sábado, 31 de maio de 2025

DIA 01 DE JUNHO. DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

NOBRES CONFREIRAS (ADES), ILUSTRES AUTORAS/RES. ESTIMADAS/OS LEITORAS/RES. PREZADAS/OS AMIGAS/OS.

Antes de mais, espero e desejo muito, que se encontrem de boa saúde, na companhia dos vossos familiares, colaboradores, leitores e amigos verdadeiros. Um excelente DOMINGO para protegermos as nossas CRIANÇAS. Boa semana, extensivamente aos seus familiares, pessoas das suas relações e amigos verdadeiros. Abraço.

REFLEXÃO I: A juventude deverá ser credora do apoio dos atuais dirigentes

Inegavelmente, que é tempo de se tomarem medidas que visem garantir um futuro condigno: quer para os jovens de hoje; quer para os idosos atuais; quer ainda, para os adultos que caminham para a velhice.

Medidas, projetos, decisões que só vão produzir resultados a médio-longo-prazos, porém, consequências que orgulharão todos aqueles que para eles contribuíram.

Trata-se de um imperativo ético-moral, que se deve imputar às gerações que atualmente estão nos diversos cargos dos diferentes poderes: legislativo, executivo, judiciário, empresarial, religioso, associativo e institucional.

As Crianças/juventude são credoras (deverão ser em quaisquer circunstâncias) do respeito, do apoio, da compreensão dos atuais dirigentes, naturalmente, no pressuposto de que está empenhada e se esforça para que possa existir um mundo melhor para todos: Um mundo de PAZ

As instituições e respetivas chefias, funcionários e todos os que com elas se envolvem, tudo devem fazer para se constituírem no garante de um futuro que proporcione a toda a humanidade: paz, trabalho, saúde, liberdade, respeito, bem-estar, enfim, felicidade, porque na verdade:

«Um dos assuntos de que pouco se trata são os aspectos éticos, que envolvem não apenas uma responsabilidade social, mas também o fato de que o desempenho de qualquer organização depende bastante de sua credibilidade ética em relação a seus recursos humanos. E isso abstraindo-se (se possível fosse) da obrigação de os indivíduos e grupos se comportarem moralmente. Não falamos de ética no sentido de honestidade ou desonestidade perante as leis, mas no sentido de responsabilidade do comportamento ético, de uma pessoa ou grupo, em relação aos seus semelhantes.» (TOLEDO, 1986:24).

Crianças, adolescentes e jovens, que se vêm preparando para assumir o poder, qualquer que ele seja, contribuirão para o desenvolvimento e progresso sustentáveis da humanidade, obviamente, não o único.

Igualmente que, em simultâneo com os projetos que se elaborem, pensando no futuro das nossas crianças e jovens, não poderá ser esquecida a atual situação dos adultos: quer estejam no ativo das respetivas funções; quer estejam a viver o período de aposentadoria, mas ainda suficientemente saudáveis, dinâmicos e com vontade de continuarem a trabalhar.

Haverá que caldear as equipas de trabalho: por um lado, com os novos conhecimentos, a generosidade, impetuosidade e iniciativa dos jovens; por outro lado, com a experiência, determinação, prudência e sabedoria dos mais idosos.

É perfeitamente possível, e em muitos países desenvolvidos, começa a ser prática e estratégia correntes, adotar a constituição de grandes, no sentido eficiente, equipas de trabalho, sem excluir ninguém. Este poderá ser o caminho para se alcançarem resultados que aproveitem à humanidade, independentemente, da condição etária de cada pessoa: Crianças, Adolescentes, Jovens e adultos em idade ativa.

Neste Dia Mundial da Criança, toda a sociedade deverá ser convocada: para, não só proteger, como também preparar para a vida ativa as crianças, adolescentes e jovens.


REFLEXÃO II: A educação das crianças é um pilar relevante na constituição da sociedade

 

O autarca, ao assumir o compromisso de estar sempre ao lado das famílias, para ajudar a resolver, de forma e por processos legais, as situações mais difíceis, como o desemprego, a educação, a saúde, a habitação, constitui, por si só, uma garantia do caráter solidário do candidato.

Sem grandes questionamentos, a educação das crianças é um pilar importante na formação da sociedade do futuro, seguramente, na e a partir da própria família. 

Com efeito: 

«Disciplina, limites e valores são absolutamente necessários para que o cérebro da criança adquira arquivos que serão importantes para o resto de sua vida e assim deverão ser ensinados pelos pais, especialmente através de posturas diárias, de disciplina orçamentária, de horários, de trabalho, observância de dias de descanso, (…)» (COLETA, 2005:22).

Políticos, famílias, Igrejas, escolas, empresas e comunidade em geral, têm a obrigação de se compatibilizarem na elaboração e concretização dos projetos que, o mais consensualmente possível, sejam prioritários para a comunidade no seu todo.

