sábado, 30 de julho de 2022

Entre Frontalidade e Bajulação.

«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades.» (CAMÕES, Luiz Vaz, "Sonetos”) in: http://www.citador.pt/poemas/mudamse-os-tempos-mudamse-as-vontades-luis-vaz-de-camoes  não é novidade, porque já há muitos séculos, assim afirmava um dos maiores e imortais poetas portugueses: Camões.

 Indiscutivelmente que ao longo dos tempos a sociedade, globalmente considerada, vai alterando princípios, valores, sentimentos, comportamentos, objetivos, adaptações, estratégias, recursos e intervenientes, para, alegadamente, conseguir viver com mais e melhor qualidade de vida.

É legítimo e justo que assim seja? Talvez. Todavia, nem sempre é legal, e muito menos correto, que tudo valha, porque não vale tudo, para se alcançarem resultados à custa de pessoas que ficam prejudicadas, precisamente, pela utilização de “esquemas” obscuros e inconfessáveis, ainda que, não passem despercebidos aos olhos de quem está atento a determinadas manobras adulatórias.

Nesta eventual contextualização, os desideratos materiais, parece que cada vez mais se sobrepõem: aos sentimentos, aos valores ético-morais, aos mais elementares princípios da boa-educação, à solidariedade que, em determinadas circunstâncias, devemos manifestar, e também à lealdade que é devida para com quem tem idêntico comportamento connosco e, já agora, a retribuição de afetos, nomeadamente, a amizade, tudo isto com a máxima Frontalidade, sem processos nem subterfúgios bajulatórios.

É sabido que uma parte, eventualmente, significativa da sociedade, aprecia muito ser bajulada, receber atenções de outras pessoas, no sentido de lhes dar notoriedade, importância e um estatuto que, quantas vezes, não possuem, de resto, nem sequer têm a formação educacional e socioprofissional para serem “glorificadas”, por isso, tais pessoas, que se deixam e gostam de ser aduladas, normalmente com hipocrisia, por parte de quem lisonjeia, afinal, não passam de “bobos da corte”, quais palhaços de circo, que nos fazem “rir às gargalhadas”.

O recurso ao elogio interesseiro, feito por alguém, a outra pessoa, nem sempre é verdadeiro, principalmente quando por detrás dele existe algum objetivo, menos claro, para não dizer, ilegítimo, e/ou ilegal, então é possível enquadrá-lo na Bajulação que, nestas circunstâncias, carece, portanto, de sinceridade, Frontalidade, e por que não, de muita coragem.

Por vezes, bastantes pessoas, como que se colocam em “bicos de pés” para serem vistas, para chamarem as atenções, parta se “afirmarem”, para adularem a quem, eventualmente, vão, de seguida, trair, aqui no conceito de falsear o que fazem e dizem, em benefício de interesses próprios.

A Frontalidade, por vezes, implica uma responsabilidade acrescida, na medida em que envolve, possivelmente, a coragem de se dizer e fazer o que, verdadeiramente, se pensa. Esta assertividade, deve ser sempre utilizada, principalmente, entre pessoas amigas, que se querem muito bem, porque perante adversários, inimigos, impostores e pessoas em relação às quais não existe nenhuma afetividade, o mais normal, para quem não está de boa-fé, é que sinta prazer na desgraça alheia.

Os verdadeiros e incondicionais amigos, a começar na família, são sinceros, não precisam de recorrer à Bajulação, à hipocrisia cínica e, pelo contrário, eles como que se protegem, criticando, corrigindo, dando sugestões e soluções, acompanhando todos os passos possíveis, sem o significado de controlo, para que o amigo não caia no ridículo, nos perigos das companhias comprometedoras, e nos aviltamentos mundanos.

Quem não é autenticamente amigo, mas deseja tirar proveitos de alguma pessoa conhecida: seja ela um familiar; um colega de trabalho; seja um detentor de um determinado cargo, estatuto ou posição social; ou de qualquer outra situação, recorre à Bajulação, ao elogio “balofo”, à subserviência exagerada, ao comportamento típico do “lambe-botas”, para dar nas vistas e conseguir o que pretende, para si próprio, familiar ou algum amigo.

É certo, infelizmente, que na atual sociedade, muitas pessoas têm de recorrer à Bajulação, à prática de atos humilhantes, à cedência de pedidos indecentes, para conseguirem algum proveito, resolver algum problema, lamentavelmente, em vários setores, de algumas das atividades societárias, entre outras: emprego, saúde, formação, habitação, benefícios sociais, habilitações académicas e sabe-se lá que mais.

Com efeito: uma palavrinha elogiosa, nem sempre sincera, um gesto insinuante, um olhar comprometedor, realmente, podem fazer toda a diferença, pelo menos numa determinada situação concreta, tendo um objetivo bem definido e, por vezes, quem recebe uma destas manifestações, qual “pinga-amor” deixa-se influenciar e decidir a favor de tais pessoas “intrujonas”.

Mas a Bajulação não se fica pela estratégia de querer “viver bem com Deus e com o Diabo”, “agradar a Gregos e a Troianos”, e/ou a “servir a dois amos ao mesmo tempo”. Há setores da vida em sociedade, onde ela, a Bajulação, é, deploravelmente, muito utilizada, seja na progressão nas carreiras profissionais, seja para favorecimentos pessoais na família, amigos e conhecidos, seja, ainda, para uma qualquer desresponsabilização, por algo errado que se fez na vida.

Na atividade política, são muitos os candidatos a ocuparem cargos político-institucionais, através de eleições, e que durante as campanhas eleitorais, recorrem a todos os expedientes possíveis e imaginários, para captarem a simpatia dos votantes e, consequentemente, o respetivo voto para, depois de concluído o processo eleitoral, tudo ficar na mesma ou, por vezes, bem pior, ressalvando-se, naturalmente, muitas e honrosas exceções.

