domingo, 20 de outubro de 2013

Educação e Formação do Cidadão


 Certamente que se aceita sem grandes dificuldades que: «A formação do cidadão para uma sociedade democrática, referência básica para a inserção dos indivíduos singulares no mundo social” e “a ideia de que a educação deve servir para o desenvolvimento e felicidade pessoais ajudada pelo conhecimento e técnicas psicológicas.» (SACRISTAN, 2003:16), constituem algumas das premissas, que são defendidas pelos diversos movimentos e instituições, que sustentam no processo educativo todo o desenvolvimento humano, incluindo a convivência interpessoal, num contexto cada vez mais amplo da globalização da cultura e dos diversos deveres e direitos cívicos.
De facto, e independentemente de qual possa ser o sistema educativo ideal, se alguma vez tal for possível, conceptualizar e levar à prática, tem-se verificado, ao longo dos séculos, que a educação dos cidadãos é essencial à realização pessoal e coletiva das sociedades minimamente organizadas.
Apostar numa filosofia da educação para o conhecimento, para o trabalho, para a vida e para a felicidade, poderia ser uma excelente promessa eleitoral, todavia, a educação não pode ficar prisioneira de promessas, e muito menos de promessas não cumpridas. A educação vai muito mais além do que a simples, e quantas vezes enganadora, propaganda demagógica, porque ela deve ser entendida como um desígnio nacional que todos, sem exceção, devem ajudar a concretizar.
O mundo moderno, que se pretende civilizado e democrático, quaisquer que sejam os instrumentos constitucionais, em que uma determinada sociedade se constitua, tolera cada vez menos as práticas ditatoriais e, nesse sentido, implementará medidas educativas, formativas e cívicas que, gradualmente, inspirem um novo conceito de cidadania.
Na base de tais estratégias e para lhes dar a credibilidade e eficácia adequadas, encontra-se a escola no seu papel insubstituível de educar, formar, e instruir. Naturalmente que não se pode ignorar a força, legitimidade e competências do poder político, legal e democraticamente constituído, ao qual compete, em primeira instância, enquanto legislador e executor, traçar os objetivos, proporcionar os meios e acompanhar todo o processo educativo.
Neste quadro, a ideologia política dominante, procura, por consenso ou votação democrática maioritária, aprovar o projeto educativo que melhor se identifica com o seu programa político. Será pela educação, em contexto escolar, que se desenvolvem as metodologias que visam direcionar o cidadão para determinados valores, princípios e comportamentos.
Formar para a cidadania é, certamente, uma preocupação da sociedade atual que, independentemente dos contributos individuais, espera da escola, na qual confia, as respostas adequadas, porque: «A preparação para a cidadania é um desígnio específico da educação geral, que requer a procura da adequada solidificação de uma determinada bagagem de ideias e conceitos, competências, atitudes e sentimentos que viabilizam o exercício da condição de cidadãos e que conduzam à aceitação de um modelo cultural comum.» (Ibid.:203).
O mesmo acontece no que se refere à formação profissional, no que aos cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA’s) se verifica, através da disciplina de Cidadania e Empregabilidade e Cidadania e Profissionalidade, respetivamente para os níveis equivalentes ao 9º e 12º anos. Igualmente ocorria no projeto “Iniciativa Novas Oportunidades”, (injustamente exterminado) no qual também aquelas duas disciplinas eram parte integrante dos conhecimentos a demonstrar nos respetivos portefólios.
A importância da Formação é de tal maneira evidente que ela é enfatizada através de diversas iniciativas a nível das entidades formadoras, como também de outras instituições e organismos, que por diferentes estratégias lhe dão o realce que vai sendo possível, face aos meios disponíveis.
Neste sentido, por exemplo, está a decorrer o concurso nacional: “Formador do Ano-2013”, promovido pelo Portal “Forma-te”, no qual foram selecionados três finalistas, um dos quais sou eu próprio. Assim, até ao dia 09 de Novembro de 2013 vai proceder-se à votação, pelo facebook, (quem desejar votar deve ser titular do seu próprio facebook), para atribuição dos 1º, 2º e 3º prémios, com o seguinte procedimento. Clicar na morada: https://www.facebook.com/groups/490021347712341/ depois, aderir ao grupo, seguidamente é dada autorização para acederem ao grupo. Finalmente irão ver o local para votar, (gostaria que fosse em mim, claro está), após consulta dos Portefólios que estão em anexo. Peço a vossa análise e votação e que passem a palavra aos vossos familiares, amigos, colegas conhecidos e a quem desejar participar. A votação prolonga-se até ao dia 09 de Novembro de 2013.

Bibliografia

SACRISTÁN, José Gimeno, (2003). Educar e Conviver na Cultura Global, Porto: Edições Asa.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Portugal: http://www.caminha2000.com (Link’s Cidadania e Tribuna)

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