domingo, 25 de julho de 2021

O Papel do Professor

 

O valor educação/formação é indissociável daquela qualidade de vida que todo o cidadão tem o direito de aceder, e todo o responsável político tem o dever indeclinável de promover globalmente, sem discriminações, sem elitismos, sem influências, obviamente, a partir da educação, porque: «A qualidade de vida está directamente relacionada às condições em que essa vida se desenvolve: medicina, psicologia, teologia, filosofia, engenharia, agricultura indústrias, desenvolvem actualmente um esforço ingente para atender ao clamor geral por melhores condições de vida.» (FINKLER, 1994:8, in: PASCOAL, 2004:38).

Nenhum povo, nenhum país, nenhuma cultura, nenhuma civilização poderão desenvolver-se e enobrecer-se, respetivamente, sem este outro notável paradigma, tantas vezes e por tantos responsáveis esquecido ou, no mínimo, desvalorizado ao longo dos tempos: Educação/Formação para a convivencialidade societária, no respeito, na tolerância, na solidariedade e cooperação entre pessoas, povos e nações, porque: «Educação é formação de todos, em todas as oportunidades e espaços do quotidiano, ao longo da vida. (…) a educação torna-se efectivamente permanente: educação para uma vida cultural e socialmente multi-ativa em qualquer fase do percurso da vida dos indivíduos.» (PINTO, 2004:151).

Podem-se construir, implementar e estabilizar: os paradigmas da objetividade, da quantificação, da reversibilidade, da previsibilidade, da universalização das leis científicas, enfim, com todas as características das denominadas Ciências Exatas, porém, o Mundo não terá paz enquanto os paradigmas das Ciências Humanas e Sociais, da Religião, da Filosofia, e das transcendências (sem dogmas, nem fundamentalismos) não forem assertiva e publicamente reconhecidos e integrantes da humanidade.

Com polémicas ou sem elas, goste-se ou não, afirme-se ou negue-se, o homem não terá, apenas, uma composição física, mensurável, determinada, concreta e objetiva, nem só sentidos, porque para além destas características e faculdades, respetivamente, outras imateriais existem: «Pensamentos e raciocínios são sentidos, porém mais sofisticados que os da visão, audição, olfacto, tacto, gosto, uma vez que são os atributos e determinantes maiores e essenciais da própria vida humana.» (COLETA, 2005:14).

O insondável continua a existir no homem e incomoda técnicos, cientistas, materialistas, laicos, intelectuais e outras elites, obviamente, salvo honrosas exceções, entre eles. O contrário é, igualmente, verdade, a dimensão físico-imaterial existe, é reconhecida universalmente, inclusive por muitos daqueles que valorizam mais a dimensão imaterial, o psíquico, o sentimento, a crença convicta numa outra existência e transcendência, o tal insondável, o mistério que continua a ser o homem, dotado de alma e corpo, que continua angustiado, porque, em parte, ainda não sabe para onde vai.

Mas estes: conhecimentos, ou sensações, ou emoções, ou sentimentos, ou ainda, convicções profundas, também se ensinam (?), concretamente no sentido em que: «Ensinar é a atividade pela qual o professor, através de métodos adequados, orientará a aprendizagem dos alunos.» (HAYDT, 1997:12), melhor ainda, também se aprendem (?). Se a resposta for afirmativa, quais os conteúdos, que estratégias, que metodologias, que pedagogias/andragogias, como avaliar a interiorização de tais competências, e a sua prática na vida concreta, objetiva, material e terrena?

E que professores são necessários, em termos da sua preparação, praxis e ética ou deontologia profissionais, se lhes deve exigir? Pode-se parar por aqui, porque de contrário os problemas avolumam-se e agravam-se, ao ponto de se ter que rejeitar toda e qualquer abordagem. E se o mundo material, natural e/ou artificialmente construído pelo homem, já é complexo, pese embora a mentalidade positivista ter pretensões de os resolver, outro tanto, seguramente, não se verifica com o mundo sobrenatural.

Estes dois mundos existem: o material e o imaterial; o físico e o espiritual; o fenoménico e o numénico, o que se quantifica e o que se qualifica; o que se objetiva e o que se subjetiva. Aceitando, sem preconceitos, sem superioridades, estas duas realidades, focalize-se a reflexão no mundo dos ideais, dos valores, da superior condição humana, assente na trilogia: Dignidade – Dever – Divindade.

São três aspetos que melhor podem caracterizar o homem, concretamente o homem que se considera titular de duas dimensões: em que uma, para o crente, é constituída à imagem e semelhança do seu Criador, isto é, da Divindade esta, por sua vez, causa primeira e última da existência daquele ser, ainda misterioso, insondável e fascinante, que é o  Ser Humano.

