domingo, 27 de setembro de 2015

Valores da Dignidade Humana


A pessoa humana nasce livre, qualquer que seja o regime político-cultural do local de nascimento, quanto mais não seja porque ela, nesse momento de primeiro contato com o mundo extra-uterino, é inimputável, na perspectiva de lhe serem atribuídas quaisquer responsabilidades, embora seja um ser com direitos, que lhe devem ser facultados pela sociedade em geral; e pelos pais em particular.
A Liberdade é um desses direitos que nenhum sistema, nenhuma pessoa, nenhuma lei lhe podem negar, muito embora, com o percurso de vida que ela vai efetuar, algumas restrições, deveres, obrigações e diversos condicionalismos lhe vão sendo impostos que, de alguma forma, reduzem a Liberdade que à nascença desfrutava, obviamente, sem o saber e sem a capacidade de a exercer. A Liberdade absoluta vai ser exercida num quadro específico que transcende o homem.
Os direitos inalienáveis que nascem com a pessoa humana, como o direito à vida, à segurança e proteção, à saúde e assistência médica e medicamentosa, à integridade física e moral, à identidade e dignidade humanas, à educação, à alimentação, ao afeto e ao amor, deveriam ser-lhe garantidos pelos pais, pela família, pela sociedade e pelo Estado.
Deveriam, mas nem sempre assim acontece: quer a sociedade viva num regime democrático, de liberdade e cidadania; quer se verifique um qualquer sistema ditatorial. A pessoa humana, durante muitos anos da sua vida inicial, é uma criatura indefesa, totalmente dependente, sem recursos para fazer valer os seus direitos. A família, a sociedade e o Estado sabem disso, no entanto, nem sempre fazem o melhor para garantir à criança, a fruição de todos os seus direitos que, por sinal, são muitos e bem necessários.
Apesar de tudo, acredita-se que a pessoa que nasce num regime político-cultural, onde os valores da Democracia, da Liberdade e da Cidadania são o suporte dessa sociedade, as possibilidade de crescer e viver com mais autonomia e responsabilidade são bem maiores e a qualidade de vida, certamente, diferente, desejavelmente, para melhor.
 Aqueles valores são o fundamento para que toda a pessoa humana se possa assumir, com dignidade, no seio da sociedade, interpretando os diversos papeis sociais, a vários níveis e, com certeza, não sofrerá represálias, nem perseguições e correspondentes punições, pelo facto de expressar as suas ideias e participar, livre e democraticamente, na vida cívica da sua comunidade.
 Esta característica de livre expressão da opinião já vem da antiguidade helénica: «(…) em Atenas a liberdade de opinião era inerente à Democracia, porque o processo de autogoverno pelos cidadãos era necessariamente conduzido por debates abertos na assembleia e no conselho. Nem existia nada de parecido com a moderna organização partidária, por meio da qual as vozes dissidentes pudessem ser disciplinadas ou silenciadas. A Democracia e o debate aberto eram inseparáveis.» (ARBLASTER, 1988:39).

Bibliografia.

ARBLASTER, Anthony, (1988). A Democracia, Trad. M.F. Gonçalves de Azevedo, Lisboa: Editorial Estampa, Temas Ciências Sociais. (7) Pp. 11-23.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
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domingo, 20 de setembro de 2015

Concretização de Desejos.


