domingo, 7 de junho de 2015

O Desafio do Sucesso


Durante a vida de cada pessoa, vão surgindo situações, oportunidades, desafios e diversas circunstâncias que estimulam a tomar certas decisões, em ordem a conseguir-se alcançar um determinado resultado, face a um projeto individual e/ou coletivo, concebido para que o sucesso seja uma consequência de todo um trabalho próprio e/ou de grupo.
O mundo atual comporta pessoas medíocres, médias, talentosas e excecionais. Todas têm o seu lugar e se consideram mais ou menos realizadas, com o que vão conseguindo da vida, mas a verdade é que: «Vivemos numa era que passou a aceitar a “média” como padrão de desempenho e depois é com assombro e um pouco de humilhação que assistimos alguém que conhecemos destacar-se do grupo para receber todas as recompensas justas pela excelência do seu desempenho. Segurança e garantia tornaram-se ideais neste mundo de choque do futuro, quase fazendo submergir completamente nosso desejo de crescimento.» (MANDINO, 1982:71).
Os desafios que se colocam às pessoas, grupos, instituições e à sociedade em geral são muito complexos nuns casos, mais simples noutros, mas todos exigem maior ou menor capacidade para os enfrentar e, desejavelmente, vencê-los com os melhores resultados possíveis, sendo certo que, provavelmente, ninguém pretende ficar abaixo das expectativas.
A ideia mais frequente que se tem sobre o sucesso, realmente, relaciona-se com a riqueza material: possuir bens concretos, quantificáveis, no limite, dinheiro e no que a este se alude, “quanto mais melhor”, até porque: «Na medida em que o dinheiro é a quantidade de serviços que desempenhamos para os outros, acumulá-lo é nobre. Na medida em que pesamos nosso dinheiro a serviço dos que amamos, suprindo-lhes com todo o calor, conforto e segurança possíveis, o dispêndio é compensador e divino.» (Ibid.:74).
Partindo de pressupostos legais, legítimos e idóneos, a ninguém pode ser vedado trabalhar, para obter sucesso, como não se afigura correto criticar destrutiva e difamatoriamente quem pelo estudo, trabalho, poupança e investimento atinge a felicidade pelos bens materiais, porque sendo um conceito subjetivo, cada pessoa poderá ser feliz a partir dos princípios, valores e sentimentos que vai adotando ao longo da vida.
Com efeito: «Por incrível que pareça, grande parte da raça humana ainda acredita que para um indivíduo chegar à felicidade eterna precisa primeiro passar por uma vida inteira de infelicidades. Precisamos sofrer, dizem, para ganharmos a recompensa. Mas como seria tremendamente inconsistente aceitar tal filosofia. Por um lado, descobrimos que fomos colocados neste planeta totalmente equipado para obtermos o nosso sucesso individual. Contudo, a psicologia do sofrimento iria exigir que não usássemos todas as ferramentas e talentos porque nos foram dados …). Nosso objetivo é fazer o máximo que pudermos para que nossas vidas sejam bem-sucedidas e felizes.» (Ibid.:75).
É claro que ao ser humano se colocam desafios, dos quais existe uma consciência, mais ou menos clara, e uma vontade, igualmente de maior ou menor intensidade, para os superar, de contrário, e entre muitas outras diferenças, não nos distinguiríamos dos restantes seres deste planeta, o que realmente não acontece, porque ao estudarmos a História da Humanidade, ao longo dos milénios, identificamos pessoas verdadeiramente excecionais, para o bem e para o mal.
Não temos muitas dúvidas de que: «Encontramo-nos num mundo repleto de desafios que só esperam ser assumidos. Encontramo-nos equipados com os talentos necessários para ir ao encontro desses desafios. Essa combinação de desafios e de possibilidades de enfrentá-los nos diz alguma coisa por que estamos aqui? Por acaso não confirma, finalmente, de uma vez por todas, que nenhuma outra voz estará disponível e que só a nossa existência é toda a permissão de que precisamos para ter sucesso?» (Ibid.:76).
Realmente, temos de ser diferentes porque fomos “talhados” para vencer, para termos sucesso, porque, efetivamente, merecemos alcançar os êxitos que as melhores oportunidades da vida nos proporcionam. Lutar no sentido da vitória é uma obrigação, na medida em que quanto mais pessoas vitoriosas a sociedade tiver, tanto melhor para o bem-comum, para o progresso e para a felicidade, esta nas suas diferentes perspetivas, e de acordo com a conceção que dela se tiver.
