LUSITANOS NO MUNDO
Dia de Portugal. Sem dúvida que existimos como: nação soberana, detentora de uma História quase milenar; com uma vertente religiosa-católica, ainda muito acentuada; fronteiras praticamente inalteráveis desde há quase 900 anos; uma zona económica exclusiva, de 200 milhas, das maiores do mundo; uma cultura inequivocamente recheada de valores humanistas, aos quais se junta um regime democrático defensor de amplos direitos, liberdades e garantias, constitucionalmente consagradas na Lei Fundamental Portuguesa.
Dia de Camões. O poeta lusitano, poderemos afirmar, o mestre da língua portuguesa, através da qual descreveu os feitos heroicos dos Descobrimentos Portugueses, na sua obra-prima, mundialmente conhecida e estudada: “Os Lusíadas”. Luís Vaz de Camões, o pai oficial da lusofonia, da língua que hoje é a sexta mais falada em todo o mundo e, ainda, enquanto idioma oficial, nos areópagos internacionais.
Dia das Comunidades Portuguesas. Espalhadas por todo o mundo, a nossa Diáspora, de que tanto nos podemos e devemos orgulhar. Estabelecer o “Dez de Junho” como um dia associado às outras duas situações de grande projeção internacional, é um dever que nos cumpre honrar, que muito nos orgulha, até porque os nossos emigrantes, e os agora, também, luso-descendentes, são já vários milhões, diríamos que um “Outro Portugal”, afirmando-se em todo o globo terrestre.
«Portugal foi tradicionalmente uma terra de emigração, desde o período da expansão imperial e colonial, passando, por exemplo, pela emigração económica para o Brasil no século XIX e pela emigração económica, a partir de 1960, para alguns países da Europa Ocidental. Além dos cerca de dez milhões de Portugueses residentes em Portugal, presume-se existirem quase cinco milhões mais espalhados pelo mundo, quer de primeira geração, quer luso-descendentes recentes, formando assim um total de cerca de quinze milhões de Portugueses. De acordo com dados da Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, os países com maiores comunidades portuguesas são, por ordem crescente de importância demográfica, a França, o Brasil e os Estados Unidos (caso se considerem, no cômputo dos luso-americanos, aqueles que descendem de Portugueses em graus variados).» (in: https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1spora_portuguesa#Di.C3.A1spora_portuguesa
O “Dez de Junho”, feriado nacional em Portugal, obviamente que: deve ser
vivido com entusiasmo; não, necessariamente, com espírito dos “nacionalismos”
exacerbados; não, com alegados “patriotismos” de ocasião; sim, com a
simplicidade, humildade e a dignidade que ao longo dos séculos têm constituído
o nosso “rótulo” de referência privilegiada.
É normal, e salutar, que neste dia, as entidades responsáveis:
homenageiem os Portugueses; que lhes atribuam condecorações, essencialmente
àqueles que através do trabalho, das letras, das artes, da investigação, do
serviço militar, forças de segurança, instituições de utilidade públicas,
organizações de diversa natureza e fins, individualidades e, de uma forma
geral, todas as pessoas e entidades que tenham ou estejam a contribuir para a
dignificação do país.
Portugal, hoje, primeiro quarto do Século XXI, por mérito próprio, tem direito a ocupar um lugar de relevo nas mais altas instâncias internacionais, e deve ser frequentemente solicitado, para dar o seu contributo democrático, intelectual e humanitário, até porque se libertou, através de uma “Revolução Pacífica”, de um regime ditatorial, devolvendo ao Povo a Liberdade e os restantes Valores, essenciais à dignidade humana, como também teve a capacidade, e humildade de reconhecer as injustiças que cometeu com os territórios colonizados, devolvendo aos seus autóctones, a sua autonomia, com a consumação da independência total.
Passados que estão mais 878 anos de História, e decorridos que estão
mais de 47 anos da reimplantação do regime democrático, os Portugueses: têm
todos os motivos para estarem orgulhosos do seu passado, genericamente
considerado; têm razões para estarem otimistas quanto ao futuro, que se deseja
de desenvolvimento, trabalho e justiça social.
Sem quaisquer preconceitos, afastados os comportamentos escravocratas,
xenófobos, racistas, narcisistas e ditatoriais, temos todas as condições para
aprofundarmos conhecimentos, relacionamentos, intercâmbios em muitos domínios:
dos empresariais aos económicos; da educação à investigação; dos políticos aos
militares; dos religiosos aos culturais, enfim, somos livres, inteligentes,
trabalhadores, hospitaleiros e dignos. Somos, simplesmente, Portugueses.
Venade/Caminha –
Portugal, 2021
Com o protesto da minha
perene GRATIDÃO
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do
Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
NALAP.ORG
http://nalap.org/Directoria.aspx
https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1
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