domingo, 28 de abril de 2024

PREPONDERÂNCIA DA INFORMAÇÃO.

 Comprovadamente, o homem é um ser eminentemente social, sendo imprescindível a presença do outro, na circunstância do seu semelhante, com o qual manterá a comunicação que em cada caso se justifique, porque o ato de comunicar nasce da necessidade de os seres humanos estabelecerem relações, quer associados em pequenos grupos, quer em comunidades mais ou menos extensas, é pela comunicação que as relações se estabelecem.

O homem não é o único ser que comunica – os animais comunicam entre si, fornecendo informações. Contudo, há grandes diferenças entre a comunicação humana e animal. A comunicação animal é um padrão fixo de ação geneticamente determinado e destinado a reagir a estímulos específicos – o animal percebe o sinal e reage adequadamente. 

Comunicar, é um comportamento que se mantém dentro da mesma espécie desde tempos imemoriais e, portanto, praticamente sem evolução, excluindo-se, naturalmente, aqueles animais que por ação humana, adquirem certas habilidades, como pronunciar, por repetição, algumas palavras que lhe são ensinadas: o papagaio, o corvo, etc. O animal não possui palavras, imagens mentais que lhe permitam visualizar situações que não estejam presentes.

Diferentemente do animal, o Homem não se limita a reagir a sinais – inventou os símbolos. Para realizar a comunicação, os seres humanos criaram, ao longo do tempo, linguagens, códigos, que utilizam para transmitir e receber mensagens.

Na verdade: «Comunicação é o processo mais vivenciado pelas pessoas todos os dias, todas as horas, seja como emissoras, seja como receptoras de mensagens de diversas naturezas (informações, indagações, afirmações, conversações, orientações, etc.) através de diversos meios e canais) fala, escrita ou gesto; avisos, bilhetes, cartas; telefone, e-mail, fax, etc.). As pessoas passam a maior parte do tempo se comunicando de alguma forma, e não se dão conta disto suficientemente.

E, em inúmeras ocasiões, cometem falhas de comunicação, com consequências de maior ou menor gravidade, contribuindo para a ocorrência de problemas para si e para outros, na família, no trabalho, no meio de colegas, com vizinhança, com a namorada (o), com sócios, com alunos, com subordinados, com clientes. Talvez a ocorrência de falhas de comunicação seja o fenómeno mais comum e mais frequente no mundo dos humanos. (…)

A comunicação é um processo complexo porque envolve muitas formas de manifestações e de expressão, com diferentes finalidades. Ela é resultante de expressão do conhecimento, da inteligência e da emoção, e pode ser afectada por diversos factores ambientais.

A comunicação está presente em todas as situações da vida – na convivência familiar, no trabalho, na participação comunitária, no amor e na amizade, nos negócios, no lazer, no ensino – e, em cada uma delas, requer diferentes maneiras de expressão.

Significa dizer que – para bem e felicidade geral de todos – as pessoas devem desenvolver e aperfeiçoar constantemente várias competências de comunicação, como estas: Saber fazer-se entender; saber persuadir e convencer; saber entender e descodificar mensagens; saber ouvir; saber dar feedback (retorno); saber orientar e ensinar; saber dialogar; saber fazer apresentações em público; saber redigir clara e objectivamente.

Pessoas com competências e habilidades de comunicação mais desenvolvidas com certeza serão mais bem-sucedidas nas organizações em que trabalham, no meio da família e nas relações sociais.» (RESENDE, 2000: 95).

É pela linguagem que é possível representar coisas que não têm realidades físicas – ideias, conceitos, sentimentos e emoções. Só os seres humanos são capazes de projetar situações imaginárias e de pensar em ações futuras. É através de complexos sistemas de símbolos – verbais, escritos e não-verbais – que os seres humanos estabelecem relações entre si, transmitindo conhecimentos, experiências, saberes. Todos os grupos humanos tiveram de adotar processos e sistemas de comunicação que respondessem às suas necessidades específicas.

