quinta-feira, 24 de abril de 2025

A Ditadura Portuguesa do Séc. XX, obcecada pelo domínio colonial.

Quem passou pela experiência de viver num período difícil, da História de Portugal, como foi o da ditadura do século XX, que se prolongou por quase cinquenta anos, certamente que tem uma perspetiva muito singular do regime político que então vigorou, e que, decorridos CINQUENTA E UM ANOS, após o vinte e cinco de Abril de mil novecentos e setenta e quatro, estará em condições de fazer uma reflexão pessoal, e realista, sobre este acontecimento extraordinário.

A ditadura política, que vigorou durante quase meio século, em Portugal, constitui um período negro da nossa História, do qual não nos devemos afastar e, muito menos, branquear, porque conforme nos podemos orgulhar de um outro passado de glória, através da epopeia dos Descobrimentos, da Evangelização, da Cultura e dos valores do humanismo, levados aos quatro cantos do mundo, ainda que tal passado “glorioso”, também tenha os seus pingos de manchas censuráveis, como a prática da escravatura, a inquisição e outros flagelos, o saldo, apesar de tudo, será positivo, porque também é verdade que muito foi investido nos povos autóctones, que ao longo dos séculos fomos contactando, bem como nos seus territórios.

A História, não sendo uma ciência exata, ela tem um objeto de estudo, que são os factos do passado, como, igualmente, utiliza uma metodologia específica, com recurso à investigação, análise documental, testemunhos e todo um conjunto de bens materiais e imateriais, que fundamenta as suas conclusões. Ela, a História, é, também, uma ciência dinâmica, sempre em busca da verdade.

A narrativa do período ditatorial, em Portugal, ainda não está encerrada, e dificilmente, algum dia se chegará a um epílogo definitivo, porque cada instituição, cada governante, cada individualidade, cada investigador, terá a sua versão dos factos, o conhecimento direto, ou não, a circunstância em que os viveu, mas haverá alguma unanimidade quanto às atrocidades que se terão cometido, com o recurso a meios de investigação, repressão e punição, contra aqueles que ousavam manifestar-se contrários ao regime, imposto pelos ditadores.

Qualquer que seja o Poder: político, militar, religioso, empresarial, desportivo, cultural ou outro, ele, o Poder, nunca será bem-recebido e acatado, quando exercido com violência, despotismo, no desrespeito pelos mais elementares direitos e valores humanos, atentando contra a dignidade, a liberdade, a compreensão, a tolerância e a benevolência, em relação aos governados.

O período ditatorial, em Portugal, conduziu o país a guerras fratricidas com os povos africanos, porque no Brasil o processo de emancipação, foi bem diferente e, a independência desta ex-colónia, foi relativamente pacífica. Os governantes Portugueses, desse período negro da História de Portugal, obcecados pelo domínio colonial, não quiseram aprender com os bons exemplos dados por outros países colonizadores que, rapidamente, compreenderam a justeza das reivindicações dos povos colonizados, materializadas no seu direito à autonomia.

 

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sábado, 19 de abril de 2025

PÁSCOA DE 2025: TEMPO DE ERRADICAR A POBREZA.

 Quando vivenciamos a Páscoa, como uma festa da alegria, obviamente que nos colocamos num registo otimista, com pensamentos positivos, determinados a não nos deixarmos abater pelos insucessos, pela escassez de solidariedade, pelas deslealdades, pela doença e pela falta de trabalho, bem pelo contrário, assumindo atitudes de esperança e confiança no futuro, que todos temos de ajudar a construir, independentemente da situação pessoa de cada pessoa.

É nesta perspetiva de confiança, de acreditar que é possível sermos melhores uns para os outros, que a imaginação criativa da pessoa humana, a sua inteligência e a determinação em construir um mundo mais tranquilo, mais solidário e mais fraterno, se consegue sair de muitas “crises” que, atualmente, sufocam muitos países, o povo humilde e trabalhador, que não é responsável por tais situações injustas que outros criaram, devido à ganância, ao desejo incontrolado de Poder e de Ter.

