Partindo,
e aceitando o princípio, segundo o qual: «A
jornada espiritual é uma experiência pessoal, íntima. Podemos tentar explicar a
espiritualidade, mas os ecos vazios das narrativas tendem a permanecer na mente
das pessoas, sem alcançar seus corações. O único caminho para chegar de fato ao
espírito é experimentá-lo.» (HAWLEY, 1995:9), então o espírito, de facto, é
essencial à vivência humana e existe nela.
No
exercício de uma atividade profissional, amadora, ou lúdica, é suposto
atingirem-se objetivos, resultados concretos e/ou abstratos, chegar ao fim de
um determinado percurso, utilizando, para o efeito, os diversos recursos:
adequados e disponíveis; considerando-se essencial as boas condições físicas,
intelectuais, psicológicas e espirituais dos intervenientes.
Nesse
sentido: «A boa saúde traz resultados, e
o benefício vai além do lucro. Uma equipe de trabalho saudável, composta por
indivíduos saudáveis, é uma equipe de trabalho mais enérgica; o moral é mais
elevado, as pessoas produzem mais e sentem-se parte de uma família que se
interessa. É um modo de injetar boas mensagens – “Você é importante, você por
inteiro” – e isso surge numa época em que os espíritos das pessoas desejam sinais
de que suas empresas se importem com elas.» (Ibid.:31).
Sabe-se
que será muito difícil ao ser humano viver isolado, não se integrar numa
comunidade, por mais pequena que esta seja, e no trabalho acontece exatamente a
mesma coisa, ou seja: mesmo que se esteja a trabalhar sozinho, num gabinete, ou
em casa, existem mais pessoas que de outros locais, interagem connosco, trocam
informação, aceitam o nosso trabalho, pagam-nos pelo que fazemos, propõe-nos
novos projetos, enfim, precisam da nossa colaboração, tal como nós necessitamos
do apoio delas. A vida é isto mesmo, uma troca, mas não só.
Com
efeito: «Sim, é isso que desejamos. Temos
fome também de objetivo, significado e identidade. Temos fome de um contato
mais rico com a vida; ansiamos pela experiência de uma “vida” plena, vibrante,
enquanto nos encontramos neste planeta. Temos fome de compreender quem somos e
como nos encaixamos neste todo. É como se todo o tempo que passamos sem
respostas tivesse feito com que a fome crescesse. Cedo ou tarde ela ataca a
todos nós.» (Ibid.:33).
É
por isso, que não será aconselhável pensar-se exclusivamente na nossa dimensão
corporal, física e material. Em quaisquer circunstâncias da vida, a
grandiosidade humana vai para além de um corpo que se move, sob o comando de um
cérebro que, quando em vigília, dá as ordens instantâneas para o corpo
obedecer, automática e irrecusavelmente.
De
onde vimos, quem somos e para onde vamos? Estas são questões que desde há
milénios se colocam ao homem pensante, por isso é que para responder a estas
interrogações, não se pode ignorar que o ser humano vai muito para além da
matéria, de um corpo, com uma determinada configuração.
Pode-se aceitar como pacífico que o ser humano não é
apenas um corpo físico, mas também um espírito, por isso: «O termo espírito, usado aqui, refere-se à nossa vida (e de nossas
empresas), que é o Eu verdadeiro. O espírito é a vitalidade que reside dentro
do nosso corpo; é a nossa energia e o nosso vigor. E a palavra espírito
refere-se também à própria fonte dessa energia que em algum nível está dentro
de nós e faz parte de nós.» (Ibid.:34).
É bem provável que nas atividades humanas o espírito
tenha um papel relevante, desde logo para conduzir comportamentos, iniciativas,
criatividade, desenvolver racionalmente os diversos projetos que ao longo da vida
todas as pessoas têm. Ele, o espírito, terá sempre uma influência decisiva,
porque como se costuma afirmar: “Hoje não
estou com estado de espírito para nada”, ou então o contrário, “Hoje o meu estado de alma aconselha a agir”.
Então o espírito, existe?
A vida sem o espírito, como seria? Haverá alguma
ciência que possa responder a esta questão? Sabe-se, isso sim, que somos bem
diferentes do restante mundo animal conhecido. O ser humano vem construindo o
mundo em que vive, a sua evolução é espantosa, em praticamente todos os
domínios do conhecimento, todavia, quando se debruça sobre a interioridade
espiritual, a complexidade é tal que pouco se tem avançado, nestes milhões de
anos da História da Humanidade.