Ao longo da vida, muitas pessoas, ainda que por poucas vezes, têm desejos: dos mais simples, aos mais complexos; dos mais ambiciosos aos mais humildes; uns com uma componente mais materialista; outros com uma vertente mais espiritual; todavia, sempre somos acometidos por desejos, eventualmente, alguns, até serão inconfessáveis e/ou que se tornam autênticos segredos para a vida e, por fim, desejos que, a serem divulgados, conduziriam a pessoa a uma situação, provavelmente, degradante.
É fácil compreender que para a maioria das pessoas o primeiro desejo que pretendem ver realizado é possuírem boa saúde, sempre felizes e, logo a seguir, fazerem fortuna material, precisamente, através de bens concretos, objetivos palpáveis como o dinheiro, porque: «Todo o ser humano, quando chega à idade em que passa a entender a finalidade do dinheiro, passa a querer possuí-lo. Querer não faz riquezas. Mas desejar riquezas com um estado de espírito próximo à obsessão, em seguida planejar caminhos e maneiras específicas de gerar riquezas e finalmente, apoiar estes planos com a persistência que não aceita o fracasso, isto sim, é o que conduz à riqueza.» (Napoleon Hill, in MANDINO, 1982:301).
Querer ser rico com legitimidade, legalidade e transparência, é um desejo que se pode e deve elogiar, não constitui nenhum “pecado” e, por outro lado, quanto mais pessoas ricas existirem numa sociedade, mais possibilidades haverá para aqueles que necessitam, de beneficiarem da generosidade dos que possuem mais um pouco. Seria, incompreensivelmente, mesquinho ter-se inveja de quem angariou fortuna, à custa de trabalho intenso e digno e, também, de imensa poupança.
Poderá haver diversas teorias, como também algumas boas práticas para converter os desejos em fortuna, importando, agora, referenciar algumas medidas que podem ajudar: «1. Grave na memória a quantidade exata de dinheiro que deseja. (…). 2. Determine exatamente o que pensa dar em troca pelo dinheiro que deseja. (…). 3. Marque uma data específica para se apoderar do dinheiro que deseja. 4. Conceba um plano meticuloso para realizar seu desejo e comece já, esteja pronto ou não, a colocar o plano em ação. 5. Faça uma declaração por escrito, clara e concisa, da quantidade de dinheiro que pretende adquirir, do tempo necessário para tanto e do que está pronto a dar em troca. (…). 6. Leia sua declaração, em voz alta, duas vezes ao dia, antes de deitar e depois de levantar-se.» (Ibid. 301-02).
Há desejos que todos os dias são analisados, que se concebem projetos para os concretizar, como também diversos sonhos se transformam em desejos, estes em planos, estratégias e metodologias, para se tornarem realidade. É por demais evidente que alguns desejos nunca vão passar disso mesmo, porque, praticamente, são impossíveis, embora, não necessariamente: um doente terminal, seguramente, terá o desejo de se curar, mas raramente isso acontece; também a vontade de obter a “sorte grande”, não sendo impossível de se realizar, ela não acontece, só porque uma determinada pessoa deseja muito, de contrário haveria tantos ou mais milionários do que pobres.
Os sonhos, alguns deles bem nítidos durante o sono, são possíveis de os levar à prática sobre a forma de projetos, por isso: «Coloque os sonhos para funcionar e não se importe com o que “os outros” dizem quando você passa por reveses temporários, pois “eles” talvez não saibam que derrotas trazem consigo a semente de um sucesso equivalente.» (Ibid.:303).