 Por isso, a comunicação vai assumir diferentes formas e expressões nos diferentes grupos sociais e culturais. (AUTOR DESCONHECIDO, “A Comunicação”, s.d. 257-58). Poder-se-ia invocar aqui os vários níveis da língua, desde o familiar ao erudito, passando pelo científico, técnico, diplomático, pela gíria, pelo calão, pelos jargões.

A comunicação é um ato inevitável (inevitabilidade comunicativa do homem) na medida em que: a) Ninguém pode não-comunicar, porque a simples presença de uma pessoa envolve a emissão de mensagens, com significados determinados para os seus intérpretes; b) O modo como as pessoas se vestem, a forma como sorriem, olham, falam ou optam pelo silêncio, constitui um intercâmbio comunicativo; c) O comportamento humano tem sempre um valor de mensagem para quem o lê, porque cada pessoa é uma permanente agente produtivo de atos comunicativos.

Comunicação e influência: a) A comunicação é uma daquelas atividades humanas que todos conhecem, mas que poucos sabem definir. Desde logo e simplesmente, comunicação é falar uns com os outros; é a televisão; é divulgar informação; é o próprio penteado; é a crítica literária; b) Dado que o comportamento não tem oposto porque não existe o não-comportamento, isto é, um indivíduo não pode não-se-comportar e se se aceita que todo o comportamento tem valor de mensagem, ou seja, é comunicação, então é impossível o indivíduo não comunicar; c) Atividade ou inatividade, palavra ou silêncio, tudo possui um valor de mensagem; influenciam outros e estes outros, por sua vez, não podem não responder a essas comunicações e, portanto, também estão comunicado; d) A mera ausência de falar ou de observar não constitui exceção e deste modo, uma pessoa que se encontre, por exemplo, de olhos fechados e silenciosa, poderá estar comunicando que não quer falar com ninguém, nem que falem com ela.

 

Bibliografia

 

AUTOR DESCONHECIDO, “A Comunicação”, s.d. 257-58), in BÁRTOLO, Diamantino Lourenço Rodrigues de, (2012). UFCD-Relacionamento Interpessoal (Manual). Vila Nova de Cerveira: GABIGERH. LTDª

GIRÃO, José Manuel dos Santos; GRÁCIO, Rui Alexandre, (1996) Área de Integração, Vol. I, Ensino Profissional, Nível 3, Porto: Texto Editora, Ltda.

RESENDE, Enio, (2000). O Livro das Competências. Desenvolvimento das Competências: A melhor Autoajuda para Pessoas, Organizações e Sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744

 

  

Venade/Caminha – Portugal, 2024

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

site@nalap.org

http://nalap.org/Directoria.aspx

http://nalap.org/Artigos.aspx

diamantino.bartolo@gmail.com

http://diamantinobartolo.blogspot.com

https://www.facebook.com/ermezinda.bartolo

                                                                                                    https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1

quarta-feira, 24 de abril de 2024

O 25 abril de 1974 em Portugal e a Ditadura Política.

 

Quem passou pela experiência de viver num período difícil, da História de Portugal, como foi o da ditadura do século XX, que se prolongou por quase cinquenta anos, certamente que tem uma perspetiva muito singular do regime político que então vigorou, e que, decorridos quarenta e seis anos, após o vinte e cinco de Abril de mil novecentos e setenta e quatro, estará em condições de fazer uma reflexão pessoal, e realista, sobre este acontecimento extraordinário.

A ditadura política, que vigorou durante quase meio século, em Portugal, constitui um período negro da nossa História, do qual não nos devemos afastar e, muito menos, branquear, porque conforme nos podemos orgulhar de um outro passado de glória, através da epopeia dos Descobrimentos, da Evangelização, da Cultura e dos valores do humanismo, levados aos quatro cantos do mundo, ainda que tal passado “glorioso”, também tenha os seus pingos de manchas censuráveis, como a prática da escravatura, a inquisição e outros flagelos, o saldo, apesar de tudo, será positivo, porque também é verdade que muito foi investido nos povos autóctones, que ao longo dos séculos fomos contactando, bem como nos seus territórios.