Para isso é necessário estabelecer prioridades, elencando o que realmente é fundamental, rejeitando o que se considera secundário ou mesmo supérfluo. Saber instituir precedências é uma outra competência cada vez mais essencial.


BIBLIOGRAFIA

 

COLETA, António Carlos Dela, (2005). Primeira Cartilha de Neurofisiologia Cerebral e Endócrina, Especialmente para Professores e Pais de Alunos de Escolas do Ensino Fundamental e Médio, Rio Claro, SP – Brasil: Graff Set, Gráfica e Editora

TOLEDO, Flávio de, (1986). Recursos Humanos, crise e mudanças. 2ª Ed. São Paulo: Atlas

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2025

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

                     Ermesinda da Assunção Preto de Bártolo


quarta-feira, 21 de maio de 2025

EXPERIÊNCIA E TEORIA NA EQUIPA DE TRABALHO.

 É muito importante, e desejável, que todas as pessoas bem-formadas pretendam alcançar o poder, ou que através dele executem projetos: em favor da melhoria das condições de vida individuais, familiares, comunitárias e universais, porque só assim se poderá atingir um nível social, económico e de bem-estar próprios do ser humano, verdadeiramente digno, justo e feliz, na medida em que, através de outros processos e recursos, designadamente ditatoriais e bélicos, agravam-se, cada vez mais, as já difíceis condições de sobrevivência que, em algumas comunidades, tocam os limites da miséria e da desumanidade.

Têm vindo a atravessarem-se tempos problemáticos e difíceis: 2008-2015; 2020-2023, cujas responsabilidades cabem a todos em geral, evidentemente em proporções devidamente escalonadas, em função dos diversos papéis que cada pessoa exerce na sociedade, o que implica, maior ou menor culpabilidade, sendo certo, todavia, que quem detém poderes de: deliberação, execução e fiscalização terá de assumir um maior ónus das situações, até porque, quem defende e pratica radicalismos, sejam quais forem, e invoquem teorias e valores fundamentalistas, então, o comprometimento é bem mais grave.

Seguramente que quem sustenta, e aplica no seu dia-a-dia, o bom-senso, estará, porventura, no caminho certo, porque nada funcionará sem harmonia, sem equilíbrio, sem moderação, porquanto, agora mais do que nunca, se necessita de: «Coexistência e harmonia (…). Deve haver equilíbrio em tudo. A natureza está em equilíbrio, os animais vivem em harmonia. Os seres humanos ainda não aprenderam a fazê-lo. Continuam a destruir a si próprios.» (BRIAN, 2000:137).

Na conceção de um projeto que vise alcançar o poder, é fundamental, como primeira medida, constituir uma equipa que ofereça garantias de moderação, de compreensão das situações e resolução justa das mesmas e, tanto quanto possível, favorável às vítimas de situações complexas, tal como para nós desejaríamos. Quem exerce um qualquer tipo de poder, tem a obrigação de ser equitativo, tolerante e solidário, porque de facto: «As pessoas terão de compreender que somos todos iguais, que somos todos o mesmo, que todos nós lutamos por um pouco de paz, de felicidade e segurança no nosso quotidiano.» (Ibid.:140).

Parece legítimo que cada ser humano queira dar o seu contributo, através do exercício do poder, para se (re) construir um mundo melhor, a partir de cada pessoa, de cada família, de cada instituição e da sociedade global. Mas é necessário haver, desde logo, por parte dos líderes, um grande cuidado na escolha dos elementos da sua equipa devendo, tanto quanto possível, aperceber-se das qualidades, valores, sentimentos, emoções, experiência, situações negativas passadas, maturidade e disponibilidade dos respetivos elementos, considerando, sempre, como critério essencial, a exclusão de quem procura o poder para exibição, ostentação de uma feira de vaidades, ajustes de contas e outras intenções inconfessáveis, antecedentes, consequências e práticas inaceitáveis, verificadas na vida de um candidato ao poder.

A constituição de equipas, para determinadas instituições e cargos, revela-se, muitas vezes, de extrema complexidade, precisamente porque a ânsia: de notoriedade, de protagonismo e vaidade, sobrepõe-se aos legítimos interesses de quem vai estar sob a alçada deste poder, seja ele de que natureza for: político, religioso, militar, instituições, empresas e quaisquer outros.

O líder tem de se rodear de pessoas simples, equilibradas, prudentes, humildes e, se exequível, sábias, que realmente saibam o que é a vida real: fora da proteção dos progenitores, dos padrinhos, das universidades, dos apoios sociais. O líder deve ter o cuidado de escolher pessoas que tenha códigos de ética e deontológicos, bem definidos, esclarecidos e demonstrados, que saibam avaliar as dificuldades de quem nunca foi protegido, beneficiado e privilegiado.