Páscoa enquanto festa para todos, não de pobres nem de ricos, embora estes, materialmente, tenham melhores condições e motivos para “festejar” o evento, com abundância, por vezes, estragando e deitando fora tantos produtos que saciariam a fome, e agasalhariam centenas de milhares de pessoas, só em Portugal.

Hoje, terceira década do século XXI, mais do que nunca, torna-se extremamente aconselhável passar-se à prática, desde a conceção de medidas favoráveis à erradicação das situações de miséria, à consequente aplicação ininterrupta das mesmas; para que todos os dias possa ser Páscoa; para que todos os dias haja solidariedade, amizade, fraternidade; para que todos os dias haja saúde, trabalho, justiça social, paz e felicidade.

Nesta Páscoa de 2025, alguém tem de lançar algumas sementes de esperança, para que: as pessoas em geral e as famílias portuguesas, em particular; e as  restantes por esse mundo afora, continuem a acreditar que não estão abandonadas; que existe uma saída; que os jovens têm futuro; os desempregados terão trabalho; os idosos serão respeitados e não voltarão a ser vítimas da espoliação dos seus parcos rendimentos, que lhes são devidos e para os quais contribuíram uma vida inteira de trabalho e que, por esse motivo, os aumentos das suas pensões devem acompanhar, pelo menos, a inflação; e, finalmente, para que quem trabalha, lhe seja pago o justo e devido salário, sem cortes nem impostos brutais.

Vamos acreditar que a Páscoa deste ano de 2025 será o início de um longo e brilhante futuro, para todas as pessoas, sem exceção, e que, querendo os responsáveis: financeiros, políticos, empresários, religiosos e trabalhadores: não mais haverá fome, nem miséria; que os cuidados de saúde cheguem a toda a população; que a educação e formação, ao longo da nossa existência, nos preparará para enfrentar a vida; que a justiça nos protegerá e ajudará a restabelecer a honra, o bom nome e a dignidade, seja dos inocentes, seja dos arguidos, seja dos condenados.

Comemora-se, uma vez mais, a Ressurreição de Jesus Cristo e, com este acontecimento: devemos acordar para as diversas realidades da vida; para o incentivo a colaborarmos nas tarefas solucionadoras de variadíssimas situações anormais, injustas, ilegais, irregulares e ilegítimas. Ressuscitemos nós, também, para os grandes princípios, valores, sentimentos e emoções, que caracterizam e dignificam a pessoa verdadeiramente humana.

Um apelo deixo aos mais FAVORECIDOS, a começar nos Governos de todas as Nações, para que nunca, em circunstância alguma, descurem os valores e cuidados humanistas que devem, e têm obrigação, para com os seus concidadãos, afinal, todos aqueles que lhes concederam o imenso poder que, após o voto popular, assumem em seus países. Essa é que é a obra mais importante e que nesta Páscoa sirva de profunda reflexão para toda a população mundial.

Páscoa que se pretende para todas as pessoas, como um dia, pelo menos um dia no ano, de meditação, de recuperação de valores humanistas universais; um dia para festejar e recomeçar com novas: Justiça, Fé, Caridade, Generosidade. Uma nova Esperança Redentora, entre a família, os verdadeiros e incondicionais amigos, uma Páscoa de PAZ em todo o mundo.

A todas as pessoas, nacionais e estrangeiras,  que fazem o favor de ler esta breve reflexão, desejo uma Santa e Feliz Páscoa, com saúde, com amor/felicidade, com alegria, uma  Páscoa  onde se possa cantar: ALELUIA. ALELUIA. ALELUIA

  

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domingo, 13 de abril de 2025

13 DE ABRIL DE 2025: DOMINGO DE RAMOS.

NOBRES CONFREIRAS/DES. ILUSTRES AUTORAS/RES. ESTIMADAS/OS LEITORAS/RES. PREZADAS/OS AMIGAS/OS

Antes de mais, espero e desejo muito que se encontrem de boa saúde, na companhia dos vossos familiares, colaboradores, leitores e amigos verdadeiros. Um excelente DOMINGO DE RAMOS e uma brilhante semana, extensivamente todas as pessoas e seus familiares. Abraço

 

«O DOMINGO DE RAMOS é uma festa móvel que se celebra no domingo anterior ao Domingo de Páscoa.