Nestas circunstâncias, e aquando do contacto dos candidatos com o eleitorado, teria havido total sinceridade, nos apertos de mão, nos abraços, nos beijinhos, nas palavras elogiosas, nas promessas, ou tudo isto não passaria de mera Bajulação, de uma estratégia, conducente a alcançar determinados objetivos bem específicos: a eleição para um cargo e o inerente desempenho do Poder?

É claro que sempre assim terá acontecido, cá como em todo o mundo, até porque de contrário, provavelmente, restariam os processos não democráticos, em que as pessoas chegariam ao poder através da violência, de golpes mais ou menos antidemocráticos e, o que se seguiria não seria nada melhor do que através das práticas democráticas.

Como em tudo na vida, sempre haverá o meio-termo, e quem assim proceder tem de estar preparado para arcar com as consequências, ou seja: quem adotar posições, atitudes e intervenções “cinzentas”, onde predomina o “NIM”, naturalmente que, mais cedo ou mais tarde, terá de se confrontar com resultados que, naturalmente, não desejaria.

Ser assertivo, vertical, transparente, nas palavras, nos  atos, nos gestos, nos comportamentos, principalmente, para quem connosco se assume de igual forma, é o mínimo que teremos de fazer, porque de contrário, estaremos a trair valores essenciais a um bom relacionamento humano, tais como: a solidariedade, a amizade, a lealdade, a cumplicidade, a gratidão e, acabaremos por perder toda a possível aceitação que tínhamos na sociedade, designadamente, quando formos descobertos e  que, afinal, nunca passamos de uns ignóbeis bajuladores, interesseiros e falsos.

Pensar que a Frontalidade é fácil, constitui demasiada ingenuidade. Pretender demonstrar assertividade com a mentira encoberta, é a mesma coisa que estarmos perante “Diabos com asas de Anjos”. Tentar “servir a dois senhores ao mesmo tempo” revelar-se-á, a curto ou médio prazos, uma incongruência que se pagará caro, desde logo com a destruição da credibilidade, da honra, bom nome e da própria dignidade, principalmente, quando os “senhores” estão, em alguma circunstância da vida, em campos relativamente diferentes ou até opostos.

A vida terrena passa velozmente. Ninguém é dono de nada, muito menos da verdade absoluta. Estamos dependentes de inúmeras variáveis, próprias da nossa condição físico-biológica e intelectual-espiritual, como, noutro sentido, as que são inerentes ao próprio mundo, no qual as Forças da Natureza provocam, quantas vezes, situações verdadeiramente catastróficas, para além daquelas que, o ser humano, também, por várias razões, e com diferentes objetivos, origina.

Adotar comportamentos frontais, obviamente e sempre no respeito pelos princípios, valores, sentimentos e emoções dos nossos semelhantes, parece ser a melhor forma de convivermos, pacifica e civilizadamente neste mundo, de resto, sendo a própria Bajulação uma “técnica mafiosa”, para se alcançar objetivos nem sempre justos, legítimos, legais e claros, o melhor é perfilhar, como regra de ouro a Verdade, designadamente, quando estamos perante pessoas autênticas e, igualmente sinceras para connosco.

Haverá circunstâncias, projetos, objetivos na vida que levam, no mínimo, à omissão e, no limite, à mentira, à Bajulação, quando estão em perigo interesses humanistas fundamentais e, na medida em que se evita um mal maior. Bajular, envolve, na maior parte dos casos, hipocrisia, cinismo, mentira, ausência de sentimentos nobres, afinal, poderá ser uma forma de enganar, de ludibriar, de trair a confiança de quem sempre acreditou em nós.

Frontalidade, assertividade, honradez e respeito terão de “andar de mãos juntas”, porque a Verdade é sempre a mesma, só tem uma versão e, como ensina o adágio popular: “tanto beneficia o pobre quanto o rico”; o “ilustrado como o ignorante”; o “crente e o não-crente”, enfim, ela sempre acabará por vir ao de cima, tal como o azeite.

Sejamos, portanto, frontais, porque esta será a melhor atitude que os verdadeiros amigos podem assumir, mas que os adversários preferem não utilizar em certo tipo de relacionamentos. A Frontalidade dá muito trabalho, exige muita coragem, mas vale a pena. A Bajulação é fácil, covarde, própria de quem procura tirar proveito, de quem se comporta como um “Bobo da Corte”, de quem gosta de se exibir na “Feira das Vaidades Bacocas”.  

 

Apanhados de surpresa, entre os fogos de uma guerra cruel, desumana e, a todos os títulos, inaceitável, imploremos a Deus e aos homens, para que o sofrimento de milhões de seres humanos, termine definitivamente. Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque o PERDÃO será um dos mais importantes “Valores Axiológicos” que deixaremos às Gerações Futuras. GLÓRIA À UCRÂNIA.

 

Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música:

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744

 

https://www.youtube.com/watch?v=Aif5s90rxoU

https://youtu.be/DdOEpfypWQA  https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc

 

 «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades.» (CAMÕES, Luiz Vaz, "Sonetos”) in: http://www.citador.pt/poemas/mudamse-os-tempos-mudamse-as-vontades-luis-vaz-de-camoes  não é novidade, porque já há muitos séculos, assim afirmava um dos maiores e imortais poetas portugueses: Camões.

 Indiscutivelmente que ao longo dos tempos a sociedade, globalmente considerada, vai alterando princípios, valores, sentimentos, comportamentos, objetivos, adaptações, estratégias, recursos e intervenientes, para, alegadamente, conseguir viver com mais e melhor qualidade de vida.

É legítimo e justo que assim seja? Talvez. Todavia, nem sempre é legal, e muito menos correto, que tudo valha, porque não vale tudo, para se alcançarem resultados à custa de pessoas que ficam prejudicadas, precisamente, pela utilização de “esquemas” obscuros e inconfessáveis, ainda que, não passem despercebidos aos olhos de quem está atento a determinadas manobras adulatórias.

