram incutidos, ou aprendidos ao longo da vida. Os valores não dizem como tomar uma decisão, nem mesmo qual a melhor alternativa a seguir, são apenas guias, que mostram como chegar ao objetivo final, através de linhas condutoras. São faróis que iluminam um determinado caminho.
Na tomada de decisão, considerando, unicamente, os valores e não tendo em conta todos os outros fatores inerentes ao processo que podem influenciar a decisão, quando se fazem opções, os pesos que representam os valores fazem pender a balança para um dos lados.
Os valores são adquiridos ao longo do tempo. Para que se possa entender como os valores influenciam o pensamento e as decisões, apresenta-se um exemplo extremo, mas simples: “Hitler desenvolveu um programa de segurança e bem-estar para o seu povo, tendo uma clara consciência do que queria, a criação de uma raça pura.
 Acompanhado por valores na busca do seu objetivo, não tinha problemas em chacinar um povo em prol da concretização do seu ideal, o seu bem-estar, o bem-estar do povo germânico. No entanto, os valores de Hitler não eram valores aceitáveis para outras sociedades e culturas, gerando-se assim um conflito de valores.”
Quando os valores dos indivíduos estão bem definidos, a tomada de decisão torna-se mais simples, as possíveis alternativas que não satisfaçam os valores do decisor, nunca chegam a ser uma alternativa, tornando a tomada de decisão mais rápida, e com menos incertezas.
A cultura é um outro fator que influencia a tomada de decisão. O poder que um indivíduo possui, no meio que o rodeia, deve convergir com os valores do poder instituído. Quando inserido numa determinada cultura, seja ela social ou organizacional, existem linhas orientadoras que identificam essa comunidade.

Bibliografia

ARMSTRONG, Michael (2005). Como ser Ainda Melhor Gestor. Guia completo de técnicas e competências essenciais. Trad. Geraldine Correia e Raquel Santos. Lisboa: Atual Editora


Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
NALAP.ORG 

TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística  http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de 

DOCTOR HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.

sábado, 1 de junho de 2019

A Criança e a Comunidade Hodierna

Se as pessoas adultas são consideradas como um dos mais valiosos e rentáveis recursos naturais, ao serviço de quase todos em geral, e de cada qual em particular, então as crianças são a garantia desses recursos, a reserva mundial, com a vantagem de que poderão ser muito melhores, em todos os sentidos, do que as atuais gerações mais velhas.

As crianças são um tesouro de valor inestimável que, devidamente instruídas, em todas as suas capacidades, contribuirão para a riqueza das nações, justamente, através da sua educação e formação. A sociedade contemporânea, pela atuação dos seus máximos representantes: políticos, empresários, familiares, religiosos, terá um papel preponderante na defesa das crianças que, como se sabe, são vítimas das maiores atrocidades físicas, psicológicas e morais.
As crianças de hoje, em muitas partes do mundo, tal como ocorreu durante a Revolução Industrial, continuam a ser exploradas, para diversas finalidades, incluindo o enriquecimento material de indivíduos sem valores ético-morais, sem escrúpulos. São milhões de crianças a sofrer abusos de toda a ordem, vítimas inocentes: da pedofilia, da prostituição, da guerra, da fome, do analfabetismo, da falta de cuidados de saúde, de habitação, de educação e formação, enfim, de amor.
Crianças que são um estorvo para muitos progenitores, uma despesa para certos governantes, um negócio, quando ainda sob a forma de feto, sem culpa formada, são assassinadas, a troco de intervenções clínicas, bem pagas. Mas, afinal, o que se pode afirmar com segurança é que nenhuma criança: a) pediu para nascer; b) escolheu os seus pais; c) cometeu qualquer crime. Então porque se condenam as crianças às penas mais degradantes, incluindo o castigo capital – a morte –?
Apesar de existir um quadro negro, felizmente, não generalizado, acerca da situação de milhões de crianças, na sociedade atual, também é verdade que, em bastantes países, muito se tem feito pela dignificação da criança, pela sua valorização moral e espiritual e pela sua preparação para a vida ativa, no futuro. É verdade que, em geral, existe uma forte sensibilidade para a proteção dos superiores interesses da criança.
Os países mais desenvolvidos têm, desde há várias décadas, apostado tudo na educação e formação das crianças e dos jovens (também nos adultos), e o que se verifica, sem grande esforço científico, é que nesses países o nível e qualidade de vida da população são de excelência.
O investimento nas crianças é a melhor estratégia para um mundo melhor, um futuro promissor que pode beneficiar: a humanidade em geral; e muitos dos atuais responsáveis, aqueles que pertencem a gerações novas, mas já no poder, que se tiverem uma visão estratégica para a construção de uma humanidade mais afetivista, investem numa educação com objetivos diferentes.
Na verdade e: «Entretanto a escola deverá e muito rapidamente sofrer grandes transformações para redefinir sua missão, hoje tão voltada exclusivamente para transformar crianças e jovens em eficientes prestadores de qualidade de mão-de-obra para o mercado do trabalho, hoje tão erroneamente endeusado, para concomitante e eficazmente ensinar um humanismo prático e direto, de forma que em poucas gerações comece a surgir um novo homem e uma nova mulher, mais afetivamente equilibradas e distanciadas dos pontos extremos e exacerbados que foram levados a viver, em decorrência de ensinamentos falhos e incompletos …» (COLETA, 2005:19).
Olhar as crianças como um futuro mais promissor e humano, porque elas estão na idade de tudo receberem, qual recipiente vazio, que se pode encher com o que se desejar, qual tábua rasa de cera, onde se pode escrever tudo, sem prejuízo do exercício da sua criatividade, espontaneidade e liberdade.
As crianças devem ser preparadas para o seu próprio futuro e também do dos seus descendentes, podendo, eventualmente, beneficiar os próprios progenitores. A sociedade atual é responsável pela degradação de milhões de crianças, pelo que deve assumir um novo comportamento, no sentido de as resgatar da humilhação a que elas vêm sendo submetidas.
Esta nossa sociedade, tão avançada científica e tecnologicamente, não se deve envergonhar de assumir as responsabilidades do estado degradante em que se encontram milhões de crianças por esse mundo, de resto, em todas as nações há “pingos sujos” a mancharem o lençol branco da inocência destas crianças.


Bibliografia

COLETA, António Carlos Dela, (2005). Primeira Cartilha de Neurofisiologia Cerebral e Endócrina, Especialmente para Professores e Pais de Alunos de Escolas do Ensino Fundamental e Médio, Rio Claro, SP – Brasil: Graff Set., Gráfica e Editora
  
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
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TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística  http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de

DOCTOR HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.


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