Respeitando-se algumas opiniões, segundo as quais todos os dias são dias comemorativos, de um qualquer evento, a verdade é que, na realidade, tal nem sempre se verifica, ou seja: por exemplo, quando se aborda a efeméride relacionada com o “Dia da Mãe”, isso representa ,que para além de todos os dias serem, ou que deveriam ser, dias da Mãe, ainda assim, haverá um, em todo o ano, que se destaca, com maior relevância e dignidade merecidas: o tributo que é devido às Mães; e a importância que elas têm nas nossas vidas, independentemente da sua natureza: biológica, adotiva ou aquela que nos cria, educa, protege e defende com amor e carinho.
Quem
está minimamente informado, e tem uma formação familiar, assente em bons
princípios, valores e sentimentos, sabe muito bem que o papel da Mãe, nesta
sociedade pós-moderna, complexa e algo materialista, é fundamental: para
orientar os filhos; natural e desejavelmente em conjunto com o Pai; para o
casal enfrentar aquela mesma sociedade que, atualmente, é muito pouco
tolerante, e bastante fingida, designadamente para algumas pessoas, que não
olham a meios para obterem determinados fins, quantas vezes injustos, ilegítimos
e até ilegais.
Ser
Mãe, neste emaranhado de interesses, conflitos e dificuldades sem fim, é muito
complicado, por isso nunca será demais amarmos as nossas Mães, a quem devemos a
vida, o maior ou menor conforto, dependendo das possibilidades
económico-financeiras que ela possui e, que no dia que lhe é consagrado, a
possamos abraçar, beijar e agradecer-lhe o amor que sempre nos dá, não olhando
a sacrifícios, inclusive, privando-se, ela própria, quantas vezes, de bens que
tanto gostaria de ter, mas que para ajudar os filhos, deles abdica generosa e
amorosamente.
A
Mãe, muitas vezes, mais do que o Pai, é, quase sempre: o grande baluarte da
família; aquela que, à mínima dificuldade não abandona os seus filhos, salvo
raras e excecionais situações; a mulher que para além de Mãe é amiga,
companheira, parceira, confidente, protetora e cúmplice, por isso, as
instâncias governamentais, em vez de retirarem os filhos às respetivas Mães,
deveriam avaliar muito bem, ao nível técnico-científico, económico-financeiro e
ainda psicossocial, a situação, e só depois tomarem decisões, evitando medidas
drásticas, como tantas a que se tem vindo a assistir.
É
preciso mais humanismo na análise das circunstâncias em que se encontram muitos
agregados familiares. É fundamental dar dignidade à pessoa humana, (veja-se o
que já se vem fazendo com os animais, e muito bem, em que o Estado
disponibiliza cerca de dois milhões de euros para um projeto de acolhimento de
animais abandonados, medida que se aplaude, sem quaisquer reservas mentais),
todavia, não se queira colocar ao mesmo nível a pessoa humana, desde logo a
Mãe, o Pai os Filhos, enfim, a família, por muito respeito e amizade que
tenhamos para com os animais, sejam de companhia ou selvagens até porque nem é isso
que está em causa.
Neste
“Dia da Mãe”, infelizmente, assiste-se por este país a: situações
vergonhosamente degradantes, de autêntica desumanidade; crianças a serem
retiradas aos pais, porque estes, alegadamente, não têm uma habitação, dita
condigna, e por este facto, são entregues a instituições para, posteriormente,
em muitos casos, serem encaminhadas para a adoção; idosos a habitarem autênticas barracas (pardieiros) a caírem de
podres, onde o frio, a chuva, o vento e todo a espécie de intempéries entra;
pessoas a viverem nas ruas, sem abrigo, doentes, esfomeadas e descartadas por
uma sociedade insensível às virtudes da compaixão e do amor ao próximo.
O
mundo, quase sem exceções, tem vivido meses de grande aflição, de medo, de
desorientação, porque a pandemia COVID-19 nos apanhou de surpresa, sem estarmos
suficientemente preparados. Os infetados e os óbitos são às dezenas de
milhares por dia, mas em muitas situações, as nossas mães estão a morrer sem
que nos possamos “despedir” delas ou vice-versa. Muitos de nós, que poucas
vezes, ou nenhumas, soubemos valorizar a nossa protetora, hoje choramos de
saudades ou, quem sabe, de remorsos. Resta-nos pedir a Deus que junto das
nossas mães, interceda para que nos perdoe os nossos erros, talvez demasiado
egoísta.
Neste
“Dia da Mãe”, é nossa obrigação refletir em todas estas conjunturas, acabar com
todas as situações humilhantes, em que cerca de dezoito a vinte por cento da
população portuguesa vive, estatística e tecnicamente, no denominado “limiar da
pobreza”. As pessoas não podem ser colocadas em níveis de indigência, em que
têm de lutar por alguma sobrevivência e, em muitos casos, efetivamente, abaixo
do conforto e proteção que são concedidos aos restantes animais.
Saibamos,
também, amar, respeitar e dignificar todas as Mães, porque: são elas que
sentem, verdadeiramente, o pulsar das nossas dificuldades; são elas que mais se
preocupam com as nossas carências; são elas que intransigentemente nos
defendem, quantas vezes, em situações, em que elas próprias estão a sofrer
violências, justamente para nos defender e proteger. Amar as nossas Mães em
vida, ou a sua memória, é um tributo que lhes devemos prestar, hoje e sempre.
A
todas as Mães do mundo, em geral e, particularmente, às Mães Portuguesas,
Brasileiras e Ucranianas, deixo aqui uma palavra de amizade, também de
admiração profunda, pela forma como elas enfrentam a vida, quais GUERREIRAS,
numa luta sem fim. Finalmente, um beijinho muito especial, com profundo amor,
para a minha mãe e para a minha sogra, ambas. “in memoriam”.
https://www.youtube.com/watch?v=jLa01F6WHeU&list=RDPG0GST8DY_I&index=26
Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música:
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744
https://www.youtube.com/watch?v=Aif5s90rxoU
https://youtu.be/DdOEpfypWQA https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc
Venade/Caminha –
Portugal, 2021
Com
o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente
do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
NALAP.ORG
http://nalap.org/Directoria.aspx
https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1
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