domingo, 16 de julho de 2023

Pensar a Dignidade da Pessoa Humana

 

E se é verdade que, hoje, terceira década do século XXI: tal como no passado, se tem escrito muitos textos que, perante um mundo em permanentes conflitos regionais, parecem autênticas utopias; também se acredita que algumas situações bélicas, ainda vigentes, serão resolvidas, apenas, através da força do diálogo, entre os povos envolvidos, e com a intervenção diplomática de países, que rejeitam a violência bélica.

A conflitualidade belicosa, e/ou através de outros processos, eventualmente, humilhantes, como os embargos, os boicotes, o encerramento de fronteiras para pessoas e bens de primeira necessidade, o impedimento do envio de produtos e artigos de carácter humanitário, igualmente não favorece a paz e a harmonia entre os povos.

Refletir sobre determinadas situações e publicar tais reflexões, pode, até, constituir motivo de “chacota”, riso ou perseguição: política, religiosa, económica ou de qualquer outra natureza. Estes riscos é preciso assumi-los, esperando-se, contudo, a compreensão e bom senso de quem lê e analisa tais reflexões/opiniões. O objetivo não é ofender, nem criticar, negativa e ofensivamente, mesmo que certas frases ou palavras, possam induzir a extrair conclusões desta natureza.

Pretende-se, isso sim, apelar a todas as pessoas de boa vontade, com responsabilidades em diversos setores, e aos vários níveis dos diferentes Poderes, para que, também elas parem um pouco no tempo, para refletir nas gravosas situações que assolam o mundo, para as quais podem dar um contributo valioso, no sentido da sua resolução.

Depois de algumas centenas de artigos publicados, sobre temas atuais, com algum suporte científico-investigativo, obviamente que não se esperava mudar o mundo, nem as comunidades, porém, a verdade é que, ao nível escolar, no contexto da formação profissional, por exemplo, vem-se reconhecendo este esforço, por parte de colegas e, principalmente, no que aos formandos e alunos respeita, em conjuntura das disciplinas de Integração e Cidadania, proporcionando: debates abertos, democráticos, despreconceituosos, contextualizados em sala de formação; elaboram-se trabalhos muito interessantes, com alguma investigação, sobre os mais diversos temas, alguns destes, considerados autênticos tabus, até há bem pouco tempo.

Os formandos, principalmente do nível secundário, buscam nos nas redes sociais, em bibliografia especializada, algumas ideias que depois citam nos seus trabalhos. Torna-se, portanto, gratificante, este tipo de intervenções, e estimula para a sua continuação, nos mesmos moldes: temas atuais, com suporte científico, de reduzidas dimensões, e de fácil leitura e compreensão.

A Filosofia e as diversas áreas do conhecimento, trazidas a público, com a atualização possível, vão continuar a suportar os trabalhos que se seguirão, não excluindo, naturalmente, os conhecimentos e invenções da ciência, da técnica e da tecnologia. A este manancial de apoios, juntar-se-á, sempre que oportuno, a informação recolhida e divulgada pelos “mass media”, igualmente muito importantes, para o conhecimento do mundo atual. Os objetivos continuarão a girar em torno: da Cidadania, dos Direitos Humanos, da Paz, da Educação e Formação Profissional, cultural, laboral, lazer e tantos outros aspetos da pessoa humana.

A dignidade da pessoa humana estará presente, sempre que oportuno, nos trabalhos que se vão publicando, e uma preocupação constante pelos mais desfavorecidos, integram uma postura que se deseja, a curto prazo, na maioria dos cidadãos, quaisquer que sejam as suas posições estatutárias: económicas, políticas, religiosas, sociais, étnicas, etárias, éticas e quaisquer outras, resultantes do processo de socialização.

Com efeito: «Você deve preocupar-se pelo que acontece no mundo. Além do futebol, da praia, das salas de aula e do violão, existe um mundo girando em ritmo social. A vida do jovem careceria de sentido se não se engajasse na construção de um mundo que o está desafiando. Deve voltar os olhos e abrir o coração para os milhares de seres que sofrem mergulhados e angustiados em mil infortúnios da fome, da fumaça de crises, de guerras, de ignorância.» (GALACHE-GINER-ARANZADI, 1969:13).

O texto acima citado foi escrito em 1969, justamente há cinquenta e quatro anos. O que mudou de então para cá (2023)? O que foi feito pelos homens? Obviamente que se deve ser justo e correto, e/ou pelo menos, verdadeiro, segundo a sua própria consciência e convicções. No domínio das ciências e da tecnologia deram-se passos de gigante, e os resultados estão à vista na medicina, na engenharia, na arquitetura, na biologia, na genética, nos fármacos, e noutros domínios que têm contribuído para a qualidade de vida das pessoas, no combate a doenças mortíferas, apenas para referir algumas áreas.

Infelizmente, o mesmo não acontece no que respeita à consideração devida à dignidade da pessoa humana, na eliminação das desigualdades, no acesso ao trabalho e aos diversos cargos políticos e empresariais. Direitos Humanos e Cidadania têm sido o núcleo substantivo, para o desenvolvimento das centenas de reflexões, porque a partir dele, da sua interiorização e boas-práticas, será possível, um dia, alterar-se alguma coisa. A saúde, a felicidade, o trabalho, são outros tantos aspetos, pelos quais se vem lutando.

Possivelmente, realizadas as diversas dimensões da pessoa humana, também a felicidade possa ser um bem ao alcance da maior parte dos cidadãos, felicidade, aqui entendida, com um significado talvez um pouco amplo: «Ser feliz é o objectivo principal de todas as pessoas. E a felicidade é obtida em pequenas doses, como resultante de seus esforços, da efectivação prática de suas aspirações, da sua capacidade de resolver problemas para adaptar-se à vida, e da sua capacidade também de saber usufruir dos seus recursos pessoais e dos recursos disponíveis pela natureza e pela sociedade.» (RESENDE, 2000:176).

Obviamente, que os valores a desenvolver são imensos, e diversificados. Tem-se procurado, ao longo das reflexões já publicadas (bem como das que virão a sê-lo), sensibilizar a sociedade e as pessoas para diferentes problemas e situações, apelando-se aos Poderes que emanam dos diversos cargos e funções. Tem havido uma preocupação permanente em não “fulanizar”, esta ou aquela situação que, quando circunstancialmente abordadas, têm algum suporte científico, e divulgação prévia nos órgãos de comunicação social. Tentar fazer coincidir algumas abordagens com situações, ou personalidades, eventualmente conhecidas, é uma mera especulação, da responsabilidade de quem usa tais assertivas.

Não está nos projetos, nem nas intenções, e muito menos nas práticas do autor: nenhuma ideia, tentativa ou busca de ofender quem quer que seja. Pretende-se, isso sim, alertar, e pedir ajuda, para as situações difíceis, para os problemas, para os mais desfavorecidos, para que “quem pode, quer e manda”, tenha a bondade de contribuir para um mundo mais humano, mais justo, mais igualitário. Afinal, e de uma forma geral, todos defendem os Direitos Humanos, todos querem viver em cidadania plena, todos desejam a paz, porém, muito poucos trabalham para tudo isso seja possível, provavelmente, por várias razões, algumas destas, nem sempre diretamente imputáveis ao cidadão.

 

Bibliografia

 

GALACHE – GINER – ARANZADI, (1969). Uma Escola Social. 17ª Edição. São Paulo: Edições Loyola

RESENDE, Enio, (2000). O Livro das Competências. Desenvolvimento das Competências: A melhor Auto-Ajuda para Pessoas, Organizações e Sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark

 

“NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. As Regras, são simples, para se obter a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2023

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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