O Natal, enquanto tempo de reconciliação, de coesão da família, também dos amigos, deve ser aproveitado no seu sentido mais altruísta, deixando de lado as preocupações consumistas, as manifestações de poderio económico, de opulência que, por vezes, até ofendem quem mais precisa, quem nunca teve sorte na vida, apesar de a procurarem. Nem toda a gente é ociosa, aliás, a maioria das pessoas quer uma vida digna pelo trabalho.
É claro que não se defende um Natal miserabilista,
um Natal de lamúria, bem pelo contrário, deseja-se um Natal de prosperidade, de
intensa alegria, de fundadas esperanças no futuro. A harmonia entre
prosperidade e otimismo é fundamental para podermos acreditar em nós próprios,
nas nossas capacidades, nos resultados positivos que os nossos projetos nos
podem proporcionar. A quadra natalícia é uma época que se festeja um pouco por
todo o mundo, com mais ou menos alegria, com mais ou menos conforto, com mais
ou menos segurança.
Neste Natal, o núcleo central para o nosso sucesso
no futuro, é melhorarmos as condições de vida dos mais desprotegidos, não
permitirmos que a dignidade das pessoas se “esfume” na miséria, na fome, na
guerra e na morte. Não podemos permitir que a distância entre ricos e pobres
seja cada vez maior, tal como ficou “demonstrado” na contestação à COP-27, no
Egito, em novembro de 2022, a propósito das alterações climáticas.
Os países ricos devem ajudar, cada vez mais, os
mais pobres, aqueles territórios nos quais cada vez existem mais “excluídos
climáticos” a morrer sem qualquer tipo de assistência. Apesar de na referida
COP-27, os países ricos se terem comprometido numa ajuda substancial aos mais
desfavorecidos, significando isso um pequeno salto na solidariedade, é
necessário muito mais. Natais em circunstâncias de exclusão, qualquer que ela
seja, não podem repetir-se.
Passada esta festa e para iniciarmos um novo ano,
com perspectivas de vida mais positivas, é necessário assumir que: «A vida é alegria e felicidade em ajudar a
construir um mundo melhor e mais participativo, com equilíbrio e amor. Por isso
a ordem é reprogramar o mundo interior para usufruir da arte de viver e para a
reprogramação uma das melhores ferramentas encontra-se nas técnicas parapsicológicas».
(FRANCESCHINI, 1996:67).
Na verdade, a vida passa muito rapidamente. É essencial termos a consciência de que não vale a pena cogitarmos, desenvolver e aplicar processos maquiavélicos do tipo “caça-às-bruxas”, apenas para prejudicarmos, humilharmos e “pisarmos” os nossos semelhantes. O ódio, a perseguição e a vingança conforme se semeiam, assim se colhem e não são próprios de pessoas com boa formação e sentimentos nobres.
Aproveito esta oportunidade para: primeiro, pedir desculpa por algum erro que, involuntariamente, tenha cometido e, com ele, magoado alguém; depois para desejar um Santo e Feliz Natal, com verdade, com lealdade, com gratidão, seja no seio da família, seja com outras pessoas, com aquela amizade de um sincero «Amor Humanista», com um sentimento de tolerância, de perdão e muito reconhecimento pelo que me tem ajudado, ao longo da minha vida, compreendendo-me e nunca me abandonando. É este Natal, praticamente simbólico, que eu desejo festejar com a alegria possível, pesem embora as atuais restrições e condicionalismos, impostos por um conjunto de situações cruéis, que atiram cada vez mais pessoas para a miséria, fome e morte.
Finalmente, de forma totalmente pessoal, sincera e muito sentida, desejo a todas as pessoas que, verdadeiramente, com solidariedade, amizade, lealdade e cumplicidade, me têm acompanhado, através dos meus escritos, um próspero Ano Novo e que 2023 e, desejavelmente, as muitas dezenas de anos que se seguirem, lhes proporcionem o que de melhor possa existir na vida, que na minha perspetiva são: Saúde, Trabalho, Amizade/Amor, Felicidade, Justiça, Paz e a Graça Divina. A todas estas pessoas aqui fica, publicamente e sem reservas, a minha imensa GRATIDÃO.
Bibliografia
FRANCESCHINI,
Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São
Paulo: Scortecci
Venade/Caminha – Portugal, 2025
Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente Honorário do Núcleo Académico de Letras
e Artes de Portugal
http://nalap.org/Directoria.aspx
http://diamantinobartolo.blogspot.com
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