Quem
neste mundo global, cada vez mais pequeno, pensar que tudo pode fazer, sem que
daí resultem consequências, provavelmente, não só estará a fazer uma avaliação
incorreta, como também, a ignorar, propositadamente, ou não, que haverá
reflexos negativos, ou positivos, resultantes das decisões e dos atos que se
lhes seguem.
Com esta
lógica, não será descabido extrapolar para as organizações e os próprios
Estados/Governos, ou seja: quando tais organismos optam por determinadas
soluções, para um dado problema, mais ou menos específico, devem ter em conta
que poderá haver repercussões, em setores afins, a montante e/ou a jusante, da
situação que deu origem à tomada de uma certa posição.
Na
verdade, é cada vez mais frequente que: «Qualquer
ato de envergadura numa parte do Planeta repercute-se no todo em termos
económicos, ecológicos, sociais e culturais. Até o crime e a violência se
globalizam. Por isso, nenhum governo pode atuar à margem de uma responsabilidade
comum. Se queremos realmente uma mudança positiva temos de assumir humildemente
a nossa interdependência, ou seja, nossa sã interdependência.» (PAPA
FRANCISCO, 2016 :113).
Este
meritório processo, para a restauração da Paz e da Felicidade, tem de ser
assumido por todas as pessoas que desejam, sinceramente, vivenciar aqueles
valores e, nesse sentido, devem unir esforços, ”lutar” contra quem persiste na manutenção da guerra e da
infelicidade, porque os bens supremos, a que todo o ser humano tem direito,
para além dos dois já mencionados, não lhes podem ser negados: saúde, trabalho,
educação, formação, habitação, assistência médica e medicamentosa, velhice
tranquila e desafogada, a par da liberdade, da democracia, do desenvolvimento,
a estes se adicionando, ainda, outros valores cívicos, éticos e morais, que são
parte integrante da dignidade da pessoa humana.
É
perfeitamente aceitável, e indiscutível, que a esmagadora maioria das pessoas,
em todo o mundo, prefira e aspire à suprema elevação: da Dignidade, da Paz e da
Felicidade, até porque: «Cada um de nós é
apenas uma parte de um todo complexo e diversificado interagindo no tempo:
povos que lutam por uma afirmação, por um destino, por viver com dignidade, por
“viver bem” (…). Quando olhamos o rosto dos que sofrem, o rosto do camponês
ameaçado, do trabalhador excluído, do indígena oprimido, da família sem teto,
do imigrante perseguido, do jovem
desempregado, da criança explorada, da mãe que perdeu o seu filho num tiroteio
porque o bairro foi tomado pelo narcotráfico, do pai que perdeu a sua filha
porque foi sujeita à escravidão; quando recordamos estes “rostos e estes
nomes”, estremecem-nos as entranhas diante de tanto sofrimento e comovemo-nos,
todos nos comovemos …» (Ibid.:107-108).
É
imperioso refletir no que se acaba de transcrever, tanto mais urgente, quanto é
certo que a referida análise parte de uma das figuras mais proeminentes no
mundo atual, como é Sua Santidade o Papa
Francisco o qual, com toda a sua sabedoria, fé, humildade, compaixão e benevolência,
não se cansa de apelar a todos os
responsáveis, para elegerem a oração, a paz, a felicidade e o bem-comum, como
os principais pilares desta casa que é e todos, mas que nela estamos de
passagem, muito rápida, por muito longa que a alguns pareça.
A
irracionalidade que existe na maior parte da restante criação, está mais
relacionada com o instinto de sobrevivência e de defesa, pelo menos tanto
quanto a ciência e o conhecimento nos é dado perceber. Na pessoa humana, em
particular; e na sociedade, em geral, existem outros mecanismos, tais como a
inteligência, a racionalidade, o bom-senso que deveriam conduzir à Paz e à
Felicidade dos povos, sem reservas e consolidadamente.
Neste
dia de Ano Novo de 2022 e também dia mundial da Paz, é impossível ignorar a
tragédia pandémica que se abateu sobre o mundo, logo no início de 2020. Na
verdade, o novo “coronavírus SARS-CoV-2 -
Covid-19”, assim denominada esta grave epidemia, abalou fortemente o Universo.
Os infetados, hospitalizados e falecidos, atingiu números nunca antes pensados.
Portugal regista nesta quadra natalícia e de Ano Novo números preocupantes,
embora controlados. Assim, ao aproximarmo-nos do final do não (29.12.2021),
registam-se os seguintes números: Total
de ativos infetados, 136.020; recuperados, 1.175.217; óbitos, 18.921;
confirmados, 1.330.158. Total de testes, 25.760.643; vacinas administradas,
15.212.273, (Fonte, DGS).
Em bom
rigor: «Todos os temas por mais
espinhosos que sejam, tem soluções compartilháveis, têm soluções razoáveis,
equitativas e duradouras. E, em todo o caso, nunca devem ser motivo de
agressividade, rancor ou inimizade, que agravam mais a situação e tornam mais
difícil a sua solução.» (Ibid.:122). Por tudo isto a Paz e a Felicidade são
suscetíveis de restauração, moderna e axiologicamente atualizadas.
Bibliografia.
PAPA FRANCISCO (2016). Proteger a
Criação. Reflexões sobre o Estado do Mundo. 1ª Edição. Tradução, Libreria
Editrice Vaticana (texto) e Maria do Rosário de Castro Pernas (Introdução e
Cronologia), Amadora-Portugal:20/20 Nascente Editora.
«Protejam-se. Vamos vencer o vírus. Cuidem de vós. Cuidem de
todos». Cumpram, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes.
Estamos todos de passagem, e no mesmo barco chamado: “Planeta Terra”, de onde
todos, mais tarde ou mais cedo, partiremos, de mãos vazias!!! Tenhamos a
HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque será o único “CAPITAL” que
deixaremos aos vindouros: “O PERDÃO”.
Alimentemos o nosso
espírito com a ORAÇÃO e a bela música:
https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc https://youtu.be/DdOEpfypWQA
https://youtu.be/RY2HDpAMqEoo https://youtu.be/-EjzaaNM0iw https://youtu.be/PRFkpwcuS90 https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc https://www.youtube.com/watch?v=RCDk-Bqxfdc https://www.youtube.com/watch?v=ispB4WbcRhg
Venade/Caminha – Portugal, 2021
Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de
Portugal
NALAP.ORG
http://nalap.org/Directoria.aspx
https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1
http://diamantinobartolo.blogspot.com
https://www.facebook.com/ermezinda.bartolo
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