A História, não sendo uma ciência exata, ela tem um objeto de estudo, que são os factos do passado, como, igualmente, utiliza uma metodologia específica, com recurso à investigação, análise documental, testemunhos e todo um conjunto de bens materiais e imateriais, que fundamenta as suas conclusões. Ela, a História, é, também, uma ciência dinâmica, sempre em busca da verdade.

A narrativa do período ditatorial, em Portugal, ainda não está encerrada, e dificilmente, algum dia se chegará a um epílogo definitivo, porque cada instituição, cada governante, cada individualidade, cada investigador, terá a sua versão dos factos, o conhecimento direto, ou não, a circunstância em que os viveu, mas haverá alguma unanimidade quanto às atrocidades que se terão cometido, com o recurso a meios de investigação, repressão e punição, contra aqueles que ousavam manifestar-se contrários ao regime, imposto pelos ditadores.

Qualquer que seja o Poder: político, militar, religioso, empresarial, desportivo, cultural ou outro, ele, o Poder, nunca será bem-recebido e acatado, quando exercido com violência, despotismo, no desrespeito pelos mais elementares direitos e valores humanos, atentando contra a dignidade, a liberdade, a compreensão, a tolerância e a benevolência, em relação aos governados.

O período ditatorial, em Portugal, conduziu o país a guerras fratricidas com os povos africanos, porque no Brasil o processo de emancipação, foi bem diferente e, a independência desta ex-colónia, foi relativamente pacifica. Os governantes Portugueses, desse período negro da História de Portugal, obcecados pelo domínio colonial, não quiseram aprender com os bons exemplos dados por outros países colonizadores que, rapidamente, compreenderam a justeza das reivindicações dos povos colonizados, materializadas no seu direito à autonomia.

A perseguição, repressão e punição dos cidadãos Portugueses, que se assumiam contra o regime ditatorial, era permanente, a polícia política, coadjuvada por um “batalhão” de colaboradores (então denominados, na gíria popular, por “bufos”), não tinha “mãos a medir”, os julgamentos sumários, as prisões arbitrárias e desterros eram o “pão-nosso de cada dia”.

Quantas pessoas foram, severa e cruelmente, torturadas por se oporem ao regime? Quantos jovens e adultos se viram obrigados a abandonar o seu próprio país, emigrando “a salto”, para se livrarem de uma guerra, que nada lhes dizia e também para fugirem às perseguições policiais, respetivamente? Quantos milhares de jovens morreram ou ficaram deficientes para o resto da vida? Quantas mães, ainda hoje, choram a perda de seus filhos? Quantas viúvas continuam a derramar lágrimas pelos seus maridos? Quantos órfãos não chegaram a conhecer os seus pais? Quantos órfãos não conviveram com os seus pais? Que tragédia, meu Deus!

Felizmente, como em tudo na vida, sempre há um princípio, um meio e um fim e, paulatinamente, os ditadores vão caindo dos pedestais em que se colocaram, ilegítima e ilegalmente, porque a paciência, a dor, o sofrimento e a humilhação têm limites, que não podem ser ultrapassados. Os Portugueses atingiram esse limite e, só lhes restava derrubar um regime que não cumpria com a maior parte dos mais elementares e sagrados Direitos Humanos.

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744

 

 

 

Venade/Caminha – Portugal, 25 de Abril de 2024

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

site@nalap.org

http://nalap.org/Directoria.aspx

http://nalap.org/Artigos.aspx

diamantino.bartolo@gmail.com

http://diamantinobartolo.blogspot.com

https://www.facebook.com/ermezinda.bartolo

https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1

 

 

domingo, 21 de abril de 2024

PROTEÇÃO SOCIAL DO IDOSO.

A recolocação dos cidadãos idosos reformados é um ato de boa gestão do Estado e das Empresas; constitui uma medida social do maior alcance que dignifica as partes envolvidas.