Com a dignidade que lhe é própria, no sentido da respeitabilidade, da coerência e da tolerância e, usando do privilégio que é a sua transcendência, para a qual envia esta comensuração, também única, a da espiritualidade, no sentido do encontro com a perfeição da Divindade, aborde-se, então, a partir da dimensão educacional do homem, o papel de professor, o que significa, de facto, este ideal do Dever, precisamente no contexto de um sistema educativo globalizado, integral, aceitando, como inevitável, o ponto de partida em que a humanidade se encontra: ideologicamente materializada.

A dimensão educacional do homem implica, afinal: uma atitude facilitadora e recetiva para novas técnicas educativas; novas pedagogias/andragogia; novas didáticas; novas metodologias, enfim, novos objetivos. A predisposição e abertura ao ainda não científico, e ao não cognitivo, são um contributo importante para novas estratégias, novos compromissos.

A tolerância do cidadão-cientista deve ser correlativa com a sua humildade intelectual e, nesse sentido, pode aceitar, sem o preconceito positivista, outras abordagens, não tradicionais, mas, eventualmente, interessantes e até proveitosas na perspetiva educativa.

Uma nova “pedagogia não cognitiva” poderá constituir uma alternativa credível para a construção de uma sociedade mais humanista, mais afetiva e, nesta fase da evolução do conhecimento técnico-científico, que continua impotente para resolver determinados problemas do foro mais íntimo e dos valores mais ambicionados pelo homem, por que não dar uma oportunidade a outras leituras alternativas? Pode (e/ou deve) o professor enveredar por tais alternativas, conciliando-as com as já existentes?

 

Bibliografia.

 

COLETA, António Carlos Dela, (2005). Primeira Cartilha de Neurofisiologia Cerebral e Endócrina, Especialmente para Professores e Pais de Alunos de Escolas do Ensino Fundamental e Médio, Rio Claro, SP – Brasil: Graff Set, Gráfica e Editora

HAYDT, Regina Célia Cazaux, (1997). Curso de Didática Geral. 4ª Edição. São Paulo: Editora Ática

PASCOAL, Miriam, (2004). Qualidade de Vida e Educação, in: Revista de Educação PUC-Campinas, Campinas SP: PUC, Pontifícia Universidade Católica, N. 17, pp. 37-45

PINTO, Fernando Cabral, (2004). Cidadania Sistema Educativo e Cidade Educadora. Lisboa: Piaget

 

«Proteja-se. Vamos vencer o vírus. Cuide de si. Cuide de todos». Cumpra, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. Estamos todos de passagem, e no mesmo barco chamado “Planeta Terra” de onde todos, mais tarde ou mais cedo, partiremos, de mãos vazias!!! Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque será «o único capital que deixaremos aos vindouros» Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música.  https://youtu.be/_73aKzuBlDc

 

Venade/Caminha – Portugal, 2021

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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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sábado, 17 de julho de 2021

Protagonismos que Humilham

 

Começa a ser preocupante a frequência com que se esquecem princípios, valores, sentimentos e emoções, depois de serem atingidos objetivos, estes, quantas vezes delineados em equipa onde, supostamente, todos os elementos estarão de boa-fé, se revelam sem máscaras, sem “falinhas mansas”, “sem filtros”, de aparente boa-educação, sem palmadinhas nas costas, que se destacam por condutas de respeito, de camaradagem, de consensos, no âmbito dos valores da solidariedade, da amizade que entretanto se estabelece, da lealdade e da cumplicidade.

O mundo, as nações, as comunidades, as instituições, os grupos, as famílias e as pessoas funcionam em cadeia, em rede, em equipas, especializadas numa determinada matéria, ou multidisciplinarmente, com grande interdependência dos elementos entre si considerados, desejando-se que não haja ninguém insubstituível, reconhecendo-se, porém, que existem pessoas de maior ou menor dificuldade de substituição, seja pela perfeição com que exercem as suas funções, e/ou pela especificidade dos respetivos conhecimentos e experiências.

Atualmente, vive-se numa sociedade de interesses, de resto, como tem acontecido ao longo da História, todavia, a sofisticação para concretizar objetivos inconfessáveis é uma especialização que supõe o que vulgarmente se designa, em certos ambientes, e por especialistas na matéria, como o “jogo de cintura”, significando tal “jogo” que se deve “dar uma no cravo, outra na ferradura”, prometendo-se a um e faltando-se a outro, porque o importante é atingir o objetivo, um resultado, nem que para isso: se tenha de apunhalar, pelas costas,  quem nos lançou no caminho do sucesso e nos ajudou, com todos os riscos; quem nos deu a mão; quem esteve solidário e fielmente ao nosso lado; quem nos facultou todos os meios, recursos materiais e sugestões, para se preparar o “combate”.

