domingo, 10 de junho de 2018

Camões: o Poeta Maior

Neste dia, direcionado às comemorações do “Dez de junho”, é importante, e benéfico, destacar a riqueza dos recursos humanos Portugueses, bem como de todas as pessoas que escolhem Portugal para se envolverem na investigação científica e tecnológica, porque é sabido que em todos os países do mundo há Portugueses a desempenhar funções de grande responsabilidade, que exigem conhecimentos profundos, experiência comprovada e resultados substanciais, nas áreas profissionais em que exercem as suas atividades.
Atualmente, quem reside em Portugal, apesar dos fracos recursos materiais e financeiros, ainda assim, sabe que: pode usufruir de um serviço nacional de saúde, tendencialmente gratuito; de um sistema de educação público que é de excelente qualidade, seja nos ciclos obrigatórios, seja no superior; igualmente pode beneficiar de formação continua e profissional de elevada qualidade e atualização permanentes, através dos cursos médios ou superiores, estes ministrados pelos Institutos Superiores Técnicos.
Acredita-se que, esteja para breve, um novo projeto para qualificar as pessoas, não nos moldes da Iniciativa Novas Oportunidades, de resto, de excelentes resultados, mas incompreensivelmente desmantelada, em agosto de 2012. O projeto Qualifica, assim designado, a implementar ainda este ano de 2017, terá metodologias, estratégias, conteúdos e avaliações diferentes.
Existem, portanto, inúmeras razões para Portugal ser considerado um país de futuro, em que uma certa tranquilidade, bastante segurança, perspetivas de melhoria das condições de vida para toda a população, enfim, um espaço europeu de grande evolução científica, tecnológica e económica, assim o desejem os responsáveis: governantes, empresários, instituições, organizações de qualquer natureza legal, e a denominada sociedade civil, com todo o peso da sua cultura.
Neste dia, elogiamos, também, com total justiça, mérito e orgulho o poeta maior da língua que une mais de duzentos milhões de falantes, para além de já ser considerada um dos principais idiomas, atualmente utilizado nos grandes fóruns internacionais. Num aparte, que muito me honra, Luís Vaz de Camões, é o meu patrono na Academia Lavrense de Letras – Lavras-MG – Brasil, na qual ocupo a cadeira perpétua Nº XXI e também as funções de correspondente internacional.
Invocando, agora, um pouco, a figura impressionante do Grande Poeta Lusitano, Luís Vaz de Camões, deve-se incluir neste trabalho uma resumida biografia deste Ilustre Português.
Assim: «Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta português. Autor do poema "Os Lusíadas", uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo português. Luís de Camões (1524-1580) nasceu em Coimbra ou Lisboa, não se sabe o local exato nem o ano de seu nascimento, supõe-se por volta de 1524. (…), ingressou no Exército da Coroa de Portugal e em 1547, embarcou como soldado para a África, onde participou da guerra contra os Celtas, em Marrocos, e em combate perde o olho direito.
Em 1552, de volta a Lisboa frequentou tanto os serões da nobreza como as noitadas populares. Numa briga, feriu um funcionário real e foi preso. Embarcou para a Índia em 1553, onde participou de várias expedições militares. Em 1556, foi para a China, também em várias expedições. Em 1570, voltou para Lisboa, já com os manuscritos do poema "Os Lusíadas", que foi publicado em 1572, com a ajuda do rei D. Sebastião.
O poema "Os Lusíadas", funde elementos épicos e líricos e sintetiza as principais marcas do Renascimento português: o humanismo e as expedições ultramarinas. Inspirado em A Eneida de Virgílio, narra fatos heroicos da história de Portugal, em particular a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama. No poema, Camões mescla fatos da História Portuguesa à intrigas dos deuses gregos, que procuram ajudar ou atrapalhar o navegador.
Um aspecto que diferencia Os Lusíadas das antigas epopeias clássicas é a presença de episódios líricos, sem nenhuma relação com o tema central que é a viagem de Vasco da Gama. Entre os episódios, destaca-se o assassinato de Inês de Castro, em 1355, pelos ministros do rei D. Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu amante.
Luís de Camões é o poeta erudito do Renascimento, se inspira em canções ou trovas populares e escreve poesias que lembram as cantigas medievais. Revela em seus poemas uma sensibilidade para os dramas humanos, amorosos ou existenciais. A maior parte da obra lírica de Camões é composta de sonetos e redondilhas, de uma perfeição geométrica, sem abuso de artifícios, tudo parece estar no lugar correto.
Uma das amadas de Camões foi a jovem chinesa Dinamene, que morreu afogada em um naufrágio. Diz a lenda que Camões conseguiu salvar o manuscrito de Os Lusíadas, segurando com uma das mãos e nadando com a outra. Camões escreve vários sonetos lamentando a morte da amada. O mais famoso é "A Saudade do Ser Amado". Camões deixou além de "Os Lusíadas", um conjunto de poesias líricas, entre elas, "Os Efeitos Contraditórios do Amor" e "O Desconcerto do Mundo", e as comédias "El-Rei Seleuco", "Filodemo" e "Anfitriões”. Luís Vaz de Camões morreu em Lisboa, Portugal, no dia 10 de junho 1580, em absoluta pobreza.» (in: https://www.ebiografia.com/luis_camoes/ ).
Decorridos que estão quase quatrocentas e quarenta anos, após o seu desaparecimento físico, a sua memória, o seu inigualável legado e o seu projeto aglutinador, esses estão bem vivos, bem atuantes, cada vez melhor reconhecidos além-fronteiras porque entre os falantes da língua portuguesa, nos quatro quantos do mundo desde há séculos, o número não para de aumentar e hoje, 2018 o conceito de LUSOFONIA é um recurso linguístico que ada vez mais enaltece Luiz Vaz de Camões e a Língua Portuguesa.


Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo


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