Tanto quanto se julga saber e, relativamente ao que
a ciência e a técnica têm evoluído, a verdade é que o ser humano tem
caraterísticas inefáveis que, provavelmente, nenhum outro animal possui. A
dimensão espiritual, por exemplo, sempre esteve presente na pessoa humana, que
por sua vez, e na maior parte dos indivíduos, remete para a crença e prática
religiosas.
Realmente, somos diferentes, somos seres
superiores, pelo menos em relação aos restantes animais conhecidos.
Construímos, praticamente, tudo o que necessitamos para o nosso bem-estar,
naturalmente com as limitações que a Força da Natureza nos impõe e também
porque, é bom reconhecer, ainda não somos perfeitos, nem sequer totalmente
autossuficientes, mas caminhamos para alcançar objetivos que nenhum outro ser
terrestre conseguirá.
A religião é uma prerrogativa do ser humano crente,
embora os não-crentes, reconheçam esta dimensão, contudo, sem a praticar. Ser
moderadamente religioso, crente, ter Fé e Esperança, num Ente Divino, não fará
mal a ninguém, pelo contrário, talvez possibilite viver-se com alguma
serenidade e, simultaneamente, a esperança de se conseguir a solução para algo
que nos possa afligir num dado momento da vida, porque todos nós, experienciamos
altos e baixos na nossa existência.
Nenhuma outra atividade, nem mesmo as desportivas,
move tantas pessoas como a Religião em geral e, a Fé e a Esperança em Nossa
Senhora de Fátima, a cujo Santuário, em Fátima, num só dia podem acorrer mais
de meio milhão de fiéis, o que, de alguma forma, revela que quanto tudo falha,
nomeadamente a ciência, a técnica e a tecnologia e outros meios menos “claros”
ou, se se preferir, “esotéricos”, as pessoas se voltam para Maria e lhe
“imploram”, ajuda e proteção.
Como seria bom que, entre os limites da ciência e
da religião, a humanidade se entendesse para: o desenvolvimento, o trabalho, a
justiça social, o amor, a felicidade e a paz. Acredita-se que entre a ciência e
a religião, não haverá incompatibilidades, talvez, ainda, alguns “complexos”,
algumas reticências em aceitar a religião como mais um “veículo” para a
humanidade viver melhor.
Naturalmente que nenhuma destas dimensões,
eminentemente humanas, pode ser radicalizada, fanatizada, pretendendo: uma, ser
superior à outra, porque quando se envereda por posições extremadas,
normalmente, o resultado é mau para as pessoas, gerando-se e alimentando-se
conflitos, guerras e outras situações que atingem vítimas humanas inocentes,
que nunca tiveram nenhum envolvimento nas causas que deram origem às contendas
bélicas.
A intercessão de Maria é, portanto, tão necessária
e compreensível como outros “expedientes” a que muitas pessoas “recorrem”. Com
Ela, com Maria, porém, existe sempre a possibilidade de “conversarmos”, orarmos
e pedirmos apoio e resguardo, com Fé e Esperança, de que poderemos ser
“atendidos”, embora nem sempre assim se verifique.
Neste treze de maio, saudemos, oremos e agradeçamos
a Nossa Senhora de Fátima, para que haja paz no mundo, para que proteja os
milhões de migrantes, refugiados, expatriados e toda a sorte de pessoas
fragilizadas, marginalizadas e perdidas no rumo da existência errática, devido
às vicissitudes da vida, do desequilíbrio de milhares de indivíduos, alienados
pelos fanatismos: políticos, religiosos, económicos, financeiros, estratégicos
e bélicos, entre outros.
É essencial que tenhamos Fé e Esperança em Nossa
Senhora de Fátima, Maria, Mãe de Jesus, para que possamos ajudar a encontrar as
melhores soluções para acabar: com as injustiças, com as perseguições, com a
dor e sofrimento e, todos juntos, consigamos ter uma vida, verdadeiramente
digna da pessoa humana.
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
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