Na verdade: «É triste ficar oscilando descontroladamente para aqui e para ali, com tal instabilidade que desemboca, infalivelmente, naquela fossa tão nauseante como a expressão catastrófica da “pessoa que morreu e esqueceu de ser enterrada” (…) O homem oco e vazio é caracterizado por atitudes de total passividade e de apatia, obedecendo a uma rotina enfadonha e enfastiante, com normas e espaços rigidamente reservados para tudo, sem alterar aquele surrado e batido programa, geralmente medíocre, pouco importando o interesse e os desejos das pessoas que vivem ao seu lado. Tudo na sua vida gira em torno dele próprio, com uma rotina só sua, massificante e doentia, que o acompanha até à morte.» (FRANCESCHINI, 1996:29-30).

Hoje existem muitos líderes, nas mais diversas instituições, que se consideram o “foco central e luminoso”, à volta do qual devem “esvoaçar” os restantes colaboradores, não enquanto pessoas titulares de inquestionável dignidade, mas como meros objetos, ou servidores das mais absurdas e inaceitáveis elites, ou, ainda, como meros executores de ordens arbitrárias e desumanas.

Hoje, alguns líderes, pretendem afirmar-se: pela intransigência das suas posições; pela unilateralidade das suas decisões; pela alegada “exemplaridade” das resoluções; pela inqualificável insensibilidade social e profissional; enfim, pensam que humilhando quem deles, ou das instituições que dirigem, precisam, se tornam exemplo de excelentes lideranças, de executivos fortes e eficazes.

Ao contrário do passado, hoje: a palavra dada; a decisão escrita, e assinada; não oferecem qualquer garantia, porque: os “trocadilhos” da linguagem; a semântica dos vocábulos; os contextos; a intencionalidade sub-reptícia que se dá à frase; as interpretações das entrelinhas, levam a situações verdadeiramente perversas, nas quais as pessoas, que agem de boa-fé, são apanhadas, julgadas, condenadas e sem direito à legítima e justa defesa. O contraditório, pura e simplesmente, não existe e a mentalidade do “quero, posso e mando”, impõe-se violentamente, ainda que sob a capa de um qualquer aparente legalismo e/ou de aparentes “boas-maneiras

Muitas pessoas procuram o protagonismo, o exacerbar do egoísmo, contudo, recorrendo aos mais incompreensíveis processos de conduta humana, à deslealdade e ao abuso de confiança, porque o importante é o “triunfo” do indivíduo, mesmo que para o obter recorra a uma qualquer supremacia estatutária, legal, elite, profissional, de um cargo mais elevado na sociedade, na instituição e na equipa.

Em bom rigor: «O individualismo é a crença na autoconfiança e na independência. Aqueles que acreditam no individualismo, enfatizam a realização e o sucesso pessoais sem precisar depender dos outros. Se qualquer coisa (ou pessoa, sublinhado do autor) viola seus direitos individuais, eles se livram dela. Sentem que têm o direito de alcançar excelência pessoal a qualquer custo. Os seres humanos, na verdade, não funcionam dessa maneira. Nós, seres humanos precisamos fundamentalmente das outras pessoas para poder saber quem somos.» (BAKER, 2005:42).

A importância do se saber lidar com as pessoas, numa perspetiva antropológica, é essencial para um bom relacionamento interpessoal, e também para se evitarem conflitos e ofender os nossos semelhantes os quais, quantas vezes, ou em algum momento, nos ajudaram, deram a cara por nós, em projetos que, beneficiando um determinado público-alvo, ou resolvendo uma situação, praticamente arriscaram muito nos diferentes contextos de suas vidas, e até de seus familiares, são depois ignoradas, afastadas, através de estratégias de autoritarismo, teimosias delirantes, recusa sistemática do diálogo e não-aceitação de pontos de vista diferentes.

Liderar uma situação, um projeto, uma equipa, não é capacidade de uma só pessoa, por muito “iluminada” que ela se julgue ser, por muitos conhecimentos que revele, por muita experiência que já tenha demonstrado, por mais avançada que seja a idade. O líder, por si só, nada vai conseguir, se a equipa de colaboradores não estiver motivada, se não for respeitada nos seus direitos, capacidades, princípios, valores, sentimentos e emoções.