Os membros de uma equipa de trabalho, com funções executivas, de legítima e legal autoridade democrática, para o exercício do poder, ao utilizarem os seus conhecimentos teóricos, devem: primeiro, verificar se eles são aplicáveis a uma determinada realidade, a um bem identificado público-alvo; depois, saber adaptar, se valer a pena, tais conhecimentos e informações, sempre com a consciência plena, de que tudo estão a fazer para produzir os melhores resultados, porque com a vida das pessoas não se podem fazer experiências, aprendizagens irresponsáveis, apenas para tentar “mostrar serviço”, e/ou agradar ao líder, na mira de mais uma promoção, mais um privilégio.

Uma equipa de trabalho, habitualmente, tem uma liderança, que responde hierárquica, e/ou publicamente, muito embora deva existir solidariedade e corresponsabilização nas medidas tomadas, nos atos praticados e nas consequências verificadas. Por isso, cada elemento deve assumir as suas funções com rigor, competência, permanente atualização e ética nos diversos domínios da sua profissão, porque: «A consciência plena é a prática de estarmos cientes do que estamos a dizer e a fazer. Quanto mais conscientes estivermos dos nossos pensamentos, palavras e ações, mais concentração desenvolveremos.» (HANH, 2004:24).

Assiste-se, com alguma frequência, a uma luta, quase titânica, para ocupação de determinados lugares, na constituição de uma equipa de trabalho, em atividades que se sabe, facilitam, desde logo, uma projeção individual na sociedade, com inerentes benefícios remuneratórios, estatutários e socioculturais.

Pelo contrário, por vezes, para se conseguir “meia-dúzia” de pessoas, para assumirem funções em certas instituições é preciso pedir-lhes por favor e, mesmo assim, nem sempre se consegue, obviamente, porque tais organizações não acrescentam prestígio, influência e riqueza. Daqui decorre, por exemplo, a crise no associativismo amador, os cargos exercidos “por amor-à-camisola”.

É notório que a experiência adquirida na “Universidade da Vida Real” é muito importante, não a única, para se saber analisar, e resolver situações que afetam as pessoas. Independentemente dos títulos académicos, que naturalmente são valorizados, honoríficos e sociais, o grau de “Doutor” com especialização em “Experiência de Vida Complexa e Responsável” é, igualmente, muito útil, para se ter mais possibilidades de governar bem uma instituição, uma comunidade, um povo, de resto, já reza a velha sabedoria popular: “Quem não sabe obedecer, não sabe mandar”; “Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”; “Nunca sirvas a quem não soube servir, nem peças a quem foi ingrato”.

O exercício de funções executivas, ou de grande simbolismo, ou ainda de uma atividade, cujos profissionais, têm de tomar decisões, das quais, muitas vezes, depende o futuro de uma pessoa, de uma família, instituição ou de uma comunidade, supõe, realmente, pessoas muito equilibradas, humanas, que tenham conhecimento direto da vida real, seria conveniente que fosse assumido por pessoas a partir de uma certa idade.

A título de exemplo, destaca-se, o exercício das funções de Presidente da República, cuja idade mínima, para o exercício do cargo, é constitucionalmente estabelecida, para pessoas com mais de 35 anos de idade, ou de juízes, de cujas decisões depende o futuro de uma pessoa, de uma família, de uma empresa e até de uma comunidade inteira.

Exercer funções executivas públicas, (não se invoca a maturidade em função da idade, nem outras qualidades, as quais se encontram em idades ainda jovens como, eventualmente, não se verificam em idades mais avançadas) aconselha, portanto, uma certa cautela, até porque antes de se chegar a tais responsabilidades, há muitos outros cargos que até podem servir de preparação.

Ser o primeiro de uma lista, para quaisquer atividades públicas, deveria pressupor que tal candidato já exerceu funções, próximas do cargo para que se candidata, por exemplo, assessor, adjunto, colaborador, membro de assembleias deliberativas e outras ocupações similares. Em tudo na vida deverá haver uma teoria, uma aprendizagem, uma prática que confere alguma experiência, se se quiser. “a escada da vida”, a qual se deveria subir a “pulso”, sem “redes”. É aqui que reside o mérito e a segurança de quem vai depender dessas pessoas, quando elas atingirem o cume das suas carreiras.

 

Bibliografia.

 

BRIAN L. Weiss, M.D. (2000). A Divina Sabedoria dos Mestres. Um Guia para a Felicidade, Alegria e Paz Interior. Tradução, António Reca de Sousa. Cascais: Pergaminho.

HANH, Thich Nhat, (2004). Criar a Verdadeira Paz. Cascais : Pergaminho

 

 

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terça-feira, 20 de maio de 2025

A IMPORTÂNCIA DAS LETRAS E DA EDUCAÇÃO.

Quando se abordou a obra e vida de Silvestre Pinheiro Ferreira, constatou-se o seu grande apego às atividades intelectuais, que ao longo da vida sempre desenvolveu, sendo por isso reconhecida e solicitada a sua colaboração, aos mais diversos níveis, embora essa participação lhe tenha originado dificuldades de vária ordem. Em nome das letras, escreveu numerosos artigos sobre os mais díspares assuntos, publicados em vários periódicos literários e políticos do seu tempo: quer em Portugal; quer no Brasil; quer, ainda, em França.