Nesta eventual contextualização, os desideratos materiais, parece que cada vez mais se sobrepõem: aos sentimentos, aos valores ético-morais, aos mais elementares princípios da boa-educação, à solidariedade que, em determinadas circunstâncias, devemos manifestar, e também à lealdade que é devida para com quem tem idêntico comportamento connosco e, já agora, a retribuição de afetos, nomeadamente, a amizade, tudo isto com a máxima Frontalidade, sem processos nem subterfúgios bajulatórios.

É sabido que uma parte, eventualmente, significativa da sociedade, aprecia muito ser bajulada, receber atenções de outras pessoas, no sentido de lhes dar notoriedade, importância e um estatuto que, quantas vezes, não possuem, de resto, nem sequer têm a formação educacional e socioprofissional para serem “glorificadas”, por isso, tais pessoas, que se deixam e gostam de ser aduladas, normalmente com hipocrisia, por parte de quem lisonjeia, afinal, não passam de “bobos da corte”, quais palhaços de circo, que nos fazem “rir às gargalhadas”.

O recurso ao elogio interesseiro, feito por alguém, a outra pessoa, nem sempre é verdadeiro, principalmente quando por detrás dele existe algum objetivo, menos claro, para não dizer, ilegítimo, e/ou ilegal, então é possível enquadrá-lo na Bajulação que, nestas circunstâncias, carece, portanto, de sinceridade, Frontalidade, e por que não, de muita coragem.

Por vezes, bastantes pessoas, como que se colocam em “bicos de pés” para serem vistas, para chamarem as atenções, parta se “afirmarem”, para adularem a quem, eventualmente, vão, de seguida, trair, aqui no conceito de falsear o que fazem e dizem, em benefício de interesses próprios.

A Frontalidade, por vezes, implica uma responsabilidade acrescida, na medida em que envolve, possivelmente, a coragem de se dizer e fazer o que, verdadeiramente, se pensa. Esta assertividade, deve ser sempre utilizada, principalmente, entre pessoas amigas, que se querem muito bem, porque perante adversários, inimigos, impostores e pessoas em relação às quais não existe nenhuma afetividade, o mais normal, para quem não está de boa-fé, é que sinta prazer na desgraça alheia.

Os verdadeiros e incondicionais amigos, a começar na família, são sinceros, não precisam de recorrer à Bajulação, à hipocrisia cínica e, pelo contrário, eles como que se protegem, criticando, corrigindo, dando sugestões e soluções, acompanhando todos os passos possíveis, sem o significado de controlo, para que o amigo não caia no ridículo, nos perigos das companhias comprometedoras, e nos aviltamentos mundanos.

Quem não é autenticamente amigo, mas deseja tirar proveitos de alguma pessoa conhecida: seja ela um familiar; um colega de trabalho; seja um detentor de um determinado cargo, estatuto ou posição social; ou de qualquer outra situação, recorre à Bajulação, ao elogio “balofo”, à subserviência exagerada, ao comportamento típico do “lambe-botas”, para dar nas vistas e conseguir o que pretende, para si próprio, familiar ou algum amigo.

É certo, infelizmente, que na atual sociedade, muitas pessoas têm de recorrer à Bajulação, à prática de atos humilhantes, à cedência de pedidos indecentes, para conseguirem algum proveito, resolver algum problema, lamentavelmente, em vários setores, de algumas das atividades societárias, entre outras: emprego, saúde, formação, habitação, benefícios sociais, habilitações académicas e sabe-se lá que mais.

Com efeito: uma palavrinha elogiosa, nem sempre sincera, um gesto insinuante, um olhar comprometedor, realmente, podem fazer toda a diferença, pelo menos numa determinada situação concreta, tendo um objetivo bem definido e, por vezes, quem recebe uma destas manifestações, qual “pinga-amor” deixa-se influenciar e decidir a favor de tais pessoas “intrujonas”.

Mas a Bajulação não se fica pela estratégia de querer “viver bem com Deus e com o Diabo”, “agradar a Gregos e a Troianos”, e/ou a “servir a dois amos ao mesmo tempo”. Há setores da vida em sociedade, onde ela, a Bajulação, é, deploravelmente, muito utilizada, seja na progressão nas carreiras profissionais, seja para favorecimentos pessoais na família, amigos e conhecidos, seja, ainda, para uma qualquer desresponsabilização, por algo errado que se fez na vida.

Na atividade política, são muitos os candidatos a ocuparem cargos político-institucionais, através de eleições, e que durante as campanhas eleitorais, recorrem a todos os expedientes possíveis e imaginários, para captarem a simpatia dos votantes e, consequentemente, o respetivo voto para, depois de concluído o processo eleitoral, tudo ficar na mesma ou, por vezes, bem pior, ressalvando-se, naturalmente, muitas e honrosas exceções.

Nestas circunstâncias, e aquando do contacto dos candidatos com o eleitorado, teria havido total sinceridade, nos apertos de mão, nos abraços, nos beijinhos, nas palavras elogiosas, nas promessas, ou tudo isto não passaria de mera Bajulação, de uma estratégia, conducente a alcançar determinados objetivos bem específicos: a eleição para um cargo e o inerente desempenho do Poder?

É claro que sempre assim terá acontecido, cá como em todo o mundo, até porque de contrário, provavelmente, restariam os processos não democráticos, em que as pessoas chegariam ao poder através da violência, de golpes mais ou menos antidemocráticos e, o que se seguiria não seria nada melhor do que através das práticas democráticas.

Como em tudo na vida, sempre haverá o meio-termo, e quem assim proceder tem de estar preparado para arcar com as consequências, ou seja: quem adotar posições, atitudes e intervenções “cinzentas”, onde predomina o “NIM”, naturalmente que, mais cedo ou mais tarde, terá de se confrontar com resultados que, naturalmente, não desejaria.