O dirigente que se preze, tal como o árbitro de um jogo, deve passar despercebido, na circunstância, deve confiar nas equipas, deixá-las darem o seu melhor, respeitar as suas iniciativas, principalmente, quando estas visam melhorar os projetos, os objetivos, os resultados, enfim o prestígio da instituição, do grupo, da sociedade e dos cidadãos em geral.

Liderar pessoas, não é a mesma coisa que liderar objetos, conjugar números, manipular estatísticas, realizar “malabarismos” para impressionar e captar, dissimuladamente, simpatias, colher a adesão a determinadas ideias, para serem implementadas e, depois tirarem-se os dividendos dos respetivos resultados, como sendo fruto de uma inteligência superior.

E se é verdade que as experiências acumuladas noutros setores, tenham produzido bons resultados, isso não significa que em instituições diferentes, tais práticas e conhecimentos sejam os que se devem aplicar, podendo-se excluir aqui diversas normas ético-deontológicas, alguns princípios e valores essenciais ao bom relacionamento e válidos em quaisquer contextos porque: «As pessoas terão de compreender que somos todos iguais, que somos todos o mesmo, que todos nós lutamos por um pouco de paz, de felicidade e segurança no nosso quotidiano. Não podemos continuar a lutar e a matarmo-nos uns aos outros.» (WEISS, 2000:140).

A vontade desenfreada de protagonismos, não olhando a meios para se atingirem determinados fins, não é compatível, por exemplo, com atitudes de cariz social, religioso, caritativo, nem sequer com a política no seu sentido mais nobre, de resto nem deveria ser admissível, em nenhuma circunstância, todavia é o que mais se verifica nas sociedades modernas, ditas “civilizadas”, e, infelizmente, tais condutas já invadem instituições, grupos de amigos e muitas famílias.

É necessário que as pessoas que sofrem destes comportamentos, obcecadas pelo domínio sobre as outras, cuidem destes transtornos de personalidade, que tenham a humildade de reconhecer que não são mais, nem menos, do que os seus semelhantes, por mais destacados e exigentes que sejam os cargos que ocupam, o estatuto socioprofissional e económico que lhes sejam atribuídos.

Hoje, talvez mais do que no passado, o equilíbrio, o bom-senso, a moderação, a tolerância, o sentido da entreajuda, fazem-se tão necessários quanto determinantes para a resolução de inúmeros problemas, de diversa natureza e também para uma convivência sadia, aberta, amiga, cúmplice, não só interpares, como também na sociedade em geral. O conflito só é importante quando, pelas ideias em confronto, encontram soluções para os problemas e nos une cada vez mais.

Impor, de forma uniliteral, autocrática, humilhante e cruel quaisquer ideias, decisões e aplicar sanções injustas, ilegítimas e, eventualmente ilegais, por parte de um líder, diretor, presidente, chefe, administrador ou um qualquer superior hierárquico, sem se dar oportunidade ao alegado infrator, para se explicar, defender, esclarecer, ou até mesmo pedir desculpa, revela bem que se pode estar perante um dirigente impreparado para liderar pessoas, verdadeiramente humanas e dignas.

Pretende-se com a presente reflexão, apenas, e tão só, manifestar uma preocupação que atormenta muitas pessoas que, de alguma forma, dependem de lideranças imponderadas, porque não buscam a moderação, a tolerância, o bom-senso, a compreensão dos problemas individuais que, uma ou outra vez, agem de determinada forma, contrária aos superiores valores e interesses legítimos da dignidade da pessoa realmente humana.

É fundamental que tais chefias, à cabeça das quais os respetivos líderes, se esforcem por utilizar uma democracia de boas condutas, pelo respeito, pela iniciativa dos seus colaboradores, pela dignificação dos princípios, valores, sentimentos e emoções, que em cada momento eles manifestam.

É imprescindível atualizar procedimentos, verdadeiramente humanos, para que toda a pessoa se sinta confortável, estimulada no exercício das suas funções, quaisquer que estas sejam. Haja respeito pela dignidade da pessoa genuinamente humana.

 

Bibliografia.

 

BAKER, Mark W., (2005). Jesus o Maior Psicólogo que já Existiu. Tradução, Cláudia Gerpe Duarte. Rio de Janeiro: Sextante.

FRANCESCHINI, Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São Paulo: Scortecci.

WEISS, Brian L., M.D. (2000). A Divina Sabedoria dos Mestres. A Descoberto do Poder do Amor. Tradução, António Reca de Sousa. Cascais: Editora Pergaminho.

