É
possível, a partir do exercício persistente e de boas práticas, a nível da
comunicação educacional, preparar o uso da língua com correção, elegância,
naturalidade e eficácia. A instituição de um paradigma comunicativo impõe-se,
hoje, à sociedade universal, sendo urgente implementar todos os recursos
possíveis, para que o relacionamento humano intercultural, interreligioso,
intergrupos, interplanetário, seja uma regra e não uma exceção.
A
comunicação é uma daquelas atividades humanas que todos conhecem, mas poucos
conseguem definir, pelo menos no seu sentido mais abrangente, desde logo,
porque, e simplesmente: a comunicação é falar uns com os outros, é televisão,
rádio, imprensa, internet; é divulgar informação, é o próprio penteado, é a
obra de arte, qualquer que seja o seu estilo e época, é a crítica literária.
Pode-se
ficar com a ideia de que o ser humano está sujeito à inevitabilidade de comunicar, que consiste no facto de alguém ser
capaz de não-comunicar, porque a
simples presença de um indivíduo envolve a emissão de mensagens, com
significados determinados, para os seus intérpretes. Voluntária ou
involuntariamente, o comportamento humano tem sempre um valor de mensagem para
quem o lê.
A
comunicação é, portanto, uma inevitabilidade cultural e antropológica, sempre
acompanhada de atitudes, e pode ser de dois tipos: verbal, que constitui a
forma privilegiada da comunicação pela palavra falada ou escrita; não-verbal,
que enfatiza, clarifica, exemplifica e contradiz os elementos verbais.
Os indivíduos agem e comportam-se socialmente: uma
conduta individual toma as outras pessoas como objeto e, essas pessoas, são
interlocutoras e parceiras, respondem às ações do indivíduo considerado,
embora, as relações não sejam sempre desta forma; à comunicação corresponde um
determinado efeito social, já que dela resulta a modificação do comportamento
ou da convicção do recetor, porque misturando elementos intencionais e
devidamente calculados, com elementos espontâneos e, até certo ponto,
involuntários, a comunicação produz mudanças modificadas nos comportamentos.
As
relações humanas pressupõem: diálogo, troca de ideias, transmissão de
conhecimentos, divulgação de factos, manifestação de sentimentos e tantas
outras intervenções, só possíveis pela comunicação, verbal, e/ou não verbal,
lealmente desenvolvidas entre os interlocutores.
Em
geral, as pessoas que são boas a ouvir, tendem a ser boas a comunicar com
eficiência, por exemplo: nos contactos com a Comunicação Social, é fundamental
utilizar-se uma comunicação eficaz, justamente, através de uma escuta ativa. A
importância dada ao ouvinte, atencioso, significa um grande contributo para que
a comunicação humana seja proveitosa, para os interlocutores envolvidos. Em
certas situações, bem específicas, mais importante do que falar é ouvir,
todavia, nem todas as pessoas têm bem apurada esta faculdade, não no sentido
patológico, antes na perspetiva cultural, educacional e técnica.
O
relacionamento interpessoal provoca, necessária e inevitavelmente, determinados
comportamentos comunicacionais: uns, eventualmente, premeditados, estudados e
treinados; outros, espontaneamente. Apesar de tais limitações, é possível
caraterizar os diversos comportamentos comunicacionais, a partir de critérios
definidos: a) Afirmatividade do comunicador (transparência da linguagem); b)
Respeito pelo interlocutor (respeito pelo outro.
Naturalmente
que a comunicação aqui entendida, também, no sentido da resolução de problemas,
principalmente através do diálogo interpessoal, constitui um instrumento
poderosíssimo, que urge saber manusear. A lealdade comunicacional é uma
posição-chave, positiva nas relações pessoais.
É
possível, a partir do exercício persistente, e de boas práticas, a nível da
comunicação educacional, preparar o uso da língua com correção, elegância, naturalidade
e eficácia, naturalmente sem menosprezo por uma segunda ou terceira língua que,
indiscutivelmente, hoje se reconhece como necessário no desenvolvimento das
relações humanas, e na concretização dos projetos transfronteiriços, nos vários
setores das atividades humanas. O domínio da linguagem não-verbal é decisivo
para o êxito, ou fracasso, de uma comunicação que visa resultados
conciliatórios, na resolução de um conflito, por isso e uma vez mais se recorda
a linguagem assertiva, sincera, transparente, verdadeira, justamente, para não
cair-se em contradições, entre o que é pensado, o que é dito e o que é
gesticulado.
Diz-se
que se está numa situação argumentativa, entre outras, sempre que se é chamado
a tomar posição face a algo: seja a uma atitude, a um ato, a um projeto, a uma
decisão, a um critério. Argumentar é, também, comunicar, e daí a conveniência
de se conhecer bem o recetor, para que se verifique uma compreensão cabal do
discurso argumentativo, e os efeitos da argumentação possam ser controlados
pelo emissor, o qual tem uma intenção que visa um efeito sobre o recetor.
Hoje,
discute-se tudo e em qualquer lugar, de muitas maneiras e em muitos domínios,
somos constantemente desafiados a construir uma argumentação: quer se trate de
defender uma opinião, justificando uma escolha; quer se trate de introduzir uma
reclamação, de apresentar um requerimento, de procurar um emprego. Nesta época
pós-moderna, em que as propagandas de todos os tipos são cada vez mais
insinuantes e pressionantes, a juventude tem que ser, mais do que nunca,
iniciada no conhecimento das técnicas de persuasão, com as quais é diariamente
metralhada, a fim de poder tomar opções adequadas aos seus legítimos
interesses.
A
sociedade é emaranhada, porque constituída por indivíduos únicos, também eles
complexos, titulares de direitos e deveres individuais e coletivos. Qualquer
que seja o papel que cada indivíduo, ao longo da sua vida, vá desempenhando,
ele terá sempre a inevitabilidade de se relacionar com o seu semelhante, sendo
que uma grande parte do seu relacionamento se verifica em duas situações,
maioritariamente bem definidas, no seu percurso biossocial: na família, na
actividade profissional.
A tónica para o desenvolvimento de relações humanas sadias, sinceras, frutuosas e duradoiras, passa pela ação comunicacional, pelo ato comunicativo entre pessoas, entre grupos, entre nações. Não haverá outro caminho mais seguro e pacífico do que aperfeiçoar todas as técnicas, estratégias, metodologias, para uma prática de relações humanas que possa estar acima de todo e qualquer interesse ilegítimo. A instituição de um paradigma comunicacional impõe-se hoje à sociedade universal, sendo urgente implementar todos os recursos possíveis para que o relacionamento humano intercultural, inter-religioso, intergrupal, interplanetário, seja uma regra, e não uma exceção.
«Proteja-se. Vamos vencer o vírus. Cuide de si. Cuide de todos». Cumpra, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. Estamos todos de passagem, e no mesmo barco chamado “Planeta Terra” de onde todos, mais tarde ou mais cedo, partiremos, de mãos vazias!!! Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque será «o único capital que deixaremos aos vindouros» Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música. https://youtu.be/_73aKzuBlDc
Venade/Caminha –
Portugal, 2021
Com o protesto da
minha permanente GRATIDÃO
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do
Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
NALAP.ORG
http://nalap.org/Directoria.aspx
https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1
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