Ser assertivo, vertical, transparente, nas palavras, nos  atos, nos gestos, nos comportamentos, principalmente, para quem connosco se assume de igual forma, é o mínimo que teremos de fazer, porque de contrário, estaremos a trair valores essenciais a um bom relacionamento humano, tais como: a solidariedade, a amizade, a lealdade, a cumplicidade, a gratidão e, acabaremos por perder toda a possível aceitação que tínhamos na sociedade, designadamente, quando formos descobertos e  que, afinal, nunca passamos de uns ignóbeis bajuladores, interesseiros e falsos.

Pensar que a Frontalidade é fácil, constitui demasiada ingenuidade. Pretender demonstrar assertividade com a mentira encoberta, é a mesma coisa que estarmos perante “Diabos com asas de Anjos”. Tentar “servir a dois senhores ao mesmo tempo” revelar-se-á, a curto ou médio prazos, uma incongruência que se pagará caro, desde logo com a destruição da credibilidade, da honra, bom nome e da própria dignidade, principalmente, quando os “senhores” estão, em alguma circunstância da vida, em campos relativamente diferentes ou até opostos.

A vida terrena passa velozmente. Ninguém é dono de nada, muito menos da verdade absoluta. Estamos dependentes de inúmeras variáveis, próprias da nossa condição físico-biológica e intelectual-espiritual, como, noutro sentido, as que são inerentes ao próprio mundo, no qual as Forças da Natureza provocam, quantas vezes, situações verdadeiramente catastróficas, para além daquelas que, o ser humano, também, por várias razões, e com diferentes objetivos, origina.

Adotar comportamentos frontais, obviamente e sempre no respeito pelos princípios, valores, sentimentos e emoções dos nossos semelhantes, parece ser a melhor forma de convivermos, pacifica e civilizadamente neste mundo, de resto, sendo a própria Bajulação uma “técnica mafiosa”, para se alcançar objetivos nem sempre justos, legítimos, legais e claros, o melhor é perfilhar, como regra de ouro a Verdade, designadamente, quando estamos perante pessoas autênticas e, igualmente sinceras para connosco.

Haverá circunstâncias, projetos, objetivos na vida que levam, no mínimo, à omissão e, no limite, à mentira, à Bajulação, quando estão em perigo interesses humanistas fundamentais e, na medida em que se evita um mal maior. Bajular, envolve, na maior parte dos casos, hipocrisia, cinismo, mentira, ausência de sentimentos nobres, afinal, poderá ser uma forma de enganar, de ludibriar, de trair a confiança de quem sempre acreditou em nós.

Frontalidade, assertividade, honradez e respeito terão de “andar de mãos juntas”, porque a Verdade é sempre a mesma, só tem uma versão e, como ensina o adágio popular: “tanto beneficia o pobre quanto o rico”; o “ilustrado como o ignorante”; o “crente e o não-crente”, enfim, ela sempre acabará por vir ao de cima, tal como o azeite.

Sejamos, portanto, frontais, porque esta será a melhor atitude que os verdadeiros amigos podem assumir, mas que os adversários preferem não utilizar em certo tipo de relacionamentos. A Frontalidade dá muito trabalho, exige muita coragem, mas vale a pena. A Bajulação é fácil, covarde, própria de quem procura tirar proveito, de quem se comporta como um “Bobo da Corte”, de quem gosta de se exibir na “Feira das Vaidades Bacocas”.  

 

Apanhados de surpresa, entre os fogos de uma guerra cruel, desumana e, a todos os títulos, inaceitável, imploremos a Deus e aos homens, para que o sofrimento de milhões de seres humanos, termine definitivamente. Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque o PERDÃO será um dos mais importantes “Valores Axiológicos” que deixaremos às Gerações Futuras. GLÓRIA À UCRÂNIA.

 

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Venade/Caminha – Portugal, 2022

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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sábado, 23 de julho de 2022

O Dom da Criação

 Pode-se afirmar com segurança, que a  humanidade atravessa tempos difíceis, mesmo que se diga que tal afirmação é um lugar-comum, uma banalidade, uma disposição que é óbvia, que nem sequer carece de demonstração técnico-científica, qualquer leigo tem esta perceção e, nesta simplicidade, de facto, tudo isto é verdade, porém, assumir, objetiva e responsavelmente esta evidência, parece que já não será assim tão fácil, porque havendo responsáveis, em todas as boas e más situações, normalmente, só para as primeiras é que aparecem a dar o rosto, para colherem os elogios, como diz o povo: “receberem os louros”.

Na realidade, tudo começa e acaba na terra, na criação que nela se gera, vive e morre, por isso, quando o Planeta em que a Humanidade vive se deteriora, também a qualidade de vida de todos os seus habitantes se degrada, não esquecendo que: «Cada comunidade pode tomar da bondade da terra aquilo de que necessita para a sua sobrevivência, mas tem também o dever de a proteger e garantir a continuidade da sua fertilidade para as gerações futuras.» PAPA FRANCISCO, 2016:25).

A criação existente neste planeta, desde logo, a começar na pessoa humana, a par com os demais seres que integram este espaço comum, constitui obra de Alguém, que transcende tudo e todos, por isso não será legítimo, nem justo, que uns se apoderem das riquezas e bens naturais, em prejuízo dos seus semelhantes, e/ou que degradem o meio-ambiente a que todos têm o mesmo direito, nas melhores condições.

Em bom rigor, pode-se concordar que: «A criação não é uma propriedade, que podemos manipular a nosso bel-prazer, muito menos uma propriedade que pertence só a alguns, a poucos; a criação é um dom, uma dádiva maravilhosa que Deus nos concedeu para a cuidarmos e utilizarmos em benefício de todos, sempre com grande respeito e gratidão.» (Ibid.:27).

Importa conduzir a nossa reflexão para uma outra dimensão da criação, agora, mais especificamente, para a vida humana, porque, em princípio, e quanto a ciência nos indica, quase tudo funciona à volta da pessoa, sem que com esta posição se pretenda defender algum tipo de antropocentrismo, bem pelo contrário, porque haverá um Ente Transcendente, incluindo a própria Natureza, que o Ser humano não controla, e que poder-se-ia designar  por Deus, qualquer que Ele seja.

Neste rumo de pensamento, e partindo-se de princípios constitucionais, mas não só, a vida humana é inviolável, faz parte desse Dom Divino que promove a criação, naturalmente, na maior parte dos seres animais e vegetais, pela via da procriação, entre seres de géneros diferentes, embora a ciência, neste domínio, já tenha vindo a produzir outras alternativas que, indiscutivelmente, se respeitam.

O problema da inviolabilidade da vida humana é bastante complexo, dependendo, em muitas situações, do conceito que se tem de vida humana, ou seja, quando realmente ela começa e quando e como termina, e/ou pode acabar e, neste caso do fim da vida, em que circunstâncias ela se verifica: doença natural, acidente, velhice, suicídio, homicídio, morte assistida e tantas outras possibilidades.

É claro que este tema é muito controverso, não existem, tanto quanto se julga saber, noções claras, irrefutáveis e cientificamente verificáveis, para se determinar, em concreto, quando começa e termina a vida, salvo, naturalmente, a opinião avalizada e comprovada dos cientistas-especialistas, e técnicos que trabalham nestes domínios.

Em todo o caso, se porventura, se desejar uma perspetiva religiosa, então poder-se-á aceitar como base de trabalho que: «A via é antes de tudo um dom. Mas esta realidade só gera esperança e futuro quando é vivificada por vínculos fecundos, por relacionamentos familiares e sociais que abrem novas perspetivas.  O grau de progresso de uma civilização mede-se precisamente pela capacidade de salvaguardar a vida, sobretudo nas suas fases mais frágeis, mais do que pela difusão de instrumentos tecnológicos. Quando falamos do homem, nunca esqueçamos todos os atentados contra a sacralidade da vida humana.» (Ibid.:30).

Nesta orientação de pensamento, não se compreende, nem tão pouco se aceita, que muitos responsáveis políticos, religiosos, financeiros e, eventualmente, de outros setores, como os cartéis do tráfico de armas, drogas e seres humanos, continuem a criar e alimentar tantos conflitos que tudo destroem: desde a própria natureza, passando pelos diversos patrimónios e acabando nas pessoas inocentes, indefesas, que apenas desejam a vida, o Bem-estar, a Felicidade e a Paz.

Os crimes contra a criação continuam, praticamente, impunes, porque ao processo e forma do diálogo, do bom-senso e da tolerância, impõe-se a violência destruidora das armas. Mas não são apenas os crimes violentos que atentam contra a criação, na circunstância, a que respeita à pessoa humana, que está sujeita a muitas outras formas de destruição psicológica e, principalmente, física.

Defendendo-se, ou não; cumprindo-se, ou não, a legislação, respeitando as posições de cada pessoa, a verdade é que, para os apologistas da vida, qualquer que seja a sua qualidade, eles consideram que: «É atentado contra a vida o flagelo do aborto. É atentado contra a vida deixar morrer os nossos irmãos nas embarcações no canal da Sicília. É atentado contra a vida a morte no trabalho porque não se respeitam as mínimas condições de segurança. É atentado contra a vida a morte por subalimentação. São atentados contra a vida o terrorismo, a guerra e a violência, mas também a eutanásia. Amar a vida é sempre cuidar do outro, desejar o seu bem, cultivar e respeitar a sua dignidade transcendente.» (Ibid.:30).

Certamente que todas as pessoas defendem posições, que acreditam ser as mais equilibradas, justas e legais e, no que à vida concerne, também se aceita que parte significativa da humanidade não deseja a morte, respeitando-se, aqui, todavia, a opinião, e até, o desejo relativamente a: viver com qualidade; ou morrer para não estar a sofrer nem fazer padecer que se ama.

Respeitar a criação é, portanto, uma exigência que se impõe, porque o direito à vida pertence a todos os seres, que coabitam neste planeta. Temos de ser guerreiros defensores da criação, isso implica, e/ou equivale a: «Ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis. É cuidar dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos.» (Ibid.:21).

Poucas serão as pessoas que colocam em dúvida a premência de se elegerem, e levarem à prática, medidas que visem promover o respeito pela vida e pela dignidade dos seres vivos, obviamente a começar na pessoa humana, assim como dotar a sociedade dos meios adequados à promoção da qualidade de vida, durante todas as fases da existência de cada pessoa.

Claro que outros seres, animais, que não apenas os humanos, têm, igualmente, direito às melhores condições de vida, e à adequada proteção. Neste sentido, e em boa hora, o legislador português se preocupou na elaboração, e aprovação, de legislação que visa defender a integridade física e a dignidade compatível a muitos outros animais, que coabitam com a pessoa humana. Foi dado um passo de gigante neste domínio, e Portugal está na vanguarda da defesa dos direitos dos animais.

Estamos destinados a coabitar o mesmo planeta, a conviver com respeito uns pelos outros e, com tal desiderato, todos os seres têm os seus direitos, cabendo ao ser humano, aperceber-se, claramente, que também tem deveres que deve cumprir primeiro, antes, ainda, de exigir a satisfação dos direitos. Aos restantes animais pertence-lhes lutar pela sobrevivência, sabendo-se que, numa lógica da cadeia alimentar, uns eliminam outros, de resto, como faz o ser humano, para, também ele, sobreviver, porque tem idênticas necessidades.

 Resulta, daqui, que a pessoa humana deverá ser o garante do equilíbrio universal, uma espécie de polícia do ambiente, da criação, da manutenção das condições de vida para todos os habitantes deste planeta tão maravilhoso, rico e, simultaneamente, muitas vezes inaceitavelmente, maltratado.

Vive-se, ainda em 2022, uma situação de pandemia, iniciada em março de 2020 e provocada por um vírus, que se convencionou designar por COVID-19. As investigações científicas para lutar contra esta peste desenvolvem-se em dezenas de países. Pessoas ficam infetadas às centenas de milhões e centenas de milhares já faleceram. A que se deve esta horrorosa situação, tudo indica que ainda não se identificou a sua origem e a cura definitiva, muito embora, se tenham aliviado muitas das medidas restritivas.

 

Bibliografia.

 

PAPA FRANCISCO (2016). Proteger a Criação. Reflexões sobre o Estado do Mundo. 1ª Edição. Tradução Libreria Editrice Vaticana (texto) e Maria do Rosário de Castro Pernas (Introdução e Cronologia), Amadora-Portugal:20/20 Nascente Editora.

 

Venade/Caminha – Portugal, 2022

Com o protesto da minha perene GRATIDÃO

 

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

 

NALAP.ORG

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domingo, 17 de julho de 2022

Inconstância laboral: a negação da dignidade humana

 A dignidade da pessoa humana deveria ser um valor superior, sempre presente em todas as situações que envolvem as atividades: cívica, cultural, educacional, empresarial, económica, financeira, política, religiosa e social, entre outras, igualmente muito importantes.

As condições de vida, no mundo contemporâneo, só podem melhorar quando houver segurança nos sistemas de: saúde, trabalho, educação, direito, economia, financeiro, no conjunto de diversas outras atividades societárias, que de resto diferenciam e tornam “superior” a pessoa humana.

Atualmente, primeiro quarto do século XXI, as certezas no que quer que seja, são poucas, porque a vulnerabilidade das pessoas, a instabilidade nas instituições, ocorre frequentemente e, o próprio Estado, também ele, nem sempre se afirma com solidez suficiente, para enfrentar as diferentes crises que, normalmente, afetam mais quem depende, em regime transitório, de um qualquer sistema, de leis instáveis e de outrem que, por vezes, é insensível à precariedade de milhões de pessoas, algumas delas, sem quaisquer outros recursos que não seja a sua mão-de-obra, vendida, com alguma frequência e triste normalidade,  a preços de “saldo”, ou seja, por um salário mínimo que mal chega para uma renda de casa, alimentação insuficiente e de fraca qualidade,  vestuário inadequado para certas épocas do ano e alguma medicação.

Com efeito: «não podemos esquecer que a maior arte dos homens e mulheres do nosso tempo vive o seu dia a dia precariamente, com funestas consequências. Aumentam algumas doenças. O medo e o desespero apoderam-se do coração de inúmeras pessoas, mesmo nos chamados países ricos.» (PAPA FRANCISCO, 2016:53).

É verdade que nem tudo está errado, os avanços técnico-científicos continuam a proporcionar significativas melhorias nas condições de vida das pessoas, mas também se reconhece que, em muitos domínios da alta tecnologia, os equipamentos cada vez mais sofisticados e multifuncionais, remetem para o desemprego, em todo o mundo, milhões de pessoas, uma parte das quais sem qualquer apoio substancial e permanente, por parte das entidades responsáveis, gerando uma terrível insegurança e, em muitas situações, miséria e suicídios.

Sabe-se que o tempo em que um emprego era vitalício, realmente, já passou. Grande parte das doenças, que há algumas décadas se consideravam incuráveis, também pertence ao pretérito, embora, e em contrapartida, tenham surgido outras, bem mortíferas e contra as quais os cientistas continuam, louvavelmente, a trabalhar, sem cessar. Tudo isto é, verdade, assim o entendemos.

O equilíbrio entre o bem e o mal é muito difícil de se estabelecer, como a erradicação: das doenças, da fome, da droga, da guerra, do terrorismo, também poderá ser uma utopia, contudo, se nada se fizer contra um certo estado de situações, então, eventualmente, caminhar-se-á para pior, porque os interesses individuais, grupais, nacionais e internacionais, sobrepõem-se a uma ética da solidariedade, esta aqui considerada como valor supremo que ajudará a vencer muitas injustiças e descartes.

Em bom rigor: «É necessário hoje, como nunca, que nos eduquemos para a solidariedade, que sejam redescobertos o valor e o significado desta palavra tão incómoda, e muitas vezes desprezada, e fazer com que ela se torne uma atitude fundamental nas escolhas a nível político, económico e financeiro, nas relações entre pessoas, povos e nações. Só sendo solidários de maneira concreta, superando visões egoístas e interesses de parte, é que poderemos alcançar o objetivo de eliminar as formas de indigência causadas pela falta de alimentos.» (Ibid.:56).

Obviamente que quem vive na precariedade, seja qual for a sua natureza: saúde, familiar, emprego, salário, reforma, habitação, economia, educação/formação, entre outras omissões que a sociedade impõe, certamente não terá uma vida tranquila, segura e um futuro promissor e garantido, pelo contrário, terá uma existência indigna da pessoa verdadeiramente humana.

Naturalmente que toda a pessoa tudo deve fazer para  eliminar injustiças, reduzir a criminalidade, qualquer que esta seja, desde  aquela que atinge crianças (pedofilia), jovens e adultos (pornografia, prostituição, comercialização de órgãos e seres humanos), violência em toas as suas formas (física, psicológica, escravatura, exploração do homem pelo homem, a partir de salários irrisórios, precariedade, humilhação, deslealdade), até outras  formas mais sofisticadas.

O mal, em todas as suas vertentes, não pode ser definitivo, consolidado, pelo contrário, deverá, primeiramente, ser precário e, numa fase mais evoluída da racionalidade humana, e da ética do respeito, terá de ser radicalmente eliminado, dando lugar ao bem que, por agora, parece instável, em muitas situações, devendo caminhar para o seu aperfeiçoamento e estabilização, em permanente melhoria.