Salvo raras exceções, vencer na vida a “pulso próprio”, respeitando regras morais, éticas, jurídicas, técnicas e científicas, não será fácil para uma pessoa normal, mesmo beneficiando de algum apoio familiar e/ou institucional, porque a sociedade, no seu conjunto, é extremamente exigente, competitiva e, em muitas situações, “invejosa” e “aniquiladora” da concretização dos desejos de quem pretende obter sucesso, para além de outros entraves, desde logo, de natureza burocrática e administrativa, designadamente, quanto se torna imprescindível recorrer a serviços públicos mais especializados.
E, na verdade: «Lembre-se de que quase todos que venceram na vida, tiveram que passar primeiro por reveses e depois por provações suficientes para desanimá-los, antes de “conseguirem” finalmente. O momento de decisão na vida dos que vencem costuma ocorrer no auge de uma crise, durante a qual se vêem frente a frente e um “outro lado” de suas personalidades.» (Ibid.:304).
Aceite-se, então, a ideia de que não é fácil transformar desejos em riqueza material, no entanto, para certas pessoas, dotadas com determinados meios pessoais como: conhecimentos, experiências, habilidades, alguns recursos financeiros para começar uma atividade, tais circunstâncias possam facilitar um pouco e mais rapidamente a concretização de um ou mais desejos, todavia, ainda assim, não é garantido que o sucesso aconteça de imediato.
Qualquer pessoa pode desejar muitas coisas, ter condições mínimas para as obter, mas é claro que: «Há diferença entre querer uma coisa e estar pronto a recebê-la. Ninguém está pronto até que comece a acreditar que pode conseguir aquilo que quer. O estado de espírito tem de ser o de convicção e não apenas esperança ou anelo. Um espírito compreensível é condição essencial para se ter convicção. Mentes fechadas não inspiram fé, coragem ou convicção.» (Ibid.:305).
Quem ignorar o poder da riqueza material, provavelmente, estará numa outra realidade, que não a do mundo terreno atual, em que vivemos. Podem muitas pessoas argumentar que a fortuna em dinheiro “não lhes diz nada”, que apenas desejam: saúde, trabalho e felicidade, e estas posições devem ser respeitadas, contudo, tais pessoas, possivelmente, continuam a  ter desejos, um dos quais, bem material, como é o trabalho, através do qual se ganha dinheiro, a fim de disporem das condições necessárias e suficientes, para cuidar da saúde, alimentação, vestuário, alojamento, educação e tudo o mais que é fundamental para uma vida condigna.
A fortuna é um bem indispensável, e nem sequer se deveria afirmar que é “um mal menor”, porque isso não será assim tão evidente. Em bom rigor: «A riqueza é poder. Com ela muito se torna possível. Pode-se decorar a casa com os ornamentos mais ricos. Pode-se viajar a países distantes. Pode-se provar de iguarias vindas de regiões longínquas. Pode-se adquirir os belos produtos do ourives e do joalheiro. Pode-se erguer soberbos templos e dedicá-los aos deuses. Pode-se fazer todas estas coisas e outras mais que fazem o deleite dos sentidos e o encantamento da alma.» (George S. Clason, in MANDINO, 1982:314).
Também há quem afirme que a riqueza está mal distribuída! Sim, em parte pode-se concordar, designadamente: no que se refere a recursos naturais, verificando-se que alguns países, possuem imensa fortuna, precisamente, porque nos seus territórios existem, em abundância, produtos de primeira necessidade, de que o resto do mundo tanto necessita como: petróleo, minérios, fauna, flora, bens alimentares e outras riquezas que, não sendo consideradas de carência absoluta, proporcionam riqueza e outros meios financeiros importantes, nomeadamente: diamantes, outras pedras preciosas, madeiras, especiarias, enfim, matérias-primas que depois de trabalhadas geram mais abundância, prosperidade e bem-estar geral para a maioria de uma população.

