Neste dia, direcionado às
comemorações do “Dez de junho”, é importante, e benéfico, destacar a riqueza
dos recursos humanos Portugueses, bem como de todas as pessoas que escolhem
Portugal para se envolverem na investigação científica e tecnológica, porque é
sabido que em todos os países do mundo há Portugueses a desempenhar funções de
grande responsabilidade, que exigem conhecimentos profundos, experiência
comprovada e resultados substanciais, nas áreas profissionais em que exercem as
suas atividades.
Atualmente, quem reside em
Portugal, apesar dos fracos recursos materiais e financeiros, ainda assim, sabe
que: pode usufruir de um serviço nacional de saúde, tendencialmente gratuito;
de um sistema de educação público que é de excelente qualidade, seja nos ciclos
obrigatórios, seja no superior; igualmente pode beneficiar de formação continua
e profissional de elevada qualidade e atualização permanentes, através dos
cursos médios ou superiores, estes ministrados pelos Institutos Superiores
Técnicos.
Acredita-se que, esteja para breve,
um novo projeto para qualificar as pessoas, não nos moldes da Iniciativa Novas
Oportunidades, de resto, de excelentes resultados, mas incompreensivelmente
desmantelada, em agosto de 2012. O projeto Qualifica, assim designado, a
implementar ainda este ano de 2017, terá metodologias, estratégias, conteúdos e
avaliações diferentes.
Existem, portanto, inúmeras razões
para Portugal ser considerado um país de futuro, em que uma certa
tranquilidade, bastante segurança, perspetivas de melhoria das condições de
vida para toda a população, enfim, um espaço europeu de grande evolução
científica, tecnológica e económica, assim o desejem os responsáveis:
governantes, empresários, instituições, organizações de qualquer natureza
legal, e a denominada sociedade civil, com todo o peso da sua cultura.
Neste dia, elogiamos, também, com
total justiça, mérito e orgulho o poeta maior da língua que une mais de
duzentos milhões de falantes, para além de já ser considerada um dos principais
idiomas, atualmente utilizado nos grandes fóruns internacionais. Num aparte,
que muito me honra, Luís Vaz de Camões, é o meu patrono na Academia Lavrense de
Letras – Lavras-MG – Brasil, na qual ocupo a cadeira perpétua Nº XXI e também
as funções de correspondente internacional.
Invocando, agora, um pouco, a figura impressionante do Grande
Poeta Lusitano, Luís Vaz de Camões, deve-se incluir neste trabalho uma resumida
biografia deste Ilustre Português.
Assim: «Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta português.
Autor do poema "Os Lusíadas", uma das obras mais importantes da
literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de
Portugal. É o maior representante do Classicismo português. Luís de Camões
(1524-1580) nasceu em Coimbra ou Lisboa, não se sabe o local exato nem o ano de
seu nascimento, supõe-se por volta de 1524. (…), ingressou no Exército da Coroa
de Portugal e em 1547, embarcou como soldado para a África, onde participou da
guerra contra os Celtas, em Marrocos, e em combate perde o olho direito.
Em 1552, de
volta a Lisboa frequentou tanto os serões da nobreza como as noitadas
populares. Numa briga, feriu um funcionário real e foi preso. Embarcou para a
Índia em 1553, onde participou de várias expedições militares. Em 1556, foi
para a China, também em várias expedições. Em 1570, voltou para Lisboa, já com
os manuscritos do poema "Os Lusíadas", que foi publicado em 1572, com
a ajuda do rei D. Sebastião.
O poema
"Os Lusíadas", funde elementos épicos e líricos e sintetiza as
principais marcas do Renascimento português: o humanismo e as expedições
ultramarinas. Inspirado em A Eneida de Virgílio, narra fatos heroicos da
história de Portugal, em particular a descoberta do caminho marítimo para as
Índias por Vasco da Gama. No poema, Camões mescla fatos da História Portuguesa
à intrigas dos deuses gregos, que procuram ajudar ou atrapalhar o navegador.
Um aspecto
que diferencia Os Lusíadas das antigas epopeias clássicas é a presença de
episódios líricos, sem nenhuma relação com o tema central que é a viagem de
Vasco da Gama. Entre os episódios, destaca-se o assassinato de Inês de Castro,
em 1355, pelos ministros do rei D. Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu
amante.
Luís de
Camões é o poeta erudito do Renascimento, se inspira em canções ou trovas
populares e escreve poesias que lembram as cantigas medievais. Revela em seus
poemas uma sensibilidade para os dramas humanos, amorosos ou existenciais. A
maior parte da obra lírica de Camões é composta de sonetos e redondilhas, de uma
perfeição geométrica, sem abuso de artifícios, tudo parece estar no lugar
correto.
Uma das
amadas de Camões foi a jovem chinesa Dinamene, que morreu afogada em um
naufrágio. Diz a lenda que Camões conseguiu salvar o manuscrito de Os Lusíadas,
segurando com uma das mãos e nadando com a outra. Camões escreve vários sonetos
lamentando a morte da amada. O mais famoso é "A Saudade do Ser
Amado". Camões deixou além de "Os Lusíadas", um conjunto de
poesias líricas, entre elas, "Os Efeitos Contraditórios do Amor" e
"O Desconcerto do Mundo", e as comédias "El-Rei Seleuco",
"Filodemo" e "Anfitriões”. Luís Vaz de Camões morreu em Lisboa,
Portugal, no dia 10 de junho 1580, em absoluta pobreza.» (in: https://www.ebiografia.com/luis_camoes/ ).
Decorridos que estão quase quatrocentas e quarenta
anos, após o seu desaparecimento físico, a sua memória, o seu inigualável
legado e o seu projeto aglutinador, esses estão bem vivos, bem atuantes, cada
vez melhor reconhecidos além-fronteiras porque entre os falantes da língua
portuguesa, nos quatro quantos do mundo desde há séculos, o número não para de
aumentar e hoje, 2018 o conceito de LUSOFONIA é um recurso linguístico que ada
vez mais enaltece Luiz Vaz de Camões e a Língua Portuguesa.
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
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