domingo, 31 de outubro de 2021

LIMITES DA CIÊNCIA

 A História da Ciência, nas suas diversas especialidades, tem vindo a ser reescrita, permanentemente, na medida em que a investigação avança, assim, a Ciência e também a Técnica progridem, porque ambas estão associadas: “Ciência sem aplicação prática, não tem qualquer utilidade; Técnica sem bases científicas e/ou empíricas, também não conduz aos melhores resultados.

Parte significativa da humanidade, não teria as condições de vida de que hoje, se não houvesse o contributo ininterrupto da Ciência que, em alguns domínios, evolui de forma extremamente acelerada, a tal ponto que: os respetivos resultados, a que ontem se chegou; amanhã, podem estar completamente ultrapassados, ou seja, é caso para se afirmar que: o que ontem era verdade; hoje poderá ser inverdade.

Atualmente, primeiro quarto do século XXI, pode-se afirmar que a Ciência está envolvida em todos os domínios da erudição: quer o que respeita à pessoa humana; aos animais e a toda a natureza em geral, incluindo-se, desde há muitas décadas, o estudo do espaço sideral, portanto, para além da Terra, fornecendo novos conhecimentos, a motivação para os aprofundar e utilizar.

A Ciência existe, consequentemente, para o bem e para o mal, por isso: «A sociedade contemporânea, encontra-se frente a uma questão que jamais, como agora, foi colocada com tal urgência e dramaticidade. Trata-se da escolha entre o desenvolvimento incondicionado da pesquisa científica, implementando todas as possibilidades que esta comporta, e a limitação das aplicações no campo tecnológico, genético, informático, por motivos de defesa ambiental de utilização correta dos recursos naturais, de respeito pelas tradições culturais de diversos povos, de atenção à dignidade do homem e de cautela frente a eventuais formas de manipulação do indivíduo e da espécie.» (DENNY, 2003:262).

Existe, seguramente, uma questão ética que a Ciência não pode ignorar. Os investigadores têm regras morais e deontológicas a observar, não as podendo violar, sob pena de transformar a pessoa humana e a própria natureza em meros objetos instrumentais para atingirem fins, eventualmente, nocivos à sociedade no seu todo, e/ou às pessoas, individualmente consideradas, atingidas pela investigação.

É importante, e necessário, que os cientistas desenvolvam o seu trabalho, quase sempre meritório e benéfico, até aos limites da eticidade, para se evitar qualquer atentado à dignidade da pessoa humana, e às condições de equilíbrio da natureza, porque: «As ações humanas não se inscrevem simplesmente no quadro do mundo, mas criam o mundo e podem influir de modo decisivo no curso da História. A realidade, seja aquela natural, seja aquela histórico-social, não é uma estrutura para atingir livremente a satisfação egoística das necessidades humanas, mas um sistema de inter-relações, em cujo interior os homens estão inseridos, contribuindo para defendê-lo e desenvolvê-lo de modo correto.» (Ibid.:271).

Sabe-se que, tal como muitas pessoas, a Ciência sempre está “ao serviço de Deus e do Diabo”, ou seja: para o bem e para o mal, respetivamente, e quando o resultado da aplicação das suas fórmulas e leis é negativo, a própria Ciência também tem solução para estas situações.

Com efeito: «Muitos cientistas percebem, hoje, a responsabilidade por terem fornecido ao poder político meios de destruição e de terror e de terem contribuído para um uso de conhecimentos científicos nem sempre em conformidade com as exigências de salvaguarda da natureza, de desenvolvimento equilibrado da civilização tecnológica, de respeito pelas diversas tradições culturais e de uma distribuição equitativa das vantagens derivadas do desenvolvimento científico.» (Ibid.:276).

Investigar, produzir fórmulas, testar, elaborar leis científicas, realmente é função da Ciência, mas sem colocar em causa os legítimos deveres e direitos das pessoas que, salvo em circunstâncias muito especiais, e na condição de voluntariado previamente esclarecido, não devem ser sujeitas, compulsivamente, à condição de “cobaias” para experiências, por muito bem-intencionadas que estas sejam.

(Cabe aqui uma breve anotação em tempo útil: o mundo está a viver, neste ano de 2020, uma das piores pandemias, desde a última gripe espanhola em 1918-20, que matou centenas de milhares de pessoas. Hoje, estamos a enfrentar o COVID-19, uma pandemia terrível, iniciada, presumivelmente, na China. Os infetados são às centenas de milhares; os desempregados, atingem milhões de pessoas e os óbitos também somam centenas de milhares. Os cientistas, investigadores, técnicos de várias áreas estão a trabalhar incessantemente para a descoberta de uma vacina e aina antes de um fármaco que cure esta doença terrível).