Muito embora se tenha conhecimento da existência de programas sociais de apoio aos idosos, o que na prática se verifica, em Portugal, ao nível do setor privado, é que as pessoas, por exemplo, aos quarenta e cinco anos de idade, são velhas para obterem novo emprego, e demasiado novas para passarem a uma situação de aposentação.

No setor público do Estado, a situação não é melhor porque um funcionário da Administração Pública, Forças Armadas, de Segurança e outros Corpos Especiais, que passe à situação de reforma, fica legalmente impedido de continuar a trabalhar no setor público, com todos os deveres e direitos, podendo fazê-lo,  porém, na condição coerciva de lhe serem retirados dois terços ao valor da reforma ou da remuneração das novas funções, conforme então disposto no Decreto-lei 179/2005 de 2 de Novembro, o que está em contradição com os programas sociais que tem por objecto: «(…) Fomentar a autonomia do idoso incentivando a sua participação na vida da comunidade, (…) valorizar o idoso como detentor de experiências, saberes e culturas que a sociedade deve aproveitar e que deve preservar.» (CORREIA, 2003:306).

A terceira possibilidade, da utilização dos idosos, relaciona-se com os serviços de voluntariado, aqui balizado por condições estimulantes para o idoso, porque atualmente não será suficiente um voluntariado sustentado apenas em sentimentos de solidariedade, em virtudes de Caridade e Compaixão.

Hoje, tal como acontece em muitas instituições de solidariedade social, exige-se um mínimo de competências que o voluntário deve possuir, sob pena de o seu trabalho não ser valorizado como merecido, ou tornar-se prejudicial, podendo-se invocar, a título de exemplo, o trabalho desenvolvido pelos Bombeiros Voluntários, Cruz Vermelha, Associações dos Amigos dos Hospitais, felizmente, entre muitos outros, sendo desejável e exigível que o voluntário seja competente, o que pressupõe conhecimentos, técnicas, experiências, formação permanente e atualização.

Nesta perspetiva, o mínimo que as Instituições, que têm ao seu serviço voluntários, devem fazer é compensá-los pelo seu trabalho, não necessariamente, sob a forma de um salário, um vencimento fixo e respetivas obrigações fiscais, mas, outro sim, uma gratificação que cubra, pelo menos, as despesas que o voluntário tem e lhe permita, inclusivamente, adquirir mais formação, meios para o exercício da atividade voluntária e algum outro benefício/regalia fiscal/social e/ou ao nível da própria instituição, por exemplo, no âmbito dos serviços que ela presta, nomeadamente descontos nos seus produtos, serviços e prioridade em relação aos utentes em geral.

O voluntariado continuará a ser sempre uma atividade excecional, altruísta, merecedora de maior respeito e consideração, reconhecida e estimulada, materialmente recompensada, até porque ninguém é obrigado a ser voluntário em coisa alguma, portanto, mais uma razão para não lhe serem recusados os apoios necessários.

 As políticas de proteção social, a nível europeu, deixam em aberto a possibilidade de medidas nesse sentido: «Assim, o contributo útil do idoso tenderá a ser reconhecido, não só como um imperativo financeiro, mas também como uma necessidade social, por contrariar a constituição duma sociedade inclusiva e a promoção dum envelhecimento activo, mas também como uma necessidade económica face à diminuição da população activa.» (Ibid.:313).

Uma quarta hipótese viável prende-se com as atividades cognitivas, físicas e habilidades diversas, destacando-se, talvez, a informática, lúdicas, incluindo outras similares. Consideram-se louváveis e bem-vindas todas as iniciativas, que proporcionem aos idosos uma melhor qualidade de vida, nesta se incluindo as atividades que contribuam para o manter ativo no seu todo: intelectual, física e ludicamente.

As Universidades Seniores, como generosamente são denominadas, os ginásios desportivos, as viagens e passatempos diversos, são meios extremamente eficazes para manter os idosos, mental e fisicamente jovens, proporcionalmente às respetivas idades.

