sábado, 25 de novembro de 2023

Requisitos para conquistar a Dignidade Humana.

A experiência de vida ensina que a dignidade humana se conquista pelo: estudo, formação, trabalho, poupança e reinvestimento, e não vale a pena insistir em receitas de laboratório, porque a pessoa humana não é um objeto qualquer, uma “cobaia” para exercícios académicos, quantas vezes realizados por pessoas que nunca passaram pela privação de um simples prato de sopa, pela exclusão social, pela iliteracia, descendentes de pobres ou não terem um estatuto social de prestígio, porque tais pessoas, admite-se que algumas por mérito próprio, mas também por ajudas que tiveram, hoje estão bem na vida, e não podem ignorar os milhões de cidadãos que: vivem na miséria; que passam fome; que não têm um abrigo condigno, que são autênticos “farrapos humanos”.

No “Partido para a Prosperidade Progressiva” devem participar todas as pessoas, sem quaisquer discriminações negativas, em que cada cidadão desempenhe as funções que melhor sabe e gosta de fazer. Como em qualquer organização, terá de haver líderes, orientadores, que possuam não só os títulos académicos e os currículos internacionais, (por vezes adquiridos fraudulentamente), mas também a experiência que a vida real, no terreno das dificuldades, no seio do povo podem proporcionar, e com estas credenciais, há fortes possibilidades de grande sucesso.

Como seria estimulante que, acima das organizações político-partidárias, movimentos cívicos e instituições diversas, de todas as forças políticas, se constituísse esse grande “Partido para Prosperidade Progressiva”, precisamente com os responsáveis mais qualificados, segundo os critérios anteriormente insinuados! Que grande adesão popular um tal partido teria! Que entusiasmo se geraria na sociedade! Como a Democracia seria autêntica e estimulante!

É muito fácil fazerem-se experiências com a vida dos mais necessitados; é muito prático impor, com invulgar violência e insensibilidade, medidas de austeridade, quando não se está na situação dos mais fragilizados, embora, muitos destes já tenham dado um contributo substancial para a sociedade, que indiretamente, entretanto, contribuíram para que muitos chegassem ao lugar onde estão.

O que mais interessa a todas as pessoas de bem, que felizmente é a esmagadora maioria da sociedade, é verem garantidas algumas medidas que contribuam para a saúde, trabalho, educação, formação e uma velhice merecidamente tranquila, confortável e digna.

A segurança de usufruírem, sem receio de os virem a perder: todos os seus direitos, não só adquiridos, como contratualizados; o que mais importa é eliminar o sofrimento físico, psicológico e moral, resultante da falta de trabalho, de comida, de futuro.

Mas a esperança não deve morrer, e para que isso não aconteça, o “Partido para Prosperidade Progressiva” que, como é bom de ver, trata-se de um ideal que toda a sociedade deveria conciliar: governantes e governados; empresários e trabalhadores; professores e alunos; crentes e não crentes. Este ideal em nada prejudica a participação cívica dos cidadãos: quer enquanto independentes; quer integrados em forças políticas.

Nunca ninguém pode ignorar que, pelo facto de, em dado período da vida, ter estado muito bem, não fique sujeito, num futuro mais ou menos próximo, à miséria envergonhada, à exclusão social. Tudo é possível na vida, embora se tenha a ideia de que algumas pessoas, possuam como que um escudo protetor, constituído por outras pessoas que, alternadamente, se entreajudam, revezadamente trocam de posições, sempre conseguem um bom futuro para elas, familiares e amigos, em qualquer parte do mundo, todavia, ainda assim, de vez em quando, ocorre uma qualquer ação que destrói, completamente, uma pessoa, uma família, um grupo, enfim, um império. Todos os pedestais são suscetíveis de derrube, mais ou menos violento.

A esperança num futuro de prosperidade, não pode morrer. Interiorizemos todos de que: é preciso trabalhar arduamente, poupar, investir, pagar impostos justos para nos autodesenvolvermos; cumprirmos com os nossos compromissos, porém, sem imposições desumanas; assumirmos as nossas responsabilidades é um dever das pessoas e sociedades honradas; é essencial negociar, honesta e humanamente o respetivo encargo; é necessário que tenhamos condições condignas para produzir e consumir os nossos produtos.

É possível ultrapassarmos as dificuldades normais, mas acrescentar mais obstáculos implica uma redução das capacidades “anímicas” para a participação na criação de cada vez mais prosperidade, de forma sustentada e irreversível.

É profundamente injusto, e extremamente perigoso, nivelar-se tudo e todos por baixo e, pelo contrário, pelo menos que se sensibilize, quem muito já tem, a doar um pouco mais, a quem cada vez menos tem, está mais pobre. Isto não só é prosperidade como também solidariedade.