A própria investigação das polícias científicas, não pode ultrapassar os limites da ética e da deontologia, sob pena de devassar a vida privada, íntima e até familiar da pessoa investigada. Há, tem de haver, restrições para o uso e “abuso” das técnicas investigatórias, ressalvando-se, excecionalmente, situações que envolvem o crime organizado, o terrorismo e outras violências contra a integridade física das pessoas e da humanidade.

Rejeitando-se, portanto, as situações excecionais, algumas delas já referidas, concorda-se que: «É preciso que haja plena liberdade de pesquisa, mas esta deve ser vista sob a ótica da responsabilidade, da seriedade, do rigor. O conhecimento é um valor, um instrumento de crescimento e libertação do homem, mas não pode ser separado de outros valores igualmente importantes, como o respeito pela pessoa e por sua dignidade, bem como a defesa do ambiente natural, na convicção de que se têm responsabilidades precisas com relação às gerações futuras.» (Ibid.:279).

Se a sociedade deseja aumentar a sua qualidade de vida, a perspectiva de uma existência mais prolongada, e todo um conjunto de melhorias materiais, que proporcionam conforto e bem-estar, então não se pode restringir a pesquisa científica a limites mínimos, que ficam muito aquém do respeito pela ética e deontologia, e que impedem a descoberta de soluções, para os imensos problemas existentes e os que já se sabem virão outros a “caminho”.

O bom senso, o meio-termo, adotar o mal menor, parecem ser as atitudes que melhor favorecem a humanidade, até porque, “não há bela sem senão”. É fundamental confiar o nosso destino coletivo, mas também individual, aos cientistas, investigadores e aos técnicos, qualquer que seja o domínio da pesquisa/ingerência, porque é impossível, desaconselhável e inadequado obstaculizar o desenvolvimento técnico-científico.

A liberdade investigatória que se deve conceder à Ciência, naturalmente que deve ser balizada nas realidades que a circundam, tanto mais que a infalibilidade não lhe é um atributo absoluto, porque: «É preciso deixar de olhar a ciência como um formalismo matemático abstrato que procede autonomamente na base de um mecanismo lógico. Ela tem um caráter histórico, limitado e falível. Como tal, ela deve ser encarada como uma aventura do pensamento humano, que procura conhecer e compreender a realidade natural.» (Ibid.).

Atualmente, seria impensável a humanidade viver sem o contributo da Ciência, bem como de outras áreas do conhecimento, através das quais, o ser humano manifesta a sua inigualável capacidade de criar, produzir, alterar, a realidade que a circunda, ainda que em parte. Pela especificidade da Ciência, da Técnica, das Artes e das Letras, da cultura, pode-se dizer que é possível conduzir a sociedade para uma vida melhor, para um mundo mais pacífico, assim o queiram os responsáveis pelos diversos setores, das atividades humanas.

A complementaridade entre a Ciência, a Tecnologia, as Artes, as Letras e a cultura, é necessária, e não pode haver, nem é possível, conhecimentos e práticas estanques. Nesta medida: «Pode-se considerar a ciência como um produto típico da humanidade enquanto tal. A razão é a criatividade. A reflexão filosófica revela que a característica do homem como pessoa é precisamente a criatividade, ou seja, a capacidade de produzir, por meio da inteligência e da vontade, qualquer coisa de novo, antes inexistente. Ora, a ciência é verdadeiramente criativa. A sua criatividade consiste no agarrar com a mente a estrutura da matéria até o ponto de compreendê-la e dominá-la. Tal descoberta se exprime na descoberta científica.» (Ibid.:312).

O que se verifica, e ao contrário do que muitas pessoas pretendem insinuar, segundo as quais, a Filosofia não produz conhecimento, nem resolve problemas, apenas levanta “dificuldades”, “questões” de difícil resposta, esquecendo que há mais de dois milénios e meio, a Filosofia já era considerada a “árvore” do conhecimento, da sabedoria, de onde dimanaram e foram surgindo as várias ciências.

Na verdade: «Uma forma ainda mais importante trazida pela ciência é a filosófica. É bom notar que o advento da ciência é chamado comumente, como o termo da Revolução Cultural. É um fato que o fenómeno merece esta designação em sentido literal.» (Ibid.:314).

Para a grandeza ou desgraça da humanidade, fique-se com a noção, sempre suscetível de ser reformulada e atualizada, de que: «A ciência tende a transformar-se em uma tirania da natureza e, também, do homem. A ciência, sozinha, não basta para satisfazer o desejo ideal e de sentido, do qual a própria ciência nasce. E é a partir daí que o homem, que não crê em coisa alguma, abandona-se a um falso ideal, que consiste em manipular ao capricho da natureza o próprio homem. A origem da ciência deu-se por causa de homens enamorados pelo mundo. Mas, desiludido com o amante da natureza, o homem de ciência tornou-se tirano. Quando o conhecimento-poder substitui o conhecimento-amor, a ciência torna-se sádica.» (Ibid.:330)

 

Bibliografia.