Instruir a pessoa, ainda na sua fase de vida ativa obrigatória, com a antecedência possível, sempre antes da passagem à reforma, para, logo que esta aconteça, estar preparada para, dentro das possibilidade que lhe são oferecidas, optar por um novo e último ciclo da sua vida, ocupando-o com a (s) atividade (s) que mais são do seu agrado, poderia muito bem ser uma responsabilidade do Estado, das empresas e da sociedade, até porque o investimento assim realizado seria reembolsável no futuro, pela manutenção da autoestima, boa condição intelectual e física do idoso, que não necessitaria tanto do apoio médico-medicamentoso.

A educação e formação do idoso, para nesta fase da sua vida ter as melhores condições, não só para viver com melhor qualidade de vida, como também para estar à altura de transmitir às gerações mais novas, que se lhe vão seguir, todos os conhecimentos, experiências e sabedoria, constitui uma estratégia muito interessante e de grande visão político-social, porque se acredita na sua eficácia, justamente para o bem-estar e felicidade espiritual do idoso.

Se o Estado e algumas instituições investem nos jovens, em pelo menos duas vertentes: Educação e Formação, versus, Conhecimentos e Experiências, sem que primeiro se possam avaliar os resultados, o investimento nos idosos, que dentro de poucas décadas serão a maioria, torna-se uma possibilidade com futuro garantido, no sentido de prepararem os mais novos.

Vão ser estes jovens que terão de assumir responsabilidades em muitos setores das atividades de um país, de uma empresa e até de uma família, pelo que devem estar bem preparados a todos os níveis: científico, técnico e humano, porque: «Uma educação que se preze deve abranger toda a personalidade tendo como objectivo uma educação holística ou global, visando o bem-estar ou a felicidade do educando, no caso vertente, do idoso, e ainda que ele atinja a sabedoria.

Por outras palavras, deve ser uma educação com valores e para os valores ou uma educação axiológica. (…) Em todo o caso, é lícito falar de uma educação para a reforma, tendo em conta as diversas situações do indivíduo e do meio, em geral fornecendo informações antecipadas sobre a situação e ajudando a superar as dificuldades. Os próprios reformados já há vários anos, estão em condições de ajudar, melhor que ninguém, os seus colegas, dada a experiência por que passaram.» (OLIVEIRA, 2006:280).

Fica-se, todavia, com uma primeira reflexão sobre a importância dos idosos e a riqueza que eles representam para o bem-estar e felicidade da humanidade, porque o património que eles carregam, fruto da educação e formação que foram adquirindo ao longo da vida, das experiências vividas e sabedoria acumulada, não se pode perder.

Jogar fora, por absurdos preconceitos etários, um património tão valioso quanto inimitável, significa uma visão redutora, receosa da perda de um qualquer poder, ou de não o vir a alcançar mais cedo, porque, alegada e eventualmente, haverá um idoso no caminho da progressão de um jovem.

O resultado, infelizmente, está à vista, um pouco por todo o mundo, por decisões tomadas por pessoas imaturas, inexperientes e imprudentes, a maior parte das quais com muito menos dos tais sessenta e cinco anos de vida. Reflita-se primeiro e decida-se depois.

 

BIBLIOGRAFIA

 

CORREIA, J. Martins, (2003). Introdução à Gerontologia, Lisboa: Universidade Aberta.

OLIVEIRA, José Barros, (2006). “Educação das Pessoas Idosas”, in: Psicologia, Educação e Cultura. Carvalhos: Colégio Internato dos Carvalhos. Vol. X (2), dezembro-2006, pp. 267-309

 

“NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. A Regra é simples, para se obter a PAZ”

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744

 

 

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

site@nalap.org

 

TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR.

