domingo, 28 de junho de 2015

Vitalidade para Avaliar Ocasiões


Na caminhada pela estrada da existência humana, todas as pessoas têm as suas oportunidades na vida, sendo certo que a avaliação que se faz de cada uma, conduz ao seu aprofundamento e decisão sobre adaptá-la à realidade, implementá-la e aguardar os respetivos resultados ou, simplesmente, à rejeição, por considerar que não será o que estará nos planos dessa pessoa, ainda que mais tarde, possa vir a reconhecer que, afinal, fez uma má opção em relação à oportunidade rejeitada.
Entretanto e para melhor contextualização, interroguemo-nos sobre: «O que é a oportunidade e quando bate à sua porta? Não bate nunca. Poderá esperar a vida inteira, apurando o ouvido, esperando e não escutará batida nenhuma. Nenhuma, em absoluto. Você é a oportunidade e deve bater na porta que dá para o seu destino. Você se prepara para reconhecer a oportunidade, para perseguir e agarrar a oportunidade enquanto desenvolve a energia de sua personalidade e constrói uma auto-imagem com a qual é capaz de viver – com seu amor-próprio alerta e em crescimento (…). Você cria a oportunidade. Você desenvolve as habilidades para se moverem em direção à oportunidade. Você transforma as crises em oportunidades criativas, derrotas em sucessos e frustração em satisfação (…). Deve lutar pelo direito de aproveitar a oportunidade que Deus lhe deu para usar bem sua vida (…). Deve parar de se queixar sobre o passado infeliz ou a má sorte e abrir os olhos para as oportunidades que existem à sua disposição.» (Maxwell Maltz in MANDINO, 1982:95-96).
Em bom rigor, as oportunidades existem, sejam a partir da criatividade da própria pessoa interessada, seja quando alguém lhe faz uma proposta para um determinado projeto de intervenção, numa dada área de ocupação profissional, em diversos domínios: empresarial, político, social, religioso, literário-cultural, desportivo, científico-tecnológico, entre muitos outros.
A oportunidade, de facto, está lá, mas de nada servirá se não houver vontade de a agarrar, se não existir energia para a analisar sob vários ângulos e, nesse sentido, são as pessoas que têm de se dirigir ao encontro da possibilidade, favorável, procurando inteirar-se das vantagens e riscos.
Procurar oportunidade, seja de que natureza for, poderá ser, em princípio uma responsabilidade que, em caso de ela não surgir, também conduz à frustração, e para depois se ultrapassar este estado de espírito, será indispensável uma energia adicional, por forma a suplantar esta situação desagradável, sendo necessário estar-se mentalizado para se aceitar que: «Vivemos num mundo imperfeito, numa cultura imperfeita (…). Mas este também é um mundo de oportunidades. Nem todas as fronteiras estão fechadas e quase todas as portas estão abertas. Ainda podemos aguardar com ansiedade novas e excitantes oportunidades e nos lançarmos em sua direção.» (Ibid.:102).
Aparentemente, as oportunidades não nos batem à porta, com total evidência e objetividade, embora nos surjam: algumas vezes, sob a forma de propostas; outras, como um desafio que envolve riscos, mais ou menos elevados, mais ou menos calculados. Como quer que seja, o que se afigura mais realista é a criatividade para novas oportunidades e depois tentar estruturá-las, com estratégia, metodologia e objetivos bem definidos.
Antes, porém, de implementar ideias criativas, que visam gerar novas oportunidades, será necessário tomar algumas precauções, entre as quais: «Pare e comece – essa é a maneira de se mover para os objetivos. Ao formulá-los e ir em sua direção, lembre-se dos sucessos passados e, o mais importante ainda, veja-os em sua mente como se estivessem acontecendo agora. Assim o sucesso renasce em sua imaginação para que você viva e respire o sucesso do passado e projete-o no presente (…). Viva no presente. O passado se foi; o futuro é desconhecido - mas o presente é real e é agora que estão as oportunidades. (…).Pare de menosprezar-se. Muita gente faz isso (…). Aceite-se tal como é. Caso contrário jamais verá a oportunidade. Não se sentirá livre para ir ao encontro dela; vai achar que não é merecedor. Tente estabelecer metas construtivas. Já possuímos negativismo demais hoje em dia, violência demais e cinismo demais.» (Ibid.:103).