Bibliografia.

MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.

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domingo, 13 de setembro de 2015

Perseguir a Fortuna.


De uma maneira geral, a maioria das pessoas deseja a fortuna, seja no seu sentido material, seja numa perspectiva transcendental, seja, ainda, quanto a alcançar a felicidade, esta entendida como um estado de espírito de tranquilidade e bem-estar, com a própria consciência e com a sociedade. Em todo o caso, o que parece mais comum quando se aborda o tema “Fortuna”, é relacioná-lo com bens materiais e, dentro destes, o dinheiro.
Acredita-se que ninguém terá dúvidas que para se fazer fortuna, existirá, entre diversas regras, uma que é por demais evidente e perentória: não gastar mais do que se ganha. De facto: «O caminho da riqueza é, nas palavras francas de Benjamin Franklin, “simples como o caminho para o moinho”. Trata-se de gastar menos do que se ganha, o que não deve ser difícil. (…). A verdadeira economia consiste em fazer com que a renda sempre exceda os gastos.» (P. T. Barnum, in MANDINO, 1982:288).
É verdade que há muitas pessoas que, sem se preocuparem como futuro e partindo do princípio que têm um rendimento fixo, alegadamente para toda a vida, não controlam, como deviam as suas contas, e se num mês gastam mais, não consideram tal comportamento um desvio às normas da boa gestão porque, precisamente, pensam que, mais à frente, recuperam e anulam possíveis saldos negativos do mês e/ou meses e anos anteriores.
Salvo situações casuísticas, a fortuna, qualquer que ela seja: dinheiro, imóveis, obras de arte, joias, veículos, entre outras possibilidades, não se conquista com uma vida de ócio e extravagância. A fortuna, quando perseguida com: legitimidade, legalidade, humildade e labor; profissionalismo e isenção, realmente dá muito trabalho, certamente, não estará acessível ao comum dos mortais.
Alcançar a fortuna é, portanto, um caminho difícil, quantas vezes “armadilhado” pelas ilusões do facilitismo, até porque: «A prosperidade é uma provação mais grave que a adversidade, sobretudo se a primeira acontece subitamente. “Dinheiro que entra fácil, sai fácil”, diz o adágio popular. O orgulho e a vaidade, quando se lhes permite dominar as pessoas, são como um câncer maligno, que corrói as partes vitais das posses ou riquezas de um homem, sejam elas pequenas ou grandes, centenas ou milhares. Muita gente, nem bem começou a prosperar, já se enche de ideias e começa a esbanjar com luxos, até que, em pouco tempo, as despesas engolem a renda. Assim, tais pessoas se arruínam por causa de suas tentativas absurdas de manter as aparências, de causar “sensação”.» (Ibid.:290).
Hoje, segunda década do século XXI, vive-se numa sociedade materialista, para o bem e para o mal, naturalmente que todas as pessoas procuram o máximo conforto, a maior e melhor quantidade de bens palpáveis, por vezes, sem olharem a meios para os alcançar. O importante é TER e, menos significativo é SER. Acontece, porém, que existem, ao longo da vida, diversas situações que: tanto catapultam a pessoa para um qualquer “estrelato”; como a empurram para o mais profundo dos abismos. Por isso, é preciso saber ganhar e perder, respetivamente.
A fortuna, no sentido em que vulgarmente é aflorada, está presente na maioria dos projetos pessoais, sabendo-se que há quem consiga atingi-la e quem nunca passe da mediania, ou nem sequer sai da situação de pobreza e que, em determinadas circunstâncias, esta situação de miséria também se fica a dever a uma má gestão dos recursos financeiros. «Há pouca coisa pior para afundar uma pessoa do que ficar endividada. É uma situação escravizante e, no entanto, encontra-se por aí jovens, pouco mais do que adolescentes, se endividando. (…). A dívida tira do homem o seu amor-próprio, tornando-o objeto de seu próprio desprezo.» (Ibid.:291).
O que se verifica, portanto, é que o caminho para a fortuna não é compatível com atitudes perdulárias, porque não será suficiente trabalhar sem descanso, ter boa profissão, elevado estatuto e excelente salário e chorudos rendimentos, quando, de seguida, se desperdiça, em aquisições supérfluas, seja do que for.
Em condições normais: legitimidade, legalidade e transparência, as fortunas não se constroem de um dia para o outro, e cabe aqui uma referência monetária: «O dinheiro é, em muitos aspetos como o fogo – pode ser um excelente criado ou um amo implacável. Quando você deixa que ele o domine, quando os juros se avolumam contra você, ele o manterá na pior espécie de escravidão. Ao contrário, se deixar o dinheiro trabalhar para você, passa a contar com o amigo mais fiel do mundo.» (Ibid.:292).
Tudo indica que haverá um trilho com três “carris”, para se chegar à fortuna: um, que denominaremos por trabalho, seja qual for o ramo de atividade; outro, que designaremos por poupança, isto é, nunca gastar mais do que se ganha e, finalmente, um terceiro, que identificaremos por investimento prudente, de resto: «Muitos homens fazem sua fortuna conduzindo seus negócios de forma cuidadosa e completa, enquanto outros permanecem pobres para sempre por fazerem as coisas por metade. Ambição, energia, diligência e perseverança são requisitos indispensáveis para se obter sucesso nos negócios. A fortuna sempre favorece os bravos e nunca auxilia os homens que não ajudam a si mesmos.» (Ibid.)
É óbvio que toda a pessoa, racionalmente equilibrada, deseja fazer fortuna, mesmo que tal riqueza seja ao nível imaterial, na execução de projetos, no domínio das artes, sem fins lucrativos, tão só como forma de alimento espiritual. A realização pessoal é essencial para uma vida com qualidade e reconhecimento público, por isso: «Não confie só na Providência Divina, mas também mantenha a pólvora seca para os canhões» (Cromwell, in MANDINO, 1982:293) e, ainda: «Faça sua parte do trabalho ou não terá chance do sucesso.» (P. T. Barnum, in MANDINO, 1982:293).
Correr, entusiasticamente, atrás da fortuna, sem “atropelar”, nem prejudicar outras pessoas, é um direito que ninguém pode negar, também um dever que se deve procurar cumprir. Evidentemente que nem todos os meios justificam os fins, por isso: «Se um homem tem bastante dinheiro, deve investi-lo em tudo que acenar com o sucesso e que pode beneficiar a humanidade; mas que sejam moderados os valores investidos e que um homem nunca arrisque a fortuna que ganhou de forma legítima, investindo-a em negócios nos quais não tenha qualquer experiência.» (Ibid.:295).
Eventualmente, poder-se-á admitir que o caminho da fortuna é possível de percorrer, com algum êxito, desde que se acautelem certos aspetos, nomeadamente: nunca ficar desfalcado do que se conseguiu juntar, ao longo de uma vida, no exercício de uma atividade; colocar sempre o maior empenho em tudo o que se envolver; trabalhar tanto quanto for necessário, sem se preocupar se são mais ou menos horas que está a empregar nas suas tarefas; utilizar a maior transparência, cordialidade e moderação nas suas intervenções e relacionamentos.
Hoje, segunda década do século XXI, é quase impossível viver-se sem o dinheiro, no entanto: «O amor excessivo pelo dinheiro pode ser, sem dúvida, “a raiz de todo o mal”, mas o dinheiro em si, quando usado de forma apropriada, não só é “algo útil para se ter em casa”, mas pode ser louvado por constituir uma bênção para nossa espécie, ao permitir que seus possuidores contribuam para alargar o horizonte de influência e da felicidade humana. O desejo de riqueza é quase universal e ninguém pode dizer que não seja louvável, contanto que seu possuidor aceite suas responsabilidades e use-o como um amigo da humanidade.» (Ibid.:296-97).
A posse de fortuna material é, por conseguinte, uma necessidade da humanidade, até porque permite que, quem a possui possa, de algum modo, ajudar todas as pessoas que, por qualquer razão, ainda não conseguiram enriquecer. Permite, também, a quem possui riqueza, fazer os seus investimentos, inclusive: criando postos de trabalho, através da constituição de empresas e instituições diversas; possibilita, ainda, apoiar atividades que se podem traduzir na melhoria das condições de vida da humanidade, como sejam a investigação científica e tecnológica, em vários domínios do conhecimento e da técnica.
A “Fortuna” será sempre um recurso imprescindível para se conseguir atingir determinados sucessos, reconhecendo-se, naturalmente, a sua importância: quer ao nível do bem; quer para o mal, mas sem ela, de facto, a sociedade não progrediria para estádios civilizacionais, cada vez mais elevados, aliás, basta estudar a evolução da humanidade, a todos os níveis.

