Aceitando-se gestão e liderança como duas âncoras
que garantem a segurança da instituição, e de quem dela depende;
reconhecendo-se que o respetivo gestor, e/ou líder, é competente, na perspectiva
de atingir os melhores resultados, para todos quantos estão ligados à empresa,
importa destacar que na base de uma boa gestão e idêntica liderança, o
responsável por estas funções deve reunir diversas caraterísticas, para além
das que já foram enunciadas noutras reflexões anteriores.
Sendo o gestor, e/ou líder: aquele que, em
princípio, mais se apresenta em público e perante os colaboradores, como
representante, e/ou líder, dono da instituição; direta ou indiretamente mais
contactos terá com todo um público que se relaciona com a empresa; perante
outras instituições, públicas, e/ou líder, privadas se responsabiliza, e/ou líder,
é responsabilizado pela sua própria instituição; se preocupa (ou deveria
preocupar-se) com o progresso da empresa, o bem-estar de todos os seus
colaboradores e a qualidade do produto final, desejam-se, certamente, múltiplas
competências pessoais, sociais, profissionais e ético-morais.
Com efeito, conhecimentos ao nível das relações
públicas, consideram-se uma exigência a ser satisfeita pelo gestor, e/ou líder,
no sentido de saber relacionar-se com o público-alvo dos produtos da
instituição que representa, bem como da própria imagem que pretende passar para
o exterior, quer da empresa, quer de situações que a ela dizem respeito.
O papel de relações públicas, nas grandes instituições
é, normalmente, desempenhado por um técnico-especialista neste domínio, porém,
nada impede que nos atos mais significativos, e de maior responsabilidade, e/ou
líder, nas médias e pequenas empresas, aquelas funções sejam desempenhadas pelo
próprio gestor, e/ou líder, líder, (empresário, e/ou líder, patrão) aliás, em
certas circunstâncias protocolares, deverá ser ele a assumir tal papel.
O gestor, e/ou líder, quando no exercício de
funções de relações públicas, terá de passar a melhor imagem, com verdade e
obra feita, à qual se possa associar a empresa e, nesse sentido: «(…) é necessário possuir honra,
integridade, carácter, inteligência, imaginação, capacidade de escrever ou
falar em público, capacidade administrativa, amplos conhecimentos gerais, um
sentido de ética muito elevado, compreensão, capacidade de liderança, juízo
rigoroso, ideias e valor.» (HEERBERT e LLOYD, in: GARCIA, 1999:119).
Por outro lado, o líder, e/ou líder, gestor, tem
todo o interesse em congregar, na sua pessoa, no exercício de funções de gestão,
e/ou líder, de liderança, capacidades e qualidades que lhe facilitem o melhor
relacionamento interpessoal com todos os utentes da instituição em geral e,
particularmente, com aqueles públicos-alvo mais sensíveis: chefias, colegas,
restantes trabalhadores da empresa, clientes, fornecedores, entidades públicas e privadas, órgãos de
comunicação social, com os quais a instituição tem de se relacionar.
Muito sensível é, sem dúvida, o relacionamento com
os trabalhadores, porque: «Qualquer
empregado e operário da empresa espera que o seu trabalho seja apreciado com
justiça, mesmo que não faça parte das decisões económicas importantes e não
passe eventualmente de uma tarefa rotineira insignificante. (…) A crítica
mesquinha ou agressiva de um dirigente fere geralmente a dignidade individual
do subordinado.» (KILIAN, s.d.:158).
Uma outra característica, indispensável ao gestor, e/ou
líder, situa-se ao nível do seu relacionamento intercomunicacional com o grupo,
seja o grupo de trabalhadores da empresa, consumidores, fornecedores e quaisquer
outras entidades públicas e privadas.
A comunicação humana é uma prerrogativa única em
todo o universo animal, porque de facto, o homem tem vindo a construir o seu
próprio sistema de comunicação, criando-o, melhorando-o e atualizando-o, ao
contrário de todos os outros indivíduos existentes no mundo que, no essencial,
mantêm o mesmo processo e procedimentos para se comunicarem.
O homem inventou uma linguagem, verbal e não-verbal
que, por vezes, se torna complicada, dúbia, intrigante e difícil. O gestor, e/ou
líder, deve cuidar muito bem desta faculdade superior que é a comunicação
escrita e/ou líder, falada, verbal e/ou líder, não verbal, na medida em que: «O contexto relacional diz respeito ao
ambiente próprio da comunicação e à sociedade em condições tais que esse clima
é apelativo à convivência dos sujeitos uns com os outros. Referimo-nos ao
contexto psicossocial que agrega os atores grupais à volta de um objecto comum
da atenção, independentemente da opinião dos sujeitos, ou, então, em torno do
prazer do silêncio.» (DIAS, 2004:201).
Sendo difícil o relacionamento humano, bem como a
relação intercomunicacional, o gestor, e/ou líder, líder deve utilizar a
linguagem verbal e não-verbal, com o máximo rigor, clareza, simplicidade,
firmeza e assertividade, para assim facilitar os contactos, e a relação
comunicacional ser mais transparente, eficaz e sóbria.
Nestas circunstâncias, o gestor, e/ou líder, será
tanto mais convincente quanto melhor exercer o seu papel de facilitador da
compreensão das mensagens, trocadas entre ele e os diversos públicos-alvo, com
quem tem de se relacionar.
Facilitador não significa descurar as mais
elementares regras da comunicação, de postura psico-física de respeito e
consideração pelo interlocutor. Facilitador, neste contexto, significa:
compreender pontos de vista; argumentar com clarividência e verdade; colocar-se
na posição do outro; conciliar posições, interesses, objetivos, procedimentos e
estratégias.
Um facilitador que saiba moderar, que mantenha os
equilíbrios necessários à conclusão de quaisquer assuntos, e encontrar as
soluções mais justas para as partes envolvidas porque: «Espera-se do facilitador um comportamento responsável, equitativo, sério,
honesto – numa palavra, um comportamento congruente em todos os momentos da
dinâmica do grupo, para que os seus participantes sintam confiança, nutram
respeito e credibilizem a pessoa e o papel do facilitador.» (Ibid.:204).
Bibliografia
DIAS, Fernando Nogueira
(2004). Relações Grupais e
Desenvolvimento Humano. Lisboa: Instituto Piaget
DIOGO, Rita (2004). Relações Humanas. Lisboa: IEFP – Instituto do Emprego e Formação
Profissional
GARCÍA, Manuel M., (1999). As
Relações Públicas. Tradução, Duarte Nuno Bettencourt da Câmara. Lisboa:
Editorial Estampa
KILIAN, Hans, (s.d.). Breviário para Dirigentes e para quantos
pretendam vir a sê-lo. Tradução, Miriam Passanha Pereira. Lisboa: Editorial
Pórtico.
Venade/Caminha – Portugal, 2019
Com
o protesto da minha perene GRATIDÃO
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras
e Artes de Portugal
TÍTULO
NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM
INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela
Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística
http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de
COMENDADOR
das Ciências da Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker – Brasil
DOCTOR
HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura
Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.
Blog Pessoal: http://diamantinobartolo.blogspot.com
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