O sucesso é uma necessidade, um bem essencial, qualquer que seja a sua natureza: material, axiológico, espiritual, sentimental, obviamente, aqui, estimulado para o bem, sem fundamentalismos, sem prejuízos para as restantes pessoas, se possível, tendo sempre em vista o bem-estar individual, familiar, empresarial, institucional e societário, porque é numa situação de paz, tranquilidade e progresso que os seres humanos devem viver.
Naturalmente que ninguém tem o direito de ficar passivamente à espera que o sucesso lhe “caia no colo”, porque: «O sucesso, é claro, depende do esforço de cada um, no exercício efetivo das atividades mentais, fundamentalmente na vivência dos seis conceitos básicos – paz, carinho, compreensão, humildade, amor, perdão – que solidificam o amor e desembocam na paz, viga mestra para a harmonia social e condição básica para alcançar o grande ideal de todos: a eternidade.» (FRANCESCHINI, 1996:42).
Na caminhada para o sucesso, é muito importante que se trabalhe muito bem o relacionamento interpessoal, precisamente com a verdade, humildade, gratidão, objetividade e flexibilidade. Nada impede, por exemplo, que para se chegar ao sucesso, se utilizem técnicas utilizadas nas Relações Públicas, porque: «Na realidade, as relações públicas podem desempenhar um papel essencial na realização de objetivos específicos em todos os níveis do trabalho de uma organização, focalizando, reforçando e transmitindo uma mensagem eficiente. Devidamente utilizadas, as relações públicas são um método excelente e compensador em termos de custo para melhorar a imagem de um indivíduo, organização ou produto.» (AUSTIN, 1992:9).
Quando alguém consegue sucesso, presume-se que é no âmbito da realização material de uma ideia, de um projeto, de um desejo, contudo, o êxito global na vida será um objetivo difícil de alcançar, porque sempre haverá a vontade, por diversas razões: ambição, orgulho, soberba, poder, domínio, de se conseguir mais, porém, quantas pessoas parece terem tudo na vida e, na verdade, falta-lhes obter, por exemplo: saúdem reconhecimento, felicidade, respeito, dignidade, acabando tais pessoas por sucumbir ao abismo da solidão, do ostracismo, do esquecimento, da indiferença, enfim, do fracasso.
É desejável que todas as pessoas, famílias, instituições, povos e nações busquem, incessantemente, o sucesso, considerado este nos principais pilares que comportam este magnífico edifício, que faz mover o mundo: saúde, trabalho, amor, felicidade e a Graça Divina, aos quais se podem juntar as traves-mestras: da solidariedade, da amizade, da lealdade, do carinho, da humildade, da gratidão, da compreensão, do perdão e da paz. O “travejamento” deste fascinante edifício, fica assim concluído, bem consolidado e será difícil derrubá-lo.
Certamente que o “Desafio para o Sucesso” é complexo, talvez não esteja ao alcance de qualquer pessoa, porque é necessária muita determinação, elevada autoestima, grande competência nas atividades em que nos envolvemos, conhecermos muito bem os caminhos a percorrer, os instrumentos a utilizar, traçarmos com realismo as metas que possam ser alcançáveis, a partir das nossas habilidades, experiências e conhecimentos.
É essencial termos a noção de que: «A autoestima natural é uma avaliação de nós próprios que revela humildade e é um acto simples, porque não precisa de provar nada a ninguém, não se sente ameaçada de forma alguma e apenas nos oferece a consciência de quem se reconhece, naturalmente, completo e íntegro.» (FERREIRA, 2002:144).

Bibliografia.

AUSTIN, Claire, (1993). As Relações Públicas com Sucesso. Trad. Manuela Madureira. Lisboa: Editorial Presença.
FERREIRA, Maria Isabel, (2002). A Fonte do Sucesso. Cascais: Pergaminho.
FRANCESCHINI, Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São Paulo: Scortecci.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone: 00351 936 400 689

Imprensa Escrita Local:
 
Jornal: “O Caminhense”
Jornal: “A Nossa Gente”
Jornal: “Terra e Mar” 

Portugal: http://www.caminha2000.com (Link’s Cidadania e Tribuna)

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