Nesse dia, que não é feriado e marca o início da Semana Santa, comemora-se a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, onde ele foi aclamado por multidões como o Filho de Deus.

 

SIGNIFICADO DO DOMINGO DE RAMOS

O Domingo de Ramos significa o reconhecimento de Jesus como filho de Deus.

Isso porque, nessa ocasião, as pessoas receberam Jesus abanando ramos de oliveira e palmeira, os quais representam a vitória de Jesus. Jesus era um rei humilde, que entrou na cidade montado em um jumentinho. Além da humildade, o jumento representa a paz; o inverso do cavalo, que remete à guerra.

 

TRADIÇÕES DO DOMINGO DE RAMOS

Para lembrar a data, os católicos costumam levar ramos para a missa para serem benzidos. Também é comum encontrar-se ramos de palmeiras colocados em forma de cruz nas igrejas e nas ruas.

Outra tradição do Domingo de Ramos é o costume de os afilhados oferecerem flores ou ramos aos seus padrinhos e madrinhas, os quais, no domingo seguinte, retribuem o gesto com o "folar", isto é, como a prenda da Páscoa.

 

PROCISSÃO DO DOMINGO DE RAMOS

No Domingo de Ramos realizam-se procissões de norte a sul de Portugal.

À semelhança do dia em que Jesus foi aclamado pelas pessoas que traziam ramos consigo, nesta data, as pessoas acompanham a procissão com ramos. Durante a cerimónia do Domingo de Ramos esses ramos são benzidos. Por isso, há pessoas que escolhem levar um ramo de uma planta de chá, que possam consumidor posteriormente.» (in https://www.calendarr.com/portugal/domingo-de-ramos/

 

«DOMINGO DE RAMOS, ou ainda Domingo da Paixão do Senhor, é uma festa móvel cristã celebrada no domingo antecessor da Páscoa. A festa comemora a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, um evento da vida de Jesus mencionado nos quatro evangelhos canônicos  (Marcos 11:1 – 10Mateus 21:1 – 11Lucas 19:28 44 e João 12:12 – 19). Diz a tradição que Jesus teria entrado pela porta dourada de Jerusalém

 

Na liturgia romana, este dia é denominado de "Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor". A liturgia católica ainda denomina a festa de diversas formas, como: "Páscoa Florida", em contraste com a Páscoa enquanto tal que é "frutífera" e Pascha competentium ou Pascha petitum, pois era durante essa festa que "aqueles que pedem" o Batismo são apresentados.

Na Igreja Católica  (e em algumas denominações protestantes), o Domingo de Ramos é conhecido pela distribuição de folhas de palmeiras, oliveiras ou salgueiros para os fiéis reunidos na igreja. Em lugares onde é difícil consegui-las por causa do clima, ramos de diversas árvores são utilizados.» (in: https://pt.wikipedia.org/wiki/Domingo_de_Ramos

 

«DOMINGO DE RAMOS, ou ainda Domingo da Paixão do Senhor, é uma festa móvel cristã celebrada no domingo antecessor da Páscoa. A festa comemora a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, um evento da vida de Jesus mencionado nos quatro evangelhos canônicos  (Marcos 11:1 – 10Mateus 21:1 – 11Lucas 19:28 44 e João 12:12 – 19). Diz a tradição que Jesus teria entrado pela porta dourada de Jerusalém

 

Na liturgia romana, este dia é denominado de "Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor". A liturgia católica ainda denomina a festa de diversas formas, como: "Páscoa Florida", em contraste com a Páscoa enquanto tal que é "frutífera" e Pascha competentium ou Pascha petitum, pois era durante essa festa que "aqueles que pedem" o Batismo são apresentados.