E se a solidariedade, a amizade, a lealdade, a consideração, a estima, o respeito, a reciprocidade e toda a axiologia protetora da dignidade humana são fundamentais nas relações interpessoais, então para o sucesso do coletivo societário serão, igualmente, essenciais, mas para isso é necessário fixar, a partir de “ontem” o grande ideal humanista, traduzido no objetivo de se alcançar a Prosperidade Progressiva Sustentável.

Trata-se de um ideal que está acessível ao coletivo, porque as faculdades humanas quase não têm limites, as capacidades, a todos os níveis, são imensas e a determinação para vencer obstáculos naturais também já tem sido demonstrada.

A estratégia para se alcançar a “Prosperidade Progressiva Sustentável” é muito simples: criar as condições mínimas para que todos, sem exceção, possam trabalhar, produzir, consumir e os resultados positivos, rapidamente, surgirão, portanto, “mãos-à-obra” caros concidadãos: governantes e governados; empresários e trabalhadores; professores e alunos; crentes e não-crentes. TODOS, sem exceções.

 

NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2023

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente Vitalício (Não Executivo) do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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domingo, 19 de novembro de 2023

A Disputa dos Poderes Democráticos.

A Democracia é um regime político que, em princípio, mais se abre à participação dos cidadãos, muito embora apresente diversas fragilidades, desde logo: a dificuldade na organização de equipas, (principalmente a nível do Poder Local das Freguesias) que, concorrentes aos diferentes órgãos do Poder, seja este legislativo e/ou executivo, à partida possam dar algumas garantias de sensibilidade social, conhecimentos, experiência e disponibilidade.

 A título de enriquecimento, inclui-se o Poder Moderador ou Magistratura de Influência, que é exercido, unipessoalmente, pelo Presidente da República. Este Órgão de Soberania, muito discreto, mas fundamental na democracia, para além das responsabilidades: nacionais, internacionais; desenvolve ações de promoção de consensos, estabelece pontes, medeia conflitos institucionais, entre muitas outras elevadas e nobres funções constitucionais.

O bom funcionamento da Democracia implica o envolvimento dos cidadãos, integrados em forças políticas, constitucionalmente denominados partidos políticos, movimentos cívicos, grupos de cidadania, organizações de cidadãos independentes, entre outras designações, para concorrerem aos diversos órgãos do poder colegial legislativo e executivo, no âmbito nacional e europeu.

A única eleição para um órgão do poder unipessoal é para a Presidência da República, para o qual concorrem, isoladamente, cidadãos que reúnam determinadas condições, desde logo a idade que, constitucionalmente, estabelece os 35 anos. Claro que há outros órgãos do poder, como os Tribunais, Provedor de Justiça, Tribunal Constitucional, Supremo Tribunal Administrativo, entre outros, para cujos cargos também há eleições, interpares, e escolhas democráticas, muito específicas, e nas quais não participam, diretamente, os cidadãos.

Importa, nesta reflexão, concentrar a atenção na disputa dos poderes: presidenciais, legislativo, executivo, autárquico e europeu, porque: quer a organização das listas, quer os objetivos, quer as estratégias e os recursos, para se tentar alcançar a vitória são diferentes; todavia, os decisores que vão contribuir para o êxito de uns e o insucesso de outros são sempre os mesmos: os cidadãos eleitores.

 Indica, portanto, todas as pessoas maiores de dezoito anos, que não estejam impedidas do exercício da cidadania plena, o que significa estarem nas plenas capacidades, legal e psicológica, para exercerem os seus deveres e direitos cívicos. No término, é o povo anónimo que decide o seu próprio destino, nos vários níveis dos poderes democráticos, constitucionalmente consagrados na Lei Fundamental e legislação complementar, reguladora dos respetivos processos eleitorais.

Partindo-se de um “lugar-comum” (principalmente sob o ponto de vista de quem viveu mais de duas décadas num regime totalitário e depois mais de quatro dezenas num sistema democrático), segundo o qual, não haverá democracia sem partidos políticos, a verdade é que estas instituições são constituídas por pessoas, que têm as suas próprias opiniões, que sabem e querem viver num regime plural (numa perspetiva de uma análise generalista), que possuem, ou não, os seus valores político-ideológicos e, portanto, com posições definidas, é indispensável que nunca se perca o respeito pelos cidadãos: quer sejam considerados individualmente; quer enquadrados nas organizações políticas.

O Poder Político tem de estar sempre ao lado do povo, autonomamente, livre das ideologias dos diversos detentores, estes não devem, em circunstância alguma, servir-se da boa-fé e generosidade do povo para, depois de eleitos, ignorarem as dificuldades de quem os elegeu, e/ou, pior do que isto, agravarem, ainda mais, as condições de vida das comunidades, com destaque para aqueles grupos mais vulneráveis, crianças, desempregados reformados, pensionistas, idosos, excluídos da sociedade por um qualquer preconceito ou situação.

