É bem sabido que até SAUSSURE (Ferdinand de SAUSSURE 1857-1913 foi um linguista e filósofo suíço, cujas elaborações teóricas propiciaram o desenvolvimento da linguística enquanto ciência autónoma), foram seguidos os postulados platónicos, privilegiando-se o sentido, e omitindo-se o significado na organização da linguagem.
A palavra era um símbolo conceptual, mas Saussure
deu notável destaque à forma do signo, abrindo a investigação para o estudo do
significante e, simultaneamente, a análise realmente sintática (relações
formais) da linguagem, porque o que carateriza uma língua, são as relações que
se desenvolvem entre os seus elementos, na medida em que a língua é um sistema
de sinais, interdependentes entre si.
Os
diferentes signos que estabelecem entre si uma dependência lógica vão formar as
denominadas relações de paradigma, ou de sistema e: «… qualquer enunciado é, portanto, compreensível por meio deste jogo de
sintagma e de sistema.» FAGES, 1976:33).
A
influência Saussuriana, através das diversas conceções e métodos nos estudos
linguísticos, fez-se sentir nas Escolas de Praga, em algumas ciências
(Antropologia e Psicologia), e até mesmo em certas doutrinas (Marxismo). De
realçar as repercussões que igualmente se fez sentir na análise literária (numa
perspetiva crítica).
Roland
BARTHES (Roland BARTHES 1915-1980 foi um escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês), considera que toda a criação
literária se inscreve numa ordem denominada texto, ou estrutura escrita, que se
distingue da língua, e que possui estruturas próprias.
O
texto é uma estrutura diagramática. A obra literária constitui um sistema, é um
todo, formado por elementos solidários entre si, interligados por uma tensão
dinâmica, cabendo à crítica descrever estes elementos, as relações existentes
entre eles, os quais definem a estrutura do sistema, e as respetivas funções,
utilizando um processo analítico, para o efeito.
O
objeto da investigação estrutural não é o de explicar o conteúdo da obra, mas
analisar as regras combinatórias, que estão na base do funcionamento do sistema
semiótico. De igual forma, à linguística estrutural importa mais a
gramaticalidade das frases, do que a sua significação.
Tal
crítica, não parece ser uma análise dos aspetos concretos da obra, mas antes se
afigura ser a elaboração de um modelo, que permita compreender, o funcionamento
do seu universo semântico.
Na origem da linguística estrutural está a
linguística interna, que estuda as regras pelas quais uma língua se organiza e
produz sentido e, a separação: língua/fala, paradigma/sintagma,
diacronia/sintonia, marcam bem esta orientação da linguística para a língua,
para o paradigma e para a sincronia, mais do que para a fala e para a
diacronia, porque a língua, tomada como estrutura, ou seja: sincronicamente,
tem regras de funcionamento; uma estrutura determinada e transformações
estruturais, que obedecem a leis muito estritas e rigorosas.
Neste contexto estruturalista, o desenvolvimento de
reflexões de uma ciência da literatura, e uma leitura efetiva, movimenta-se
toda uma crítica literária, que poderá incidir sobre se: «Uma linguagem em si não é verdadeira ou falsa, é válida ou não: válida
se constitui um sistema coerente de signos. Os signos que sujeitam a linguagem
literária não dizem respeito à conformidade desta linguagem com o real
(quaisquer que sejam as pretensões das escolas realistas) mas simplesmente à
submissão, ao sistema de signos a que o autor se fixou» (BARTHES,
1964:255-56).
O estruturalismo faz nascer, e conserva uma certa
desconfiança em relação ao significado, e procura traços formais que o possam
revelar. Para os estruturalistas americanos, o significado é um elemento de
contexto. Eles concebem a frase como construção, que integra outras construções
menores, e procuram caraterizar a língua abstraindo dos significados dos signos
como conjunto de classes distribucionais.
As marcas, ou elementos de uma estruturação, não existem em si, no exterior das relações da frase, mas tomam forma e significação através das relações sintáticas. Uma palavra é nome ou verbo, porque tem um determinado papel sintático na frase, e não por ter em si um certo sentido que a predestina a ser nome ou verbo, o que leva a uma tendência da linguística moderna, para reduzir a morfologia e a semântica, à sintaxe, ao estudo das construções.
BARTHES,
Rolando, (1983). O Prazer do Texto. Tradução, Maria Margarida Barahona. Lisboa:
Edições 70.
FAGES, J.B., (s.d.). Para Entender o
Estruturalismo. Tradução, M. C. Henriques. Lisboa: Moraes Editores
As
“benditas” vacinas começaram a chegar. CALMA. Já se vê a luz ao fundo do túnel
Acreditemos
nos Investigadores, na Ciência, na tecnologia e instrumentos complementares.
Agradeçamos,
a quem, de alguma forma, está a colaborar na luta contra a pandemia,
designadamente o “Pessoal da Linha da Frente”
Estamos
todos de passagem, e no mesmo barco. Aclamemos a VIDA com Esperança, Fé, Amor e
Felicidade. Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros.
Alimentemos
o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música. https://youtu.be/rgKKtfjb-dE
Venade/Caminha – Portugal, 2021
Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de
Portugal
NALAP.ORG
http://nalap.org/Directoria.aspx
https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1
Sem comentários:
Enviar um comentário