A situação ideal quando se toma uma
decisão, passa por não existir intervenção de qualquer fator externo. Essa
seria a forma mais pura de decidir, sem pressões, nem condicionalismos de
qualquer espécie, onde o que prevalece é a melhor das alternativas encontradas
para a resolução do problema.
Mas o ser humano é muito complexo, as
suas necessidades, incertezas, valores, desejos, etc., individualmente, ou em
conjunto, influenciam o processo de tomada de decisão, levando, por vezes, a
uma decisão de qualidade inferior em prol de uma necessidade ou desejo. Neste
contexto, é de salientar a envolvente que rodeia o indivíduo e, como tal, a
tomada de decisão, isto é, a cultura organizacional e/ou social presente.
As necessidades fazem alterar os
comportamentos, quer seja uma necessidade básica ou não. Maslow construiu uma
pirâmide que representa as necessidades dos indivíduos, defendendo que o
indivíduo satisfaz as suas necessidades da base para o topo da pirâmide, e esta
é constituída da base para o topo pelas seguintes necessidades: fisiológicas,
de segurança, de amor, de estima e de autorrealização.
Toda e qualquer decisão é afetada por
uma ou mais necessidades do decisor. A incerteza e o risco são dois fatores que,
normalmente, “andam de mãos dadas”.
Muitas decisões têm um elevado grau de incerteza, normalmente acontecem em
situações que o indivíduo não está familiarizado, nestes casos, a escolha entre
as alternativas disponíveis tem grau de risco associado, porque na fase de
análise, o auxílio de uma matriz ocorrência/nível de impacto, pode ser uma
mais-valia na elaboração de decisões de contingência, na eventualidade da
decisão primária falhar.
A matriz tem como “output” dois resultados possíveis, risco baixo ou elevado,
consoante o impacto e a probabilidade de ocorrência. Caso a decisão se situe
nos quadrados cinzentos, existe uma probabilidade elevada da decisão falhar, o
que implica escolher uma estratégia de contingência, caso não se queira alterar
a decisão.
A tomada de
decisão tem por base a existência de um conjunto de critérios, de entre os
quais se encontram os valores do próprio decisor e o peso que cada um adquire,
em cada momento, ou em cada situação. Desde pequenos que os indivíduos são
ensinados: o que, como e o porquê, executar uma tarefa de determinada forma.
Quando um pai
ensina o seu filho, está a prepará-lo para que tome decisões, tendo em conta
valores que lhe foram incutidos, ou aprendidos ao longo da vida. Os valores não
dizem como tomar uma decisão, nem mesmo qual a melhor alternativa a seguir, são
apenas guias, que mostram como chegar ao objetivo final, através de linhas
condutoras. São faróis que iluminam um determinado caminho.
Na tomada de
decisão, considerando, unicamente, os valores e não tendo em conta todos os
outros fatores inerentes ao processo que podem influenciar a decisão, quando se
fazem opções, os pesos que representam os valores fazem pender a balança para
um dos lados.
Os valores são
adquiridos ao longo do tempo. Para que se possa entender como os valores
influenciam o pensamento e as decisões, apresenta-se um exemplo extremo, mas
simples: “Hitler desenvolveu um programa de segurança e bem-estar para o seu
povo, tendo uma clara consciência do que queria, a criação de uma raça pura.
Acompanhado por valores na busca do seu
objetivo, não tinha problemas em chacinar um povo em prol da concretização do
seu ideal, o seu bem-estar, o bem-estar do povo germânico. No entanto, os
valores de Hitler não eram valores aceitáveis para outras sociedades e
culturas, gerando-se assim um conflito de valores.”
Quando os
valores dos indivíduos estão bem definidos, a tomada de decisão torna-se mais
simples, as possíveis alternativas que não satisfaçam os valores do decisor,
nunca chegam a ser uma alternativa, tornando a tomada de decisão mais rápida, e
com menos incertezas.
A cultura é um
outro fator que influencia a tomada de decisão. O poder que um indivíduo
possui, no meio que o rodeia, deve convergir com os valores do poder
instituído. Quando inserido numa determinada cultura, seja ela social ou
organizacional, existem linhas orientadoras que identificam essa comunidade.
ARMSTRONG, Michael (2005). Como
ser Ainda Melhor Gestor. Guia completo de técnicas e competências essenciais.
Trad. Geraldine Correia e Raquel Santos. Lisboa: Atual Editora
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente
do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
NALAP.ORG
TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR,
condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO
BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e
Humanística http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de
DOCTOR
HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura
Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.
Blog Pessoal: http://diamantinobartolo.blogspot.com
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