Quando assim acontece, ou seja, quando os titulares de cargos públicos, alcançados por votação democrática, não cumprem o que prometeram, ou escusam-se a melhorar as condições de vida dos seus eleitores, no fundo estão: não só a revelar incumprimento da palavra dada; mas também, a atraiçoar o maior partido que existe em qualquer parte do mundo: Os Cidadãos.

Com esta preocupação, e como linha de orientação, considera-se que seria inadmissível dividir a sociedade em: cidadãos de primeira, de segunda ou terceira categorias, porque cada pessoa, no pleno exercício das suas prerrogativas cívico-políticas, vale um voto, independentemente do seu estatuto socioprofissional, político-religioso, cívico-cultural, económico-financeiro.

Em concreto, e objetivamente, tanto vale o voto: do rico como do pobre; do letrado como do analfabeto; do doutor como do sapateiro; ou seja, o princípio máximo, legítimo, legal e justo será, logicamente: uma pessoa, um voto, logo, são os cidadãos que decidem quem os deve governar.

Neste contexto democrático, é essencial que os cidadãos, candidatos ao exercício do poder, num determinado órgão do sistema político, tenham especial cuidado no desenvolvimento de todo o processo eleitoral: desde logo, por respeito aos cidadãos; depois, por uma questão de cumprimento de regras, princípios, valores, projetos.

 Nesse sentido, devem analisar com os eleitores as suas próprias ideias, estratégias, métodos e recursos, porque é tudo isto que se torna verdadeiramente importante, é sobre estes aspetos que os cidadãos têm o direito de ser esclarecidos: com lealdade, com exatidão e com solidariedade.

 

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Venade/Caminha – Portugal, 2023

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domingo, 12 de novembro de 2023

Cultura: motor do desenvolvimento social e económico.

 A cultura é, indiscutivelmente, um fator dinâmico, exclusivo ao desenvolvimento humano. Refletiu-se que o senso-comum a interpreta como sendo própria de quem tem muitos conhecimentos, a cultura elitista e/ou intelectualizada, também se abordou com mais profundidade a cultura na sua dimensão antropológica, ancestral que, talvez esteja a ser um pouco esquecida e/ou ignorada.

Não se abordou a cultura na sua aplicação institucional que, de igual forma, é importantíssima no desenvolvimento social e económico em geral, bem assim como de quaisquer outras organizações. Conhece-se, hoje, a necessidade de qualquer trabalhador: não só conhecer, como também exercer uma cultura de espírito de empresa/instituição onde trabalha. Trata-se de outro tipo de cultura que, seguramente, trás mais-valia para as partes envolvidas.

Qualquer administração não pode desvalorizar, muito menos deixar de implementar uma cultura de dignificação dos seus recursos humanos, voltados para objetivos, que a todos beneficiem. Os seus recursos humanos, nunca podem ser ultrapassados e subestimados por quaisquer outros: máquinas, infraestruturas ou financeiros.

Os seus trabalhadores têm de possuir uma cultura, também eles ao nível empresarial. Em boa verdade: «cultura da valorização do factor humano: por incrível que possa parecer a quem não está habituado a conviver em ambientes empresariais, a grande maioria das organizações valoriza mais as estruturas, os equipamentos, os processos do que as pessoas.»  (RESENDE, 2000:146). 

E, no final, os resultados, em falências e encerramentos, estão à vista. Tem sido difícil implementar uma mentalidade de formação integral da pessoa, ficando-se muitas vezes por uma formação profissional que torna o trabalhador equivalente a uma qualquer máquina robotizada. A formação do “Saber-ser”, Saber-estar”, “Saber-conviver-com-os-outros” é prejudicada em favor do, apenas, “saber-fazer”. País que ignora o seu passado, a sua cultura, os seus valores, os seus usos, costumes e tradições, é um país morto, sem memória.

 

Bibliografia

 

RESENDE, Enio, (2000). O Livro das Competências. Desenvolvimento das Competências: A melhor Autoajuda para Pessoas, Organizações e Sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark

 

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domingo, 5 de novembro de 2023

Intervenção municipal nas atividades culturais e desportivas.

 

O desenvolvimento da maioria das sociedades faz-se a partir de diversos mecanismos institucionais, contudo, quaisquer que sejam as estratégias, a inclusão da educação, da formação e do emprego são indispensáveis: quer para o indivíduo; quer para a família; quer para a comunidade.

O investimento nos recursos humanos será, porventura, o que a médio prazo mais benefícios proporciona e, quanto mais cedo se adotar esta metodologia na vida das pessoas, mais rapidamente se conseguirá alterar mentalidades e alcançar os objetivos que as comunidades modernas desejam que se consubstanciariam, em bem-estar geral, no bem comum.