Ao nível da educação, o seu desempenho é, hoje, primeiro quarto do século XXI, considerado importante, apesar das condições em que exerceu a atividade docente: por curtos períodos e em circunstâncias pouco favoráveis, na medida em que não assumiu a carreira docente a tempo integral.

Todavia, os estudos que efetuou, e as obras que escreveu (que foram ou poderiam ser utilizadas no ensino), justificam que se faça, no âmbito deste trabalho, uma, ainda que muito breve, referência à sua participação na educação, principalmente na formação dos mais jovens e, muito concretamente, no ensino técnico-profissional (sem, contudo, descurar as letras), pois é neste ideal educativo técnico e polivalente, que se forjam as preocupações educativas

Inicia em 1813, a lecionação de um curso de Filosofia com o suporte didático das “Prelecções Filosóficas”. Nesta obra deteta-se a simpatia do seu autor, pelo método socrático (cf. in: PAIM, 1970:276 § 975), que consiste em definir as coisas pelos contrários, principalmente quando se disputa algo, argumentando e conduzindo o adversário para a adesão à tese que mais interessa, para o que se pode utilizar um de dois caminhos: pelo primeiro, orienta-se o adversário diretamente, para a definição da expressão que se quer clarificar; pelo segundo, mostra-se o absurdo a que conduzem as deduções dessa definição, implicando a adesão à tese contrária.

Foi numa fase posterior da sua vida, que Pinheiro Ferreira desenvolveria um estudo sobre a importância da educação, como deveria ser ministrada, que domínios deveria privilegiar: o técnico, as letras e as artes, a formação da mocidade. 

Nestas reflexões educativas são de destacar as funções que atribui a uma denominada Junta de Instrução Pública (cf. FERREIRA, 1834b:448) cujas atribuições, seriam: proporcionar os meios de instrução em função das necessidades de cada um; exigir aos cidadãos provas de habilitações para poderem ser admitidos aos empregos e para o pleno exercício dos direitos civis; dando liberdade aos pais e tutores para escolherem o sistema de educação dos seus educandos, sem prejuízo dos deveres que incumbem ao Estado e à sociedade, na condução do ensino.

Mas, hoje, (Terceira década do século XXI) sabe-se não teria sido apenas em Portugal que Pinheiro Ferreira exerceria influência na área da educação, principalmente no domínio da Filosofia, porque, antes de redigir as suas obras, no período fecundo da sua vida, já teria, no Brasil, adquirido a notoriedade bastante para lhe ser reconhecida autoridade nesta matéria. (cf. PAIM, 1980:103).

A obra de Pinheiro Ferreira, elaborada para o ensino – não no sentido pedagógico, mas para a transmissão de conhecimentos – intitula-se “Prelecções Filosóficas sobre a Teoria do Discurso e da Linguagem, a Estética, a Diceósina e a Cosmologia”. Trata-se de uma obra que, não sendo elementar em virtude das especialidades que aborda (nos domínios da filosofia geral e aplicada às ciências morais e políticas), pode aceitar-se como tal, porquanto elabora e enumera, sistemática e progressivamente, aqueles saberes.

Silvestre Ferreira, no seu projeto de criação da Junta de Instrução Pública, prevê um ensino que, numa primeira fase, contempla uma ordem natural do desenvolvimento do espírito humano, independentemente da capacidade de cada um, correspondendo esta fase aos “estudos primários”, sendo as crianças chamadas, sem quaisquer discriminações, a exames públicos, através dos quais revelarão o que têm aprendido para, a partir desta avaliação, se poder determinar qual a carreira que convém à criança: se aquela que os pais escolheram; se aquela para a qual a natureza melhor dotou o aluno.

Aos pais e encarregados de educação reserva-se sempre o direito de escolherem a escola, e/ou o instituidor que lhes parecerem mais conveniente, cabendo ao júri de exame decidir sobre qual a carreira que o aluno deve seguir: a das artes; ou a das ciências. A idade para ingresso nos Colégios de Educação é estabelecida aos 7 anos, sob a direção da Junta Suprema de Instrução Pública, sendo obrigatório para todos os alunos, independentemente da graduação dos chefes de família. 

BIBLIOGRAFIA 

FERREIRA, Silvestre Pinheiro (1834b). Manual do Cidadão em um Governo Representativo. Vol. I, Tomo II, Introdução de António Paim (1998b) Brasília: Senado Federal.