 

DENNY, Ercílio A., (2003). Fragmentos de um Discurso sobre a Liberdade e Responsabilidade. Campinas, SP: Edicamp

 

«Protejam-se. Vamos vencer o vírus. Cuidem de vós. Cuidem de todos». Cumpram, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. Estamos todos de passagem, e no mesmo barco chamado: “Planeta Terra”, de onde todos, mais tarde ou mais cedo, partiremos, de mãos vazias!!! Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque será o único “CAPITAL” que deixaremos aos vindouros: “O PERDÃO”.  Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música: 

https://youtu.be/DdOEpfypWQA 

 

https://youtu.be/RY2HDpAMqEoo  https://youtu.be/-EjzaaNM0iw    https://youtu.be/PRFkpwcuS90  https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc  https://www.youtube.com/watch?v=RCDk-Bqxfdc  https://www.youtube.com/watch?v=ispB4WbcRhg

 

 

Venade/Caminha – Portugal, 2021

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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domingo, 24 de outubro de 2021

Um Mundo Ético

 Em quaisquer circunstâncias, atividades, projetos, relações interpessoais e societárias em geral, entre muitas outras situações, a ética deveria ser o princípio, o valor, o comportamento fundante para um mundo melhor, nos diferentes contextos, em que a pessoa humana vai agindo, ao longo da vida e, pode-se afirmar, que em cada cenário, um novo papel é preciso representar.

As boas-práticas devem ser adquiridas, realizadas e consolidadas, tendo por farol orientador a experiência, porque: «A experiência ética é uma experiência pessoal em um sentido singular: apenas a pessoa pode intencionar o valor e torná-lo historicamente presente na ação e no tempo. O valor ético encontra a sua realização plena na pessoa. As diversas dimensões da experiência ética convergem para a construção da pessoa como sujeito ético capaz de uma resposta ao valor.» (DENNY, 2003: VII – Prefácio).

A ética, enquanto valor moral, no conceito Kantiano, segundo o qual: “não devemos desejar para os outros o que não desejamos para nós”, vem sendo cada vez mais ignorada, infelizmente, em quase todas as atividades humanas, incluindo as de natureza política, religiosa, negócios, entre outras. Há como que uma perceção de “meio mundo a enganar outro meio” ou, eventualmente, estas duas proporções estejam desfasadas para pior, ou seja: a maior parte das pessoas não olha a meios para atingir os fins que mais lhes interessam, sem respeito pelos direitos dos seus iguais.

O exercício do valor moral envolve, para a pessoa ética, uma dimensão decente, suportada pela virtude, para que o comportamento coerente e idóneo não ofereça quaisquer dúvidas, sabendo-se que uma pessoa assim formada será sempre credível, conveniente e merecedora de respeito.

A ética, na perspetiva da moral é, portanto, uma virtude, e sabe-se que: «Qualquer virtude supõe uma resposta fundamental a uma esfera de valores, uma resposta que é determinação concreta daquela atitude fundamental. Uma atitude geral torna-se virtude quando forja a personalidade inteira e assinala essencial e profundamente o caráter.» (Ibid.: IX - Prefácio).

Refletir, e depois tentar aplicar, na vida corrente, o valor ético, enquanto virtude de moral, seguramente que não será nada fácil para a pessoa humana, que é, e continuará a ser, sempre um ser limitado, imperfeito, condicionado por diversas variáveis: umas intrínsecas; outras externas, não sendo possível desenvolver um esforço para se melhorar o relacionamento na sociedade, na família, no círculo de amigos e noutras atividades que não envolvem interesses objetivamente materiais.

Aceita-se que: «As ações, as atitudes internas e as virtudes constituem as três dimensões da experiência ética. Estas circunscrevem os âmbitos concretos de uma dúplice atualização: o valor no seu encarnar-se histórico, e a pessoa na sua identidade própria de sujeito ético. A experiência ética é, na sua essência, a experiência de um encontro entre o valor e a pessoa no ato de uma resposta, num ato de liberdade.» (Ibid.: X-Prefácio).

O mundo é um espaço dinâmico, no qual se criam, desenvolvem, lutam e/ou se harmonizam diferentes forças, interesses, situações e objetivos, por isso, a penetração da ética encontra imensas resistências, porque, também, o ser humano, em geral, estará mais preparado para “disputar” os seus próprios interesses, do que incorporar-se num projeto coletivo, para o bem-estar da maioria da sociedade.