Na qualidade de instituição interventora social, uma Câmara Municipal em parceria com as entidades já referidas, assumindo uma função coordenadora e também como entidade que vai subsidiar um determinado projeto social, seja para uma pessoa, família, grupo ou comunidade, deve rodear-se de toda a informação verdadeira, sem favoritismos, simpatias ou quaisquer outras particularidades, decidir com justiça, com nobreza de carácter e com absoluto respeito pela dignidade das pessoas, famílias, grupos e comunidade carenciados, sem exigir nada em troca, e no mais rigoroso respeito pela vida privada dos beneficiários.

A intervenção municipal nas atividades culturais e desportivas, bem como na preservação dos patrimónios natural e construído, terá tanto melhores resultados, quanto o executivo camarário souber efetivar as necessárias parcerias, com as instituições interessadas neste domínio, desde logo e uma vez mais: Juntas de Freguesia, associações, coletividades e os dignitários das Igrejas, em cada paróquia do concelho e outros locais do culto.

 É importante não esquecer que o património arquitetónico, a arte sacra e a cultura que resultam dos atos do culto religioso, ao longo dos séculos, (aqui com destaque para a Igreja Católica e outras importantes religiões), constituem uma dimensão de grande significado nacional e local, que, embora pertencendo à instituição religiosa – Igreja Católica –, não deixa de ser património que, todos os crentes podem usufruir (e têm usufruído) livremente, aliás, seria suficiente recordar as tradicionais romarias populares, com as duas vertentes essenciais: atividades sagradas; atividades profanas, umas e outras sempre comparticipadas e vividas intensamente pelas populações, turistas e crentes mais convictos.

Preparar as novas gerações com as ferramentas da integração, numa sociedade em permanente competição e mutação, é um desígnio universal que, sendo cumprido, vai beneficiar a humanidade em geral, em qualquer parte do mundo onde existam seres humanos.

Naturalmente que nenhuma entidade pública, ou privada, se deve sobrepor às instituições tradicionais: com mais autoridade técnica, com mais influência na educação-formação dos jovens, ainda que, os responsáveis por tais instituições, provavelmente, nem sempre tenham especialização adequada para educar-formar para certas atividades, o que a verificar-se, terão de intervir, em tempo oportuno, as organizações públicas e privadas, especializadas nos diversos domínios da socialização.

Portugal vem beneficiando de um permanente aumento de pessoas muito experientes, com imensos conhecimentos, bem como uma generosa vontade de continuarem a servir o país, as suas comunidades, as famílias e a elas próprias, obviamente. A ideia errada, injusta e já de triste memória, segundo a qual, uma pessoa aos cinquenta anos (ou menos, trinta e cinco, quarenta, etc.) é nova para se aposentar, mas velha para trabalhar, revela bem a mentalidade injusta que se tem implementado na sociedade portuguesa.

Ninguém é velho, nem novo, para coisa nenhuma, quando existe uma política de valorização, respeito e rentabilização dos recursos humanos, direcionados para o que cada um sabe fazer melhor, com entusiasmo e com responsabilidade.

O apoio ao comércio, indústria e turismo, que as autarquias poderiam (e deveriam) dar, seria de natureza diversa, obviamente não em subsídios, ou quaisquer contrapartidas monetárias, mas em melhoramentos públicos diversos: a manutenção de uma boa rede viária, funcional, limpa e segura, poderá ser uma primeira medida a que outras se seguirão; saneamento básico; rede de água ao domicílio em quantidade e qualidade; vias de circulação amplas e suficientemente iluminadas; parques de estacionamento confortáveis e seguros; boas acessibilidades para e das aldeias e municípios limítrofes, às autoestradas e vias rápidas; às cidades e vilas vizinhas de Portugal e de Espanha.

Pugnar, também, por uma boa cobertura em transportes públicos de e para a sede do município, em ligação com as localidades adjacentes, também com o exterior, em articulação com outros transportes e horários, a partir da sede do Concelho.

 

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domingo, 29 de outubro de 2023

As Dimensões Social e de Carácter do Homem Executivo.

 A parceria Escola-Família, ou vice-versa, a ordem não parece relevante, e/ou influenciadora dos resultados, ainda que na perspetiva temporal a família surja em primeiro lugar é, portanto, insubstituível, não necessariamente a única. O cidadão-executivo que urge formar, com o objetivo da satisfação social, ao nível das pequenas e grandes sociedades, será extremamente enriquecido com a aprendizagem que receber daquelas duas instituições e, na verdade, facilmente se reconhece a pessoa que é educada no seio de uma família equilibrada, de valores, em conjugação e parceria com uma escola imparcial, ideologicamente neutra.

Mas também é verdade que há muitas pessoas que, não obstante serem educadas no seio de famílias de bem, transformam-se, por razões diversas, em autênticas “criaturas-bestiais”, insensíveis, egoístas, ingratas, desleais, sem os valores civilizacionais e de boa convivência. Tornam-se narcisistas e egocêntricas, não sendo por culpa das boas famílias de onde provêm.