FERREIRA, Silvestre Pinheiro (1836). Declaração dos Direitos e Deveres do Homem e do Cidadão. Paris: Rey et Gravier,

 FERREIRA, Silvestre Pinheiro (1840) “Projecto de Associação para o Melhoramento da Sorte das Classes Industriosas”, in: José Esteves Pereira, (1996) (Introdução e Direcção de Edição) Silvestre Pinheiro Ferreira, Textos Escolhidos de Economia Política e Social (1813-1851). Lisboa: Banco de Portugal.

PAIM, Antônio, (1970). Prelecções filosóficas, “Silvestre Pinheiro Ferreira”, Introdução. São Paulo: Editorial Grijalbo: 27ª. Prelecção.

PAIM, Antônio, (1980). Relações entre as Filosofias Portuguesa e Brasileira no Século XIX, in: Revista Presença Filosófica, Vol. VI, (2/3) Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Filósofos Católicos, abr./set. Págs.102-110.


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sábado, 17 de maio de 2025

VALORIZAÇÃO DA POPULAÇÃO SÉNIOR.

Mesmo correndo-se o risco de se cair na desvalorização da ideia, segundo a qual: “as crianças e os idosos são os dois extremos mais frágeis, da humanidade”, vale, no atual contexto, reiterar o alcance de tal assertiva, porque em alguns aspetos, e para parte da população, é uma realidade impossível de ignorar ou de se escamotear, principalmente nas vertentes: física, económica e estatutária.

Em Portugal, a população que, eufemisticamente, com profundo carinho e respeito, também se poderia designar “sénior-prudente-sábia”, mas, vulgarmente e, quantas vezes, desrespeitosamente, se vem apelidando por “terceira idade”, (ou, pior do que isso, por “velhos”), corresponderá a uma elevada percentagem, considerando-se a idade igual ou superior a sessenta e cinco anos, podendo atingir um valor acima dos vinte por cento, do total de naturais, residentes no país.

É um valor que tende a aumentar, em oposição aos nascimentos que, praticamente, em toda a Europa, vêm diminuindo. Cuidar melhor da população, habitualmente rotulada de “terceira idade” (talvez já se possam estabelecer outras designações/classificações: “Idade de Diamante” para idades superiores a setenta e cinco anos), constitui não só um imperativo categórico, como também uma obrigação moral e legal de toda a sociedade.

Pese, embora, a circunstância de ainda existirem grandes bolsas de pobreza e de miséria extrema, em todas as idades, ainda assim, e justiça se faça, verifica-se que a esperança de vida tem vindo a aumentar, certamente devido a melhores condições de vida, nomeadamente, na: educação, saúde, alimentação, habitação, entre outros fatores, o que leva a estimar-se que, dentro de poucos anos, a população sénior, em Portugal, se aproxime dos trinta por cento, das pessoas aqui residentes.

Também se constata que uma faixa etária significativa, compreendida entre as idades de sessenta e oitenta anos, é constituída por pessoas com grande vitalidade, ainda na posse das suas melhores faculdades mentais e físicas, dotadas de uma imensa experiência de vida, que lhes proporciona características humanas únicas: como a prudência, a sabedoria e a responsabilidade com que encaram os compromissos, que lhes são exigidos, ainda que, infelizmente, em número muito reduzido, objetivamente, no domínio de uma atividade profissional, considerando a crise de emprego existente no nosso país.

Portugal vem beneficiando de um permanente aumento de pessoas muito experientes, com imensos conhecimentos e uma generosa vontade de continuarem a servir o país, as suas comunidades, as famílias e a elas próprias, obviamente.

A ideia peregrina, equivocada, injusta, e já de triste memória, segundo a qual, uma pessoa aos quarenta e cinco anos é nova para se aposentar, mas “velha” para trabalhar, revela bem a mentalidade improcedente, que se tem implementado na sociedade.

Ninguém é “velho”, nem novo, para coisa nenhuma, quando existe uma política adequada de valorização, respeito e rentabilização dos recursos humanos, estes direcionados para o que cada um, melhor sabe fazer, com entusiasmo, alegria e com responsabilidade.

Paulatina e sub-repticiamente, vem-se instalando o “papão” segundo o qual, os mais velhos não devem trabalhar, quando colocados em determinada situação social (por ex. reformados) porque estarão a dificultar a obtenção de emprego, aos mais novos. Nada mais falacioso e preconceituoso, porque quando uma pessoa se desliga da sua atividade principal, seja qual for o motivo, na maior parte das situações, ela deixa o seu lugar, abre, portanto, uma vaga para outro trabalhador, habitualmente mais novo. O mesmo valerá, com as devidas adaptações, para os imigrantes que, na sua esmagadora maioria, vão executar trabalhos, que os nacionais já não aceitam realizar.

As organizações não podem cessar as suas atividades, sob pena de, aí sim, aumentarem o desemprego; pelo contrário, elas desejam crescer, produzir, o que implica mais recursos e destes, os humanos são essenciais.

