Construir o magnífico e transcendente edifício
denominado Cidadão do Mundo, não é a mesma coisa que fabricar bombas atómicas,
elaborar teorias que poucos entendem, muitos ignoram e a ninguém beneficia.
A formação que se impõe para o futuro, deve surgir
como um projeto estruturante de uma cultura profissional, assente na atitude
metodológica reflexiva, tendo por objetivos o rigor e o sentido dos valores
humanistas.
Formar o cidadão do
mundo, para a mudança que se vem operando, exige
professores/formadores/educadores, exclusivamente, ao serviço dos objetivos
educacionais, em ordem à construção de um mundo mais civilizado, em todos os
setores das diversas atividades das pessoas humanas.
A educação/formação, por meio dos seus currículos e
procedimentos da vida escolar, tem um papel de grande importância e
responsabilidade, no desenvolvimento das competências cívicas, profissionais e
sociais dos indivíduos, o que é decisivo para o Estado de Direito Democrático.
O formador tem de se metamorfosear num orientador,
num conselheiro, num organizador de aprendizagens, num colaborador, num colega
e programador de saberes, em contextos de formação, também eles facilitadores
de transformação.
A luta contra os valores irracionais, que imperam
um pouco por todo o mundo, deve ser reforçada, não pela força das armas, sim
pela coerência, verdade e justeza dos argumentos, através do diálogo, sincero e
frontal, pela harmonia das posições moderadas, pela compreensão das opiniões
diferentes, quando razoáveis, lógicas e sensatas, pela tolerância com que devem
ser interpretadas atitudes menos corretas e, finalmente, pela cooperação entre
os povos.
No processo de formação ao longo da vida, que a
todos diz respeito, o professor/formador não é um aprendiz qualquer, na medida
em que lhe cabe liderar, responsavelmente, os processos de aprendizagem e
projetos concebidos por outros seres humanos, seus semelhantes. O estatuto
ético-profissional justifica a disponibilidade e determinação para percorrer um
caminho de formação, quantas vezes solitário e pessoal.
Discute-se, atualmente, um pouco por todo o mundo,
o sistema educativo ideal ou, pelo menos, o mais perfeito possível. Alteram-se
processos de avaliação, introduzem-se novos conteúdos programáticos, exigem-se
professores/formadores competentes, dedicados, em regime de exclusividade na
escola onde estão colocados e determina-se que executem tarefas que seriam
melhor realizadas por outros profissionais, desde logo nos domínios burocrático-administrativos
e financeiros.
A educação/formação, através da Escola, deve
reforçar algumas qualidades, sem as quais não sobreviverá no mundo
contemporâneo. Valorizar a autonomia pessoal, a busca do verdadeiro
conhecimento (até onde for possível chegar à verdade), a generosidade e a
coragem.
Como formar este professor/Formador, é uma tarefa
que se impõe aos governos e também aos próprios, e que passa por um novo
conceito: formação ao longo da vida, com a vida e para a vida; afinal, formação
contínua.
Considera-se essencial, para a sociedade,
aprofundar o mais possível toda uma estratégia e metodologias adequadas, em
ordem à valorização da Educação/Formação para o conhecimento, para a cidadania,
direitos humanos, enfim, axiologia em todas as suas dimensões, tendo como objetivo a preparação da criança,
do jovem e do adulto, para a participação responsável dos cidadãos na vida
pública do país, através de processos de representação política e do
empenhamento das Instituições da sociedade civil, tendo como base os princípios
e valores fundamentais da democracia.
Também a formação científica e
técnico-profissional, como projeto de vida ativa, de inserção no mundo do
trabalho, da constituição da família, da prevenção da saúde, da segurança e da
velhice. O saber-fazer é, indiscutivelmente, essencial para a dignificação da
pessoa humana, no sentido da exigência da melhor qualidade de vida a que tem,
constitucional e legitimamente, direito.
Como é óbvio, esta participação implica um conjunto
de conhecimentos, competências, capacidades e atitudes, voltadas para a
intervenção ativa e que também cabe à escola transmitir aos cidadãos. No limite
da construção deste novo cidadão, para o atual século XXI, os
professores/formadores têm a inevitável responsabilidade de cada um em sua
área, transmitirem e darem o exemplo dos saberes: ser, estar, fazer e conviver
em sociedade.
Diamantino Lourenço
Rodrigues de Bártolo
Telefone: 00351 936 400 689
Imprensa Escrita Local:
Jornal: “Terra e Mar”
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