Bibliografia.

MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.

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domingo, 6 de setembro de 2015

Crescer para o Êxito


É uma verdade, mais que aceite, que qualquer pessoa, ou organização, que desenvolva uma atividade, num determinado setor do mercado, seja este qual for: saúde, educação, formação, funcionalismo, operariado, construção, empresariado, profissão liberal, entre muitas outras, naturalmente que tem por objetivo atingir metas, ultrapassá-las, perseguindo um novo alvo, e assim sucessivamente, conquistando êxitos, crescendo com eles para novos sucessos e, na maior parte dos casos, até nem há vontade de parar, pelo menos enquanto o fracasso não se abater sobre quem está progredindo na vida.
Uma das linhas para se crescer, numa dada atividade, é gostar do que se faz, sentir prazer na realização das tarefas, por mais insignificantes que, aparentemente, possam parecer, porque: «O homem que se dedica ao trabalho de que gosta não conta sempre com o apoio dos amigos íntimos e familiares. (…). Para contrabalançar esta desvantagem, contudo, aqueles que fazem o que amam fazer são recompensados com dois prémios, a saber: primeiro, normalmente o trabalho lhe traz a maior das recompensas, a FELICIDADE, a qual é inestimável; segundo, o seu rendimento pecuniário, quando distribuído por uma vida inteira de esforços, é em geral muito maior, já que o trabalho executado com amor é, na maior parte das vezes, maior em volume e melhor em qualidade, quando se o compara àquele executado exclusivamente por dinheiro.» (Napoleon Hill, in MANDINO, 1982:273).
O trabalho realizado contra vontade, em condições inadequadas, sob pressão injustificada, com objetivos menos claros, não só não proporciona prazer, como também se torna humilhante, para além do mais, acaba por não ser produtivo, nem em quantidade, nem em qualidade. Desenvolver uma atividade e tarefas profissionais, ou mesmo ditas amadoras, naquelas condições, não dignifica a pessoa humana que as exerce.
O crescimento para o sucesso, certamente que passa, por parte de quem o deseja alcançar, por imensas dificuldades, por sacrifícios de vária ordem, por ter, por vezes, que se abdicar de certos confortos, da companhia mais permanente da família e dos amigos, porém, sem que isso obrigue à perda da decência pessoal.
Com motivação elevada, e perspetiva de crescer para o sucesso, gostando do que se faz e: «Executando maior quantidade de trabalho e de melhor qualidade do que aquele pelo qual você é pago, você estará não só exercitado sua capacidade de realizar os serviços – retirando daí o domínio da técnica e uma habilidade extraordinárias – mas também criando uma reputação valiosa. Se adota o hábito de trabalhar assim, você se tornará tão competente que poderá solicitar uma remuneração maior que a dos que apenas trabalham na medida exata do que recebem. Eventualmente você terá força suficiente para se permitir abandonar situações indesejáveis na vida e ninguém poderá, ou desejará, lhe impedir.» (Ibid., in MANDINO, 1982:274).
Sem dúvida que será pelo empenho, pelo gosto de trabalhar bem, sempre que possível, inclusivamente, para além do que é estritamente obrigatório, que se poderá alcançar o êxito. Esperar pelo final do mês, pelo salário, como se isso fosse o objetivo principal, não parece correto, porque em qualquer organização, mesmo que de reduzida dimensão, todas as pessoas, sem exceção, devem colaborar para que se atinjam os melhores resultados, porque só assim é possível crescer, com segurança, para o sucesso que, no fundo, é para o bem de todas as equipas e da instituição.
Seguramente que qualquer trabalho, projeto, atividade na sociedade, visa um crescimento, individual, grupal ou institucional o que implica responsabilidade das pessoas envolvidas. Existe, tem de existir, compromisso, dever, até porque: «Temos, porém, a alternativa de adotar um novo paradigma denominado ética da responsabilidade. Esta fundamenta-se na ideia de que você se torna responsável por aquilo que faz. Portanto, deve imaginar os impactos que os seus atos podem provocar, depois avaliar e escolher a opção que trouxer mais resultados positivos para a comunidade. A palavra de ordem é o maior benefício para a comunidade ou dos males, o menor.» (CARVALHO. 2007:94).
