O candidato a um cargo político, desculpando-se com a situação que não conhecia, mas que devia saber minimamente, portou-se incorretamente perante aqueles que nele acreditaram e, sendo assim, começa logo por revelar alguma incompetência e imaturidade, demagogia e irresponsabilidade, não vai ser compreendido. Pessoas desta natureza não interessam à boa governação, e muito menos, aos proveitos legais, legítimos e justos de um povo.
A participação ativa, competente, responsável,
íntegra e eficaz é desejável, a todos os níveis, sem dúvida. Nesse sentido
poder-se-á afirmar que não será qualquer pessoa, por muito boa vontade que
tenha, que reunirá condições satisfatórias para assumir com: dignidade,
credibilidade e transparência o exercício de um cargo público, porquanto,
outros requisitos, aliás, já mencionados são, igualmente, importantes, e
decisivos para a boa gestão.
É por isso
que aqui se invoca, como boa-prática, que um candidato a um determinado cargo
passe, primeiro, por outras tarefas, imediatamente inferiores àquela a que se
está a candidatar e, se possível, no âmbito de um mesmo poder, por exemplo, o
poder local, para o qual existem três eleições: Assembleia de Freguesia (de
cuja lista vencedora, sai o Presidente da Junta de Freguesia); Assembleia
Municipal e Câmara Municipal. Este poderia ser o percurso aconselhável, não,
necessariamente, obrigatório e muito menos carreirista.
Realmente, a experiência é importante, a idade
também, todavia, não serão critérios exclusivos, nem eliminatórios, até porque,
por vezes, muito traquejo num determinado cargo, poderá conduzir ao
aparecimento de vícios, em quem exerce um cargo público, durante muitos anos:
acomodação, estagnação, rotina, favorecimentos, influências, entre outros.
O ideal seria sempre a conjugação da idade com a
experiência; a inovação, a criatividade e o entusiasmo dos mais novos, até
para: por um lado, não haver quebras de qualidade e eficiência na governação;
por outro lado, colocar em prática novas ideias, projetos mais desafiadores e
objetivos mais arrojados. De igual forma, a paridade de género é fundamental.
A participação na vida pública não pode, portanto,
ser um ato isolado, de uma só pessoa, por muito inteligente, experiente e
madura que ela possa ser. O envolvimento na vida política (e/ou institucional),
através de equipas bem constituídas, que saibam trabalhar por objetivos,
claramente definidos, aplicáveis e realizáveis no tempo, e no espaço será,
porventura, a melhor solução, a que servirá com mais sucesso os interesses de
um povo, independentemente das ideologias que possa defender.
Claro que em qualquer equipa haverá um líder, que
para o efeito terá de possuir caraterísticas muito especiais, qualidades acima
da média, valores consentâneos com uma democracia participativa, mas também com
uma cultura, com usos, costumes e tradições, que devem ser apoiados e
respeitados.
Caberá a este líder constituir a sua equipa, e aqui
destaca-se uma primeira qualidade, que deve possuir e exercer: escolher pessoas
que pelo seu perfil possam dar credibilidade e segurança à equipa, e transmitir
uma ideia de confiança, competência, empenhamento e tolerância. Uma equipa de
pessoas moderadas, educadas, consensuais, leais para com as restantes equipas,
na circunstância, para com as oposições.
Depois, o líder deverá ser realmente democrático,
despojando-se, liminarmente, de todo e qualquer preconceito negativo, resistir
às tentações da repressão, da perseguição e da vingança, contra os adversários,
todavia, será legítimo, e mesmo desejável, que não ignore os seus apoiantes,
vencedores e vencidos, porque foi pelo somatório das partes que ele chegou ao
poder, além de lhe terem sido solidários, terem “dado-a-cara”: por ele, e pelo seu projeto.
“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo.
Caminho para a PAZ”
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Venade/Caminha
– Portugal, 2025
Com
o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente
HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal