Comprovadamente, o homem é um ser eminentemente social, sendo imprescindível a presença do outro, na circunstância do seu semelhante, com o qual manterá a comunicação que em cada caso se justifique, porque o ato de comunicar nasce da necessidade de os seres humanos estabelecerem relações, quer associados em pequenos grupos, quer em comunidades mais ou menos extensas, é pela comunicação que as relações se estabelecem.
O homem não é o único ser que
comunica – os animais comunicam entre si, fornecendo informações. Contudo, há
grandes diferenças entre a comunicação humana e animal. A comunicação animal é
um padrão fixo de ação geneticamente determinado e destinado a reagir a
estímulos específicos – o animal percebe o sinal e reage adequadamente.
Comunicar, é um comportamento que
se mantém dentro da mesma espécie desde tempos imemoriais e, portanto,
praticamente sem evolução, excluindo-se, naturalmente, aqueles animais que por
ação humana, adquirem certas habilidades, como pronunciar, por repetição,
algumas palavras que lhe são ensinadas: o papagaio, o corvo, etc. O animal não
possui palavras, imagens mentais que lhe permitam visualizar situações que não
estejam presentes.
Diferentemente do animal, o Homem
não se limita a reagir a sinais – inventou os símbolos. Para realizar a comunicação,
os seres humanos criaram, ao longo do tempo, linguagens, códigos, que utilizam
para transmitir e receber mensagens.
Na verdade: «Comunicação é o processo mais vivenciado pelas pessoas todos os dias,
todas as horas, seja como emissoras, seja como receptoras de mensagens de
diversas naturezas (informações, indagações, afirmações, conversações,
orientações, etc.) através de diversos meios e canais) fala, escrita ou gesto;
avisos, bilhetes, cartas; telefone, e-mail, fax, etc.). As pessoas passam a maior
parte do tempo se comunicando de alguma forma, e não se dão conta disto
suficientemente.
E, em inúmeras ocasiões, cometem falhas de comunicação, com
consequências de maior ou menor gravidade, contribuindo para a ocorrência de
problemas para si e para outros, na família, no trabalho, no meio de colegas,
com vizinhança, com a namorada (o), com sócios, com alunos, com subordinados,
com clientes. Talvez a ocorrência de falhas de comunicação seja o fenómeno mais
comum e mais frequente no mundo dos humanos. (…)
A comunicação é um processo complexo porque envolve muitas formas de
manifestações e de expressão, com diferentes finalidades. Ela é resultante de
expressão do conhecimento, da inteligência e da emoção, e pode ser afectada por
diversos factores ambientais.
A comunicação está presente em todas as situações da vida – na
convivência familiar, no trabalho, na participação comunitária, no amor e na
amizade, nos negócios, no lazer, no ensino – e, em cada uma delas, requer
diferentes maneiras de expressão.
Significa dizer que – para bem e felicidade geral de todos – as pessoas
devem desenvolver e aperfeiçoar constantemente várias competências de
comunicação, como estas: Saber fazer-se entender; saber persuadir e convencer;
saber entender e descodificar mensagens; saber ouvir; saber dar feedback (retorno); saber orientar e ensinar; saber dialogar;
saber fazer apresentações em público; saber redigir clara e objectivamente.
Pessoas com competências e habilidades de comunicação mais
desenvolvidas com certeza serão mais bem-sucedidas nas organizações em que
trabalham, no meio da família e nas relações sociais.» (RESENDE, 2000: 95).
É pela linguagem que é possível
representar coisas que não têm realidades físicas – ideias, conceitos,
sentimentos e emoções. Só os seres humanos são capazes de projetar situações
imaginárias e de pensar em ações futuras. É através de complexos sistemas de
símbolos – verbais, escritos e não-verbais – que os seres humanos estabelecem
relações entre si, transmitindo conhecimentos, experiências, saberes. Todos os
grupos humanos tiveram de adotar processos e sistemas de comunicação que
respondessem às suas necessidades específicas.
Por isso, a comunicação vai assumir diferentes
formas e expressões nos diferentes grupos sociais e culturais. (AUTOR
DESCONHECIDO, “A Comunicação”, s.d.
257-58). Poder-se-ia invocar aqui os vários níveis da língua, desde o familiar
ao erudito, passando pelo científico, técnico, diplomático, pela gíria, pelo
calão, pelos jargões.
A comunicação é um ato inevitável
(inevitabilidade comunicativa do homem) na medida em que: a) Ninguém pode
não-comunicar, porque a simples presença de uma pessoa envolve a emissão de
mensagens, com significados determinados para os seus intérpretes; b) O modo
como as pessoas se vestem, a forma como sorriem, olham, falam ou optam pelo
silêncio, constitui um intercâmbio comunicativo; c) O comportamento humano tem
sempre um valor de mensagem para quem o lê, porque cada pessoa é uma permanente
agente produtivo de atos comunicativos.
Comunicação e influência: a) A comunicação é uma daquelas atividades humanas que todos conhecem, mas que poucos sabem definir. Desde logo e simplesmente, comunicação é falar uns com os outros; é a televisão; é divulgar informação; é o próprio penteado; é a crítica literária; b) Dado que o comportamento não tem oposto porque não existe o não-comportamento, isto é, um indivíduo não pode não-se-comportar e se se aceita que todo o comportamento tem valor de mensagem, ou seja, é comunicação, então é impossível o indivíduo não comunicar; c) Atividade ou inatividade, palavra ou silêncio, tudo possui um valor de mensagem; influenciam outros e estes outros, por sua vez, não podem não responder a essas comunicações e, portanto, também estão comunicado; d) A mera ausência de falar ou de observar não constitui exceção e deste modo, uma pessoa que se encontre, por exemplo, de olhos fechados e silenciosa, poderá estar comunicando que não quer falar com ninguém, nem que falem com ela.
Bibliografia
AUTOR DESCONHECIDO, “A
Comunicação”, s.d. 257-58), in BÁRTOLO, Diamantino Lourenço Rodrigues de,
(2012). UFCD-Relacionamento Interpessoal (Manual). Vila Nova de Cerveira:
GABIGERH. LTDª
GIRÃO, José Manuel dos Santos; GRÁCIO, Rui Alexandre, (1996) Área de Integração, Vol. I, Ensino Profissional,
Nível 3, Porto: Texto Editora, Ltda.
RESENDE, Enio, (2000).
O Livro das Competências. Desenvolvimento das Competências: A melhor Autoajuda
para Pessoas, Organizações e Sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark
“NÃO,
ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744
Venade/Caminha
– Portugal, 2024
Com
o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente
HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
http://nalap.org/Directoria.aspx
http://diamantinobartolo.blogspot.com
https://www.facebook.com/ermezinda.bartolo
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