O avanço, surpreendentemente, acelerado da ciência, da técnica e da tecnologia, por vezes não se compatibiliza com o valor ético, no seu sentido moral. Na verdade: «No passado, no clima de estabilidade de um mundo solidariamente estruturado, a ética podia com uma certa facilidade, dar diretivas simples e claras com a convicção sincera de resolver qualquer problema. Hoje, em um mundo em contínua transformação, caracterizado por um progresso sem precedentes mas, também, pela emergência de problemas graves, a discussão tornou-se mais complexa. A revolução tecnológica tornou possível um aumento de bem-estar, antes impensável, mas também criou riquezas imensas, de um lado, e miséria imensa do outro, constituindo uma ameaça constante à paz.» (Ibid.:100).

Como hipótese de reflexão, muito séria, pode-se partir da posição individual de cada pessoa que, habitualmente, defende nunca estar completamente satisfeita com o que tem, e/ou não tem, porque: se possui muita riqueza material, pode ser muito débil ao nível da saúde; se ama, intensamente, alguém e não é correspondida, não será muito feliz; se tem um projeto de vida e este não se concretiza plenamente, é natural que se considere frustrada e desiludida.

Por vezes, a vida não se desenvolve como se deseja, porque não utilizamos, nem praticamos certos valores, muito embora, unilateralmente, os exijamos aos outros, quase sempre a pessoas, profissionalmente dependentes ou que devem favores difíceis de “pagar” e/ou retribuir. Falta-lhes o sentido ético com que devem orientar a própria existência.

A sociedade, ainda bastante estratificada, na sua maioria, vê o valor ético como um “adorno”, um “enfeite” para, hipocritamente, o exibir, contudo, não o praticando, genuinamente, sabendo, mesmo assim, que certos comportamentos “não-éticos”, conduzem a situações complexas, de consequências imprevisíveis, onde tudo pode acontecer, inclusive, o conflito violento e, até, a morte física.

Por isso é que: «Em um mundo caraterizado por uma grave desorientação no plano dos fins, a primeira função da ética é transmitir uma força capaz de transformar a pessoa, abrindo-se ao mistério do outro. Quando, no centro da ética, não se coloca o outro, mas a defesa narcisística da imagem de si, constroem-se atitudes profundamente não idênticas.» (Ibid.:110).

Hoje, ninguém está livre de precisar de alguém: por muito poder que possua; por muitos bens e riqueza material que tenha, sempre haverá algo que não se consegue obter por nós mesmos, carecendo-se dos conhecimentos, do apoio, da influência, da boa-vontade de uma outra pessoa, com a qual, e não só, devemos manter um relacionamento ético, sob pena de não sermos atendidos.

A vida e o mundo estão repletos de obstáculos, as tais “esquinas” que por diversas vezes temos invocado, noutras reflexões. Os altos e baixos que vivenciamos, ao longo do nosso percurso existencial, são constantes, embora, algumas vezes, muitas pessoas não os deem a conhecer, mas a verdade é que não há vidas perfeitas, sem problemas, nem dificuldades, pelo contrário, quando menos se espera, surge um obstáculo, que nem sempre se consegue vencer sozinhos.

Em bom rigor, é sabido que: «Vivemos um mundo que se encontra em uma difícil passagem cultural, rico de instrumentos, mas privado de prospectiva de um fim, capaz de recompor em uma unidade a sua fragmentação de propostas e de contra propostas de regionalismos e fundamentalismos. No atual impasse de um utilitarismo fechado no ter, é necessária uma reação profética, um anúncio de esperança de um sentido que não é possuído, mas oferecido ao homem, e que lhe permite instruir uma hierarquia de valores entre as diversas realidades do seu mundo.» (Ibid.:111)

Acredita-se que na verdade, a ausência de valores positivos, na perspetiva do humanismo, da solidariedade, da amizade, da lealdade, da cumplicidade, do amor, da felicidade e da paz, tem dificultado o caminho para um mundo melhor,  no qual cada pessoa se possa sentir realizada, nas suas diferentes dimensões humanas: política, religiosa, profissional, cultural, cívica, enfim, onde a democracia, a liberdade, a igualdade de oportunidades, o progresso, o pleno emprego e a equidade social sejam os pilares da dignidade da pessoa humana, como é de seu direito inquestionável.

  

Bibliografia.

 

DENNY, Ercílio A., (2003). Fragmentos de um Discurso sobre a Liberdade e Responsabilidade. Campinas, SP: Edicamp

  

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Venade/Caminha – Portugal, 2021

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domingo, 17 de outubro de 2021

A Transitoriedade do Poder

 O exercício do Poder, qualquer que seja a sua natureza: parental, militar, político, religioso, empresarial, institucional, social, entre outros, não é imperecível, bem pelo contrário, quantas vezes acontece que o seu período de duração, inicialmente previsto, é interrompido, pelos mais diversos motivos: falecimento, doença grave impeditiva, perda de mandato devida a atos injustos, ilegítimos e/ou ilegais cometidos, indignação dos subordinados com recurso à força, greve e/ou à justiça, para derrubar aqueles que, abusando do Poder, perseguem, humilham, discriminam, negativamente, uns em favor da concessão de privilégios a outros. O Poder é, portanto, efémero.

