domingo, 7 de fevereiro de 2021

Atos de Fala

 Falar uma linguagem implica: uma subordinação a regras; executar atos de acordo com certas normas. A enunciação de frases pelo falante, exige que este se refira a algo, que mencione ou designe um certo objeto, embora a referência e a predicação sejam as mesmas, elas ocorrem como partes de um ato de falta completo, sendo por isso denominadas por atos ilocucionais, quando: afirmamos, perguntamos, ordenamos, prometemos; chamando-se atos proposicionais quando referem e predicam e, finalmente, atos de enunciação quando enunciam palavras.

Pela Teoria Geral dos Atos da fala, não há possibilidade de identificar um ato proposicional a um ato ilocucionário de asserção, porque o ato proposicional só pode ocorrer como parte de algum ato ilocucionário, e não isoladamente. Ora, fazer uma asserção é realizar um ato ilocucionário completo.

A Teoria das Descrições, eliminados que sejam os paradoxos, revela-se de grande plausibilidade global, porque deriva do facto de que esta teoria propõe, como condição prévia a toda a realização efetiva de um ato de referência, a existência do objeto ao qual ele faz referência.

Podemos dizer que: os nomes próprios não têm sentido, se utilizados para descrever ou especificar as caraterísticas dos objetos; mas, os nomes próprios têm sentido se são, ou não, logicamente, ligados às caraterísticas do objeto ao qual se referem.

O nome próprio é uma instituição para realizar o ato de falta de referência identificadora. A existência dessas expressões, deriva da nossa necessidade de separar a função referencial, da função predicativa da linguagem. A referência da predicação nunca pode ser isolada, porque isso seria violar o princípio de identificação, sem o qual não é possível qualquer referência.

Pelos atos de fala, o homem procura os instrumentos de pensamento capazes de dominar a linguagem, e com ela estrutura o seu sentido último para a vida, que no fundo passa pelo problema da Língua e da Fala e, nenhum analista negará que enquanto homem falante (linguista e/ou filósofo), ele irá encontrar o mistério da fala vivida. Cabe ao filósofo relembrar a fala vivida, sem, contudo, cair no verbalismo sem-sentido.

O Homem encontra nos atos de fala, o veículo privilegiado para o diálogo, desde que instituindo um esquema de funcionamento emissor/recetor, na medida em que em cada polo surgem os problemas do “EU-TU”, do mundo, das categorias do Espírito.

 

6. Bibliografia

 

SEARLE, John Rogers, (1981). Os Actos de Fala. Um Ensaio de Filosofia da Linguagem. Tradução, Carlos Vogt, Ana Cecília Maleronka, Balthazar Barbosa Filho, Maria Stela Gonçalves e Adail Ubirajara Sobral. Coimbra: Livraria Almedina

 

«Protejam-se. Vamos vencer o vírus. Cuidem de vós. Cuidem de todos». Cumpram, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes.

As “benditas” vacinas começaram a chegar. CALMA. Já se vê a luz ao fundo do túnel

Acreditemos nos Investigadores, na Ciência, na tecnologia e instrumentos complementares.

Agradeçamos, a quem, de alguma forma, está a colaborar na luta contra a pandemia, designadamente o “Pessoal da Linha da Frente”

Estamos todos de passagem, e no mesmo barco. Aclamemos a VIDA com Esperança, Fé, Amor e Felicidade. 

Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros.

Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música. https://youtu.be/rgKKtfjb-dE

 

Venade/Caminha – Portugal, 2021

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

 

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

 

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