CONDECORADO COM A “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL,

Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística

                                                                                                 

domingo, 14 de abril de 2024

Preconceitos contra pessoas idosas

 Os preconceitos, estigmas, paradigmas e outros juízos de valor sobre os idosos, têm vindo a contribuir para uma certa institucionalização de uma sociedade desumanizada, que despreza as gerações mais velhas, excetuando-se, aqui, eventualmente, a única situação em que eles são considerados úteis: nos processos eleitorais, em que tudo se lhes promete e, no dia seguinte ao ato plebiscitário, tudo se lhe nega, incluindo o direito ao trabalho e os benefícios legalmente adquiridos.

Pactuar com estes comportamentos mesquinhos e hipócritas significa desenvolver uma sociedade de falsidades, de marginalização dos próprios concidadãos, grande parte dos quais, ainda com grande vigor físico, intelectual e dinamismo suficientes para continuarem a dar o seu melhor ao país.

Novas políticas para a dignificação, recuperação e intervenção dos idosos na sociedade de todos, podem significar a diferença entre um futuro de valores, de convicções, de ideais realizáveis e um futuro sem perspetivas, atípico, sem sentido de vida, um futuro de ostracismo e “morte lenta”.

O progresso material e a felicidade espiritual da pessoa integrada numa sociedade verdadeiramente humanista passa, imperativamente, pela consideração devida aos mais velhos, e a tudo o que eles representam, com sucessos e com fracassos, porque eles são a história, a língua, a cultura, as tradições, os valores, o trabalho feito que os mais novos estão a usufruir e, se possível, a melhorar.

Uma primeira abordagem poderá ser desenvolvida no sentido de atender às necessidades daqueles que, por incapacidade de qualquer natureza, ou por opção própria, não podem e/ou não querem continuar na vida ativa, preferindo os cuidados médico-sociais adequados, acompanhados de uma vida de reflexão, de tranquilidade e de recordações.

É certo que as famílias de hoje, por circunstâncias diversas, não têm condições materiais para: cuidarem condigna e adequadamente dos seus idosos; nem possuem os meios técnicos e os recursos financeiros para lhes proporcionarem a melhor qualidade de vida; aliás, muito objetivamente: «Os parentes já não dispõem de tempo para deles cuidarem. A filha ou a nora têm uma ocupação fora do lar. A família cada vez mais limita o número de filhos. Como se percebe, os casais já não têm tempo para os filhos, quanto mais para os velhos». (MELLO, 2000:307-8).

Nestas circunstâncias têm de ser criados os melhores equipamentos de acolhimento e acompanhamento dignos do idoso, independentemente de sentimentos de amor, carinho e afeto que, sendo importantes, não são suficientes para uma boa qualidade de vida.

Compete, então, à sociedade, através dos respetivos departamentos do Estado e Instituições Privadas, desenvolver as melhores condições para proporcionar a estes idosos um ambiente saudável, em todas as vertentes possíveis, designadamente, com o funcionamento competente de instituições apropriadas: centros de dia, lares, residenciais Clínicas de Cuidados Continuados e outros equipamentos afins, funcionando com pessoal especializado nas diversas abordagens geriátricas, mas também com um sistema de visitas para os familiares ajustado às disponibilidades destes e à comodidade do idoso.

Por outro lado, afigura-se grave que, por uma questão de preconceito, deixem os idosos em casa, sozinhos, durante mais de catorze horas, ou mesmo por dias consecutivos, sem meios de apoio às necessidades mais prementes, em vez de lhes proporcionar condições de convivência e entretenimento com os da mesma geração, em locais dotados com infraestruturas adequadas e de boa qualidade.

Quantos idosos não aparecem mortos, com aspeto de algum abandono, em suas próprias casas, sem que os parentes os tenham podido socorrer em tempo útil? (Ninguém deve ter qualquer preconceito a estas soluções, porque no outro extremo da vida, precisamente no início, quando a fragilidade é, ainda muito maior, também existem equipamentos apropriados às respetivas idades: creches, jardins-de-infância para os bebés e crianças, cujos pais também não têm condições para estar com eles, durante as vinte e quatro horas de cada dia).

