A democracia não foge à regra e como tal, também
utiliza os sistemas educativo e a formação profissional para divulgar e
implementar os seus princípios e valores humanistas. Uma vez mais se relacionam
aqui três elementos essenciais: escola, professor e aluno, para se compreender
que eles se inter-justificam: «Coloca-se
não apenas a questão quantitativa de assegurar o acesso dos cidadãos à
educação, mas é mister, além disso, garantir educação de boa qualidade a todos.
Ora, se é verdade que a boa escola é imprescindível para o desenvolvimento do
indivíduo e da sociedade, é certo também que são indispensáveis bons
professores, pois sem eles não há boa escola.» (GOERGEN & SAVIANI,
1998:14)
Acontece que, a influência do professor na formação
dos cidadãos, invade também o domínio político, porque a cidadania pressupõe,
no indivíduo, as condições mínimas para o exercício da atividade política
democrática, fundamentalmente na assunção de direitos e deveres.
Vislumbram-se algumas condições para admitir: por um lado, a
indispensabilidade e importância do professor; por outro lado, as dificuldades
e responsabilidades que sobre ele impendem.
Por isso, para alguns estratos da sociedade, a
profissão de professor nem sempre é justamente reconhecida e recompensada.
Situações menos favoráveis ao professor devem ser por ele tidas em atenção, mas
jamais desmotivado para continuar no exercício da sua nobre profissão porque: «só uma sociedade subdesenvolvida não
reconhece no professor um profissional de primeira linha para melhorar todo o
contexto de vida. Os países desenvolvem-se por causa da educação.»
(WERNECK, 1996:13)
O cidadão por cuja formação se desenvolve o
presente trabalho, há-de ser uma pessoa dotada com sensibilidade, para refletir
sobre a escola, sobre a educação, sobre o professor, e este será tanto melhor
quanto mais disponível estiver para as atividades investigativa e meditativa, direcionadas para o ensino, o que
implica: «abertura de espírito (…) para
ouvir e examinar pontos de vista diferentes; responsabilidade perante as
decisões tomadas e suas consequências e entusiasmo para romper com rotinas e
acomodações.» (GRILLO, 2000:77)
Apesar disso, a Filosofia, na sua dimensão
educacional, nunca se eximiu a colaborar com todas as áreas disciplinares,
submetendo-se, inclusivamente, à discussão de assuntos difíceis, hoje em dia
tão difundidos: aborto, pena de morte, eutanásia, testamento vital, clonagem,
bioética, sentido para a vida, toxicodependência, prostituição, tráfico de
órgãos humanos, ecologia, e tantos outros.
A educação não poderia ficar de fora de uma
profunda reflexão, sendo a principal interveniente no sistema educativo, como
igualmente são importantes a escola, os professores, os alunos, os formandos,
os encarregados de educação e a sociedade em geral. Ninguém pode fugir ao
debate porque: «o papel da filosofia no
planejamento educacional é pensar, a partir dos problemas levantados pelas
outras disciplinas, numa perspectiva global.» (FURTER, 1973:11)
Esta humildade filosófica será a marca distintiva
do bom professor, do bom aluno, do bom cidadão, ou seja, abertura para aceitar
opiniões diferentes da própria. O cidadão que se está a construir, será tocado
por esta dignificante virtude, precisamente porque a dimensão educacional do
homem constitui um património inigualável e impossível de quaisquer outros
seres o possuírem, pelo menos de forma consciente e com objetivos bem
definidos.
É inadiável, para a pessoa humana, dar um sentido e
dignidade à sua própria vida, porque não pode existir mais tolerância numa
sociedade onde o homem continue a ser humilhado, torturado e assassinado. O
cidadão que se deseja será suficientemente esclarecido para impedir que
prossigam os atos de puro terrorismo, a diversos níveis e atividades humanas.
Bibliografia
FURTER, Pierre, (1973). Educação e Reflexão, 7ª Ed., Petrópolis,
Rio de Janeiro - Brasil: Editora Vozes.
GRILLO, Marlene Carrero, (2000). “O Lugar da Reflexão na Construção do
Conhecimento Profissional”, in: Marília Costa Marosini (Org), Professor do Ensino Superior: Identidade,
Docência e Formação, Brasília-Brasil: Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais.
Venade/Caminha
– Portugal, 2019
Com o protesto da minha perene GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras
e Artes de Portugal
DOCTOR
HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura
Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.
TÍTULO
NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM
INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela
Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística
http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de
.
Blog Pessoal: http://diamantinobartolo.blogspot.com
POR
FAVOR. A PARTIR DESTA DATA MEU ENDEREÇO DE E-MAIL É: diamantino.bartolo@gmail.com
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