Infelizmente, tais “criaturas-bestiais”, ainda estarão à frente de muitas organizações, seja de carater cultural, cívico, político, religioso ou de outra natureza, com todos os prejuízos para quem depende de tais instituições. Naturalmente que essas “criaturas”, deveriam ter a humildade de reconhecer o quanto são nocivas, indesejáveis e tentarem aprender, interiorizar e praticar os genuínos princípios, valores e sentimentos, tão necessários, em muitas instituições, de solidariedade social, bem como noutros setores da vida em sociedade.

Num destes cenários, ganha relevância, e pertinência a formação de executivos competentes e sensibilizados, ou não, respetivamente, para a resolução de situações sociais difíceis, muitas das quais inaceitáveis, num mundo que se pretende mais justo e fraterno. Também aqui a prudência é uma arma poderosa.

A formação do executivo social, pressupõe, sem menosprezo por quaisquer métodos, conteúdos e avaliações noutras especializações, uma educação e formação especiais, dir-se-ia, únicas, porque compreender e resolver situações que afetam a dignidade humana, é bem diferente de realizar quaisquer outras intervenções materiais.

A pessoa humana está acima dos objetos, de outros animais e de outros interesses. A resolução de situações de carências diversas, não são compatíveis com realizações que visam, muitas vezes, o culto personalista de uma alegada entidade, ou a autopromoção de quem pretende destacar-se dos seus iguais, mas sem quaisquer méritos de humildade e respeito pelo próximo.

 É com tais preocupações que a educação e formação se revestem de características muito especiais, requerendo, ainda:

«1. Um certo ambiente, um clima social cristão. De pouco serviriam belos princípios, se o ambiente que se respira na família, colégio, paróquia, clube, cinema, imprensa, etc., são opostos à doutrina social cristã;

2. Abertura aos outros. Descobrir ao ‘outro’ na nossa vida e esta descoberta nos leve a preocupar-nos e sentirmo-nos responsáveis por ele. Manifestação concreta do sentido social cristão é, sobretudo, sentir um vivo interesse pelos outros, pela situação concreta em que vivem os irmãos. Os problemas dos outros devem chegar a ser problemas de cada um;

 3. Sentido Social. Esta abertura aos outros não pode ficar em uma compaixão que leve talvez à beneficência e à pura assistência de indivíduos concretos para que seja uma abertura com verdadeiro sentido social tem que promover o desenvolvimento humano e orgânico da sociedade e da paz em todos os níveis da convivência. A educação no sentido social supõe despertar a sensibilidade para todos os problemas que afectam a vida dos homens e suscitar uma atitude de colaboração e sacrifício pelo bem comum;

4. Educação da liberdade: (...). Isto implica a educação do homem para que no exercício dos seus deveres e direitos, proceda por decisões pessoais, fruto da própria convicção, da própria iniciativa do próprio sentido de responsabilidade, mais que por coacção, pressão, ou qualquer forma de imposição externa (...);

5. Virtudes sociais. (...) uma actuação livre e responsável exige uma série de virtudes, sobretudo daquelas que são o fundamento de toda a vida cristã (...). E junto a estas, a sensibilidade social para os problemas dos outros, a responsabilidade em tudo quanto se realiza, a tolerância e respeito à opinião dos outros, a solidariedade e sentido de equipe, contra o individualismo, a veracidade e sinceridade, a lealdade, o civismo.» (GALACHE-GINER-ARANZADI, 1969:17-18).  

A circunstância do cidadão-político ser eleito democraticamente, para um determinado cargo executivo, por si só, não lhe confere plena legitimidade decisória, se não estiver dotado de diversos conhecimentos, habilidades, experiências e, fundamentalmente, sensibilidade, respeito, solidariedade, amizade e lealdade, para com aqueles que sofrem as injustiças, que vivem em permanente carência de diversos recursos, que são hostilizados por serem pobres, qualquer que seja a natureza da sua pobreza: espiritual, material, liberdade, fraternidade e igualdade.

Em bom rigor: «A dimensão social do homem, que se pretende no cidadão do futuro, terá em conta a promoção do pleno desenvolvimento da personalidade de cada um, precisamente no quadro de uma sociedade assente na formação integrada, baseada nos valores humanos, com relevância para a dimensão pessoal e comunitária de cada indivíduo, direccionada para o exercício responsável, para a igualdade de oportunidades e de interesses, numa abertura para um futuro de qualidade, no respeito pelos direitos e deveres humanos, com observância pela solidariedade para com o outro e com o mundo, pelas ideias e pela consciência dos demais, numa permanente atitude de flexibilidade e de compromisso, na construção da fraternidade entre os homens e os restantes seres da natureza, ou seja, uma total cumplicidade ecuménica que conduza ao bem-comum.» (BÁRTOLO, 2009:99).

