O espaço terrestre, que vulgarmente chamamos Mundo, ou, mais propriamente, o nosso “território” o planeta Terra, habitado pela humanidade, a que pertencemos, é cada vez mais exíguo, fácil e rápido de o percorrer, graças a um conjunto de meios de transportes e comunicações, cada vez mais avançados e seguros, pese, embora, um ou outro acidente que, esporadicamente, ocorre, e que, em certas circunstâncias, se fica a dever a erro humano.
Vive-se, portanto, num mundo globalizado, uma aldeia
na qual as pessoas têm cada vez mais facilidades para se encontrarem e, no
limite, conviver umas com as outras, numa Casa-Comum, na qual se deveriam
comungar e exercer princípios, valores e sentimentos verdadeiramente
específicos da dignidade da pessoa humana.
Nesta Casa-Comum, não se pode ignorar um necessário
ambiente ético-moral, mas também ecológico que, paulatinamente, parece vir a
degradar-se, irreversivelmente, se, entretanto, não forem tomadas e executadas
as indispensáveis medidas e proteção do clima, porque esta condição é
imprescindível para uma vida com qualidade, para todas as pessoas, sem
exceções.
A premência da implementação de medidas de proteção
climática impõe-se, e aqui, os países, os responsáveis de altos cargos
decisores, os cientistas, os técnicos, os professores e muitas outras
entidades, devem intervir com a máxima celeridade, porque já se sabe que: «Hoje, a comunidade científica aceita
aquilo que os pobres já há muito denunciam: estão a produzir-se danos talvez irreversíveis
no ecossistema. Está-se a castigar a terra, os povos e as pessoas de forma
quase selvagem. E por trás de tanto sofrimento, tanta morte e destruição, sente-se
o cheiro daquilo que Basílio de Cesareia – um dos primeiros teólogos da Igreja
– chamava “o esterco do diabo”; reina a ambição desenfreada do dinheiro.»
(PAPA FRANCISCO, 2016:35).
Paralelamente, a outros conhecimentos: teóricos e
práticos, que fazem parte de uma educação/formação integral, também o
aperfeiçoamento do ensino ambiental, a partir das famílias, passando pela escola,
e evoluindo na sociedade, se torna um imperativo universal, porque de contrário,
não haverá qualidade de vida equitativa para todas as pessoas.
O mundo que habitamos é de todos por igual, não
pode, em circunstância alguma, ser uma possessão de alguns, que dele se servem,
a seu belo prazer e para o seu exclusivo proveito. Tudo o que está na Natureza,
que não foi produzido pelo homem, é propriedade da humanidade, muito embora se
reconheçam inúmeras dificuldades na gestão equitativa destes bens, e na respetiva
distribuição justa para todos, de resto, nos tempos que correm, até poderá
parecer uma utopia, defender-se que, por exemplo, o petróleo, os diamantes, o
gás natural, entre outros bens, sejam repartidos por todos os países. Mas
deveria ser. Afinal, é uma utopia.
“Alguém”: Deus, um Criador, a Natureza, uma Entidade
Suprema, terá organizado o mundo, de tal forma, que todos os seres nele
pudessem coabitar, num equilíbrio sustentável, com uma correlação de forças bem
distribuída, mas em que o ser humano tenha sempre uma intervenção moderadora,
inteligente e superior.
Compete, portanto: a toda a humanidade em geral; e a
cada pessoa em particular, preparar-se, ininterruptamente, ao longo da vida, no
sentido de contribuir para a melhor preservação da Casa-Comum, na qual o
ambiente é fundamental, o elemento que proporciona melhor saúde, mas também
alegria e, por que não, acréscimo do bem-estar e da felicidade.
Muitas têm sido as reuniões nacionais e
internacionais; diversos acordos têm sido firmados para que se possa viver num
mundo climaticamente mais saudável, todavia, infelizmente, nem todos os
signatários das convenções que subscrevem, as cumprem, porque outros
interesses: estratégicos, financeiros, económicos, de controlo de recursos e
domínio, são mais importantes para tais intervenientes e/ou entidades.
