«Jesus entra em Jerusalém, montado em um jumentinho.
Isso significa que entra na cidade que é sua para fazer com toda a Humanidade,
uma missão de paz, ainda que essa paz tenha como preço sua própria vida.
Padre César Augusto,
SJ
O Senhor é aclamado como se faz a um general romano ou
a um herói egípcio quando de sua chegada a sua cidade, à sua terra, após uma
gloriosa vitória. Apenas algumas diferenças: o Senhor ainda vai consumar sua
luta e, enquanto os vencedores trazem consigo o espólio dos vencidos e os
próprios vencidos como troféus, será o Senhor o próprio espólio, o grande
serviçal, o escravo de todos nós.
Esse gesto nos recorda um trecho da segunda leitura de
hoje, da Carta de São Paulo aos Filipenses, que diz: “Não deveis fazer nada por
egoísmo, ou para sentir-vos superiores aos outros, mas cada um de vós, com toda
a humildade, considere os outros superiores a si mesmo, ninguém procure o
próprio interesse, mas antes o dos outros.” O Senhor buscou apenas o nosso interesse,
ou melhor, o interesse do Senhor é a nossa salvação.
Jesus entra em Jerusalém, montado em um jumentinho.
Isso significa que entra na cidade que é sua para fazer com toda a Humanidade,
uma missão de paz, ainda que essa paz tenha como preço sua própria vida.
Cristo entra em Jerusalém para entregar-se como oferta
ao Pai, em nome de cada um de nós. Ele se coloca em nosso lugar e sofre as
consequências que nosso egoísmo, nossa falta de amor e de perdão ocasionaram.
Ele é o verdadeiro cordeiro pascal, a verdadeira vítima. Seu corpo é o pão e
seu sangue é o vinho. Somos redimidos, para sempre, por seu sangue derramado de
fato, Jesus Cristo é o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.
Outro ensinamento, agora colhido da leitura da Paixão,
este ano, a de São Mateus, é sobre a retaliação e a paz. Jesus impede que Pedro
continue sua ação de punir o soldado que o ofendera e diz a ele: “Guarde a
espada na bainha!” e cura Malcolm. Somos filhos da paz! Nosso Rei é o Príncipe
da Paz, o Pacificador.
Que este início da Semana Santa nos comprometa com o
projeto de Jesus para nós. Sejamos irmãos, sejamos filhos do mesmo Pai de nosso
Senhor.
Que a humildade e a paz sejam nossos tesouros,
recebidos através do sacrifício redentor do Filho de Deus!
Nossa libertação do egoísmo e da ira, da raiva, custou
o sangue inocente de Jesus.
Valorizemos, com gratidão e amor, o sacrifício do
Senhor por nós.»
Venade/Caminha –
Portugal, 2020
Com o protesto da minha perene GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de
Portugal
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