 

Na Igreja Católica  (e em algumas denominações protestantes), o Domingo de Ramos é conhecido pela distribuição de folhas de palmeiras, oliveiras ou salgueiros para os fiéis reunidos na igreja. Em lugares onde é difícil consegui-las por causa do clima, ramos de diversas árvores são utilizados.» (in: https://pt.wikipedia.org/wiki/Domingo_de_Ramos

 

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domingo, 6 de abril de 2025

PARCERIAS ENTRE AUTARQUIAS EM PROJETOS SOCIAIS .

A construção da sociedade humana, por pessoas com as mais diversas, e insondáveis, caraterísticas biopsíquicas, determina uma complexidade que, possivelmente, não se encontrará em nenhum outro agrupamento animal ou vegetal, nos quais o que mais predomina são os instintos gregários de defesa do grupo, e manutenção do território, sob o controlo do mais forte da respetiva espécie. 

O ser humano, na sua primeira fase de vida, nem sequer é o mais forte, bem pelo contrário, a fragilidade, a insegurança e a desconexão de movimentos, são caraterísticas bem visíveis. Nos primeiros anos de vida, quase não se verifica qualquer supremacia, em relação aos outros seres. Existe, sim, desde o momento da conceção, a dignidade devida à pessoa humana, independentemente da sua idade, caraterísticas físicas, capacidades intelectuais e estatuto social.

No atual estádio de desenvolvimento da humanidade, em que se verifica uma evolução positiva em certos países, grupos e individualidades, mas também uma regressão, pelo menos uma estagnação, relativamente a comunidades referenciadas, dentro dos próprios países, economicamente mais desenvolvidos, podendo-se, ainda, admitir que haverá situações pontuais de degradação, que ultrapassam o limiar da pobreza, problemas verdadeiramente infra-humanos.

E se a regra, em muitos países, é um certo conforto e boas expetativas de vida, também será relativamente fácil verificar que existem bolsas de sofrimento de vária ordem, desde a miséria material, à patologia psíquica, que conduzem ao desânimo, à revolta e ao conflito: primeiro, social; depois, o confronto físico e generalização para as lutas pelo poder, pelos bens, pela alteração de estatutos.

Em Portugal, como em muitos outros países, ou até em todos os países do mundo, há um grande trabalho a desenvolver, no domínio da intervenção social e comunitária, na medida em que os problemas sociais são diversificados, afetam grandes camadas das populações, o que se pode verificar, inclusivamente, nas pequenas comunidades rurais, nos centros urbanos e localidades periféricas às grandes metrópoles e, com algum significado, já no interior das cidades.

Situações que vão: do desemprego de longa duração ao emprego precário; dos salários insuficientes (e/ou ao não pagamento dos mesmos), às reformas exíguas; das doenças em listas de espera, para uma primeira consulta, à dificuldade de acesso aos tratamentos médicos e medicação; da degradação física por insuficiência de alimentos, às intempéries e falta de abrigo; da toxicodependência, à marginalização social; da opulência de alguns, à miséria extrema de muitos.

Esta poderá ser a situação mundial, eventualmente, descrita sem alarmismos, embora com alguma dose de realismo, porém, sem pessimismo, e muito menos sem qualquer descrença no futuro, pelo contrário, acreditando-se que é possível melhorar muito, a partir das capacidades e boa-vontade das pessoas.

O quadro que parece corresponder à realidade social, um pouco por todo o mundo, pode (e deve) reverter-se para situações mais promissoras, em termos de bem-estar social das populações, bastando, para tanto, que: cada pessoa em particular; as instituições, em geral, assim o desejem.

Ao nível das pessoas, afigura-se necessário que a partir da família, da Igreja, da escola, das instituições governamentais e de solidariedade social, se difunda uma forte campanha de sensibilização, e depois, de formação social da sociedade, isto é, institucionalizar o verdadeiro significado social que pode significar: «(…) o sentido das repercussões dos atos pessoais sobre a vida social. Não há verdadeira caridade sem o sentido social, sem o cuidado e atenção às pessoas e ao bem comum. A formação do sentido social é de uma necessidade peremptória. É necessário fomentar cada vez mais em todas as classes e em todas as idades. (…). Estas são as linhas chaves do edifício social: A eminente dignidade da pessoa humana; a igualdade essencial de todos os homens; a estreita solidariedade dos seres humanos. O homem sujeito de direitos e deveres.» (GALACHE, GINER, ARANZADI, (1969:241).