Na busca da oportunidade é essencial que a autoestima, a confiança e o amor-próprio, sejam como que os motores nessa procura, porque partir para um projeto, qualquer que seja, com desânimo, sem esperança no seu sucesso e ficando praticamente passivo, esperando que tudo lhe caia do céu, poderá ser o caminho certo para o fracasso.
É importante um autoconhecimento, ter-se a noção bem exata das possibilidades para percorrer um caminho que, habitualmente e para a maioria das pessoas, é longo, penoso e cujo fim, por vezes, se ignora, mas que é necessário nele transitar com muita determinação, por isso é que: «Uma das grandes oportunidades em toda a sua vida deve ser uma tentativa direta para construir uma atitude respeitosa para consigo mesmo. Não basta respeitar nossas celebridades, nossos líderes e instituições. Para viver, bem precisa respeitar a si mesmo.» (Ibid.:106).
É provável que se possa admitir que, precisamente, porque nem todas as pessoas possuem determinadas qualidades inatas e/ou adquiridas, alguma vez consigam criar oportunidades, ficando, por isso mesmo, sujeitas ao que lhes possa ser “oferecido” por alguém: seja por uma pessoa singular, coletiva, instituições, familiar ou estranha e, até nestas circunstâncias, ainda ficará dependente de diversos fatores, para que a oportunidade lhe seja consignada.
Com efeito, muitas são as condicionantes para se vencer na vida, desde logo porque: «Não somos onipotentes e, às vezes, precisamos nos comprometer ou nos render. Ao nos rendermos precisamos ganhar. Você se rende à compaixão, contudo não ao ressentimento. À coragem, não à covardia. Aos seus triunfos, não aos riscos. E você se rende à oportunidade dentro de você que criou para si mesmo – uma oportunidade que o levará a uma vida mais rica e de maior amor-próprio.» (Ibid.).
Lutar pelas oportunidades: criadas, procuradas ou oferecidas, é um dever inalienável de qualquer pessoa que se preze da sua condição superior, dos seus princípios, dos seus valores e dos seus sentimentos. É, também, um direito porque o sucesso não pode ser apenas de alguns, mas tem de pertencer ao maior número possível, na medida em que quantas mais pessoas estiverem bem na vida, tanto melhor para a sociedade em geral.
O sucesso sempre fez parte dos legítimos e legais projetos da pessoa humana, mas o êxito é um resultado, na maior parte dos casos, de muito trabalho, de bastante resiliência, de liberdade de escolha. O futuro reserva-nos as três dimensões possíveis: sucesso, fracasso e comodismo. Importa, agora que se vive o primeiro quarto de um novo século, XXI, preparar as gerações mais novas: conciliar saberes científico-tecnológicos, com a experiência e sabedoria dos mais velhos.
A capacidade de persistir e resistir pode conduzir à vitória, por isso: «Organizações e seres humanos devem se preparar como profissionais, como pais, como amigos para fazer um grande pacto de despojamento e transformar esta terrível ameaça de um generation gap (conflito de gerações) de grande choque numa complementação de cabelos “grisalhos e cabeças raspadas”, formando a união indispensável à construção de um mundo cada vez melhor.» (VIANNA & VELASCO, 1998:139).
Uma atenção redobrada é necessária face a um mundo cada vez mais concorrencial, no que respeita à obtenção do sucesso, principalmente, ao nível material, já que, ter êxito noutros domínios, designadamente, no âmbito dos valores ético-morais e religiosos, os “apetites” não se afiguram assim tão óbvios, até porque para estes, possivelmente, o esforço para se conseguir notoriedade, é muito menor.
Apesar das imensas dificuldades, que à generalidade das pessoas se colocam, ainda assim: «Todo o mundo pode fazer tudo que realmente quiser desde que se decida fazê-lo. Todos somos capazes de coisas melhores do que imaginamos. O que uma pessoa consegue depende imensamente de: 1) Desejo; 2) Fé; 3) Perseverança; 4) Capacidade.» (Peale, Norman Vicente, 1985:10, in FRANCESCHINI, 1996:58).

Bibliografia.

FRANCESCHINI, Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São Paulo: Scortecci.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
VIANA, Marco Aurélio Ferreira, & VELASCO, Sérgio Duarte, (1998). Futuro: Prepara-se. Cenários e Tendências para um Mundo de Oportunidades. 3ª Edição. São Paulo: Editora Gente.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone: 00351 936 400 689

Imprensa Escrita Local:  

Jornal: “O Caminhense”
Jornal: “A Nossa Gente”
Jornal: “Terra e Mar”

Portugal: http://www.caminha2000.com (Link’s Cidadania e Tribuna)

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