 

Venade/Caminha – Portugal, 2021

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domingo, 11 de julho de 2021

Lealdade nas Relações Pessoais: Gestão da Comunicação

 A humanidade está predestinada à inevitabilidade da comunicação. Quem se esconder na penumbra da indiferença, na aparente tranquilidade do silêncio sistemático e inconfessável, ou no egoísmo dos interesses ilegítimos, terá, provavelmente, imensas dificuldades em cooperar com os seus semelhantes, com as instituições, com um mundo cada vez mais exigente, e com a própria natureza.

Gerir, equilibradamente, com lealdade, a comunicação interpessoal é, cada vez mais, uma ciência superior, (também uma arte), nem necessariamente uma ciência exata, nem absolutamente uma ciência social e humana, porque numa ou noutra, sempre terá lugar alguma objetividade e, simultaneamente, haverá espaço para uma certa margem de subjetividade, sem que isso afete a veracidade da comunicação, a sua autenticidade e eficácia.

Gerir a comunicação, competentemente, é uma tarefa de todos, nas suas relações interpessoais e intergrupais e, mais exigentemente, naqueles que exercem atividades de alguma ascendência sobre todos os outros, sejam subordinados e/ou dependentes, aqueles que têm a obrigação de comunicar correta e educadamente. De uma gestão competente da comunicação, podem resultar situações favoráveis para as pessoas abrangidas pelo ato comunicacional, desenvolvido no seio de uma organização, qualquer que seja a sua natureza: política, religiosa, social, empresarial, pública ou privada, nacional ou internacional.

Gerir a comunicação é uma condição para o sucesso individual e coletivo, na perspetiva da obtenção de resultados que, na circunstância, equivale, também, a resolver problemas que afetam as pessoas, individualmente consideradas, e as próprias comunidades, onde elas se inserem

O paradigma comunicacional pressupõe competência, porque se trata de um processo permanentemente vivenciado pelas pessoas, na medida em que estas ocupam parte significativa do seu tempo a comunicar, seja qual for o tipo de linguagem utilizado: verbal e/ou não-verbal, o que contribui para a ocorrência de situações problemáticas, ou solucionadoras de questões diversas, quantas vezes resultantes da comunicação incompetente, porque ambígua, porque agressiva, manipuladora ou passiva.

A comunicação é, apenas, uma das muitas dimensões humanas, logo, a sua eficácia, seguramente, vai depender da competência com que são exercidas as múltiplas dimensões da pessoa, todavia, mesmo na dimensão espiritual, portanto, inefável, imaterial e subjetiva, é possível ser-se competente, se forem atingidos resultados que proporcionem bem-estar individual e coletivo, independentemente de serem ou não quantificáveis.

O princípio da comunicação esclarecedora, formativa, pedagógica e inclusiva, dos pontos de vistas consensuais, dos diversos interlocutores, constitui um bom método para a resolução de conflitos, para solucionar problemas que, inicialmente, se apresentavam insolúveis, bem como para obtenção de resultados que favorecem a compreensão e o respeito entre os cidadãos, os quais têm que ser competentes, no relacionamento interpessoal, através da comunicação verbal e não-verbal, para que o resultado final “ganha/ganha” seja alcançado.

Também a frontalidade de um diálogo leal, sem rodeios, confiando na capacidade de compreensão, tolerância e interesses comuns. Cada vez restam menos dúvidas de que só com a Lealdade nas relações pessoais se consegue o entendimento para alcançar os melhores resultados. Não tenhamos medo de ser leais para com quem se relaciona connosco de boa-fé.

Investir na comunicação torna-se um imperativo estratégico, que revela bom-senso, objetivos altruístas e prevenção no que respeita a garantir um futuro mais tranquilo para a humanidade, de melhor qualidade e níveis de vida, mais próximos da verdadeira dignidade humana, esta considerada como o expoente máximo de toda a criação.

A pessoa, genuinamente humana, não pode viver mais num ambiente de crescente selvajaria, no sentido do “vale tudo”, do “quero, posso e mando”, dos nacionalismos exacerbados, dos fundamentalismos violadores dos direitos e deveres dos cidadãos, das aberrações discriminatórias pela negativa.

A comunicação, como ciência, obviamente, representa uma parcela da realidade que estuda, isto é, a dimensão comunicacional da pessoa, esta, por sua vez, insere-se noutras realidades, que são explicadas cientificamente, ou não, sempre através da comunicação verbal e/ou não-verbal.