Quer se goste, ou não: «Não podemos esquecer as graves implicações sociais das mudanças
climáticas: são os mais pobres que padecem com maior dureza as consequências!
Por esse motivo, a questão do clima é uma questão de justiça; e também de
solidariedade, que nunca deve ser separada da justiça. Está em jogo a dignidade
de cada um, como povos, como comunidade, como mulheres e homens» (Ibid.:37).
Atualmente, não se pode ignorar que o ambiente já
faz parte dos Direitos Humanos, na medida em que toda a pessoa deve usufruir de
um clima saudável, de condições de vida onde elementos nocivos à boa saúde têm
que ser reduzidos ou, desejavelmente, eliminados, porque de contrário, o futuro
das gerações vindouras fica gravemente comprometido, pelos piores motivos.
Com efeito: «O
abuso e a destruição do meio ambiente aparecem associados, simultaneamente, com
um processo ininterrupto de exclusão. Na verdade, uma ambição egoísta e
ilimitada do poder e bem-estar material leva tanto a abusar dos meios materiais
disponíveis, como a excluir os fracos e os menos hábeis, seja pelo facto de
terem habilidades diferentes (deficientes), seja porque lhes faltam
conhecimentos e instrumentos técnicos adequados, ou possuem uma capacidade insuficiente
de decisão política.» (Ibid.:40).
Obviamente,
todos os seres vivos têm a sua dignidade específica, contudo, não é menos
verdade que à pessoa humana deve-se atribuir, e defender, um estatuto de
relevo, sem que isso signifique qualquer posição antropocêntrica privilegiada,
mas tão só, um direito que, dificilmente, alguém terá condições objetivas para
contestar.
As
preocupações atuais que afetam esta maravilhosa “Casa-Comum”, o nosso planeta
Terra, devem ser combatidas, recorrendo-se aos mecanismos que as leis, a
ciência, a tecnologia, o bom-senso e a inteligência colocam à nossa disposição,
sob pena de, a curto-médio prazo, o mundo estar cada vez mais dividido: em que
de um lado, estão os destruidores do ambiente; e do outro, os que sofrem as
suas consequências, e que acabam por cair na marginalização.
É que o clima, o meio ambiente e as alterações que
provocam na vida das pessoas, são, por vezes, irreparáveis e, tanto mais
graves, quanto deterioram a dignidade humana, na medida em que: «A exclusão económica e social é uma negação
total da fraternidade humana e um atentado gravíssimo aos direitos humanos e ao
ambiente. Os mais pobres são aqueles que mais sofrem esses ataques por um triplo
e grave motivo: são descartados pela sociedade, ao mesmo tempo são obrigados a
viver de desperdícios e devem injustamente sofrer as consequências do abuso do
ambiente. Estes fenómenos constituem, hoje, a “cultura do descarte”, tão
difundida e inconscientemente consolidada.» (Ibid.).
Retroceder no caminho desastroso que se tem vindo a
percorrer, no que ao ambiente respeita, constitui, por si só, uma decisão
responsável, de superior inteligência e bom-senso; persistir na degradação do
ambiente, agravando com esta postura, não só as condições de vida, como as
alterações climáticas, para pior, é próprio de quem não defende o bem-estar da
sociedade, de quem se preocupa, exclusiva e egoistamente, com os seus
interesses, quantas vezes mesquinhos e inconfessáveis.
Bibliografia.
Apanhados de
surpresa, entre os fogos de uma guerra cruel, desumana e, a todos os títulos,
inaceitável, imploremos a Deus e aos homens, para que o sofrimento de milhões
de seres humanos, termine definitivamente. Tenhamos a HUMILDADE de nos
perdoarmos uns aos outros, porque o PERDÃO será o único “Valor Axiológico” que
deixaremos às Gerações Futuras. GLÓRIA À UCRÂNIA.
Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música:
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744
https://www.youtube.com/watch?v=Aif5s90rxoU
https://youtu.be/DdOEpfypWQA https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc
Venade/Caminha –
Portugal, 2022
Com o protesto da
minha permanente GRATIDÃO
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do
Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
NALAP.ORG
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