domingo, 28 de abril de 2024

PREPONDERÂNCIA DA INFORMAÇÃO.

 Comprovadamente, o homem é um ser eminentemente social, sendo imprescindível a presença do outro, na circunstância do seu semelhante, com o qual manterá a comunicação que em cada caso se justifique, porque o ato de comunicar nasce da necessidade de os seres humanos estabelecerem relações, quer associados em pequenos grupos, quer em comunidades mais ou menos extensas, é pela comunicação que as relações se estabelecem.

O homem não é o único ser que comunica – os animais comunicam entre si, fornecendo informações. Contudo, há grandes diferenças entre a comunicação humana e animal. A comunicação animal é um padrão fixo de ação geneticamente determinado e destinado a reagir a estímulos específicos – o animal percebe o sinal e reage adequadamente. 

Comunicar, é um comportamento que se mantém dentro da mesma espécie desde tempos imemoriais e, portanto, praticamente sem evolução, excluindo-se, naturalmente, aqueles animais que por ação humana, adquirem certas habilidades, como pronunciar, por repetição, algumas palavras que lhe são ensinadas: o papagaio, o corvo, etc. O animal não possui palavras, imagens mentais que lhe permitam visualizar situações que não estejam presentes.

Diferentemente do animal, o Homem não se limita a reagir a sinais – inventou os símbolos. Para realizar a comunicação, os seres humanos criaram, ao longo do tempo, linguagens, códigos, que utilizam para transmitir e receber mensagens.

Na verdade: «Comunicação é o processo mais vivenciado pelas pessoas todos os dias, todas as horas, seja como emissoras, seja como receptoras de mensagens de diversas naturezas (informações, indagações, afirmações, conversações, orientações, etc.) através de diversos meios e canais) fala, escrita ou gesto; avisos, bilhetes, cartas; telefone, e-mail, fax, etc.). As pessoas passam a maior parte do tempo se comunicando de alguma forma, e não se dão conta disto suficientemente.

E, em inúmeras ocasiões, cometem falhas de comunicação, com consequências de maior ou menor gravidade, contribuindo para a ocorrência de problemas para si e para outros, na família, no trabalho, no meio de colegas, com vizinhança, com a namorada (o), com sócios, com alunos, com subordinados, com clientes. Talvez a ocorrência de falhas de comunicação seja o fenómeno mais comum e mais frequente no mundo dos humanos. (…)

A comunicação é um processo complexo porque envolve muitas formas de manifestações e de expressão, com diferentes finalidades. Ela é resultante de expressão do conhecimento, da inteligência e da emoção, e pode ser afectada por diversos factores ambientais.

A comunicação está presente em todas as situações da vida – na convivência familiar, no trabalho, na participação comunitária, no amor e na amizade, nos negócios, no lazer, no ensino – e, em cada uma delas, requer diferentes maneiras de expressão.

Significa dizer que – para bem e felicidade geral de todos – as pessoas devem desenvolver e aperfeiçoar constantemente várias competências de comunicação, como estas: Saber fazer-se entender; saber persuadir e convencer; saber entender e descodificar mensagens; saber ouvir; saber dar feedback (retorno); saber orientar e ensinar; saber dialogar; saber fazer apresentações em público; saber redigir clara e objectivamente.

Pessoas com competências e habilidades de comunicação mais desenvolvidas com certeza serão mais bem-sucedidas nas organizações em que trabalham, no meio da família e nas relações sociais.» (RESENDE, 2000: 95).

É pela linguagem que é possível representar coisas que não têm realidades físicas – ideias, conceitos, sentimentos e emoções. Só os seres humanos são capazes de projetar situações imaginárias e de pensar em ações futuras. É através de complexos sistemas de símbolos – verbais, escritos e não-verbais – que os seres humanos estabelecem relações entre si, transmitindo conhecimentos, experiências, saberes. Todos os grupos humanos tiveram de adotar processos e sistemas de comunicação que respondessem às suas necessidades específicas.

 Por isso, a comunicação vai assumir diferentes formas e expressões nos diferentes grupos sociais e culturais. (AUTOR DESCONHECIDO, “A Comunicação”, s.d. 257-58). Poder-se-ia invocar aqui os vários níveis da língua, desde o familiar ao erudito, passando pelo científico, técnico, diplomático, pela gíria, pelo calão, pelos jargões.

A comunicação é um ato inevitável (inevitabilidade comunicativa do homem) na medida em que: a) Ninguém pode não-comunicar, porque a simples presença de uma pessoa envolve a emissão de mensagens, com significados determinados para os seus intérpretes; b) O modo como as pessoas se vestem, a forma como sorriem, olham, falam ou optam pelo silêncio, constitui um intercâmbio comunicativo; c) O comportamento humano tem sempre um valor de mensagem para quem o lê, porque cada pessoa é uma permanente agente produtivo de atos comunicativos.

Comunicação e influência: a) A comunicação é uma daquelas atividades humanas que todos conhecem, mas que poucos sabem definir. Desde logo e simplesmente, comunicação é falar uns com os outros; é a televisão; é divulgar informação; é o próprio penteado; é a crítica literária; b) Dado que o comportamento não tem oposto porque não existe o não-comportamento, isto é, um indivíduo não pode não-se-comportar e se se aceita que todo o comportamento tem valor de mensagem, ou seja, é comunicação, então é impossível o indivíduo não comunicar; c) Atividade ou inatividade, palavra ou silêncio, tudo possui um valor de mensagem; influenciam outros e estes outros, por sua vez, não podem não responder a essas comunicações e, portanto, também estão comunicado; d) A mera ausência de falar ou de observar não constitui exceção e deste modo, uma pessoa que se encontre, por exemplo, de olhos fechados e silenciosa, poderá estar comunicando que não quer falar com ninguém, nem que falem com ela.

 

Bibliografia

 

AUTOR DESCONHECIDO, “A Comunicação”, s.d. 257-58), in BÁRTOLO, Diamantino Lourenço Rodrigues de, (2012). UFCD-Relacionamento Interpessoal (Manual). Vila Nova de Cerveira: GABIGERH. LTDª

GIRÃO, José Manuel dos Santos; GRÁCIO, Rui Alexandre, (1996) Área de Integração, Vol. I, Ensino Profissional, Nível 3, Porto: Texto Editora, Ltda.

RESENDE, Enio, (2000). O Livro das Competências. Desenvolvimento das Competências: A melhor Autoajuda para Pessoas, Organizações e Sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2024

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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