Se as pessoas adultas são consideradas como um dos
mais valiosos e rentáveis recursos naturais, ao serviço de quase todos em geral,
e de cada qual em particular, então as crianças são a garantia desses recursos,
a reserva mundial, com a vantagem de que poderão ser muito melhores, em todos
os sentidos, do que as atuais gerações mais velhas.
As crianças são um tesouro de valor inestimável
que, devidamente instruídas, em todas as suas capacidades, contribuirão para a
riqueza das nações, justamente, através da sua educação e formação. A sociedade
contemporânea, pela atuação dos seus máximos representantes: políticos,
empresários, familiares, religiosos, terá um papel preponderante na defesa das
crianças que, como se sabe, são vítimas das maiores atrocidades físicas,
psicológicas e morais.
As crianças de hoje, em muitas partes do mundo, tal
como ocorreu durante a Revolução Industrial, continuam a ser exploradas, para
diversas finalidades, incluindo o enriquecimento material de indivíduos sem
valores ético-morais, sem escrúpulos. São milhões de crianças a sofrer abusos
de toda a ordem, vítimas inocentes: da pedofilia, da prostituição, da guerra,
da fome, do analfabetismo, da falta de cuidados de saúde, de habitação, de
educação e formação, enfim, de amor.
Crianças que são um estorvo para muitos
progenitores, uma despesa para certos governantes, um negócio, quando ainda sob
a forma de feto, sem culpa formada, são assassinadas, a troco de intervenções
clínicas, bem pagas. Mas, afinal, o que se pode afirmar com segurança é que
nenhuma criança: a) pediu para nascer; b) escolheu os seus pais; c) cometeu
qualquer crime. Então porque se condenam as crianças às penas mais degradantes,
incluindo o castigo capital – a morte –?
Apesar de existir um quadro negro, felizmente, não
generalizado, acerca da situação de milhões de crianças, na sociedade atual,
também é verdade que, em bastantes países, muito se tem feito pela dignificação
da criança, pela sua valorização moral e espiritual e pela sua preparação para
a vida ativa, no futuro. É verdade que, em geral, existe uma forte
sensibilidade para a proteção dos superiores interesses da criança.
Os países mais desenvolvidos têm, desde há várias
décadas, apostado tudo na educação e formação das crianças e dos jovens (também
nos adultos), e o que se verifica, sem grande esforço científico, é que nesses
países o nível e qualidade de vida da população são de excelência.
O investimento nas crianças é a melhor estratégia
para um mundo melhor, um futuro promissor que pode beneficiar: a humanidade em
geral; e muitos dos atuais responsáveis, aqueles que pertencem a gerações novas,
mas já no poder, que se tiverem uma visão estratégica para a construção de uma
humanidade mais afetivista, investem numa educação com objetivos diferentes.
Na verdade e: «Entretanto
a escola deverá e muito rapidamente sofrer grandes transformações para
redefinir sua missão, hoje tão voltada exclusivamente para transformar crianças
e jovens em eficientes prestadores de qualidade de mão-de-obra para o mercado
do trabalho, hoje tão erroneamente endeusado, para concomitante e eficazmente
ensinar um humanismo prático e direto, de forma que em poucas gerações comece a
surgir um novo homem e uma nova mulher, mais afetivamente equilibradas e distanciadas
dos pontos extremos e exacerbados que foram levados a viver, em decorrência de
ensinamentos falhos e incompletos …» (COLETA, 2005:19).
Olhar as crianças como um futuro mais promissor e humano, porque elas
estão na idade de tudo receberem, qual recipiente vazio, que se pode encher com
o que se desejar, qual tábua rasa de cera, onde se pode escrever tudo, sem
prejuízo do exercício da sua criatividade, espontaneidade e liberdade.
As crianças devem ser preparadas para o seu próprio futuro e também do
dos seus descendentes, podendo, eventualmente, beneficiar os próprios
progenitores. A sociedade atual é responsável pela degradação de milhões de
crianças, pelo que deve assumir um novo comportamento, no sentido de as
resgatar da humilhação a que elas vêm sendo submetidas.
Esta nossa sociedade, tão avançada científica e tecnologicamente, não se
deve envergonhar de assumir as responsabilidades do estado degradante em que se
encontram milhões de crianças por esse mundo, de resto, em todas as nações há “pingos
sujos” a mancharem o lençol branco da inocência destas crianças.
Bibliografia
COLETA, António Carlos
Dela, (2005). Primeira Cartilha de Neurofisiologia Cerebral e Endócrina,
Especialmente para Professores e Pais de Alunos de Escolas do Ensino
Fundamental e Médio, Rio Claro, SP – Brasil: Graff Set., Gráfica e Editora
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente
do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
NALAP.ORG
TÍTULO
NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM
INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela
Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística
http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de
DOCTOR HONORIS CAUSA EN
LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad
Académica de Historiadores Latinoamericanos.
Blog Pessoal: http://diamantinobartolo.blogspot.com
POR FAVOR. A PARTIR DESTA DATA
MEU ENDEREÇO DE E-MAIL É: diamantino.bartolo@gmail.com
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