Quando alguém é promovido, nomeado ou eleito para o exercício de um determinado Poder, não deve ignorar as suas origens pessoais, a proveniência social, profissional e estatutária, que ao longo da vida tem adquirido, bem como ter sempre presente que o exercício do Poder, é tanto mais valorizado quanto possibilita a resolução de problemas e situações negativas, que afetam os subordinados do detentor desse mesmo Poder.

Com efeito, prejudicar alguém: física, psicológica, moral, profissional e financeiramente, através do Poder despótico, desumano e persecutório, é próprio de líderes doentes, fracos e cobardes, que se escudam nas competências que, alegadamente, as normas lhes conferem, para dominarem, quantas vezes, impiedosa e ilegitimamente, todas as pessoas que se lhes opõem lealmente, ou não concordam com as suas ideias, ou, ainda, lhes não satisfaçam as vontades, por vezes as mais disparatadas, ou até ofensivas à honra, reputação, bom-nome e dignidade do empregado.

É insuficiente ser-se promovido, nomeado ou eleito para uma específica liderança, se a pessoa que vai assumir o Poder, estiver imbuída de planos, estratégias e métodos ardilosos, que visam interesses próprios ou de “compadrios” ou, ainda, de uma certa “clientela”, em prejuízo dos demais colaboradores.

O exercício do Poder não é compatível com atitudes negativamente discriminatórias, de favorecimento de uns tantos amigos em prejuízo dos restantes colaboradores e, em circunstância alguma, é admissível qualquer tipo de perseguição, represália ou vingança, porque estes comportamentos são próprios dos ditadores, com caráter duvidoso, sem princípios, nem valores nem sentimentos.

Toda e qualquer liderança que promove a divisão, o favorecimento e privilégios para os amigos, e que à mais insignificante falha dos demais, logo aciona os mecanismos para a punição, de forma arbitrária, unilateral e ilegítima, quando não, ilegal, não tem condições para exercer o Poder com dignidade e humanismo.

É sabido que o Poder é efémero: “dura enquanto durar”, por isso, mais cedo ou mais tarde, termina e, muitas vezes da pior maneira para quem o exerceu com autoritarismo, com parcialidade, com abuso, logo, é importante que as lideranças reflitam sobres os processos, estratégias a que recorrem, os objetivos que perseguem, porque não há, não pode haver, pessoas, colaboradores, empregados, cidadãos de primeira, de segunda ou de terceira categorias.

A pessoa humana nasce livre e igual, com deveres e direitos consagrados nas normas sociais, no direito consuetudinário, nas normas jurídicas, nos usos, costumes e tradições. Naturalmente que os preceitos sociais, que não são de cumprimento obrigatório, poderão não ser suscetíveis de punição quando violados, todavia, a comunidade poderá produzir a censura que ao facto couber.

O cumprimento dos princípios e normas legais, obviamente, compete sempre, em primeira instância, a quem exerce o Poder, que tem o dever de dar os melhores exemplos para os seus subordinados, sem o que não terá autoridade ético-moral nem profissional, para exigir o que ele próprio não cumpre ou não sabe executar, respetivamente. Não basta mandar, não chega ser-se chefe de qualquer organização ou setor, para impor aos outros o que, arbitrariamente lhe vai na cabeça.

A sociedade está cada vez mais repleta de líderes autoritários, em que a vaidade do Poder, lhes perturba a pouca inteligência, e as fracas ideias que possam ter. Hoje, há “líderes” que pela sua inexperiência de vida, pelo narcisismo que levianamente alimentam, e pelo deslumbramento “bacoco” do Poder, não passam de “criaturas-bestiais”, fracassadas na vida, independentemente dos estatutos: social, profissional, e cultural que possam ter adquirido, ou lhes sido concedido, ou herdado.

É uma verdade que está provada na sociedade: grande parte das pessoas que exercem o Poder despótico, pensam e agem como se essa circunstância da vida, fosse perene e que, uma vez assumido o cargo, jamais alguém os destronará, por isso, nesta “convicção” infundada, atuam indiscriminadamente, segundo a tristemente e célebre máxima: “Quero, Posso e Mando”, pisando tudo e todos os que com elas não concordam, ou se opõem aos seus desígnios maldosos.