O combate a esta verdadeira chaga dos tempos atuais, que são as questões sociais, felizmente, tem vindo a intensificar-se com a criação e atuação de serviços especializados, na área de intervenção e assistência sociais, inclusivamente, no seio de grandes e bem estruturadas empresas nacionais e multinacionais.

Muito mais recuadamente no tempo, as instituições privadas de solidariedade social, quase sempre sob o patrocínio das Igrejas, da Cáritas, das Misericórdias, Organizações Não-Governamentais e o próprio Estado, através dos respetivos departamentos, têm realizado um trabalho meritório, ainda que insuficiente.

Para complementar, não no sentido de colmatar, mas minimizar o sofrimento daqueles que continuam sem receber qualquer apoio, podem as autarquias locais – Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia – desejável e preferencialmente em parceria, acudir às necessidades mais prementes, nas respetivas áreas de suas jurisdições. Com efeito, a criação, funcionamento e permanente atualização de um Serviço Especializado de Intervenção Social e Comunitária, é o mínimo que se pode exigir às instituições públicas, que administram os recursos financeiros que têm disponíveis e que, afinal, resultam dos impostos dos cidadãos.


Bibliografia


GALACHE – GINER – ARANZADI, (1969). Uma Escola Social. 17ª Edição. São Paulo: Edições Loyola

 

 

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sábado, 29 de março de 2025

PILARES DA SOCIEDADE: LIBERDADE. DEMOCRACIA. CIDADANIA. CULTURA

O primeiro pilar, autêntico baluarte da dignidade humana, valor essencial à vida do homem, desde sempre conhecido e nem sempre respeitado, pode-se designar por Liberdade, porque isto mesmo é reconhecido nos diversos tratados internacionais e nas Constituições Políticas nacionais, sob a fórmula: “Todos os homens nascem livres e iguais”.

A Liberdade é, então, um valor insubstituível e objetivo: ou se tem e se usa, responsavelmente; ou não se tem, porque alguém, prepotente e humilhantemente, impede que dela se faça uso

A Liberdade é sempre definida a partir de um objetivo que se lhe segue, sob a forma adjetivada de: liberdade pessoal, liberdade política, liberdade de expressão, liberdade religiosa e muitas outras formas de liberdade.

O segundo pilar ou valor que importa melhorar, aprofundar e consolidar é a Democracia, com todos os seus princípios, regras e valores, indissociável da liberdade, da cidadania e da religião

A democracia, enquanto instrumento político de liberdade, de escolha do povo para o governo das comunidades e do mundo, e que levada a uma análise mais abrangente, e simples, se conceptualizaria como: o governo do povo, pelo povo, para o povo e com o povo.

A dificuldade em consensualizar um conceito universal de democracia é, por enquanto, uma realidade que não se consegue escamotear, todavia, é possível admitir alguma anuência, no que respeita à sua estirpe popular.

Um terceiro pilar na construção de um novo cidadão, para uma jovem sociedade, mais humana, mais justa e mais solidária, fundada na cultura dos valores cívicos, a partir de uma formação personalista e humanista, promovida pela família, pela escola, pela Igreja, pela comunidade e pela comunicação social responsável, é erigido pela Cidadania, na perspectiva da liberdade responsabilizante, de cada cidadão assumir os seus deveres e exercer os seus direitos, no respeito integral por iguais compromissos e benefícios dos seus semelhantes.

A preparação do homem moderno, para se construir uma sociedade mais tolerante, solidária e humana, não sendo assim tão difícil é, todavia, complexa, na medida em que, nem sempre os valores em confronto são comungados pelas diversas culturas, porque, mesmo a nível nacional, existem diferenças culturais que não se podem ignorar, e que perante as quais, é necessário tomar posição, rejeitando-se, à partida, qualquer tipo de etnocentrismo, xenofobia e outros preconceitos extremistas.

