Podemos afirmar, com a maior segurança, que a história,
para além de ser uma ciência e tal como quaisquer outros conhecimentos, verificáveis,
reversíveis e dinâmicos, ela, parte do passado para o presente, sempre numa
perspectiva da descoberta de factos novos que nos ajudem a melhor compreender
os arquétipos do passado. Nesse sentido e com esse desiderato, analisemos os
vários processos especiais da História:
a) Investigação dos Documentos - Os factos passados
chegam até aos dias contemporâneos através dos documentos que constituem o
traço material daqueles factos sendo, posteriormente, efetuado um trabalho de
heurística sobre os testemunhos, que consiste na sua recolha e investigação.
Os documentos podem apresentar-se sob três
espécies: 1) Orais, que consistem nas lendas e tradições e se transmitem de
gerações em gerações e, por vezes, estão na base de certos costumes; 2)
Materiais, que encontram a sua máxima expressão nos monumentos, palácios,
templos, túmulos, arcos e pontes, medalhas e moedas, selos, brasões e títulos;
3) Escritos, compostos por memórias oficiais, anais, cartas, ofícios, jornais,
crónicas, biografias, inscrições em monumentos, entre outros.
Estes documentos ainda podem classificar-se em:
diretos ou conscientes, quando elaborados com o objetivo de fazer História;
indiretos ou inconscientes quando, pelo contrário, não lhes preside qualquer
intenção histórica. Estes últimos são mais valiosos, porque oferecem mais
garantia de veracidade dos factos que mencionam, precisamente por não terem
sido elaborados com objetivos históricos.
Para o estudo dos documentos, muito têm contribuído
as novas ciências ditas auxiliares da História, tais como a Arqueologia,
Medalhística, Numismática, Paleografia, Epigrafia, Diplomática e a Filosofia,
entre muitas outras.
b) A Crítica Histórica - Trata-se de outro processo
da História que vem, precisamente, complementar o trabalho heurístico feito
antes, e julgar do valor dos materiais recolhidos, a fim de determinar o seu
significado exato. É um estudo metódico das fontes históricas, procurando a sua
autenticidade, o valor do seu testemunho, exigindo discernimento e respeito,
opondo-se, quer ao espírito cético, quer ao espírito crédulo.
Tradicionalmente é costume distinguir-se dois tipos
de crítica: 1) Crítica Externa ou de Autenticidade, que examina a proveniência
dos documentos: verdadeiros ou falsos, originais ou cópias; 2) Crítica Interna
ou de Credibilidade ou de Autoridade, que avalia o grau de confiança que se
pode dar ao documento, escrito ou material.
Esta divisão da crítica em dois tipos, não deve ser
entendida como sendo um mais importante do que o outro, mas no sentido da sua
complementaridade, porque os dois tipos da crítica, já referidos, são
relevantes para o estudo dos documentos, muito embora se possa realçar o papel
da Hermenêutica ou Crítica da Interpretação, através da qual se estabelece o
sentido do documento, e precisa o que o seu autor disse ou quis dizer. A
Hermenêutica é a ciência da interpretação das fontes em geral, mas com
particular incidência sobre os documentos escritos.
c) A Síntese Histórica – Depois da análise,
segue-se a síntese e esta compõe-se, essencialmente, de três aspetos
fundamentais e que são: 1) Classificação ou agrupamento dos factos, o historiador
procura dar uma ordem definitiva aos factos; 2) Interpretação dos factos, o
historiador pesquisa os traços gerais e constitui grupos, esforçando-se por
preencher as lacunas que se lhe depararem, através de raciocínios construtivos;
3) Explicação dos factos, o historiador visa o estabelecimento dos laços de
causalidade.
O historiador tem de penetrar no encadeamento dos
factos, porque nenhum facto histórico constitui a causa única e exclusiva do
outro facto. A explicação da História consiste na descoberta, apreensão e
análise.
A síntese procura, precisamente, apreender as
ligações entre conjuntos significativos ou séries evolutivas, as conexões
existentes entre as diversas ordens da realidade. A História é arte pelo seu
esforço de reconstituição e exposição do passado, reclama do historiador
sensibilidade, criação verbal, mestria de estilo claro, simples e concreto.
d) Filosofia da História – Para completar as
abordagens do método histórico é necessário encarar o quarto e último processo
especial, consubstanciado na Filosofia da História, pelo qual se obtém uma
vista de conjunto, no sentido de passar de um conhecimento das causas e leis
particulares para a determinação de leis gerais, que regulam o desenvolvimento
da humanidade ou, pelo menos, a evolução de um povo. Pretende descobrir o sentido
ou a direção e o significado da evolução humana.
A Filosofia da História procura descobrir o que há
de comum e essencial nos diversos factos históricos, é como que uma preparação
da Sociologia, ou então um trabalho puramente filosófico que procura fornecer e
interpretar as razões que orientam a evolução da humanidade, no seu fluir
constante.
Com
o protesto da minha perene GRATIDÃO
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente
do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
TÍTULO
NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM
INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela
Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística
http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de
COMENDADOR das Ciências da
Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker – Brasil
TÍTULO HONORÍFICO DE EMBAIXADOR DA
PAZ pelos «serviços prestados à Humanidade, na Defesa dos Direitos as Mulheres.
Argentina»
DOCTOR HONORIS CAUSA EN
LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad
Académica de Historiadores Latinoamericanos.
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