As instituições, qualquer que seja a sua natureza, cada vez mais carecem de líderes competentes: com educação e formação ético-moral e profissional, resistente a quaisquer tentativas de violação de princípios, valores, sentimentos, normas, deveres e direitos; pessoas que tenham a clarividência suficiente para exercer o Poder com humanismo, idoneidade e tolerância para com os mais frágeis, ajudando os que revelam mais dificuldades.

Uma liderança forte não é a que exerce o Poder ditatorial, que dentro e no âmbito da mesma instituição, persegue subordinados e que favorece amigos, ou que a todo o custo se agarra ao cargo. Um líder democrático, humanista e habilitado, sabe fazer-se respeitar, sem se impor pela ameaça permanente da punição, e consegue identificar o momento em que deve abandonar a liderança.

Costuma-se dizer que: “Na terra dos cegos, quem tem um olho é Rei”. É provável que nos meios pequenos, em muitas instituições, de facto assim aconteça, que surjam os tais “reizinhos” os quais, rapidamente, se autopromovem a “imperadorzinhos” e assim começam a governar a organização, como se fossem uns “iluminados”, e o cargo ficaria para eles o resto da vida: para eles, e para os amigos que passam a “girar” à sua volta, “quais borboletas esvoaçando em redor da lâmpada”, desfazendo-se em bajulações pacóvias.

É muito importante que qualquer candidato, ao exercício do Poder e/ou que o já venha exercendo, tenha a humildade de refletir que será uma situação transitória na sua vida, sabendo-se que quando terminar as respetivas funções, poderá ser bem recebido, ou rejeitado pela sociedade em geral; amado ou odiado por aqueles que estiveram sob as suas ordens e que sobre tudo o que esse líder tiver feito de errado, com intenção de prejudicar alguém, terá de prestar contas.

Todo o líder, suficientemente inteligente, sabe que só tem a ganhar se for imparcial, justo, tolerante, humano, compreensivo, um verdadeiro colega, mesmo em relação aos seus subordinados e que, seguramente, estes lhe saberão retribuir sempre que necessário, porque havendo reciprocidade na troca de princípios, valores, sentimentos e boas práticas de relacionamento, a liderança e os liderados sentir-se-ão motivados, recompensados, gratos e realizados.

««Protejam-se. Vamos vencer o vírus. Cuidem de vós. Cuidem de todos». Cumpram, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. Estamos todos de passagem, e no mesmo barco chamado: “Planeta Terra”, de onde todos, mais tarde ou mais cedo, partiremos, de mãos vazias!!! Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque será o único “CAPITAL” que deixaremos aos vindouros: “O PERDÃO”.  Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música: 

https://youtu.be/DdOEpfypWQA 


https://youtu.be/RY2HDpAMqEoo  https://youtu.be/-EjzaaNM0iw    https://youtu.be/PRFkpwcuS90  https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc  https://www.youtube.com/watch?v=RCDk-Bqxfdc  https://www.youtube.com/watch?v=ispB4WbcRhg


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TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística  http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de 

COMENDADOR das Ciências da Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker – Brasil

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TÍTULO HONORÍFICO DE EMBAIXADOR DA PAZ, pelos «serviços prestados à Humanidade, na Defesa dos Direitos as Mulheres. Argentina»

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DOCTOR HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.

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EMBAIXADOR DA PAZ, TÍTULO HONORÍFICO, outorgado pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos

outorgado pela OMDDH - Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos.  2020 

DESTAQUE SOCIAL INTERNACIONAL outorgado pela OMDDH - Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos. 2020. 

DESTAQUE CULTURAL INTERNACIONAL, outorgado pela OMDDH - Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos. 2020. 

JORNAL CULTURAL ROL. http://www.jornalrol.com.br/diamantino-lourenco-rodrigues-de-bartolo-traz-para-o-jornal-rol-a-alma-literaria-de-portugal/ 

INTERNET JORNAL – O Jornal dos Internautas inteligentes. https://drive.google.com/file/d/1s6X2vYQdAqiOAIRTlCW7nuittHvtXJXO/view 

BIOGRAFIA: https://laosdepoesia.blogspot.com/2017/10/diamantino-bartolo-biografia.html 

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sábado, 9 de outubro de 2021

Amor: implica probidade

 É, provavelmente, um dos sentimentos mais nobre, altruísta, rigoroso e exigente, que importa construir, alimentar, consolidar e preservar, principalmente, quando é verdadeiramente sincero, vivido com entusiasmo, alegria e felicidade total, entre aqueles que se amam, independentemente do estado civil, sem, contudo, se abdicar das convicções mais profundas, princípios, valores e outros emoções que, todavia, não colidam com os superiores desígnios, a que pode conduzir o amor, que, afinal é uma inebriante ventura para os apaixonados.

