domingo, 16 de agosto de 2015

Motivação: Alavanca para o Sucesso.


Acredita-se que atitudes como: a apatia, a indiferença, o desânimo, a introversão e, no limite, o “atirar com a toalha ao chão”, não conduzem a uma vida, minimamente, de qualidade e muito menos, com algum sucesso. A recolhimento em si próprio, alheando-se do mundo, inevitavelmente, conduz ao fracasso, à frustração e, eventualmente, em situações mais complexas, a desfechos que podem ser dramáticos e irreversíveis.
Entre outras atitudes, importa adotar aquelas que impulsionem a pessoa para uma vida relativamente extrovertida: virada para o mundo, com o mundo e sempre no mundo, no seio de uma sociedade complexa, difícil, exigente que, também ela, no seu todo, nem sempre se entende. Importa, certamente, aceitar o princípio, segundo o qual: «Ter sucesso pode ser divertido. A vida pode ser divertida. A vida é tremenda! Talvez, se eu tiver sorte, até vou conseguir fazê-lo sorrir algumas vezes …» (MANDINO, 1982:197).
Pode-se, pelo menos, tentar criar a motivação, necessária e suficiente, para que se consiga uma vida mais consentânea com as ambições legais e legítimas das pessoas, com a sua dignidade, afinal, com a sua condição superior, porque não é desejável, nem frutuoso, para a própria individualidade, nem para a sociedade, que se tenha uma existência, pouco mais que instintiva. O ser humano merece mais, sem dúvida alguma, mas para isso tem de ajudar-se a si próprio, automotivar-se.
É sabido que: «Hoje em dia estamos rodeados de motivadores – pessoas e coisas esforçam-se para motivar outras pessoas a comprarem um produto, pagarem por um conselho ou alistarem-se numa causa. As classes de motivação estão apinhadas e os livros de motivação são bestsellers. A motivação é o grande negócio.» (Charles “Tremendo” Jones, in MANDINO, 1982:197).
A vida não pode cingir-se a um percurso linear, com um princípio, meio e fim biológicos. A existência humana é muito mais do que isso, porque constituída por uma imensa diversidade de princípios, valores, sentimentos, emoções, atividades, projetos, conflitos, enfim, uma complexidade de intervenções, comportamentos e resultados. A vida da pessoa humana, em grande parte, é uma construção: por vezes, “gloriosa”; outras, “dramática”, com altos e baixos, mas nunca linear, cómoda, pacífica e sem dificuldades.
A automotivação é, certamente, uma das grandes alavancas, essencial para o sucesso. É necessário que toda e qualquer pessoa, que deseje uma vida melhor, tenha condições para encetar o caminho do êxito, não se podendo ignorar que: «As grandes coisas em sua vida ficarão maiores se investir nelas para ajudá-lo a ficar motivado. Lembre-se, você está construindo uma vida, não um império.» (Ibid.:200).
A vida, no seu decurso, mais ou menos longo, é sempre acompanhada de inúmeras circunstâncias: umas, favoráveis, ou negativas, mas previsíveis; Outras, imponderáveis. Ninguém tem a capacidade infalível de planear e executar, com sucesso absoluto, os seus projetos por isso é que: «… todos nós estamos na luta, saibamos disso ou não. E a pessoa que sabe como ficar motivada não precisa de nenhuma torcida (apoiantes). Tem a motivação em si mesma. Não está procurando por uma muleta que pode se quebrar, um bônus sem impostos; está aprendendo motivação que vem de dentro.» (Ibid.:205).
Para que a motivação surja, primeiro é fundamental que existam ideias, se possível, inovadoras, que estimulem a ação empreendedora. As ideias devem comportar alguns elementos necessários, para que se possa avançar, com relativa segurança, aceitando-se que: «A meta é um objetivo que você quer alcançar. O plano é o modo específico de alcançar essa meta. Metas e planos são ideias em sua mente. (…) Todos os objetos palpáveis começaram de metas, planos ou ideias nas mentes de certas pessoas. Este é um conceito revolucionário, desde que permite realmente que ele o domine, pois demonstra a importância do mundo do pensamento.» (Fitzhugh Dodson, in MANDINO, 1982:207).
