Mais um
Ano Novo se apresenta à humanidade, esta
considerada no seu todo, independentemente de nacionalidades, credos,
ideologias político-partidárias, género, raças, orientações diversas, estatutos
e quaisquer outras situações, admitindo-se, isso sim, que qualquer pessoa,
organização ou país, tenha objetivos e os deseje alcançar, contudo, a
incompatibilidade dos diferentes interesses, será, sempre, uma realidade, muito
embora deva haver a preocupação na busca dos equilíbrios, da harmonia e a
prossecução do bem-comum.
É
fundamental que mulheres e homens, com responsabilidades várias: políticas,
religiosas, financeiras, empresariais e outras, se preocupem com o bem-comum,
porque: «Não existe verdadeira promoção
do bem-comum, nem verdadeiro desenvolvimento do homem, quando se ignoram os pilares fundamentais que sustentam uma
nação, os seus bens imateriais: a vida que é um dom de Deus, um valor que deve ser sempre tutelado e
promovido; a família, fundamento da convivência e remédio contra a desagregação
social; a educação integral, que não se reduz a uma simples transmissão de
informações com o fim de gerar o lucro; a saúde que deve buscar o bem-estar
integral da pessoa, incluindo a dimensão espiritual, que é essencial para o
equilíbrio humano e uma convivência saudável; a segurança, na convicção de que
a violência só pode ser vencida a partir da mudança do coração humano.»
(PAPA FRANCISCO, 2016:58).
Pensar-se
que o Novo Ano tarará a Paz ao mundo, podendo ser o desiderato maior, ela, a
Paz Universal, vai ser muito difícil de alcançar, no entanto, caberá a cada
pessoa, instituição, países e à sociedade global, tudo fazer para, pelo menos,
se darem passos positivos e seguros, no sentido de se alcançar este bem
supremo, porque atrás dele, outros se seguirão: saúde, trabalho, qualidade de
vida, segurança, felicidade e a Graça Divina.
Em cada
ano que se inicia, uma nova esperança renasce e com ela, ainda que
temporariamente, um sentimento de alegria nos invade, um pressentimento de tranquilidade
futura nos alimenta e dá forças para encararmos o porvir com otimismo, e assim
termos condições para uma vida verdadeiramente humana, com a dignidade que é
própria e exigível para toda a pessoa.
As
mensagens de Ano Novo sucedem-se, a todos os níveis das organizações:
religiosas, políticas, institucionais nacionais e internacionais; nos mais
diversos fóruns os votos formulados pelos mais altos dignatários, praticamente
apontam todas no mesmo sentido: o desejo unânime de um mundo melhor, no qual se
possa coabitar, independentemente de posições geoestratégicas, de interesses
económico-financeiros, da diferença de estatutos, crenças e ideologias.
Em cada
Ano Novo, primeiro dia de Janeiro, também se comemora o “Dia Mundial da Paz”,
porém, nesse mesmo dia, tão insistente e persistentemente invocado, os
conflitos, as guerras a destruição maciça de patrimónios mundiais, vidas
humanas e da própria natureza, continuam, não há tréguas, nem sequer para,
durante esse dia, duplamente importante, os responsáveis pelas situações
degradantes e que estão conduzindo a humanidade, pararem para pensar no mal que
estão fazendo.
É
fundamental, em todo o caso, que se continue a acreditar na boa-vontade de quem
tem o poder e deseja melhorar as condições de convivência solidária neste
mundo, porque enquanto fisicamente por cá permanecemos, tudo deveremos fazer
para exercer os mais nobres valores que são próprios da humanidade civilizada:
solidariedade, amizade, lealdade, respeito, benevolência, caridade, humildade,
gratidão, felicidade, paz e a Graça da Entidade Divina que consideramos ser
necessária, independentemente das religiões de cada pessoa.
Neste
ano que se inicia, todas as pessoas em geral têm perspetivas de vida,
eventualmente, diferentes, ou então, desejam concretizar os projetos que não
conseguiram no ano que agora termina, ou, ainda, concluir uns e iniciar outros,
sendo certo que, quaisquer que sejam os desideratos, uma nova esperança nos
anima.
O ano
que agora termina, terá proporcionado, a nível mundial, avanços positivos em
diversos domínios da vida societária.
Várias ciências e tecnologias terão alcançado resultados que vão
beneficiar a humanidade, desde logo: na Saúde, Genética, Biologia, muitas
outras especialidades médicas, mas também as Arquiteturas, Engenharias,
Educação, e, de um modo geral, em toda a investigação científico-tecnológica,
entre outras.
Um novo
período se inicia, sob os auspícios de uma promissora era, até porque o mundo
está cansado, descrente e inconformado com muitas situações injustas,
ilegítimas e até ilegais, que afetam a qualidade de vida e a dignidade
individual de cada pessoa, não obstante, praticamente, a maioria dos
responsáveis proclamarem um mundo “cor-de-rosa”.
Quaisquer
que sejam as perspetivas, designadamente, boas; independentemente da esperança
que se possa ter neste Novo Ano e seguintes, jamais poderemos ignorar que esta
“Casa Global”, que habitamos, ela se sustenta em diversos pilares fundamentais,
entre os quais, se podem aceitar que: a) Deus é Imenso, Omnipotente e Omnisciente;
b) o mundo está cheio de esquinas, numa das quais, nos encontraremos, pelo
menos uma vez na vida; c) a vida é composta de altos e baixos e nem sempre
estamos por cima; d) o tribunal da nossa consciência nunca falha, ele nos
julgará imparcial e, se necessário, implacavelmente; e, finalmente, e) a
verdade triunfará, mais tarde ou mais cedo.
Bibliografia
PAPA
FRANCISCO, (2016) Proteger a Criação. Reflexões sobre o Estado do Mundo. 1ª
Edição. Tradução Libreria Editrice Vaticana (texto) e Maria do Rosário de
Castro Pernas (Introdução e Cronologia), Amadora-Portugal:20/20 Nascente
Editora.
Diamantino Lourenço Rodrigues de
Bártolo
Telefone: 00351 936 400 689
Imprensa Escrita Local:
Jornal: “Terra e Mar”
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