quarta-feira, 5 de maio de 2021

Sociedade Lusófona. Um projeto essencial para a humanidade

A situação mundial que se vive, por tristemente mais realista que se possa descrever, não retira o otimismo e a confiança na capacidade humana para, a médio prazo, reconverter fatores negativos em positivos e, correlativamente, alterar para muito melhor o que hoje mais nos deprime.

É nesse sentido que vai o objetivo do presente trabalho. Esta é a pequenina quota-parte de colaboração que se espera, confiantemente, possa ser seguida, ampliada e melhorada por milhões de pessoas em todo o mundo, com as mais diferentes condições e responsabilidades.

A estratégia para refletir sobre a situação atual não se reduz, apenas, ao tempo e espaço, a alguns minutos, horas, dias ou mesmo meses, nesta ou naquela cidade, antes se vem desenvolvendo, ao longo das últimas décadas e com determinação a prosseguir por tempo indeterminado, então e depois, na prática. A ambição é contribuir para a formação de um novo cidadão, desde logo e a partir do espaço lusófono em geral e, particularmente, no que ao Brasil e a Portugal respeita.

É uma tarefa imensa e impossível de realizar apenas por uma pessoa, mas acredita-se que é exequível, se todos se interessarem por esta problemática. Porque a pessoa humana tem de ser muito mais do que: uma sofisticada máquina de produção; ou um especialista único e famoso; ou ainda um técnico da mais avançada e complexa tecnologia; ou um mero número estatístico.

O ser humano, na sua grandeza e dignidade de pessoa, há-de converter-se no simples cidadão que: pela educação, formação e pelos conhecimentos; pela experiência, pelo bom senso, pela prudência; pelas atitudes exemplares, facilitará o relacionamento, a boa convivência, a vida boa entre todos os seus congéneres e entre estes e a própria natureza, da qual ele próprio faz parte, onde as pessoas e os grupos possam conviver, no respeito de uns para com os outros, porque se cada indivíduo se tornar cúmplice no desenvolvimento, na formação e na consolidação de novos cidadãos então, dentro de poucas gerações, o homem viverá uma nova fase da sua vida, no seio de comunidades verdadeiramente humanas e terá, finalmente, um sentido para a sua existência.

A sociedade representada nos responsáveis pelas diversas instituições, não pode desperdiçar o contributo daqueles que manifestam a sua determinação em contribuir para a educação e formação de novos cidadãos, numa perspectiva moderna, sensibilizados para outros valores que não apenas os materiais, preparados para intervir nos variados domínios da atividade humana, dotados dos conhecimentos teóricos e práticos para alcançar objetivos universais que aproveitem ao maior número de pessoas.

É fundamental criar instrumentos legais que possibilitem a participação dos mais velhos, na formação dos mais novos, porque a vida de cada um não pode ser, permanentemente, usada como cobaia, como laboratório de experiências, como meio para se atingirem fins que violam a dignidade da pessoa humana.

Só a conjugação de qualidades como: prudência, sabedoria, maturidade e experiência dos mais velhos; a inovação, voluntarismo e generosidade dos mais novos, permitem construir este novo cidadão, uma outra sociedade, um mundo onde todos se sintam bem, importantes e úteis, um espaço e tempo de prazer.

Ressalvando outras e melhores opiniões, justifica-se, portanto, o lançamento deste projeto que, depois de avaliado, será levado à prática, desde que as entidades públicas e privadas, assim o desejem, e nele queiram participar, tanto mais oportuno, quanto é certo que mais um país foi aceite, de pleno direito, no seio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – a Guiné Equatorial.

Um pouco à margem deste empreendimento, se vem trabalhando desde há algumas décadas, contudo, necessário se torna oficializar, e implementar as ideias que aqui se vão discutindo. Os limites de idade não devem ser obstáculo, pelo contrário, podem servir para exemplificar de como é possível as pessoas manterem-se úteis à sociedade, qualquer que seja o seu escalão etário, estatuto socioprofissional e económico.

Admite-se tratar-se de um trabalho difícil, porém, estimulante e reconfortante. Há na comunidade académico-científica da sociedade lusófona, elementos de informação riquíssimos, fontes para pesquisa pouco divulgadas, autores de craveira internacional, a quem se recorre e que serão citados, com redobrado orgulho, contribuindo também para a sua maior divulgação e enaltecimento, porque, para além de aspetos, situações e problemas graves na sociedade que, realisticamente, se apontam, também existem excelentes cientistas, técnicos e tecnologias e, no final, aparecerá o melhor cidadão possível do mundo, justamente a partir dos Recursos, da Ciência, da Técnica, da História, da Filosofia, do Direito, da Cultura, enfim, dos autores lusófonos, a quem aqui se presta reconhecimento.

 

Venade/Caminha – Portugal, 05 de maio de 20212021

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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