Desfazer preconceitos, ciclos viciosos e outras mentalidades mais céticas, é relativamente fácil, se houver vontade política e empresarial, na medida em que não se verificando um aumento da população, até se vem assistindo a uma certa diminuição, então o esforço apontará para a criação e manutenção de um determinado número de postos de trabalho, em função das características etárias, académicas, técnicas e profissionais da população.

A ocupação permanente de todos os cidadãos, independentemente da idade, situação socioprofissional e estatuto é, antes de mais, um direito constitucional, e legítimo, além de que isso vai contribuir para elevar a autoestima e autoafirmação, das pessoas envolvidas numa atividade profissional, remunerada, contribuindo, inclusivamente, para a melhoria da qualidade de vida das próprias.

Veja-se: «Artigo 58º da Constituição da República Portuguesa:

1. Todos têm direito ao trabalho.

2. O dever de trabalhar é inseparável do direito ao trabalho, excepto para aqueles que sofram diminuição de capacidade por razões de idade, doença ou invalidez.

3. Incumbe ao Estado, através da aplicação de planos de política económica e social, garantir o direito ao trabalho, assegurando:

a) A execução de políticas de pleno emprego;

b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissão ou género de trabalho e condições para que não seja vedado ou limitado, em função do sexo, o acesso a quaisquer cargos, trabalho ou categorias profissionais;

c) A formação cultural, técnica e profissional dos trabalhadores.»

 

Com efeito: «(…) na medida em que as pessoas conseguem se livrar de condições restritivas (de ordem individual, social, económica e política), elas vão crescendo em seus esforços de buscar liberdade para assumir responsabilidades, para realizar seus projetos de auto-realização. Isso implica conquistar condições para poderem participar da decisão e condução dos projetos que lhes são importantes, bem como terem autonomia capaz de assegurar respeito próprio, condições de autodesenvolvimento e expressão de criatividade. É muito importante, então, obter espaço para disputarem o Poder, para negociarem e para dialogarem em condições razoáveis de igualdade.» (TOLEDO, 1986:60).

 

Bibliografia.

 

CRP, alterada pela Lei Constitucional nº 1/92 de 25-11-1992

TOLEDO, Flávio de, (1986). Recursos Humanos, crise e mudanças. 2ª Ed. São Paulo: Atlas

 

 

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domingo, 11 de maio de 2025

DIA 11 DE MAIO. DIA DA MÃE NO BRASIL.

 Reflexão: Mãe. Bússola do amor


Atualmente, não será nada fácil ser Mãe, ainda que a análise parta de um homem, na medida em que ao longo da história da humanidade, a Mãe tem arcado com as maiores responsabilidades na família e na sociedade porque: em primeira instância, é ela que prepara homens e mulheres para o mundo; é ela que ensina as primeiras palavras, as boas-maneiras, os bons hábitos.

Quem não se sente honrado, feliz e abençoado por ter a Mãe presente, sempre do seu lado, nas alegrias e nas tristezas, nos sucessos e nos fracassos, na saúde e na doença? Quantas pessoas em geral, e quantos filhos, em particular, suspiram pela sua Mãe, ou porque ela faleceu, ou porque teve de abandonar o lar, por razões que nem sempre serão da sua exclusiva responsabilidade? A Mãe, em toda a sua plenitude, é indispensável.

Quantas vezes ao longo da vida recorremos à nossa Mãe: para nos ajudar, material e/ou espiritualmente; quantas vezes ela nos negou a sua ajuda? Quantas vezes nós nos interrogamos, profundamente ansiosos: Mãe, onde estás? Ajuda-me! Não me abandones, Mãe!

É muito difícil refletir-se e escrever-se sobre a Mãe, em geral; e sobre a nossa Mãe, em particular, sem que os sentimentos de amor, de saudade ou até de arrependimento, pelo que de errado tenhamos feito, contra a nossa Mãe, nos chamem à razão, nos alertem para a riqueza que temos, ou perdemos, ou ainda que maltratamos.

De facto, ter Mãe é a maior riqueza que se pode obter neste mundo, e quando a nossa Mãe se nos revela com todo o seu amor, sem limites, nem julgamentos e condenações prévios, nem exigências de nenhuma natureza e que, simultaneamente, nos defende, nos elogia, nos projeta para a vida e para a sociedade, então consideremo-nos as pessoas mais felizes e mais ricas do mundo, porque é impossível uma felicidade maior do que termos a nossa Mãe.

Reconhecendo-se como insubstituível as funções de Mãe, numa sociedade civilizada, defensora e praticante dos mais elementares valores do amor, da dignidade e da felicidade, é tempo de se engrandecer a Mulher, nesta sua dimensão ímpar, concedendo-lhe as condições necessárias para que ela tenha um papel mais ativo e decisivo na formação das mulheres e dos homens que, num futuro próximo, nos vão governar, porque cada vez mais se faz sentir a necessidade de uma sociedade mais humana, mas justa e fraterna.

