O exercício da atividade de gestão e/ou de
liderança é tanto mais difícil quanto o aumento da preocupação com a satisfação
dos interesses subjacentes, e a administração dos recursos disponíveis, desde logo,
a componente humana. Gerir e/ou liderar implica ter projetos, dispor de meios,
criar expectativas quanto aos resultados a obter e a atingir ou mesmo
ultrapassar tais previsões.
Criar, alimentar e realizar as expectativas, não só
divulgadas como também as que são geradas em cada colaborador da instituição, é
sempre uma atividade de grande risco, e tanto mais grave quanto a diversidade e
complexidade humana, porque: por mais bem elaborados que sejam os projetos; por
mais abundantes e sofisticados que sejam os recursos; por mais alegadamente
comprovadas que sejam as teorias e respetivas aplicações práticas, a variante
humana é muito imprevisível quanto ao seu comportamento ao longo do projeto.
O gestor e/ou o líder necessita, então, de uma boa
equipa de colaboradores, nos quais não só possa confiar, como delegar muitas
das tarefas. A equipa, todavia, desenvolverá tanto melhor o seu trabalho quanto
mais motivada estiver esclarecida com simplicidade, rigor e verdade, sobre os
objetivos a atingir e previamente informada, de que no final será avaliada no
seu todo e, se oportuno e justo, cada elemento, individualmente considerado.
Quando o gestor e/ou o líder cria expectativas nos
seus colaboradores, ele deve conhecer, no mínimo, os instrumentos que fundam a
respetiva teoria da expectativa, que pretende incutir e aplicar na sua equipa,
partindo da posição de que: «Trata-se de
uma teoria cognitiva, segundo a qual cada pessoa, funciona como um decisor
racional na questão da quantidade de esforço que despende na situação de
trabalho a fim de obter as recompensas adequadas. Por outras palavras, esta
teoria defende que o impulso para agir de uma determinada maneira depende da
expectativa no resultado da situação e no grau de atratividade de tal
resultado.» (DIOGO, 2004: I-33).
Considera-se, portanto, crucial um esclarecimento
inequívoco a toda a equipa, quanto à natureza e quantidade dos resultados a
alcançar, porque em função deles os colaboradores vão criar determinadas
expectativas que, de todo, convém não serem frustradas, mesmo que isso resulte
num eventual menor ganho para a instituição.
Além disso, o gestor e/ou o líder tem o dever de
informar que, no final do projeto, a equipa será avaliada com os instrumentos
adequados, face aos resultados e às expectativas, entretanto criadas,
resultando da avaliação uma análise do desempenho da equipa que, por sua vez,
pode motivar, ou desmotivar, os colaboradores para a sua maior aplicação, ou
não, em futuros projetos.
Se não houver motivação, certamente que as expectativas
serão muito baixas ou mesmo nulas, então a responsabilidade do gestor e/ou do
líder aumenta exponencial e inversamente proporcional à redução das esperanças
dos seus colaboradores.
Para evitar uma avaliação de desempenho
desfavorável, o gestor e/ou o líder, pode tomar algumas iniciativas: «Um primeiro passo para corrigir o
desempenho insatisfatório deve ser a clarificação das expectativas, se o seu
colaborador não está consciente do que se espera dele, dificilmente poderá
apresentar um bom desempenho. Caso não seja o desconhecimento das expectativas
o problema, aí, você deve investigar o porquê de ele não fazer melhor e acordar
um plano de ação com o avaliado para ultrapassar o problema.» (ALMEIDA,
1999:86).
O gestor e/ou o líder, antes de se preocupar com o seu sucesso,
protagonismo e ganhos materiais próprios, tem de vencer todo um processo de aprendizagem,
de relacionamento, de cooperação, de tolerância, de solidariedade e de
humildade, para melhorar a colaboração dos seus colaboradores.
ALMEIDA, Fernando Neves de, (1999). O Gestor. A arte de Liderar. 2ª Ed.
Lisboa: Editorial Presença.
DIOGO, Rita (2004). Relações Humanas. Lisboa: IEFP –
Instituto do Emprego e Formação Profissional
Venade/Caminha – Portugal, 2019
Com
o protesto da minha perene GRATIDÃO
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente
do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR,
condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR
DO BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e
Humanística http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de
COMENDADOR das Ciências da
Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker – Brasil
DOCTOR HONORIS CAUSA EN
LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad
Académica de Historiadores Latinoamericanos.
Blog Pessoal: http://diamantinobartolo.blogspot.com
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