Uma atitude intercultural, na perspectiva da interdisciplinaridade cultural, visando o intercâmbio de culturas, enriquecendo-as reciprocamente é, seguramente, a posição intelectual e antropológica mais favorável e que, possivelmente, melhores resultados produzirá a curto prazo.

O homem valoriza-se, porque a cultura é um processo que se concretiza como um produto do espírito humano, numa como que superformação do caráter, de resto, já há mais de dois mil anos, que a cultura era para os gregos, a “aristocracia do espírito”. É, por isso mesmo, bastante difícil definir a cultura, porque a sua complexidade não permite uma delimitação, que qualquer definição impõe.

Logo nos primórdios da sua história, os portugueses tornaram-se num povo de imenso manancial psicológico na medida em que, em boa verdade, eles adaptaram-se a todas as situações, sem que dessa natureza resultasse qualquer perda de caráter, qualquer quebra de nacionalismo e, por isso, o português vive no estrangeiro, adaptando-se às normas de trabalho, à língua, inclusive, a certos costumes.

Trabalhar, diariamente, com pessoas de escalão etário diferente, na circunstância, superior, com longa experiência e escolaridade elevada, implica por parte do líder, e até dos colegas, alguma deferência, não necessariamente discriminação negativa, e/ou positiva, em relação aos mais novos, mas, no mínimo, um tratamento respeitoso, comprometido, de seriedade de palavra.

O líder: tem de dar bons exemplos aos seguidores; tem de ser justo, leal, transparente, honesto; não exigir para além das capacidades de cada um e, muito menos, para lá de um clausulado escrito, assumido e assinado pelas partes.

Em nenhuma circunstância o líder deverá utilizar a chantagem, a ameaça e a pressão, baseadas em contextos pontuais: de mercado de trabalho, idade e quaisquer outras que, quantas vezes, até são ofensivas para o colaborador.

 

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domingo, 16 de março de 2025

O LÍDER NÃO DEVE USAR O CARGO PARA GOSTO DAS SUAS VAIDADES.

NOBRES CONFREIRAS/ADES. ILUSTRES AUTORAS/RES. ESTIMADAS/OS LEITORAS/RES. PREZADAS/OS AMIGAS/OS.

Antes de mais espero e desejo muito, que se encontrem de boa saúde, na companhia dos vossos familiares, amigos verdadeiros, colaboradores, leitores. Boa semana. Abraço.

Qualquer liderança, preocupada, apenas, com normas regulamentares, punitivas dos colaboradores, que facilitam suspensões, despedimentos e desgraça, é uma governação cruel, desumana e condenável perante os mais elementares princípios da ética, da moral e dos valores que dignificam a pessoa humana.

Pode-se, portanto, afirmar que: «A doação vem naturalmente quando você se envolve profundamente. É outra face do amor, e isso torna a liderança espiritual um ato de amor. É simples.» (HAWLEY, 1995: 213). Num contexto organizacional, importa valorizar as lideranças que pautam a sua atuação por uma doação espiritual, no sentido de considerar os seus colaboradores iguais ao líder, enquanto pessoas de deveres, de direitos, com identidade e dignidade próprias.

Poderá parecer utópico, inexequível e desvantajoso para a empresa, que nela se tente implementar lideranças espirituais, mas no caso concreto de instituições de base essencialmente religiosa, já se compreende muito bem, e deseja-se que as lideranças tenham uma componente espiritual muito acentuada e, nesse sentido, os responsáveis ajam com bom-senso, com tolerância, com benevolência e compreensão das dificuldades dos seus colaboradores.

Comunga-se da ideia, segundo a qual: «Os bons líderes são: incessante, invariável e regularmente cônscios do Espírito. E toda verdadeira liderança é espiritual, porque o líder busca liberar o melhor nas pessoas, e o melhor está sempre ligado ao nosso Eu superior. Portanto, isso implica a criação de um estado coletivo de constante consciência espiritual, uma fusão contínua entre coisas elevadas e o mundo.» (Ibid.).