 

Bibliografia

 

BARTOLO, Diamantino Lourenço Rodrigues de, (2009). Filosofia Social e Política, Especialização: Cidadania Luso-Brasileira, Direitos Humanos e Relações Interpessoais, Tese de Doutoramento, (Curso Livre), Bahia/Brasil: FATECTA – Faculdade Teológica e Cultural da Bahia.

GALACHE – GINER – ARANZADI, (1969). Uma Escola Social. 17ª Edição. São Paulo: Edições Loyola

 

 

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domingo, 22 de outubro de 2023

CULTURA DA INTERDISCIPLINARIDADE.

 Os avanços científicos e tecnológicos são dois vetores fundamentais para o progresso e bem-estar das pessoas e da humanidade, e quanto mais forem acompanhados pelo pensamento reflexivo e profundo, melhores serão os resultados. O ser humano, em parte, continua um mistério, na vida e na morte e esta é a convicção da maioria das pessoas, em todo o mundo religioso.

E se a ciência e a tecnologia não devem intrometer-se nesta dimensão, algo misteriosa, também a fé e a religião não terão condições materiais para colocar em dúvida os resultados a que aquelas vão chegando. A alternativa consiste numa de duas soluções: complementaridade ou divergência.

Optar pela primeira alternativa – complementaridade – afigura-se a mais correta, sem prejuízo por outras opiniões, mais fundamentadas, como é óbvio. De resto, o ser humano não é só dimensão religiosa, nem dimensão corpórea, e nesta incluídos os aspetos técnicos e científicos, é tudo isto e muito mais, ainda que em momentos e contextos diferentes.

Desvalorizar uma das muitas dimensões do homem significa amputar-lhe um pouco da sua cultura, que constitui, afinal, toda a sua riqueza e diferença em relação ao resto da natureza existente, e conhecida na terra. Dificilmente se poderá imaginar o homem inculto, seja na perspectiva antropológica, seja no conceito elitista, porque pelo menos uma daquelas culturas será possível detetá-la. Evidentemente que a dimensão cultural é, apenas, uma entre diversas outras, igualmente importantes.

A vida humana só faz sentido quando vivida em todas as suas dimensões ou, pelo menos, com mais intensidade numa delas, todavia, o ser humano poderá tentar melhorar o seu desempenho, mais numas do que noutras, sendo, todavia, certo que dificilmente, alcançará a perfeição.

Na verdade, todas as dimensões humanas acabam por identificar e distinguir o ser humano, dos restantes seres da natureza e, seguramente, o homem, tem plena consciência do poder que a cultura lhe confere, desde logo em toda a sua pessoalidade.

Com efeito: «Tornar-se pessoa não é meramente integrar-se às pautas de conduta e de valores predominantes, assumindo a responsabilidade, deveres e direitos que se reconhecem às pessoas (não a todos os indivíduos); é também ter consciência da sua singularidade enquanto sujeito e agente de sua vida. Outro tanto acontece com a individuação. Tornar-se indivíduo é algo mais que saber-se único e intransferível; é também reconhecer-se no outro como ente semelhante na diferença. O indivíduo é consciente de sua diferença na sua semelhança com os outros. » (ROMERO, 1998:73).

Será, portanto, nesta cultura de interdisciplinaridade, de conjugação das várias dimensões, que uma sociedade mais compreensiva poderá desenvolver-se, justamente a partir do homem cultural, com todos os seus valores, presentes e passados, adaptando aqueles a um novo tempo, mantendo outros e, se possível, reforçando-os. O caminho para se instaurar uma cultura para a vida não será fácil, e se o seu início poderá ser apontado, logo na família, o seu fim talvez não se vislumbre, porquanto ele poderá entender-se como uma herança que passa de geração em geração.

A pessoa, culturalmente interessada numa sociedade melhor, certamente, terá de abdicar de algumas práticas e pensamentos que, eventualmente, não se ajustam a estes tempos modernos, onde todos clamam por melhores condições de vida, mas poucos contribuem para tal objetivo, principalmente aqueles que teriam todos os recursos e capacidades intelectuais e, elitistamente, culturais para o fazer.

Significa isto que, uma cultura para a vida constrói-se de cima para baixo, de quem governa para quem é governado, seja qual for o setor dessa governação, porque investindo-se na educação, na formação e na cultura, os governados conseguem adquirir hábitos que os conduzem a melhores situações de vida.

Claro que aqui surge esta dificuldade: muitas vezes quem governa, também não está culturalmente preparado para governar e, inevitavelmente, as condutas menos boas, partem, justamente, de tais pessoas. Entra-se, então, num círculo vicioso, que é necessário romper com ele. Como? Sensibilizando todas as pessoas de boa-vontade, independentemente da idade, estatuto e poder, para desencadearem o projeto cultural, que conduzirá à elaboração de boas-práticas, e a objetivos consentâneos com uma sociedade civilizada: da mais pequena aldeia ou bairro à maior cidade ou área metropolitana. Na sua origem, devem intervir as famílias, a Igreja e as Escolas, pelo menos.