E se: por um lado, é muito difícil que alguém, individualmente considerado, ou alguma instituição, consiga crescer e atingir o sucesso, se se limitar a realizar, apenas, o que é, unicamente, necessário, para uma “sobrevivência” modesta, sem ambições materiais ou de outra natureza. Partindo-se do particular, é muito frequente ouvirem-se pessoas reclamar, porque não auferem salários melhores.
Por outro lado, também, em muitos casos, poderá ser verdade que: «Quando você faz só aquilo pelo qual é pago, não há ai nada de extraordinário para atrair comentários favoráveis; mas quando você, de boa vontade, faz mais do que lhe exige o pagamento, sua ação atrai a atenção de todos aos quais ela afeta e dá um passo à frente, ao criar uma reputação que lhe permitirá usar a Lei dos Rendimentos Crescentes em seu benefício, já que esta reputação fará surgir uma procura pelos seus serviços, nas mais diversas frentes.» (Napoleon Hill, in MANDINO, 1982:277-78).
É chegado o momento para se invocar o aforismo popular: “semear para colher” e, já agora, se a sementeira for bem-feita, em quantidade e qualidade, tanto maiores serão as probabilidades de uma boa safra. Cabe, então, aqui o conceito da Lei dos Rendimentos Crescentes, por isso, e na sequência, talvez se possa afirmar que: «O sucesso é para ser obtido através de entendimento e aplicação de leis que são tão imutáveis como a lei da gravidade. Não podem ser deixadas de lado e depois laçadas como se faz com um touro bravo.» (Ibid.:281).
Um princípio muito elementar não se pode ignorar: é que quanto mais se trabalhar, mais possibilidades existem de se crescer, para o sucesso, porém, também é verdade que se torna necessário uma cuidadosa gestão dos rendimentos, assim como das posições socioprofissionais e estatutárias, que se vão adquirindo, de contrário, ainda se pode regredir, nomeadamente, quando se gasta tanto ou mais do que o que se ganha. Com este comportamento, não será possível crescer para o êxito.
Mas nesta reflexão importa, como em tudo na vida, pensar em termos de evolução no sentido do sucesso, fazer tudo o que é indispensável e estiver ao alcance de cada pessoa, para conseguir aquele desiderato, sabendo-se que: «Quando você dá o melhor de si nos serviços de que é capaz, lutando sempre para se exceder em relação a esforços anteriores, você está utilizando a forma mais superior de instrução. Portanto, quando você faz serviços, em maior volume e melhor qualidade do que lhe exige o pagamento que recebe, você, mais do que qualquer outra pessoa, está lucrando com esse esforço.» (Ibid.:283).
O caminho para crescer, com êxito, sempre na direção do sucesso, é longo e: umas vezes, até pode ser simples; outras, porém, será muito difícil, depende da vontade, da compreensão e da determinação de cada pessoa, naturalmente que diversas condicionantes também interferem, tais como as funções que, eventualmente, estejam a ser exercidas, sejam reconhecidas por uma entidade patronal, ou quando se trabalha por conta própria, a clientela gosta do trabalho, bens e serviços que lhe são fornecidos e prestados, respetivamente.
Então pode-se aceitar que a grande máxima, para crescer com sucesso, assenta na seguinte assertiva: «Faça questão de executar mais serviços e de melhor qualidade do que aqueles que lhe pagam para fazer e – atenção! – antes de se dar conta, você verá que O MUNDO ESTÁ LHE PAGANDO DE BOM GRADO MAIS DO QUE VOCÊ FAZ! (…). Tudo isto ficará sem valor a não ser que você se mexa para adotar e usar o conhecimento … Conhecimento torna-se PODER somente através da organização e do USO! Não se esqueça disto.» (Ibid.:283-84).
Crescer, agigantar-se para o sucesso, sempre cada vez com mais êxito, é o que a maioria das pessoas deseja, porém, nem todas conseguem, porque sempre vão existir imponderáveis: uns, negativos; outros, positivos e, ainda alguns, sem qualquer influência imediata.
Vontade, força e apoios externos para os vencer também são imprescindíveis, ou então para os saber enquadrar e retirar os melhores rendimentos, respetivamente. Sempre se estará, relativamente, dependente de algum fator externo, é verdade, mas o primeiro passo tem de ser dado por quem deseja alcançar o sucesso.

Bibliografia.

MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.

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