domingo, 7 de janeiro de 2018

Que Soluções para um Futuro mais Pacífico?

O tema apresentado em título interrogativo, pode suscitar alguma polémica, desde logo porque o futuro não é uma realidade que a ciência e a técnica possam garantir, em absoluto,  a partir de resultados objetivos, testados, repetíveis e reversíveis e, por outro lado, igualmente complexo, quando se pretende abordar as condições necessárias e suficientes, para se assegurar a existência de um futuro mais pacífico, mesmo que não se considere o relativismo do termo pacífico, porque o que para uns é pacífico, para outros pode ser conflituoso, ou, no mínimo, algo polémico.
Ainda assim, correndo, embora, os riscos inerentes a quem ousa abordar um tema tão preocupante e atual, o contributo dos cidadãos e das instituições é importante, apesar de, uma posição mais teológica, defender que o “futuro a Deus pertence”, o homem real e profano, ter o dever de se envolver, com os recursos de que dispõe, na construção de um futuro mais calmo, mais afetivista, mais humanista, pelo menos, para as gerações que agora estão a tomar contacto com realidades tão difíceis e desafiadoras.
E se refletir sobre o passado é um exercício fundamental, para a partir do presente, que é efémero, se projetar o futuro, que é incerto, não menos importante é viver cada momento atual à luz das experiências e dos conhecimentos adquiridos, melhorando-os, adaptando-os e, simultaneamente, evitar os erros cometidos, o que também é um bom processo de aprendizagem.
Organizações e indivíduos, no exercício das inúmeras funções, na luta por alcançar objetivos previamente fixados, naturalmente que cometem muitos erros: uns, involuntariamente; outros, por obstinação e resistência à mudança; outros, ainda, com intencionalidade e espírito inconfessáveis.
Quaisquer que sejam os erros e as circunstâncias em que foram cometidos, deve-se tirar as devidas consequências, e com eles aprender e exercer novas atitudes, boas-práticas, designadamente, no relacionamento humano, a todos os níveis da existência.
É provável que uma parte significativa dos conflitos, que chegam aos tribunais ou aos campos de guerra, possa ser solucionada através de acordos prévios, consensos e cedências recíprocas, desde que as pessoas estejam preparadas e disponíveis para o exercício de uma nova pedagogia (não-cognitiva) e de uma nova justiça (não punitiva), justamente através de um relacionamento leal, responsavelmente crítico e generosamente tolerante.
Os conflitos solucionados pelos mecanismos do bom senso, da compreensão e tolerância, materializados em acordos justos e dignificantes para as partes, não deixam sequelas tão profundas e duradouras, como aquelas que resultam da intervenção coerciva do poder judicial e/ou bélico. A resolução dos conflitos, numa base igualitária do tipo “ganha/ganha”, poderá ser a pedagogia que, no futuro, torne o relacionamento humano mais pacífico e genuíno.

Bibliografia.

COLETA, António Carlos Dela, (2005). Primeira Cartilha de Neurofisiologia Cerebral e Endócrina, Especialmente para Professores e Pais de Alunos de Escolas do Ensino Fundamental e Médio, Rio Claro, SP – Brasil: Graff Set, Gráfica e Editora


Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo


Portugal: http://www.caminha2000.com (Link’s Cidadania e Tribuna)
http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores_d0045_dbartolo.html

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