As Mães de todo o mundo transportam nos seus ventres e lançam para a luz do dia crianças que carecem, não só enquanto tais, mas durante toda a vida, dos valores e sentimentos que suas mães lhes podem e, certamente, transmitem. Nota-se muito bem uma criança que está sob a proteção e amor de sua mãe, daquela que não tem ou nunca teve essa bênção divina.

Como é triste ouvir os choros lancinantes de uma criança, ou até de um adulto, a chamar pela sua Mãe, a pedir-lhe socorro, a pedir-lhe comida, agasalho, proteção e amor. Como estas situações penetram bem fundo na consciência de quem sabe o que é ter uma Mãe, o sorriso carinhoso da Mulher que primeiro se ama na vida, a doçura de um beijinho, a suavidade de uma carícia terna e meiga e, também de uma “palmadinha” para nos chamar a atenção das nossas traquinices.

Como é bom ter a Mãe do nosso lado, sem condições, nem exigências, e sempre junto de nós, qual baluarte de defesa das nossas fragilidades! Com é imenso o amor de Mãe que pelos seus filhos é capaz de vencer tudo e todos. Como é essencial o acompanhamento de uma Mãe, ao longo das nossas vidas. Como o mundo seria melhor se nós ouvíssemos os sábios conselhos das nossas mães, os valores e sentimentos que elas nos transmitem.

E como será bom para uma Mãe receber dos seus filhos o respeito, a admiração, o amor incondicional. E, quando necessário, tal Mãe poder contar com o filho, igualmente, do seu lado e com ele resolver os problemas da vida. Como será gratificante para uma Mãe saber que o seu filho lhe proporcionará as melhores condições de vida, que a visitará frequentemente, ou que a terá junto de si, se a vida lhe permitir porque, em quaisquer situações, a Mãe saberá sempre compreender o filho e enquanto puder, mesmo na velhice, mesmo privando-se de bens essenciais à sua vida e saúde ela, essa Mãe extremosa e amorosa, continuará a velar pela felicidade do seu filho e, quantas vezes, dos netos.

Seria muito significativo e revelaria boa formação e sentimentos nobres, toda aquela pessoa que, sendo detentora de um qualquer poder, especialmente os líderes: políticos, legislativos e executivos, bem como de todas as atividades, se adotassem medidas justas, humanas e adequadas à proteção das famílias em geral, e das Mães em particular.

 Afinal foram, continuam a ser elas, as nossas Mães, que nos ajudaram a chegar até onde estamos, a elas devemos muito dos nossos sucessos, do nosso conforto e felicidade. Sem as nossas Mães do nosso lado, sem o seu amor, carinho, tolerância e auxílio, provavelmente, não passaríamos de vulgares criaturas, sem valores, sentimentos e, eventualmente, sem rumo na vida.

Por tudo isto, e não é nada pouco, governantes, que também são filhos, protegei as vossas Mães, as nossas Mães, defendei as Mães de todo o mundo, porque sem elas, seríamos incompletos. Amemos as nossas Mães, respeitemo-las através do Amor, da Doação, da Ética, da Gratidão, da Lealdade e da Honestidade. É o mínimo dos mínimos que por elas podemos fazer. Mãe Querida, onde quer que estejas, um beijo, com imenso amor, do teu filho.

Por tudo o que fica escrito, amar as nossas Mães em vida, ou honrar a sua memória, é um tributo que lhes devemos prestar, hoje e sempre. Mães Queridas, onde quer que estejais, um beijo, com imenso amor, dos vossos filhos. A todas as Mães do mundo, em geral e, particularmente, às MÃES BRASILEIRAS e da Comunidade Lusófona, na Diáspora e também às sacrificadas mães Ucranianas e Palestinianas deixo aqui uma palavra de amizade, também de admiração profunda, pela forma como elas enfrentam a vida, quais GUERREIRAS, num combate desigual e sem fim à vista. Um Beijinho com muito carinho e respeito, por todas vós. 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2025

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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domingo, 4 de maio de 2025

DIA O4 DE MAIO - DIA DA MÃE.

Reflexão: MÃE. A SUPREMACIA DO AMOR


Todos os dias do ano, das nossas vidas e da história, serão sempre muito poucos para enaltecer e homenagear as múltiplas e profundas dimensões da mulher porque, paulatinamente, com o decorrer dos séculos, a sua influência benéfica tem vindo a fazer-se sentir, bem como o desejo para que ela se posicione no lugar, a que por mérito próprio, tem direito no seio da sociedade, é cada vez mais evidenciado, principalmente por todos aqueles que, sem preconceitos, com toda a humildade e gratidão, reconhecem a insubstituabilidade daquele ser humano maravilhoso.

