Atualmente, 2022, qualquer leigo em matéria de administração e liderança de uma organização, sabe perfeitamente, que entre os diversos recursos que deve possuir, para obter bons resultados, destacam-se os de natureza humana, nas suas diferentes vertentes: Pessoais, Profissionais, Académicas, Éticas, Sociais, entre outras.
O trabalhador, em circunstância alguma, pode ser
equiparado a uma máquina e, enquanto pessoa, tem dignidade própria,
personalidade única, inimitável, infalsificável e indivisível, jamais deverá
ser considerado um objeto descartável que, ao fim de um determinado tempo de
prestação de bons e relevantes serviços à instituição, se envia para uma
qualquer situação que o humilhe, lhe degrade a saúde e o diminua enquanto
profissional.
O líder de uma organização tem o dever ético-moral
de zelar: não só pelos legítimos e legais interesses da instituição; como
também pela dignidade dos seus utentes e colaboradores, no sentido de os
motivar, acarinhar, recompensar, formar e compreender as diversas dificuldades
que o trabalhador vai sofrendo ao longo da sua carreira, sendo da
responsabilidade exclusiva do gestor, proporcionar todos os meios e
oportunidades para que os funcionários se sintam realizados, tenham prazer, e
não sofrimento, em trabalhar na organização.
Por vezes poderá acontecer que líderes do tipo
ditadores, ignorem os mais elementares princípios da boa gestão do pessoal e
utilizem, por sistema, as “regras” do “quero, posso e mando”, não respeitando
as pessoas enquanto tais, violando as mais fundamentais normas do apreço, da
boa educação, da gentileza e da tolerância, agindo sempre com atitudes de
permanentes ameaças, as mais diversas: mudança de funções sem primeiro
proporcionar a devida e substancial formação; ameaças/intimidações com
processos/inquéritos disciplinares, com a “espada
do despedimento” em riste, embora escondida, mesmo que a matéria de facto
não seja de natureza disciplinar; despedimentos por e-mail e/ou telefone, entre
outras arbitrariedades inqualificáveis, num país civilizado e em pleno século
XXI.
Mas o comportamento de tais líderes é tanto mais
grave, quanto mais assume atitudes de inequívoca discriminação: perseguição e
coação psicológica; ou até assédio sexual, perante pessoas de género diferente ou,
por que não, do mesmo grupo sexual? Pessoas indefesas, que apenas querem
trabalhar em paz, com profissionalismo e respeito pelos utentes, que dão o seu
melhor à instituição, em alguns casos, ao longo de décadas de vida.
Quando se analisam as várias formas de liderança,
numa organização, na verdade tanto se identificam líderes democráticos, como
ditadores, como visionários, como autocráticos, como liberais, entre outros
estilos, sabendo-se, contudo, que de acordo com a natureza da instituição,
assim se deverá adaptar a liderança. Naturalmente que uma liderança militar,
será diferente, de uma outra: civil, ou religiosa, porém, sem que qualquer
delas tenha, necessariamente, de ser totalitária.
Infelizmente, ainda se vislumbra, em certas
instituições, até de cariz religioso, líderes que são autênticos ditadores,
verdadeiros tarados, que ignoram os mais elementares valores do respeito, da
tolerância, da solidariedade e da compreensão, para com as pessoas mais
fragilizadas por quaisquer situações da vida, incluindo dificuldades
profissionais.
Estes líderes, normalmente, são pessoas frustradas,
falhadas na vida, nos princípios e nos valores humanistas, vivem para alimentar
uma aparente competência, uma vaidade ridícula, uma exibição egocêntrica e
narcisista ilimitadas, aproveitando-se, precisamente, da situação de quem
precisa de ganhar a vida honestamente. Eles, por mérito próprio, nunca
conseguiram um lugar de destaque.
Ao aproximarmo-nos do final do
primeiro quarto do Século XXI, mais precisamente a 24 de fevereiro de 2022, a
Rússia, através do seu perigoso líder, decide desencadear uma guerra apavorante
contra a já torturada Ucrânia. Neste país: aldeias, vilas e cidades já foram
praticamente destruídas; centenas de milhares de pessoas, nomeadamente, crianças,
jovens, idosas e mulheres, foram dizimadas pelos bombardeamentos russos. Animais
de estimação e doméstico, mortos pelas explosões. Bens materiais e de valor,
como o ouro, carros e outros pertences dos Ucranianos, simplesmente saqueados.
Os nossos irmãos europeus, não têm as mínimas condições para desfrutarem de alguma
segurança e conforto, porque: a fome grassa, a água, os alimentos, a
eletricidade e as infraestruturas já não satisfazem as populações. A destruição
e o caos, são a marca dos ataques russos. Por isso, celebremos, em ato de
solidariedade, para com o povo Ucraniano, a liberdade do nosso vinte e cinco de
abril de 1974, a nossa “Revolução dos Cravos”. GLÓRIA À UCRÂNIA.