Numa perspetiva moderadamente otimista, convém recordar que: «A humanidade vive, neste momento, uma viragem histórica que podemos constatar nos progressos que se verificam em vários campos. São louváveis os sucessos que contribuem para o bem-estar das pessoas, por exemplo, no âmbito da saúde, da educação e da comunicação.» (Ibid.:53).

Como seria maravilhoso caminharmos sempre neste rumo de preocupações pelo bem-comum e pelo bem-estar de cada pessoa, em particular; como seria fantástico que a inteligência humana fosse, por uma Entidade qualquer, iluminada para o bem; como seria desejavelmente concretizáveis os melhores projetos que visassem a melhoria das condições de vida das pessoas, dos povos e das nações; enfim, como seria sedutor alcançar a solidez na: solidariedade, amizade lealdade, humildade e gratidão!

Possivelmente, haverá uma melhora para as futuras gerações, contudo, não podemos ser ingénuos porque: «A alegria de viver frequentemente se desvanece; crescem a falta de respeito e a violência, a desigualdade social torna-se cada vez mais patente. É preciso lutar para viver, e muitas vezes viver com pouca dignidade. Esta mudança de época foi causada pelos enormes saltos qualitativos e quantitativos, velozes e acumulados que se verificam no progresso científico, nas inovações tecnológicas e nas suas rápidas aplicações em diversos âmbitos da natureza e da vida. Estamos na era do conhecimento da informação, fonte de novas formas de um poder muitas vezes anónimo.» (Ibid.:53-54).

A situação de precariedade em que vivem milhões de pessoas, só em Portugal, são algumas centenas de milhares e, se se considerar todas as pessoas que estão num patamar económico, que se designa por “limiar da pobreza”, então o número eleva-se a quase dois milhões, o que equivale, aproximadamente, a dezassete por cento da população, onde se destacam os desempregados, crianças, adolescentes e idosos.

Esta chaga social, que é a precariedade, obviamente que conduz a situações de autênticos atentados à dignidade humana, aos mais elementares Direitos Humanos, porque se gera a instabilidade, a insegurança, a escassez de recursos, a fome, a miséria, o conflito e a morte prematura, até porque e em boa verdade: «É um escândalo que ainda haja fome e subalimentação no mundo! Não se trata só de responder a emergências imediatas, mas de enfrentar juntos, a todos os níveis, um problema que interpela a nossa consciência pessoal e social, para chegar a uma solução justa e duradoura. Ninguém seja obrigado a deixar a própria terra e o seu ambiente cultural pela falta de meios essenciais de subsistência!» (Ibid.:55).

Numa sociedade, em que tantos responsáveis por altos cargos nacionais e internacionais proclamam, todos os dias, que é necessário tomarem-se medidas para combater e eliminar determinados flagelos, a verdade, todavia, é que continuam a existir muitas situações que são verdadeiros atropelos à respeitabilidade da pessoa humana, o que, apesar de tudo, não invalida que se reconheça alguns avanços na resolução de outros problemas, designadamente no âmbito: da saúde, da educação, da alimentação, das tecnologias que vão aliviando de esforços mais violentos, quem trabalha,.

Haverá, contudo, fortes motivos para um otimismo moderado, para se acreditar num futuro bem melhor. A esperança não deve morrer em nossas consciências, porque a inteligência humana, tudo indica, não tem limites e, a esmagadora maioria dos investigadores, cientistas e técnicos continuam a trabalhar para um mundo melhor, para, paulatinamente, devolverem a dignidade plena a todas as pessoas.

 

Bibliografia.

 

PAPA FRANCISCO (2016). Proteger a Criação. Reflexões sobre o Estado do Mundo. 1ª Edição. Tradução, Libreria Editrice Vaticana (texto) e Maria do Rosário de Castro Pernas (Introdução e Cronologia), Amadora-Portugal:20/20 Nascente Editora.

 

Apanhados de surpresa, entre os fogos de uma guerra cruel, desumana e, a todos os títulos, inaceitável, imploremos a Deus e aos homens, para que o sofrimento de milhões de seres humanos, termine definitivamente. Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque o PERDÃO será o único “Valor Axiológico” que deixaremos às Gerações Futuras. GLÓRIA À UCRÂNIA.

 

Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música:

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Venade/Caminha – Portugal, 2022

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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domingo, 10 de julho de 2022

Equilibrar o Planeta

A evolução científico-tecnológica em, praticamente, todos os domínios, é já um facto incontestável: seja para o bem; ou para o mal, contudo, desejavelmente, como toda a gente prefere, que seja para melhorar as condições de vida das pessoas, onde entrem, igualmente a: saúde, trabalho, distribuição equitativa das riquezas naturais, justiça, entre outros bens, tão necessários a uma humanidade que, em muitas partes do mundo, continua a passar mal, inclusive: doenças, atentados, miséria, fome e morte.

Enquanto não se realizar um reordenamento da redistribuição das riquezas, obviamente, segundo o mérito, as necessidades e as disponibilidades de cada pessoa, para participar no processo produtivo, porque quanto às riquezas naturais é sabido que: «Os bens da terra têm um destino universal, devendo, portanto, ser equitativamente repartidos de modo a que não se verifiquem situações de desequilíbrio e seja permitido a todos prover a si próprios, vivendo com dignidade.» (PAPA FRANCISCO, 2016:11).

A conjugação da defesa de interesses legítimos, justos e legais, com a superação das necessidades, em vários setores da criação universal: animal, vegetal e mineral, classicamente assim ordenada, é uma condição essencial para que se atinja uma harmonia e equilíbrio mínimos.

Se Mulheres e Homens quiserem, é possível reconstruir um mundo e, consequentemente, uma vida melhor para todos os habitantes da Terra, desta Casa Ecuménica, quantas vezes maltratada, em circunstâncias e com objetivos inaceitáveis, face aos valores que devem cimentar uma civilização milenar, no entrelaçamento de culturas: tão diferentes; quanto ricas em conteúdos e que tão bem se complementam.