Uma outra perspetiva solucionadora para os que preferem continuar uma vida ativa, qualquer que seja a atividade e vínculo, face a uma possível entidade patronal, condições de trabalho e remuneração, situa-se ao nível do exercício de funções que contribuam: não só para a manutenção da autoestima ou até melhorá-la; como também no sentido do idoso realizar tarefas que lhe garantam uma maior autonomia económico-financeira, do que a que lhe é proporcionada pela reforma, repondo, assim, as perdas resultantes da aposentação, que sempre se verificam, na maioria dos casos; e ainda para o manter integrado na sociedade e sentir-se útil, como qualquer outro cidadão, fruindo do direito de cidadania como é o trabalho, aliás, aos sessenta e cinco anos, grande parte das pessoas sofreriam danos irreparáveis, não só para elas, como para os familiares e, em geral, para a sociedade, se tivessem que ficar inativas.

Compete ao Estado social e às empresas, criarem condições para manter ocupados, com dignidade e sem quaisquer preconceitos caritativos, os cidadãos que manifestem vontade de prosseguir uma atividade produtiva, razoavelmente compensadora em termos remuneratórios, cumulativamente com o valor da reforma que possam auferir, (como de resto já se verifica em certas elites da sociedade), naturalmente, sujeitando-se a todos os impostos devidos, como qualquer outro trabalhador, no período ativo e normal de trabalho.

Por último, com toda a nossa humildade e generosidade, é importante recordar que, felizmente, muitos jovens e pessoas mais maduras, ainda gozam da felicidade de terem pais e até avós, porém, um dia, estas novas gerações, também, e Deus queira que sim, atingem a velhice e, certamente, merecem e apreciarão serem respeitados, solicitados e muito bem cuidados. Enganam-se os que pensam que vão ser novos, toda a vida. Não nos queiram, agora, apenas, para colocar o voto na urna. É muito feio, e não será, intelectualmente, honesto.

 

Bibliografia

 

MELLO Luiz Gonzaga de, (1980) Antropologia Cultural: Iniciação, Teoria e Temas, 7ª Ed. Petrópolis: Vozes

NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. A Regra é simples, para se obter a PAZ”

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744

 

 

Venade/Caminha – Portugal, 2024

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

site@nalap.org

http://nalap.org/Directoria.aspx

http://nalap.org/Artigos.aspx

diamantino.bartolo@gmail.com

http://diamantinobartolo.blogspot.com

https://www.facebook.com/ermezinda.bartolo

https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1

 

 

TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR.

CONDECORADO COM A “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL,

Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística

http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de 

domingo, 7 de abril de 2024

Facebook: Instrumento para relações dignas e educadas.

Neste tempo complexo que o mundo atravessa, é essencial que saibamos utilizar as potencialidades das redes sociais: não para atacarmos quem quer que seja; não para ofendermos pessoas, instituições, nações; não para a infâmia, calúnia, humilhação e agressão sob qualquer forma; não para intervenções xenófobas, sexistas, etnocêntricas, racistas, pedófilas, pornográficas e de meras e baixas ostentações de ridicularias ofensivas.

É tempo de direcionarmos as nossas intervenções para: a partilha de conhecimentos, princípios, valores e bons sentimentos, próprios da dignidade superior da pessoa humana; é tempo de nos afastarmos de quem utiliza estes recursos para fomentar humilhações, provocações encapuzadas de anedotas pseudoinofensivas;  é tempo de sentenciarmos quem não tem a maturidade, o bom senso e a probidade perante os outros utilizadores, familiares, amigos e colegas; é tempo de dizer basta aos predadores Facebookianos e de lhes exigir responsabilidades e comportamentos cívicos, éticos e morais.

Debrucemo-nos, portanto, para as boas amizades que, paulatina e respeitosamente se vão “angariando” nas redes sociais e com elas, desenvolvermos o que de melhor nos podem proporcionar, precisamente, na partilha de bons princípios, valores, sentimentos e emoções com as afeições, assim e por esta via, conseguidas.

