A Estética é uma ciência: recente, na sua estruturação quanto ao método e ao objeto; antiquíssima, quanto à sua etimologia. A História da Estética está ligada à História da Filosofia, enquanto que é compreensão hermenêutica da arte e, neste contexto, temos uma Filosofia da Arte, ou seja, uma Estética Filosófica, aquela que, verdadeiramente, interessa a este trabalho.
Etimologicamente, e no seu sentido originário grego,
a “aisthesis” é sinónimo de sensação e percepção, no âmbito da cultura
helénica. Ao nível da compreensão, verificam-se duas linhas: a dos filósofos e
a dos poetas, consistindo: a primeira, numa capacidade de perceber,
conhecimento inferior ao da razão, eminentemente epistemológico e inferior à
lógica. Nesta estética o respetivo campo estético é inferior ao intelecto.
Quanto à segunda, compreensão, a dos poetas, o seu
sentido é fornecido pela percepção dos sentidos, o que implica que o seu objeto
tenha as mesmas características que o objeto da percepção, igual à assunção
pelo sujeito, sendo necessário que, do ponto de vista do objeto, este seja
dotado das características do sujeito, isto é, clareza, proporção, medida. Os
poetas revalorizam assim o poder da perceção sensitiva nas pessoas que têm
todas as faculdades.
Além dos níveis de compreensão na cultura grega, que
são o gnosiológico e o epistemológico, há, ainda, um nível existencial que
significa que a Estética, como percepção sensível, é uma experiência racional
integradora, completa e englobante, e é esta relação sujeito-objeto, que
resulta na harmonia estética, que evidencia o sentido do belo, da arte e do
prazer estético.
A tarefa da Estética a nível histórico é procurar
esclarecer os problemas relacionados com a Arte e a Beleza, ela representa o
próprio desenvolvimento do pensamento humano, no entanto, como disciplina
filosófica, o positivismo admitia-a como ciência positiva, contudo, haveremos,
hoje, terceira década do século XXI, de considerar que o positivismo terá,
eventualmente, uma visão redutora da ciência e, portanto, nele não cabem os
valores estéticos universais da Arte e da Beleza, por isso, não tem lugar a
Estética Filosófica como ciência especulativa, que busca explorar, sobre certos
valores, mas que não é uma axiologia, porque não são valores do agir, mas do
fazer da Arte e da Beleza, logo a especulação estética não se identifica com a
Ética.
A Arte tem por fim exprimir a beleza, e produzir na
alma dos espectadores a emoção estética, que o artista sentiu, e por meio desta
emoção estética, a Arte moraliza e inspira a virtude. Na verdade, a emoção
estética desapega a alma de tudo o que é pequeno e mesquinho.
A Arte é um refúgio, onde o homem encontra o repouso
para as suas preocupações vitais, nascendo nele o sentimento da adoração e da
admiração, desenvolvendo a simpatia, produzindo o respeito, contribuindo para
uma melhor educação individual e coletiva, local, nacional, comunitária e
universal.
Por favor
aceite: https://www.facebook.com/100005661551752/videos/1257179961147377/
Venade/Caminha –
Portugal, 2020
Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de
Portugal
NALAP.ORG
http://nalap.org/Directoria.aspx
https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1
http://diamantinobartolo.blogspot.com
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