Confirma-se, com preocupante notoriedade, a crescente necessidade de formação, essencialmente no domínio da comunicação humana, para todos os grupos: sociais, profissionais, culturais, políticos, económicos e quaisquer outros, partindo da realidade existente. Neste como noutros domínios, é imperativo consolidar-se um sistema de “Formação ao Longo da Vida”.

A evidência do desentendimento é uma situação que se coloca à sociedade, sem quaisquer dúvidas. As razões invocadas pelas partes desavindas são imensas, tornar-se-ia exaustivo enumerá-las, até porque tal elencagem ficaria inacabada. Importa, aqui, destacar apenas uma, que se prende com a ineficácia da comunicação.

A arte de comunicar envolve o conhecimento de fatores que, em determinadas circunstâncias, constituem barreiras à comunicação, entre outros: fatores pessoais, sociais, fisiológicos, psicológicos, personalidade; linguagem. Fatores que o agente da comunicação sabe utilizar e/ou evitar.

Este saber construir a comunicação, numa perspetiva estética, à escala do belo, certamente que é próprio do artista, por isso se pode aceitar a comunicação como arte, eventualmente, uma arte muito difícil de aprender (se é que a arte se aprende!), porque envolve interações entre pessoas, frequentemente, face-a-face, sujeitas a influências, pressões, valores, interesses e muitas outras variáveis, imprevisíveis e não controláveis.

Pela comunicação se constituem contactos, se negoceiam condições, se encontram soluções, novos conhecimentos foram adquiridos, outras relações se estabeleceram. A comunicação sempre esteve presente nas relações que, ao longo dos projetos e da vida, foram necessárias e desenvolvidas, implícita ou explicitamente, com objetivos pré-estabelecidos ou alterados e fixados no decurso da comunicação. Sempre, e uma vez mais, a comunicação a conduzir os destinos da humanidade em geral, e do indivíduo em particular.

Um dos segredos para o sucesso comunicacional, poderá residir na aplicação de uma ética do diálogo, aqui considerada como uma deontologia, isto é, um conjunto de deveres que os interlocutores devem assumir, como se se tratasse de uma situação profissional. O diálogo profissional, entendido como um conjunto de capacidades e competências, no respeito por deveres recíprocos, na perspetiva assertiva.

Uma das possíveis chaves para o sucesso pode, então, passar por uma atividade comunicacional do tipo relações públicas, com ética, com assertividade, com total comunhão de princípios, regras, valores, deveres e direitos, ou, na impossibilidade de tal convergência, no respeito pelas diferenças. Exige-se que a comunicação seja de nível profissional, com técnicas adequadas e verdadeiras, como se impõe em qualquer atividade, entre pessoas civilizadas.

Sejam quais forem as circunstâncias, as estratégias, os recursos e os objetivos, a comunicação deve revestir as caraterísticas de: clareza, objetividade, assertividade, escuta ativa, sem preconceitos; sem formulação de juízos de valor; deve utilizar uma linguagem correta, do ponto de vista das regras e simplicidade, para uma boa compreensão, indiscutivelmente, deve conter o valor da lealdade.

A formação no domínio da comunicação verbal e não-verbal, deve ser considerada uma prioridade mundial, um investimento altamente rentável, a médio prazo, para o êxito de todas as atividades humanas, inclusive para a obtenção do sucesso de cada um em particular, mas também de quase todos, e da paz universal, no sentido em que aqui lhe é dado.

O relacionamento humano, verdadeiramente vivido, assente em princípios, valores, sentimentos e emoções, é tanto mais profícuo, quanto melhor se desenvolver o contacto com quem se deseja conviver, precisamente, a partir de atitudes de respeito, amabilidade, generosidade e atenção máxima, prestada à pessoa que pretendemos para o nosso convívio, de acordo com o contexto em que a relação se desenvolve, sendo certo que a escuta ativa, interessada e reciprocamente partilhada, será sempre um bom começo de conversa e relacionamento duradouro.

É verdade que a consideração e a estima por alguém, com quem se ambiciona iniciar, desenvolver e consolidar uma relação leal, ou manter uma já existente, revelam respeito e também carinho, o que facilita o aprofundamento de uma saudável cumplicidade que, balizada naqueles e noutros valores, manter-se-á, praticamente, indestrutível.

Saber escutar é, portanto, um exercício difícil, talvez uma das virtudes mais complexas de se compreender e aplicar na vida prática, mas o certo é que, normalmente, um bom relacionamento, entre duas ou mais pessoas, tem sempre subjacente um comportamento de escuta humilde, interessada, carinhosa e estimulante para quem tem a necessidade de ser escutado. Consiste na predisposição de ajudar, porque só escutando, com magnanimidade e compreensão, é que se pode interiorizar e entender o que nos está a ser relatado.