Deixar que a vida “corra ao sabor do vento” de um certo determinismo irracional, não será próprio da pessoa humana, superiormente dotada de capacidades diversas para, pelo menos, ainda que parcialmente, eliminar, ou controlar, as consequências das leis da natureza e dos outros seres humanos que, quantas vezes, agem com autêntica “bestialidade”, e que, quando assim se verifica, seguramente, o sucesso fica muito mais inacessível, se não impossível.
Obviamente que, nem todas as pessoas reúnem as melhores condições, para elaborarem planos grandiosos, seja do ponto de vista material e/ou imaterial, mas não os ter, é uma situação que, em certa medida, poderá inferiorizar, social e economicamente uma determinada individualidade, família, grupo ou mesmo uma comunidade inteira.
Com efeito: «É triste saber que a maioria das pessoas não têm metas ou planos, mas não é de admirar, pois o conceito em seu todo é uma área negligenciada em nossa cultura. (na portuguesa, também - sublinhado meu). Muitas pessoas apenas existem dia após dia, semana após semana, ano após ano. Outras têm metas, mas são tão imprecisas ou passivas que são virtualmente sem mérito.» (Ibid. 209).
Até agora pode-se admitir, como condições “sine qua non” para se chegar ao sucesso, ainda que parcial, estar-se, claramente, motivado, ter metas e planos bem realistas, saber quais as estratégias e metodologias se vão utilizar e os recursos humanos, técnicos, financeiros e infraestruturais de que se dispõe. Congregar todos estes requisitos não será assim tão fácil, mas também é preciso saber como consegui-los.
Em qualquer atividade socioprofissional, realmente, é muito importante gostar-se do que se faz, fazer com orgulho, com amor, com arrebatamento, porque: «Nenhuma batalha, seja qual for a sua importância, poderá ser ganha sem entusiasmo.» (Padre O’Brien, in MANDINO, ibid.:220), logo, é muito importante cultivar-se estes valores e aplicá-los nas funções em que nos envolvemos.
Então: «Para tornar-se entusiasmado no sentido de alcançar certa meta desejada, mantenha a mente nessa meta, dia após dia. Quanto mais valioso e desejável seu objetivo … mais dedicado e entusiasmado você se tornará. (…) As emoções nem sempre estão sujeitas de imediato à razão, mas estão sempre sujeitas de imediato à ação.» (William James, in Ibid.). (…) O sucesso é alcançado pelos que tentam, e Onde não há nada para perder tentando e muito para ganhar se obtido o sucesso, tente sem dúvida. (…). (W. Clement Stone, in MANDINO, Ibid.). Os sentimentos … disposições e … emoções seguirão à ação. Se quer entusiasmo … aja entusiasticamente.» (William James, in MANDINO, Ibid.:221)
Havendo motivação, entusiasmo, metas, planos e recursos diversos, fica-se, relativamente, mais próximo do sucesso, e se alguém pretende que o seu êxito tenha uma dimensão ético-moral, que seja equivalente à perfeição, até onde seja possível atingi-la, pelo ser humano, então pode-se, e/ou deve-se, ter em conta a prática das treze virtudes consideradas adequadas: «Temperança, Silêncio, Ordem, Resolução, Frugalidade, Trabalho, Sinceridade, Justiça, Moderação, Limpeza, Tranquilidade, Castidade e Humildade.» (Benjamim Franklin, in MANDINO, 1982:225).

Bibliografia.

MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone: 00351 936 400 689

Imprensa Escrita Local:

Jornal: “O Caminhense”
Jornal: “A Nossa Gente”
Jornal: “Terra e Mar”
 
Portugal: http://www.caminha2000.com (Link’s Cidadania e Tribuna)

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