Nenhuma pessoa, em princípio, e até prova em contrário pode: levar a mal, sentir-se ofendida, humilhada ou provocada, no sentido negativo, quando ao estabelecer uma amizade virtual com outra, recebe desta, palavras de agradecimento, de gentileza, de carinho-social, enfim, uma atitude de sincera gratidão por ter aceitado um pedido de amizade.

É claro que se tem conhecimento que muitas situações deploráveis, algumas delas com consequências nefastas, e até irreparáveis, têm acontecido a partir das redes sociais, desde logo: encontros duvidosos; chantagens; violações; extorsões; violências diversas, cobranças e, provavelmente, algum homicídio. Tudo isto parece estar comprovado.

Nesta complexidade, é bom, é necessário, estar-se atento e, na medida do possível, não nos aliarmos a quem, através das redes sociais, manifesta comportamentos indecorosos, provocatórios do bom-nome, reputação e dignidade das pessoas, porque se não nos respeitam nas redes sociais, muito mais facilmente nos desrespeitam em privado, ou mesmo em público, na vida real. Apoiar este tipo de pessoas, equivale a ser como elas, ou ainda muito pior.

Em todo o caso, e para se tentar demover certo tipo de utilizadores das práticas impróprias que utilizam, pode-se-lhes dar uma ou outra oportunidade, dialogando com eles, sobre assuntos decentes: científicos, técnicos, culturais, literários, desportivos, entre outros, porém, se possível, nunca nos perfis/páginas deles, mas em contas de pessoas conhecidas, amigas e dignas.

A importância de virtualizar as redes sociais, agora mais do que nunca, torna-se essencial. É necessário: apaziguar hostilidades e conflitos; eliminar ofensas, provocações, insinuações torpes e mesquinhas. A urgência em redimensionar a função social e axiológica destas “ferramentas” tão poderosas, não pode ser adiada por mais tempo.

É um imperativo universal respeitarmo-nos, quaisquer que sejam os contextos. A necessidade de assumirmos a humildade parece evidente, assim como dotarmo-nos da coragem de abdicarmos de exibicionismos, de vaidades serôdias, relacionadas com o “Chiquismo-espertismo. Trata-se de uma oportunidade que se tem de agarrar, a partir destas redes sociais, para conseguirmos dignificar a sociedade, o Ser Humano e os princípios, valores, sentimentos e emoções que ela, a Pessoa Humana, como mais ninguém, transporta.

Fica aqui o apelo lancinante, qual “pedrada no charco”, para que saibamos utilizar as redes sociais para o Bem-comum, para começarmos por nos respeitarmos a nós próprios, a família, os amigos, os colegas, as instituições, os povos, as nações e todas as culturas, sejam elas elitistas e/ou antropológicas, de resto, os nossos atos, de ora em diante, recaem sempre nas novas gerações.

Não é, certamente, com ataques verbais, provocações, insinuações torpes, acusações sovinas e infundamentadas que conseguimos construir um mundo melhor, e alcançar a Paz. Os utilizadores das redes sociais não podem continuar a servir-se delas para: satisfação de instintos discriminatórios e sexistas, exibicionistas; humilhar e denegrir a honra, o bom-nome e a dignidade das pessoas, porque tudo isto só contribui para um clima de crispação, de ressentimentos, ódios e vinganças.

Aproveitemos estas novas tecnologias para o Bem-estar, para o Bem-comum, para a Paz e Felicidade dos Povos, porque, verdadeiramente, isto é que nos torna superiores, autenticamente humanos, merecedores do lugar supremo lugar que ocupamos neste espaço físico, que é o nosso Planeta Terra. Honremos esta supremacia que nos foi concedida por Alguém, Deus, as Mulheres e os Homens e não por nenhum outro animal.

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744

 

 

Venade/Caminha – Portugal, 2024

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

site@nalap.org

http://nalap.org/Directoria.aspx

http://nalap.org/Artigos.aspx

diamantino.bartolo@gmail.com

http://diamantinobartolo.blogspot.com

https://www.facebook.com/ermezinda.bartolo

https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1

  

TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR.

 Condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL,

Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística

http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de