Aceita-se, sem quaisquer complexos, que se confia muito mais rápida, e duradouramente, numa pessoa que revela por nós consideração e estima, que escuta atentamente as nossas conversas, do que uma outra pessoa, extremamente prolixa que, como se costuma dizer: “fala pelos cotovelos”, que fala por ela e pelos outros, porém, quase sempre, utilizando o autoelogios, a incessante e enfadonha busca da  notoriedade, protagonismo, porque o seu ego, a sua vaidade, não têm limites.

 

 

«Proteja-se. Vamos vencer o vírus. Cuide de si. Cuide de todos». Cumpra, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. Estamos todos de passagem, e no mesmo barco chamado “Planeta Terra” de onde todos, mais tarde ou mais cedo, partiremos, de mãos vazias!!! Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque será «o único capital que deixaremos aos vindouros» Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música.  https://youtu.be/_73aKzuBlDc

 

 

 

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domingo, 4 de julho de 2021

Lealdade Relações Pessoais: Relações Humanas

 A comunicação é uma inevitabilidade cultural e antropológica, sempre acompanhada de atitudes e expressa por uma linguagem verbal, e/ou não verbal. O relacionamento interpessoal provoca, necessária e inevitavelmente, determinados comportamentos comunicativos: uns, eventualmente, premeditados, estudados e treinados; outros, espontaneamente.

É possível, a partir do exercício persistente e de boas práticas, a nível da comunicação educacional, preparar o uso da língua com correção, elegância, naturalidade e eficácia. A instituição de um paradigma comunicativo impõe-se, hoje, à sociedade universal, sendo urgente implementar todos os recursos possíveis, para que o relacionamento humano intercultural, interreligioso, intergrupos, interplanetário, seja uma regra e não uma exceção.

A comunicação é uma daquelas atividades humanas que todos conhecem, mas poucos conseguem definir, pelo menos no seu sentido mais abrangente, desde logo, porque, e simplesmente: a comunicação é falar uns com os outros, é televisão, rádio, imprensa, internet; é divulgar informação, é o próprio penteado, é a obra de arte, qualquer que seja o seu estilo e época, é a crítica literária.

Pode-se ficar com a ideia de que o ser humano está sujeito à inevitabilidade de comunicar, que consiste no facto de alguém ser capaz de não-comunicar, porque a simples presença de um indivíduo envolve a emissão de mensagens, com significados determinados, para os seus intérpretes. Voluntária ou involuntariamente, o comportamento humano tem sempre um valor de mensagem para quem o lê.

A comunicação é, portanto, uma inevitabilidade cultural e antropológica, sempre acompanhada de atitudes, e pode ser de dois tipos: verbal, que constitui a forma privilegiada da comunicação pela palavra falada ou escrita; não-verbal, que enfatiza, clarifica, exemplifica e contradiz os elementos verbais.

Os indivíduos agem e comportam-se socialmente: uma conduta individual toma as outras pessoas como objeto e, essas pessoas, são interlocutoras e parceiras, respondem às ações do indivíduo considerado, embora, as relações não sejam sempre desta forma; à comunicação corresponde um determinado efeito social, já que dela resulta a modificação do comportamento ou da convicção do recetor, porque misturando elementos intencionais e devidamente calculados, com elementos espontâneos e, até certo ponto, involuntários, a comunicação produz mudanças modificadas nos comportamentos.

O relacionamento humano seria impossível sem o ato comunicativo, entendido este como uma interação entre pessoas que desejam a convivencialidade societária, seja em contexto familiar, profissional, social, religioso ou outro.

As relações humanas pressupõem: diálogo, troca de ideias, transmissão de conhecimentos, divulgação de factos, manifestação de sentimentos e tantas outras intervenções, só possíveis pela comunicação, verbal, e/ou não verbal, lealmente desenvolvidas entre os interlocutores.

Em geral, as pessoas que são boas a ouvir, tendem a ser boas a comunicar com eficiência, por exemplo: nos contactos com a Comunicação Social, é fundamental utilizar-se uma comunicação eficaz, justamente, através de uma escuta ativa. A importância dada ao ouvinte, atencioso, significa um grande contributo para que a comunicação humana seja proveitosa, para os interlocutores envolvidos. Em certas situações, bem específicas, mais importante do que falar é ouvir, todavia, nem todas as pessoas têm bem apurada esta faculdade, não no sentido patológico, antes na perspetiva cultural, educacional e técnica.