É inadmissível que, em pleno século XXI, numa
sociedade que se deseja humanista, pacífica e promotora do bem-estar e
qualidade de vida dos seus membros, ainda existam pessoas à frente de
instituições, que seria suposto terem uma natureza benevolente, considerando a
respetiva matriz humanitária, e se aproveitem das suas posições de liderança,
para exercerem vinganças, represálias, perseguições, castigos desumanos, para “empurrarem” trabalhadores contra
trabalhadores, para doenças psiquiátricas, para o desemprego, para a miséria e,
finalmente, para a aniquilação moral e física, no limite, para a morte.
Mas o mais estranho, é que tais líderes, por vezes,
têm outras entidades que estão acima deles que, presumivelmente, superintendem
nas condições de funcionamento da organização e, aparentemente, não tomam
posição pública, para acabar, de vez, com os desmandos de tais dirigentes. Será
caso para se afirmar que já vale tudo? Haja respeito, consideração e
compreensão pela dignidade de quem trabalha, de quem cuida daqueles que
precisam de amparo.
Uma liderança, na sua composição colegial, obviamente
composta por várias pessoas, em que cada uma tem as suas funções, o seu
pelouro, interagindo umas com as outras, para o bem da instituição, utentes e
colaboradores, seria o desejável, todavia, haverá situações em que os membros
do órgão diretivo nem sequer têm conhecimento prévio, integral e inequívoco,
das decisões que toma o líder máximo, o “chefe”, seja ele administrador,
diretor, presidente ou qualquer outra denominação.
Naquelas circunstâncias, poder-se-á afirmar que se
está perante o tal líder ditador, prepotente, discricionário, anormal, do tipo:
“Quem manda aqui sou eu” e, os
restantes membros do órgão colegial, não passam de “fiéis serviçais do chefe”,
não assumindo qualquer atitude nobre, em defesa dos utentes da instituição, do prestígio
da organização e dos seus trabalhadores.
E se tais pessoas não tomam posição contra os
desmandos do líder, então é porque têm algum interesse a esconder. Estas
situações são deploráveis, humilhantes para quem necessita da instituição, por
isso devem ser banidas com urgência, juntamente com os responsáveis pela
degradação a que se chega. Afinal, como diz o adágio: “Tão infrator é o que vai à horta como o que fica à porta”.
Também é verdade que proliferam os líderes
manipuladores os quais, através de gestos disfarçadamente brandos, linguagem
hipocritamente suave e educada, convencem as pessoas de que são uns “santos”,
têm a capacidade de elaborar narrativas comoventes, tão impressionantes que,
como diz o sábio e bom povo: “Quem os
ouve não os leva presos”.
Estes líderes, normalmente, porque sabem que são
fracos, mal-intencionados, malformados, estão sempre de má-fé, desconfiam de
tudo e de todos, por isso, para ficarem protegidos, rodeiam-se de alguns
colaboradores, do tipo “pidesco/policial”, bem pagos, à custa da instituição,
que lhe levam toda a informação, habitualmente deturpada, para denegrirem ou
favorecerem algum colega.
Aqueles líderes, manipuladores, também são
especialistas na produção de normas, circulares, regulamentos, que eles
próprios acabam por se contradizer. Mas o objetivo desta verbosidade e profusão
de literatura regulamentar, destina-se a levar os trabalhadores, que não estão
nas “boas-graças” do “chefe”, a cometerem pequenas falhas, e então haver um
fundamento injusto, ilógico e discricionário para as famosas “não-conformidades”,
instauração de processos e, se possível, despedimentos das pessoas que não
estão bem vistas pelo dirigente-manipulador.
Neste esquema maquiavélico, montado pelo líder,
pelos seus correligionários e pelo tal grupo de colaboradores “pidescos”, o que
se verifica é que para este núcleo de “informadores” nunca existem ameaças,
“não-conformidades”, processos e, pelo contrário, o “chefe” até convive mais
com eles, dispensando-os, inclusivamente, de cumprir horários. É a discriminação
“pura e dura”, injusta e ilegal.
Igualmente é verdade que aqueles líderes, antes de
serem nomeados ou eleitos, se comportam como autênticos “arcanjos”, subservientes, cinicamente democráticos, todavia, quando
instalados no poder, logo esquecem quem os apoiou, quem usou de influências
pessoais para os ajudar a chegar ao poder. Rapidamente, como diz o adágio
popular: “Cospem no prato de quem lhes
matou a fome” e aqui até pode estar incluído todo o órgão colegial e seus
informadores.
Então, alguma vez, pessoas com tais personalidades, eventualmente, bipolares, arrogantes, prepotentes, que não comungam de princípios, valores e sentimentos, verdadeiramente humanistas e religiosos, podem dirigir uma instituição? Um país? Ninguém lhes coloca um “travão” nas loucuras, injustiças e desmandos que vão cometendo? Mas afinal em que país, em que planeta e em que século vivemos?
Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música:
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https://www.youtube.com/watch?v=Aif5s90rxoU
https://youtu.be/DdOEpfypWQA https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc
Venade/Caminha – Portugal, 2022
Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de
Portugal
NALAP.ORG
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