O Estatuto Sublime e Dignificante
da Mãe
O “Dia da Mãe”:
para muitas pessoas, até passa despercebido; para outras, é mais um dia em que
os órgãos da comunicação social dão algum destaque; e para outras, é um dia que
dedicam à Mãe, com algum convívio, uma possível “prendinha” e, finalmente, há
aquelas pessoas que, realmente, este dia apenas culmina outros trezentos e
sessenta e quatro de amor, de dedicação e carinho à sua Mãe, não lhes sendo
necessário este dia para mostrar que amam aquela que lhes deu a vida.
A condição de Mãe, contudo, por si só, é superior a
quaisquer iniciativas para atribuir à “Mulher-Mãe”
um dia por ano, para ser recordada, sendo certo que de nada vale tal evento,
cerimónias alusivas, discursos muito bem elaborados, com grande eloquência, se
depois, ao longo do ano, essa mesma Mãe não tem recursos mínimos para
alimentar, educar, agasalhar e proteger os seus filhos.
Quando se interroga uma pessoa, sobre o que pensa,
o que faz, o que deseja, relativamente à sua Mãe, as respostas,
invariavelmente, e na sua maioria, vão no sentido de se defender o melhor do
mundo para a ela, de revelar que se ama aquela Mulher, como a nenhuma outra, e
que ela representa o que de melhor pode haver no universo, para aqueles filhos.
Claro que não se duvida que ter a Mãe como nossa protetora, confidente e
companheira, será o máximo a que talvez possamos (e devamos) aspirar.
Apesar do estatuto de Mãe, provavelmente, entre
muitos outros, ser o mais sublime e dignificante para a Mulher, convém não
ignorar que, nem todas as mães (como nem todos os filhos), poderão ser motivo
de tão distinta honra, porque também existem aquelas (felizmente muito poucas,
que são a exceção) que, perante um conjunto de alegadas “razões”, abandonam os seus filhos e, no limite extremo, talvez no
desespero, de uma situação complexa, os abandonam ou assassinam
A verdade, porém, é que descontadas aquelas
terríveis exceções, a mãe é um fator de estabilidade, de fiel da balança, de
moderadora no seio da família, assumindo-se, carinhosamente, como a defensora
dos filhos e até do marido, quando a razão está de um dos lados, admitindo-se
que, por vezes, se incline um bocadinho mais, na defesa dos filhos,
principalmente, dos mais frágeis, o que até é bem compreendido pelo marido,
especialmente, quando este ama, sem reservas a esposa e os filhos, quando a
coesão, o amor, o respeito e a felicidade da família, são valores consistentes
e a preservar.
A todas as Mães do mundo, em geral e,
particularmente, às Mães Brasileiras, deixo aqui uma palavra de amizade, também
de admiração profunda, pela forma como elas enfrentam a vida, quais GUERREIRAS,
numa guerra sem fim. Uma palavra de profunda GRATIDÃO para todas as mães
lusófonas. Um Beijinho com muito carinho e respeito, para todas vós.
Continuemos a acreditar: na Fé, na
Medicina, na Ciência, na Tecnologia e profissionais, porque são compatíveis.
Reforcemos, também a nossa capacidade de resiliência. Tenhamos confiança nestes
cinco pilares da existência humana, e naqueles que estão a esforçar-se ao máximo
para nos salvar a vida. Boa semana seguindo as
Recomendações da Direção Geral de Saúde Portuguesa e acate as instruções legais
do Governo para o Estado de Emergência em que nos encontramos. «VAMOS VENCER O VÍRUS.
CUIDE DE SI. CUIDE DE TODOS». Festejemos a Saúde, a Vida, o
Trabalho e o Amor com alegria e Esperança. Com a ajuda recíproca de todos nós,
venceremos
«As armas e
os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte»
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte»
CAMÕES, Os Lusíadas, Canto I»
Venade/Caminha –
Portugal, 2020
Com toda a minha FÉ, peço a Deus para que possamos
sobreviver, a esta PANDEMIA.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de
Portugal
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