O relacionamento interpessoal provoca, necessária e inevitavelmente, determinados comportamentos comunicacionais: uns, eventualmente, premeditados, estudados e treinados; outros, espontaneamente. Apesar de tais limitações, é possível caraterizar os diversos comportamentos comunicacionais, a partir de critérios definidos: a) Afirmatividade do comunicador (transparência da linguagem); b) Respeito pelo interlocutor (respeito pelo outro.

A comunicação humana, no sentido em que produz reações, quer no emissor, quer no recetor, constitui uma capacidade única e exclusiva do homem, embora ensinada, aprendida, sempre melhorada e exercida desde a mais tenra idade. A sociedade humana não teria atingido os elevados níveis de desenvolvimento, em todos os domínios da sua intervenção, se não tivesse criado e aperfeiçoado toda a estrutura linguística verbal e não-verbal. O conhecimento, a ciência, a técnica e até os domínios mais esotéricos não teriam progredido até ao ponto em que atualmente se encontram.

Naturalmente que a comunicação aqui entendida, também, no sentido da resolução de problemas, principalmente através do diálogo interpessoal, constitui um instrumento poderosíssimo, que urge saber manusear. A lealdade comunicacional é uma posição-chave, positiva nas relações pessoais.

É possível, a partir do exercício persistente, e de boas práticas, a nível da comunicação educacional, preparar o uso da língua com correção, elegância, naturalidade e eficácia, naturalmente sem menosprezo por uma segunda ou terceira língua que, indiscutivelmente, hoje se reconhece como necessário no desenvolvimento das relações humanas, e na concretização dos projetos transfronteiriços, nos vários setores das atividades humanas. O domínio da linguagem não-verbal é decisivo para o êxito, ou fracasso, de uma comunicação que visa resultados conciliatórios, na resolução de um conflito, por isso e uma vez mais se recorda a linguagem assertiva, sincera, transparente, verdadeira, justamente, para não cair-se em contradições, entre o que é pensado, o que é dito e o que é gesticulado.

Diz-se que se está numa situação argumentativa, entre outras, sempre que se é chamado a tomar posição face a algo: seja a uma atitude, a um ato, a um projeto, a uma decisão, a um critério. Argumentar é, também, comunicar, e daí a conveniência de se conhecer bem o recetor, para que se verifique uma compreensão cabal do discurso argumentativo, e os efeitos da argumentação possam ser controlados pelo emissor, o qual tem uma intenção que visa um efeito sobre o recetor.

Hoje, discute-se tudo e em qualquer lugar, de muitas maneiras e em muitos domínios, somos constantemente desafiados a construir uma argumentação: quer se trate de defender uma opinião, justificando uma escolha; quer se trate de introduzir uma reclamação, de apresentar um requerimento, de procurar um emprego. Nesta época pós-moderna, em que as propagandas de todos os tipos são cada vez mais insinuantes e pressionantes, a juventude tem que ser, mais do que nunca, iniciada no conhecimento das técnicas de persuasão, com as quais é diariamente metralhada, a fim de poder tomar opções adequadas aos seus legítimos interesses.

A sociedade é emaranhada, porque constituída por indivíduos únicos, também eles complexos, titulares de direitos e deveres individuais e coletivos. Qualquer que seja o papel que cada indivíduo, ao longo da sua vida, vá desempenhando, ele terá sempre a inevitabilidade de se relacionar com o seu semelhante, sendo que uma grande parte do seu relacionamento se verifica em duas situações, maioritariamente bem definidas, no seu percurso biossocial: na família, na actividade profissional.

A tónica para o desenvolvimento de relações humanas sadias, sinceras, frutuosas e duradoiras, passa pela ação comunicacional, pelo ato comunicativo entre pessoas, entre grupos, entre nações. Não haverá outro caminho mais seguro e pacífico do que aperfeiçoar todas as técnicas, estratégias, metodologias, para uma prática de relações humanas que possa estar acima de todo e qualquer interesse ilegítimo. A instituição de um paradigma comunicacional impõe-se hoje à sociedade universal, sendo urgente implementar todos os recursos possíveis para que o relacionamento humano intercultural, inter-religioso, intergrupal, interplanetário, seja uma regra, e não uma exceção.

«Proteja-se. Vamos vencer o vírus. Cuide de si. Cuide de todos». Cumpra, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. Estamos todos de passagem, e no mesmo barco chamado “Planeta Terra” de onde todos, mais tarde ou mais cedo, partiremos, de mãos vazias!!! Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque será «o único capital que deixaremos aos vindouros» Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música.  https://youtu.be/_73aKzuBlDc

Venade/Caminha – Portugal, 2021

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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