A Mulher vem assumindo, com espírito de tolerância, também de firmeza, a posição merecida de, em todos os domínios, estar ao lado do Homem, partilhando valores, sentimentos, emoções e funções profissionais, numa sociedade muito exigente, extremamente competitiva, todavia ainda muito dominada por um certo setor masculino que, receando perder prerrogativas, continua, de forma muito sub-reptícia, algo velada e envergonhada, a conceber normas jurídico-legais, para controlar os sistemas: político, religioso, empresarial e ainda familiar, em muitos lares, para evitar a justa ascensão da Mulher.

Entre as muitas e sublimes dimensões que a Mulher assume na sociedade, provavelmente a sua condição de Mãe (quando realmente o deseja e consegue) será, porventura, o seu, ou pelo menos, um dos seus expoentes máximos, porque para além das inúmeras tarefas, difíceis e, quantas vezes, incompreendidas, que quase sempre tem de desempenhar, ela é a única pessoa a poder atingir tão grande felicidade: «gerar e dar à luz um filho, com sofrimento, alegria e amor, mas também como resultado da sua entrega generosa a um homem que igualmente ama (ou já amou). Impossível igualar uma relação tão profunda».

Ser Mãe em toda a sua plenitude de Mulher, verdadeiramente humana, em todo o seu esplendor, é uma condição que algum outro ser, dificilmente poderá igualar ou substituir porque, em boa verdade, não só a constituição biológica como a sensibilidade sentimental, são caraterísticas que existem genuinamente na Mulher e, além disso, ela comporta uma intuição muito apurada para a proteção do/s seu/s filho/s, tornando-se pouco credível que ela possa ser substituída a partir da conceção e aplicação de leis.

Importa refletir: positivamente, sobre a importância, que em nossos dias, significa ter Mãe; interessa meditar, profundamente, no contributo que a Mulher-Mãe dá à humanidade, no sentido da criação, educação e formação que ela proporciona aos sues filhos, em vista da necessidade de uma sociedade equilibrada: em princípios, valores, sentimentos, emoções e desenvolvimento harmonioso da pessoa humana.

Mas também é necessário que se valorize, se proteja e se concedam às Mulheres condições para que elas possam exercer o seu papel maior, que é ser Mãe porque, afinal, a Mãe é, por um conjunto de qualidades, capacidades, virtudes, valores e sentimentos, o centro da família, a moderadora, a protetora, a administradora, a educadora, a apaziguadora, a única que, paciente e generosamente, sabe escutar, harmonizar posições dos restantes elementos da família, encobrir quando é necessário amparar.

A família, sendo a base e a principal célula da sociedade, será tanto mais responsável por um mundo justo, quanto melhor for a preparação dos seus elementos constituintes, sendo certo que a figura maternal, quando verdadeira e humanamente existe, é decisiva para a interiorização, realização e consolidação de valores e boas práticas comunitárias, precisamente a partir da intervenção sensata e amorosa da Mãe.

O poder matriarcal, no seio da família, será um fator de estabilidade, uma garantia de compreensão e tolerância, perante situações anormais provocadas, ou não, por algum elemento do agregado familiar, será fonte de amor, de carinho e de aconchego, finalmente, significará o poder moderador, conciliador e solucionador de conflitos. O poder da Mãe impõe-se pelas suas virtudes, valores e sentimentos naturais, não é conquistado pela força, nem pelo divisionismo da família, e muito menos pela intervenção e intromissão de elementos estranhos.

Conhece-se bem o papel da Mãe na criação, educação e preparação dos seus filhos, para a vida e para a sociedade, pelos quais tudo faz, até ao limite dos maiores sacrifícios. A credibilidade da Mãe, e o reconhecimento da sua necessidade formal e prática, são de tal maneira visíveis e aceites que, em grande parte das separações matrimoniais, quando há filhos, estes são entregues à guarda da Mãe, naturalmente, com algumas exceções bem fundamentadas.

Igualmente se julga saber que o abandono dos filhos, por parte do pai, é muito maior do que pela Mãe, como também parece um dado adquirido que, na maior parte das situações, são os avós maternos que apoiam a mãe na criação e educação dos seus filhos, podendo-se inferir que, em regra, os pais, aqui reportados aos homens, são menos responsáveis do que as mães, em muitas situações, designadamente: por imaturidade, por egocentrismo, por não serem capazes de abdicar de certos vícios e formas de vida, que teriam em solteiros.

É indiscutível que há muitas e boas exceções, como também é verdade que existem mães que se revelam incapazes para cuidar dos seus filhos, nalguns casos, porém, sem terem qualquer culpa, porque são surpreendidas por homens e/ou jovens sem quaisquer princípios, valores e sentimentos humanos.

O exercício das funções de Mãe, quando assumido em todas as suas dimensões, enfrentando diferentes e complexas dificuldades, revela bem a grandeza desta condição sublime da Mulher-Mãe, eminentemente feminina, e que, por tudo isto deveria ser mais respeitada, mais protegida, mais reconhecida nos seus direitos, enquanto Mulher, Mãe, Cidadã e Trabalhadora.

  

“NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. As Regras, são simples, para se obter a PAZ”

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