Por muito positivista que se deseje ser, por muito
crédito que se dê às ciências exatas, por muito agnósticos que se pretenda
assumir, seja no sentido religioso, seja no âmbito espiritual, a verdade é que
nem os mais céticos assumem uma posição definitiva porque, em situações-limite,
o espírito apela a um Ser Supremo, ao Qual solicita ajuda.
É excelente que cada pessoa se habitue à ideia de
que no nosso interior existe um Eu superior, um Algo que nos distingue, um
Espírito que nos comanda, porque: «A
constante consciência espiritual, como dissemos, é nada menos do que um novo
estado mental para a maioria das pessoas. É um novo modo de ser, um modo de
vida mais completo, um modo de vida que ajuda a trazer de volta a totalidade
pela qual elas anseiam. É a ideia central da nova agenda administrativa.»
(Ibid.:42).
Por isso, também no trabalho, a existência de um
espírito individual, em cada membro da equipa, é fundamental para o sucesso da
organização. É este espírito individual que se transforma em coletivo, que
conduz à realização dos objetivos. É este espírito de combatividade que
proporciona a coesão da equipa, é este espírito empresarial que permite o
bem-estar e o progresso da humanidade.
Atualmente, fala-se muito em “cultura empresarial”,
“espírito de equipa”, motivação, liderança e outros conceitos extremamente
importantes para o êxito das organizações, todavia, estas não se limitam, nem
podem, às máquinas, aos capitais, aos utentes, mas essencialmente, aos seus
recursos humanos, que devem estar sensibilizados para fazerem bom uso dos seus
dons superiores espirituais.
Ao nível dos recursos humanos, e no interior de cada
pessoa, existe uma outra dimensão que faz com que se vençam muitos obstáculos,
inclusive, que alimenta a motivação e cria mais oportunidades para o sucesso.
Com efeito: «Quando as pessoas buscam
“motivar” a equipe de trabalho ou recolocar a “vida” em suas vidas, elas estão
buscando a fonte da vitalidade. Estão procurando a fagulha perdida, catando a
força, o vigor e a verve – para o espírito que vem da Fonte. Enquanto nos
aproximamos daquela Fonte, daquela força causal, nossa existência reveste-se de
entusiasmo. Estamos mais próximos da nossa essência, do que nos torna vivos.»
(Ibid.:44).
Portanto, esta componente espiritual é o que
realmente nos fortalece, nos encaminha para o orgulho, para a motivação, para o
sucesso. Sabe-se que: «Sistemas de alto
desempenho referem-se constantemente ao “espírito” sentido pelas pessoas. A
dimensão espiritual, (…) está sempre envolvida em situações de grande
realização. É ela que responde pela energia especial – a inspiração, o
entusiasmo, o vigor e assim por diante – que você encontra nesses ambientes de
grande realização.» (Ibid.).
Admita-se,
portanto, que: «Quando as pessoas passam
a apreciar a verdade, é o mesmo que chegarem ao espírito. Esta é a fonte da
grande energia nesse programa. O espírito é o que traz a qualidade mística. As
pessoas são atraídas para o esforço, e o infundem de um poder quase
irresistível, que o faz funcionar. (…). Mas, para ser honesto, a produtividade
não é o lucro verdadeiro nesta situação. Certo, todo mundo pode mostrar as
cifras e ficar orgulhoso; mas o verdadeiro poder, a mágica, é o novo espírito
da empresa. Ele infunde algo especial em todos os participantes.»
(Ibid.:46).
É
a energia que resulta de um espírito forte, dotado dos princípios, valores,
sentimentos e emoções autênticos. Igualmente nossos pensamentos, que são
próprios do ser humano consciente, têm a faculdade de se transformar em energia
e esta converter-se em produtividade.
HAWLEY, Jack, (1995). O Redespertar
Espiritual no Trabalho. O Poder do Gerenciamento Dharmico. Tradução Alves
Calado. Rio de Janeiro: Record
Apanhados de surpresa, entre os fogos de uma guerra cruel,
desumana e, a todos os títulos, inaceitável, imploremos a Deus e aos homens,
para que o sofrimento de milhões de seres humanos, termine definitivamente.
Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque o PERDÃO será o
único “CAPITAL” que deixaremos às novas gerações. GLÓRIA À UCRÁNIA.
Alimentemos o nosso
espírito com a ORAÇÃO e a bela música:
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744
https://www.youtube.com/watch?v=Aif5s90rxoU
https://youtu.be/DdOEpfypWQA https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc
Venade/Caminha – Portugal, 2022
Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
NALAP.ORG
http://nalap.org/Directoria.aspx
https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1
http://diamantinobartolo.blogspot.com
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