Interiorizar uma genuína cultura de cooperação
lusófona, sem prejuízo dos diversos acordos internacionais, já existentes ou a
celebrar, sem deslealdade para com as parecerias que se estabeleceram entre
países, e aproveitando, justamente, todas as experiências e sinergias já
adquiridas, poderá melhorar, enriquecer e consolidar os níveis de vida dos
povos envolvidos, reduzindo tensões, eliminando barreiras físicas e
artificialmente construídas, possibilitando, afinal, a irmanação no
desenvolvimento das causas nobres, como a paz, a justiça, a saúde, a educação,
o bem-comum, obviamente, no respeito por legítimos, legais e justos interesses,
das instituições e das pessoas.
Desenvolver uma filosofia educativa, com objetivos
culturais, de dinamização de programas conjuntos, nos domínios que facilitem a
compreensão dos valores nacionais, intercâmbio de novos conhecimentos, apoio à
investigação científica nas áreas de interesse dos povos lusófonos, numa
primeira etapa; para uma maior expansão, extra-lusófona, numa etapa posterior;
reciprocidade de tratamento para com todos os indivíduos e instituições
envolvidos, são algumas exigências que devem ser, já à partida, satisfeitas.
Uma cultura para a cooperação entre pessoas, povos
e nações poderá significar o fim dos movimentos migratórios clandestinos, que
de forma crescente ocorrem um pouco por todo o mundo, especialmente
direcionados para a América do Norte e União Europeia, a maior parte das vezes
com fins trágicos para os migrantes e seus familiares, principalmente as
crianças, mas também com problemas humanitários, para os países de suposto
acolhimento, que se confrontam com situações verdadeiramente desumanas.
A reciprocidade entre todos os países livres,
democráticos, humanistas e tolerantes, deve ser a regra de ouro para o
acolhimento dos milhares de migrantes, em permanente circulação por esse mundo,
à procura de melhor vida, para eles próprios e para as famílias, com base
apenas num trabalho digno.
A cultura da responsabilidade é um processo de
ensino-aprendizagem e de boas-práticas que exige tempo, disciplina e vontade,
que pressupõe uma elevada autoestima do indivíduo responsável, uma noção muito
clara dos valores que devem integrar uma cultura da responsabilidade, uma
disponibilidade ampla para assumir atividades que aperfeiçoem e valorizem,
desde logo, um espírito de doação, sem traição às raízes originais, embora
cooperando com outras culturas, outros valores, outras pessoas.
A cooperação, sem barreiras artificiais entre os
nove, será um projeto estimulante, desafiador das capacidades das instituições
e dos indivíduos e, mais do que isso, motivador para uma solução de irmanização
destes povos, os quais têm tudo para, rapidamente, chegarem ao sucesso material
e espiritual: recursos naturais, inteligência avançada, instrumentos de
comunicação e de cultura idênticos, cumplicidade por um passado comum, ainda
que em papéis diferentes (colonizador-colonizado), embora nem sempre assim tão
nítidos.
Diamantino Lourenço Rodrigues de
Bártolo
Telefone: 00351 936 400 689
Imprensa Escrita Local:
Jornal: “Terra e Mar”
Blog Pessoal: http://diamantinobartolo.blogspot.com
Portugal: http://www.caminha2000.com (Link’s
Cidadania e Tribuna)
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