Quando duas pessoas se amam, ou até mesmo se gostam, verdadeira e incondicionalmente, é óbvio que devem adotar comportamentos recíprocos: de solidariedade, amor e/ou amizade, lealdade, cumplicidade, respeito, confiança mútua e comunhão de objetivos, para conseguirem uma vida feliz a dois, por isso, todos os cuidados serão poucos para garantir uma estabilidade duradoura, numa relação amorosa, ou de amizade, sem reservas nem complexos.

Um amor sincero, e/ou uma amizade verdadeira, entre duas pessoas, que realmente nutrem um desses sentimentos, uma pela outra, devem colocar a respetiva relação no topo das suas prioridades, eliminando tudo o que a possa prejudicar, incluindo, se necessário, determinado tipo de contactos, companhias, convívios, ou simples encontros de alegada cortesia e insinuada boa-educação.

Com efeito, a Probidade é uma arma poderosa para proteger uma relação de amor, ou de amizade, por exemplo, no matrimónio, de tal forma que: tanto a mulher como o homem, devem evitar, ou mesmo afastar-se de certas companhias, ou até de antigos e “prestáveis” amigos, principalmente quando tais pessoas têm um comportamento duvidoso, nos domínios da ética, da moral, da reputação pessoal, profissional e social, no seio da comunidade em que se integram.

O amor, também a amizade, quando verdadeiramente incondicionais, impõem regras, que por vezes originam: dor, mágoa, sofrimento e desilusão, mas também proporcionam imensa felicidade, bem-estar espiritual e uma grande serenidade, por isso, e quando assim é, vale a pena abdicar de certas situações que, determinadas pessoas nos podem causar, levando a um desconforto e comprometimento difíceis de explicar, perante a pessoa que nos ama, ou que gosta de nós e que, retribuímos com idêntica sinceridade e intensidade.

A título, meramente ilustrativo, elabore-se uma breve história: «Um homem ou uma mulher, casados, responsáveis por uma família, com filhos, que na ausência do outro cônjuge se encontra, em local fechado, na penumbra do espaço de uma casa, aí permanecendo horas e horas, sendo que um dos dois, poderá ser uma pessoa solteirona, supostamente muito “vivida” mas com reputação duvidosa.»

Numa situação destas, a pessoa que é casada, que diz amar o seu cônjuge, de certa forma estará a cometer uma grande leviandade, eventualmente, a colocar em perigo o seu próprio casamento, a envergonhar a sua família e, se tiver filhos, a humilhá-los e a estigmatizá-los, talvez para o resto da vida.

O amor inequívoco de uma mulher para com outra pessoa, como também a amizade, são incompatíveis com determinadas atitudes e situações, com o relacionamento com alegados “amigos” que, no seio da sociedade, e não só, têm uma vida depravada, de pornografia, talvez também de pedofilia, noitadas, prostituição, álcool, drogas e tudo o mais que uma “criatura-bestial”, possa adquirir ao nível dos maus hábitos e vícios. O mesmo vale para o homem casado, quando acompanha uma mulher com aquelas caraterísticas. Seguramente que o fim, a curto ou médio prazos, não poderá ser bom

A sociedade de hoje é extremamente vulnerável e, simultaneamente, exigente e crítica, desde logo com o recurso às redes sociais, onde as pessoas colocam, indiscriminadamente, todo o tipo de imagens, frases, comentários, insinuações, “entrelinhas”, malevolamente direcionadas, atingindo, assim, valores essenciais da dignidade humana.

É possível, atualmente, através de rápidas investigações, ter-se uma ideia dos “gostos” e “preferências” das pessoas, mesmo que elas afirmem o contrário, isto é: quando declaram que o que escrevem, comentam e fotos que inserem, não corresponde ao que realmente elas são; outras dizem que as redes sociais servem para se divertirem, não para revelarem as suas personalidades, princípios, valores e sentimentos.

Então, se assim é, trata-se de pessoas “exibicionistas”, “engraçadinhas”, “levianas” “machistas” ou “feministas”, talvez uma tentativa de afirmação, porém, infelizmente, pela negativa, pelo nível educacional e cultural mais baixo que existe, pela falta de civismo e formação, por uma ausência de um carater reto, o qual implica respeito por quem frequenta tais redes e, principalmente pelos familiares e amigos, porque afirmar que só me “visita no meu perfil quem quiser” é um argumento de quem se julga no direito de divulgar tudo o que lhe apetece, porque as redes sociais são públicas, logo, o acesso é livre.

Ninguém ignora que nas pequenas comunidades, há um conhecimento, naturalmente, relativo: da vida de cada pessoa; dos lugares que frequenta; dos hábitos/vícios que tem; das companhias com quem se relaciona; os amigos que lhe são mais próximos; enfim, muitos outros aspetos da vida privada e pública.