Institucionalizar: numa sociedade em particular; e no mundo em geral, uma cultura para uma vida digna, de respeito, tolerância e entreajuda entre os cidadãos é um projeto que se reconhece extremamente ambicioso e, eventualmente, utópico, tanto mais difícil de concretizar, quanto menos a sociedade estiver preparada, todavia, as dificuldades não devem constituir obstáculo para a desistência.

O homem continua a ter uma imensidão de potencialidades, que é necessário explorá-las e passá-las a atos concretos. A intolerância só tem conduzido à explosão da violência em todo o mundo, com consequências dramáticas para as populações inocentes, sofrimento atroz para crianças, idosos, mulheres e pessoas indefesas.

O homem não se tem revelado em todo o seu esplendor, ainda que se considerem os grandes avanços científicos e técnicos, porque os conflitos, a guerra, a exclusão e a fome continuam presentes em todo o mundo. Então deve-se perguntar: que cultura pode a humanidade esperar para a sua vida?

A esperança, enquanto atitude positiva de perspectiva futura, deverá acompanhar cada pessoa, cada grupo, cada comunidade e a sociedade global, portanto importa acreditar num mundo melhor, apostando na valorização das pessoas, pelos valores culturais. É com um pensamento otimista que melhor se poderá construir um futuro mais justo, uma sociedade que, verdadeiramente, respeite a dignidade humana.

Acreditar numa vida humana diferente, para muito melhor, daquela que milhões de pessoas continuam a ter, é um imperativo que se exige, justamente pela preparação cultural, nas suas diversas vertentes. Certamente que haverá outras soluções, igualmente viáveis e, provavelmente, com a previsão de melhores resultados, todavia, o princípio do qual se deve partir poderá ser o mesmo.

Na verdade: «A vida humana se distingue da dos animais e dos outros seres viventes pelos níveis espirituais que atinge e pelas dimensões sociais que alcança: por isso se pode falar em vida espiritual, vida intelectual, vida social, vida política, etc. (…) Ele pode elaborar o seu próprio conceito de vida perfeita e é por essa vida que ele sente um fascínio ardente. O homem é dono da própria vida, pode em larga escala controlá-la, dirigi-la, aperfeiçoá-la. » (MONDIN, 1980:60).

 Uma cultura para a vida verdadeiramente digna passa, indiscutivelmente, pela luta por um aperfeiçoamento constante, em todas as dimensões que são específicas do ser humano, onde todas as pessoas se saibam respeitar, compreender e ajudar. Passa por uma educação bem precoce, no seio das instituições com mais influência na vida de cada um – família, Igreja, escola, coletividade, empresa, comunicação social, entre outras -, pese, embora, a circunstância de se verificar, em certos meios e mentalidades, alguma desvalorização daquelas instituições, concretamente, das famílias.

 

Bibliografia

 

MONDIN, Battista, (1980). O Homem quem é ele? Elementos de Antropologia Filosófica, Tradução, R. Leal Ferreira e M. A. S. Ferrari; revisão de Danilo Morales, 3ª Edição, São Paulo: Edições Paulinas. (Coleção Filosofia 1)

ROMERO, Emílio, (1998). As Dimensões da Vida Humana: Existência e Experiência, São José dos Campos: Novos Horizontes Editora.

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2023

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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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domingo, 15 de outubro de 2023

DEGRADAÇÃO DO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS.

               O progresso da humanidade tem estado dependente do maior ou menor avanço de algumas áreas do conhecimento e da técnica, conjugadas com dimensões ético-morais, que integram a matriz humana. Muitos, e significativos, têm sido os contributos fornecidos ao mundo humano, pelas ciências em geral: medicina, biologia, genética, engenharia, arquitetura, filosofia, direito, ciências sociais e humanas; como também pelas tecnologias, hoje, algumas delas, denominadas de ponta.

Os dois extremos – o do bem e o do mal – têm sido alcançados, todavia, o esforço das organizações políticas, empresariais, científicas, filosóficas, religiosas, tecnológicas e de solidariedade, entre outras, igualmente envolvidas, tenta aproximar-se do maior bem possível, e afastar-se do mal, ainda que do menor mal.

O mundo vive neste equilíbrio, que até já houve quem o considerasse como o “equilíbrio do terror”, ou seja, se um grupo, ou nação, desenvolve, por exemplo, uma determinada arma de destruição, logo o outro grupo ou país, se envolve na construção de uma outra arma, ainda mais poderosa e eficaz do que aquela e, nesta competição horrorosa e sequencial, todos se respeitarão uns aos outros, na circunstância, pelo medo, pelo terror, proporcionando assim um equilíbrio precário, mas que se vai mantendo, embora, e infelizmente, com algumas exceções.