O líder que interiorizou em si próprio valores espirituais, para os aplicar na instituição que dirige, normalmente é uma pessoa boa, otimista e grata. A gratidão do líder para com os utentes, colaboradores internos e externos da empresa, é uma mais-valia para o sucesso da mesma, um conforto para todas as pessoas que com ela têm de se relacionar.

Em bom rigor: «A verdadeira liderança traz uma energia oposta (aquela em que o espírito atua, sublinhado nosso). Há luminosidade nela, brotando da gratidão e do otimismo. A tarefa do líder é a criação de nada menos do que uma versão coletiva do “pensamento correto”. Isso traz de novo uma forma de energia para a empresa.» (Ibid.:219).

Como em quaisquer outras circunstâncias, de facto a gratidão é um valor, um sentimento, uma atitude que qualifica muito bem as pessoas com o mais elevado e íntegro caráter: «A gratidão é uma das faces mais brilhantes do amor. É uma apreciação altíssima que inclui muitas ideias espirituais. Livros inteiros, e até mesmo vidas inteiras, foram dedicados a observar o poder imenso da gratidão.» (Ibid.).

É claro que o líder que conduz a sua equipa, que ajuda a enaltecer a instituição, recorrendo aos valores espirituais, também se orienta e comporta como um autêntico defensor dos valores, desde logo, os morais, até porque: «Em última instância, a liderança torna-se moral no sentido de que eleva o nível da conduta humana (…) do líder e do liderado, e assim transforma a ambas.» (James McGregor Burns, in: HAWLEY, 1995:220).

E se a autoridade democrática e benevolente, assim como os valores espirituais e morais, são fundamentais, entre outros que integram uma axiologia humanista, para uma liderança verdadeiramente justa, também há algumas caraterísticas que revelam a superior condição de toda a pessoa e que é a sua faculdade pensante e hoje, primeiro quarto do século XXI, sabe-se que: «O mundo está cheio de gente que parou de pensar por si mesma.» (Joseph Campbell in: HAWLEY, 1995:221).

Hoje, mais do que nunca, as pessoas procuram incessantemente: a saúde, o amor, a ventura, a solidariedade, a lealdade e a gratidão. É obrigação de qualquer líder, tudo fazer para promover, e conseguir, que aqueles desejos legítimos e justos se realizem nos seus colaboradores, porque estes não são, não poderão ser, em circunstância alguma, meros objetos descartáveis que, depois de servirem a instituição, com zelo, lealdade, competência, às vezes durante uma vida, acabam por ser votados ao ostracismo, à indiferença, atirados para a dor, para o sofrimento, e até para a morte.

Sim, é verdade que: «As pessoas devem viver em liberdade e felicidade, como acontece na casa dos pais. A própria essência de seu papel é proteger as pessoas e sua felicidade. Não é fácil garantir a felicidade das pessoas. Você precisa usar vários métodos. Habilidade, inteligência e verdade, todos os três são importantes.» (HAWLEY, 1995:225).

Há líderes que pensam que a vida física nunca mais acaba e, com essa ideia fixa, vivem “infernizando” os seus colaboradores esquecendo-se que: «A cada instante a morte se aproxima de cada criatura. O que você planejou fazer amanhã deve ser feito hoje, de manhã! A morte é implacável. Nunca esperará para ver se seus projetos serão realizados. É importante estar pronto para ela. O mundo é apenas um cortejo que passa.» (Ibid:227).

Por tudo o que fica exposto, pode-se afirmar que o líder não pode, nem deve utilizar o seu cargo para satisfação das suas vaidades, do seu egocentrismo, para domínio e humilhação dos seus colaboradores. Ele tem de ser o primeiro a compreender as dificuldades, a ajudar os que mais precisam, a respeitar as pessoas em toda a sua dignidade, porque ele próprio, seguramente, também exigirá e gostará que os seus superiores, os seus iguais e os seus subordinados o considerem, o estimem e tenham por ele o apreço e admiração que realmente pretende para ele, enquanto pessoa digna.

 

Bibliografia.

 

HAWLEY, Jack, (1995). O Redespertar Espiritual no Trabalho. O Poder do Gerenciamento Dharmico. Tradução, Alves Calado. Rio de Janeiro: Record

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2025

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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