Ora, acontece que quando se ama, se tem amizade, se gosta de alguém, isso implica a maior Respeitabilidade possível que, no limite, pode levar ao corte de contactos e convivência com pessoas que, de alguma forma, prejudicam a relação com a pessoa que amamos, ou por quem temos amizade. No fundo, trata-se, até, de um comportamento de solidariedade, de lealdade, de estar do lado certo, porque, em boa verdade, é desaconselhável, e não parece coerente, estar-se “com Deus e com o Diabo” ao mesmo tempo.

Quando queremos afirmar, claramente, o nosso amor, ou amizade para com outra pessoa, que também temos a certeza que nos ama, ou gosta de nós, e temos conhecimento que determinadas relações, pela sua natureza, comportamento, hábitos, vícios, falta de idoneidade e caráter, dessa outra pessoa, não são do agrado daquela que efetivamente amamos ou gostamos, devemos afastarmo-nos, porque, de contrário, estamos a ser desleais, a negar o amor ou amizade que dizemos ter pela primeira, podendo esta sentir-se traída, ofendida e humilhada.

Saber escolher os amigos, as companhias que nos ajudam a ser felizes, é uma exigência que o amor verdadeiro para com o nosso cônjuge, ou uma amizade sincera para com um amigo autêntico, nos impõe, por isso, é necessário avaliarmos muito bem a vida, as ocupações, os gostos, a formação ético-moral de quem desejamos para amigo, para nos acompanhar, para tomarmos uma bebida, em público ou em privado, sem que isso afete a nossa dignidade e reputação pessoais.

O amor e/ou a amizade, para serem genuínos, requerem, permanentemente, uma assumida Probidade, a rejeição firme, de tudo e de todos, que possam prejudicar a relação amorosa e/ou de amizade porque, tal como diz o adágio secular: “À mulher de César não basta ser séria; também tem de o parecer”, ou ainda: “Diz-me com quem andas; dir-te-ei quem és”. Esta filosofia popular, com as devidas adaptações, vale, igualmente, para o homem

Atualmente, a sociedade é composta, aliás, como sempre, apesar de hoje, parecer mais do que nunca, por jogos de interesses, relações fáceis, cínicas e dissimuladas, quantas vezes com objetivos inconfessáveis e, neste contexto, é relativamente simples a um indivíduo, ou a uma mulher, prosseguir fins que visam a satisfação de “apetites naturais”, destruindo relações matrimoniais, conduzindo à estigmatização da família, com repercussões negativas irreparáveis nos filhos, à violência doméstica e não só, no limite, ao homicídio ou suicídio,

Amor autêntico, amizade genuína, ambos incondicionais: envolvem grande reserva de comportamento, de atitudes; impõem Probidade total, porque não haverá muitas mais formas de se alcançar a felicidade e/ou o afeto a dois, a proteção, a cumplicidade, a solidariedade e a lealdade, porque são muitos os valores e sentimentos em jogo, para se trocarem por uma simples relação, quantas vezes com predadores/as, que é o que melhor sabem fazer, normalmente com pessoas fragilizadas, imprudentes ou que não têm respeito por quem as ama ou delas gosta.

A vida é demasiado curta para a desperdiçarmos com relações de oportunismo, com pessoas para as quais temos importância enquanto lhes proporcionamos um qualquer benefício e, quando já não temos a “utilidade”, nem a influência, nem o poder, que no passado ostentávamos, aquelas que se diziam nossas amigas, rapidamente nos viram as costas.

Por isso, os autênticos e incondicionais amigos, hoje em dia, são muito poucos, são aqueles que nos manifestam a sua Honorabilidade, que a colocam, sem reservas, ao nosso inteiro dispor, nada exigindo em troca, para além da solidariedade, amor e/ou amizade, lealdade, reciprocidade, cumplicidade e estar sempre do nosso lado, sem quaisquer “jogos duplos” com aqueles que, de alguma forma, já nos ofenderam, humilharam ou se serviram de nós, para satisfação de interesses mesquinhos e inconfessáveis. 

 

«Protejam-se. Vamos vencer o vírus. Cuidem de vós. Cuidem de todos». Cumpram, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. Estamos todos de passagem, e no mesmo barco chamado “Planeta Terra”, de onde todos, mais tarde ou mais cedo, partiremos, de mãos vazias!!! Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque será «o único capital que deixaremos aos vindouros» Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música:  https://www.youtube.com/watch?v=buvEb8oOxkM

 

https://youtu.be/RY2HDpAMqEoo  https://youtu.be/-EjzaaNM0iw    https://youtu.be/PRFkpwcuS90  https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc  https://www.youtube.com/watch?v=RCDk-Bqxfdc  https://www.youtube.com/watch?v=ispB4WbcRhg

 

Venade/Caminha – Portugal, 2021

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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