Uma das grandes ameaças que paira sobre o mundo habitado, que é a Terra, conecta-se com o crescente agravamento da escassez de certos recursos naturais – água potável, petróleo, floresta, sementes, espécies animais, entre outros –, bem como à deterioração do meio ambiente atmosférico, terrestre e hídrico.

A proteção do ambiente, e a racionalização do consumo dos recursos naturais, são medidas que qualquer responsável político, e/ou empresarial, seja qual for o seu nível de intervenção, deverá tomar de ora em diante, sob pena de, em poucas décadas, haver um colapso, para o qual ele contribuiu, ainda que involuntariamente, e com uma quota-parte insignificante.

Naturalmente que o decisor político, ao nível da legislação, terá as maiores e principais responsabilidades, porque no quadro das competências políticas executivas, apenas duas opções se lhe oferecem: cumpre ou não cumpre a lei, porém, esta tem de existir validamente.

A preservação do melhor ambiente ecológico é, cada vez mais, uma medida estratégica, de grande alcance social, político e humano, na medida em que: «O ambiente continua a degradar-se, exigindo-nos uma resposta radical e uma mudança fundamental em termos de vontade política. O ambiente não é uma consideração secundária à margem da realidade económica: o ambiente afecta de forma directa a saúde, a qualidade de vida e o futuro de cada cidadão (…). Abundam as informações científicas que comprovam a destruição infligida no ambiente. O desafio diz-nos respeito a todos: responsáveis políticos, bancos, empresas e particulares. Os sectores públicos e privado têm de cooperar. Fazer das questões do ambiente um elemento central da nossa política económica é tão importante como qualquer outra acção política da comunidade.» (Cf. PALEOKRASSAS, 1993).

O ser humano pode, na sua vida quotidiana normal, e garantindo a melhor qualidade, dispensar muitos produtos, evitar, ou mesmo reduzir, os efeitos de certas situações que causam impacto negativo na natureza; todavia, não pode viver sem alguns recursos naturais como: o oxigénio contido no ar que a todos envolve; a água para consumo humano, obviamente, de boa qualidade; e, face às exigências da vida moderna, outros bens e serviços, direta, ou indiretamente, dependentes dos recursos naturais, como a energia elétrica, os combustíveis, os alimentos extraídos da terra e do mar.

Naturalmente que há pessoas que desejam e podem: utilizar uma roupa de determinada marca, ou sem qualquer referência; calçar uns sapatos confecionados com produtos naturais, provenientes do abate selvagem de animais; viajar numa viatura topo de gama, ou numa outra mais modesta e económica; viver num palácio ou numa casa com o conforto suficiente; poderão ser aspetos que, num contexto de agravamento da situação mundial do ambiente, todos terão a obrigação de sobre eles refletir e encontrar soluções para, não abdicando totalmente de certos objetos e situações, pelo menos sejam minimizados os efeitos da sua suspensão ou eliminação.

Acredita-se que neste domínio, também a educação terá um papel decisivo: numa primeira fase, como instrumento privilegiado para transmitir conhecimentos sobre o ambiente; depois, encetar um processo de sensibilização para estas questões. A educação ambiental, a par de outras disciplinas, módulos e ações de formação, será a iniciativa por excelência para, a muito curto prazo, todos estarem preparados para o combate à poluição, qualquer que ela seja.

Atualmente existem muitas preocupações, a diversos níveis, sobre a vida humana: como o combate à exclusão social, à fuga aos impostos, ao fortalecimento das economias, aos avanços científicos e os tão apregoados choques tecnológicos, fiscais e muitos outros rótulos impactantes.

Paradoxalmente, pouco se fala na melhoria das condições de vida das pessoas, também a partir da melhoria do ambiente natural. O combate contra a poluição começa, portanto, em cada cidadão, todavia, os exemplos maiores, com impacto e eficácia, devem partir das grandes potências industriais mundiais, dos políticos que legislam, executam, fiscalizam e sancionam.

Nessa direção nos apontam os estudiosos: «É necessário que se alterem hábitos adquiridos e que sejam despertadas outras atitudes de respeito e preocupação, com o ambiente. O planeta não é nosso; foi-nos entregue e cabe-nos devolvê-lo em bom estado aos nossos filhos. Nesse sentido assume uma importância fundamental a Educação Ambiental a qual está intimamente ligada à promoção de elevados níveis de qualidade de vida no futuro. Ela é, pois, uma prioridade de qualquer sociedade.» (GIRÃO & GRÁCIO, 1995:109, Vol. II).

 

Bibliografia

 

GIRÃO, José Manuel dos Santos; GRÁCIO, Rui Alexandre, (1996) Área de Integração, Vol. III, Ensino Profissional, Nível 3, Porto: Texto Editora, Ltda.

PALEOKRASSAS, Yannis, (1993). “Passar das Palavras aos Actos”, in: folheto “Em Defesa do Ambiente”, Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias.

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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