Hoje, aliás, como sempre, há a obrigação indeclinável de tudo se fazer para se conseguir uma vida melhor, em todos os reinos conhecidos na Terra: animal, vegetal e mineral, porque em benefício da humanidade está-se a desenvolver a ciência e a tecnologia, a um ritmo jamais conseguido.

Em boa verdade: «A ciência e a tecnologia põem nas nossas mãos um poder sem precedentes: é nosso dever, em relação à humanidade inteira e, em particular, em relação aos mais pobres e às gerações futuras, utilizá-lo para o bem comum. Será que a nossa geração conseguirá “ser lembrada por ter assumido com generosidade as suas graves responsabilidades”?» (Enc. Laudato Si’, 165). Mesmo entre as numerosas contradições do nosso tempo, temos razões suficientes para alimentar a esperança de conseguir fazê-lo. E devemos deixar-nos guiar por essa esperança» (Ibid.:38).

Quem pensar que pode viver à margem, ou, pior do que isso, maltratando o meio ambiente, certamente que está a colaborar com aquelas pessoas, organizações e entidades que, essas sim, denotam a estratégia do “quanto pior, melhor”. Há espaço para todos os seres vivos e/ou inanimados, todos eles têm a sua função neste planeta e, quaisquer deles, são necessários para o equilíbrio e o bem comum.

É cada vez mais importante, fundamental e urgente, que os diversos detentores dos domínios: científico, tecnológico, político, religioso, financeiro, económico, empresarial e cultural, entre outros, deem as mãos, no sentido de congregarem sinergias, ao nível dos: conhecimentos, experiências e projetos, orientados para a dignificação desta casa terrestre, que é de todos.

A globalização que se vem verificando, em um número cada vez maior de atividades e setores de intervenção, também deve envolver-se na proteção da criação, especialmente do ambiente, porque: «É fundamental buscar soluções integrais que considerem as interações dos sistemas naturais entre si e com os sistemas sociais. Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise socioambiental. As diretrizes para a solução requerem uma abordagem integral para combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e, simultaneamente, cuidar da natureza.» (Ibid.:44).

A influência decisiva da pessoa humana, em todo o ecossistema, é um dado adquirido, apesar de ainda não ser possível controlar todas as variáveis que interferem no planeta que habitamos, nomeadamente: aquelas que, conjugadamente entre si, e/ou isoladamente, provocam catástrofes de consequências imprevisíveis e, quantas vezes, irreparáveis, como as que se verificam com a ocorrência de sismos, vulcões, tsunamis, incêndios, enchentes e tempestades.

É verdade que a pessoa decide em muitas, cada vez em mais situações, consegue prever, a nível de várias atividades, o que poderá acontecer perante um conjunto de elementos conhecidos e, neste contexto, ao nível da saúde, da química, da biogenética, como também, na grande maioria dos domínios da ciência e da tecnologia, porque a evolução destas áreas do conhecimento não conhece limites: seja para o bem; seja para o mal.

Há, todavia, uma dimensão que necessita de constante melhoria, que se relaciona com as relações humanas, e o seu enquadramento nas instituições que, em todos os setores de atividade são necessárias, na medida em que: «Dentro de cada um dos níveis sociais e entre eles, desenvolvem-se as instituições que regulam as relações humanas. Tudo o que as danifica comporta efeitos nocivos, como a perda de liberdade, a injustiça e a violência. Vários países são governados por um sistema institucional precário, à custa do sofrimento do povo e para benefício daqueles que lucram com este estado de coisas.» (Ibid.:45).

Em boa parte, muitos dos conflitos que continuam a atormentar a humanidade, ficam a dever-se a interesses de vária ordem, quase sempre no sentido do exercício de um qualquer poder, de uma estratégia pessoal, de grupo, nacional ou mundial, para daí se retirarem vantagens, nem sempre legítimas, justas e legais, ao ponto de, em certas circunstâncias, “valer tudo, ou quase tudo”.

Neste primeiro quarto do século XXI, há quem recorra aos mais hediondos negócios, e/ou em tristes e deploráveis entretinimentos, desde a: pedofilia, pornografia, prostituição, orgias, tráfico de seres e órgãos humanos, droga, armas, entre outras infelizes e aberrantes intervenções, utilizando os mais sofisticados meios de instrumentalização e comunicação.

É sabido que: «O consumo de drogas nas sociedades opulentas provoca uma constante ou crescente procura do produto que provém de regiões empobrecidas, onde se corrompem comportamentos, se destroem vidas e se acaba por degradar o meio ambiente.» (Ibid.:46).

Os males que a sociedade atual enfrenta, combatem-se, entre outros, com procedimentos axiológicos, isto é, com os valores da solidariedade, da amizade, da lealdade, da justiça, da gratidão, da participação e da humildade. Ninguém deve ser excluído desta “Casa-Comum”, porque em boa verdade: «Trata-se, obviamente, de um grande desafio cultural, espiritual e educativo. Solidariedade, justiça e participação, para o respeito da nossa dignidade e da criação.» (Ibid.:49).

 

Bibliografia.

 

PAPA FRANCISCO (2016). Proteger a Criação. Reflexões sobre o Estado do Mundo. 1ª Edição. Tradução, Libreria Editrice Vaticana (texto) e Maria do Rosário de Castro Pernas (Introdução e Cronologia), Amadora-Portugal:20/20 Nascente Editora.

 

Apanhados de surpresa, entre os fogos de uma guerra cruel, desumana e, a todos os títulos, inaceitável, imploremos a Deus e aos homens, para que o sofrimento de milhões de seres humanos, termine definitivamente. Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque o PERDÃO será o único “Valor Axiológico” que deixaremos às Gerações Futuras. GLÓRIA À UCRÂNIA.

 

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