Todos os anos, por
esta época, catorze de fevereiro, festeja-se um
evento que se pode considerar dos mais belos, no que respeita a sentimentos, na
circunstância, amorosos. Com efeito, no dia catorze de fevereiro, comemora-se o
“Dia de S. Valentim” que é considerado o protetor dos namorados, daí também se
designar este acontecimento como o “Dia dos Namorados”, conforme reza a
História que, ao longo de séculos é recordado e vivido pelos casais
apaixonados.
É claro que este
dia é especialmente consignado aos namorados, todavia, nada impede que seja
extensível a todos os casais que continuam enamorados, qualquer que seja a
faixa etária, solteiros, casados ou em união de facto, porque o Amor não
escolhe idades, nem estatutos, nem sexo, nem posição social. O Amor é o mais
belo sentimento da pessoa humana, e deve ser vivido com verdade, intensidade e
lealdade entre os enamorados.
O Dia dos Namorados
poderá (deveria) ser mais um dia para revermos nossas amizades, para nos
reconciliarmos com o passado, para nos redimirmos de quanto magoamos a quem nos
quis e quer tão bem. Neste dia, em que o Amor é o sentimento predominante,
entre quem autenticamente está apaixonado, também o podemos invocar junto das
pessoas para com as quais devemos ser solidários, amigos, leais, cúmplices e
gratos.
Enaltecer este dia,
como um símbolo do amor, nas suas diferentes vertentes e intensidades, é uma
exigência que se deve colocar à sociedade dos valores, dos sentimentos, das
emoções, das paixões, genuinamente, arrebatadoras, até à tranquilidade de um
amor consolidado por décadas de comunhão de Felicidade que ele proporciona, a
par de alguns períodos de dor, sofrimento e desgosto. O Amor faz parte dos
altos e baixos da vida.
Naturalmente que a
condição de namorar pode, à partida, não significar qualquer sentimento de amor
mais profundo, mais sério, mais incondicional, mas tão só, o início de um
romance (por vezes de uma aventura leviana) que, a partir de atitudes de
simpatia recíproca, se foi desenvolvendo, intensificando, para se elevar ao
nível de uma grande amizade entre duas pessoas.
Este sentimento de
amizade sincera, pode conduzir a uma forma de amor que, não sendo idêntico ao
de muitos casais será, porventura, tão puro e profundo, quanto incondicional,
que proporciona, também ele, grande Felicidade.
Vivenciar o “Dia
dos Namorados” com sentimentos nobres, junto da pessoa alvo da nossa amizade,
pode revelar-se como um primeiro passo, ou mais um indício no sentido de
demonstrar à pessoa de quem gostamos, que queremos tê-la connosco, no caminho
da Felicidade, independentemente dos elementos que venham a contribuir para
este bem supremo que é o Amor.
Tudo deve partir de
nós, e com este princípio aceita-se que: «A
Felicidade vem de dentro. Não depende de fatores externos ou de outras pessoas.
Você fica vulnerável e é tão fácil magoar-se quando os seus sentimentos de
segurança e de Felicidade dependem dos comportamentos e das ações das outras
pessoas.» (BRIAN, 2000:66-67).
Neste dia, tão
importante para quem verdadeiramente está apaixonado ou, pelo menos se gosta
muito, todas as manifestações de carinho, de atenção, gentileza e, sobretudo,
de inequívocas: solidariedade, amizade, lealdade e gratidão, nunca serão
demais, pelo contrário, são necessárias.
Naturalmente que não
deveria ser apenas no “Dia dos Namorados”, portanto, uma vez por ano, mas sim
todos os dias, porque sentimentos tão dignificantes, quanto maravilhosos, são
para serem revelados, exercitados à/e para a pessoa de quem se gosta, que se
ama e, igualmente, se possível, vice-versa, porque a retribuição de um amor, é
como uma bênção que se deseja receber da pessoa que se ama.
Na verdade, a
dimensão sentimental da pessoa humana será tão importante e necessária quanto a
sua faculdade racional. A relação interpessoal que deve existir no seio da
sociedade é um fator de estabilidade, mas antes dessa grandeza societária,
determinados princípios, valores e sentimentos têm de estar em nós, partir de
nós para os outros e nestes, a começar na família, porque é nesta instituição
que se funda a sociedade, com tudo o que ela comporta, de melhor ou de pior.
Com efeito: «A conexão entre as pessoas só é plenamente
exercida quando a intimidade é vivida pela expressão clara dos sentimentos.
Elas não eram capazes de experimentar a intimidade sem uma maior clareza no
coração (…). A intimidade que vem de um coração puro é essencial no
relacionamento de um casal.» (BAKER, 2005:130).
Viver este dia
consagrado aos Namorados consiste em assumir atitudes de quem, por exemplo,
pela primeira vez faz juras de “amor eterno” formulação e/ou renovação de
promessas e, no caso de amigos íntimos, o compromisso de reforçar a amizade,
demonstrar que realmente queremos estar com a pessoa de quem sinceramente
gostamos e que, igualmente, desejamos a sua retribuição.
Bibliografia
BAKER, Mark W., (2005). Jesus o Maior Psicólogo que já
Existiu. Tradução, Cláudia Gerpe Duarte. Rio de Janeiro: Sextante.
BRIAN L. Weiss, M.D. (2000). A Divina Sabedoria dos Mestres.
Um Guia para a Felicidade, alegria e Paz Interior. Tradução, António Reca de
Sousa. Cascais: Pergaminho.
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Blog Pessoal: http://diamantinobartolo.blogspot.com
Portugal: http://www.caminha2000.com (Link’s Cidadania e Tribuna)
http://www.grebal.com.br/autor.php?idautor=242http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores_d0045_dbartolo.html
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