domingo, 26 de maio de 2019

Métodos de Tomada de Deliberação para Resolver Dúvidas


Tomar decisões é uma tarefa complexa, que nem sempre está ao alcance de qualquer pessoa, na medida em que são vários os fatores, circunstâncias e causas que estão na origem de uma dada situação, que é necessário conhecer e resolver.
Uma das condições para se tomar uma Decisão é dominar, ainda que minimamente, o respetivo processo, depois as concernentes técnicas a aplicar na resolução do problema, conflito ou situação. Aliás, a tomada de Decisão implica fazer uma análise de uma situação, ou de um problema, identificar possíveis ações, a sua avaliação e escolha do percurso a seguir.
Assim, por uma questão metodológica e também para melhor compreensão de todo o processo, importa conceptualizar o termo Decisão: «Uma decisão é um juízo que leva a uma escolha entre alternativas. Raramente se trata de escolher entre o que está certo e o que está errado. Na melhor das hipóteses, é uma escolha entre o quase certo e o provavelmente errado –, mas, em geral, é uma opção entre duas ações possíveis, nenhuma das quais sendo mais correta do que a outra.» (DRUCKER, Peter, 1967, in: ARMSTRONG, 2005:58).
Convém salvaguardar alguma prudência, no sentido em que não se deve esperar, ou mesmo desejar chegar, com facilidade, a um consenso, porque muitas e boas decisões emergem, por vezes, de pontos de vista conflituosos, e sabe-se que na maioria das situações, não se tomam deliberações sem desacordos, porque a unanimidade, nem sempre é possível.
Numa perspectiva diferente, ainda, e, se se quiser, complementar, também se pode aceitar que a Decisão é uma escolha consciente de um modo particular de ação, sobre outras alternativas, no sentido de resolver um determinado problema.
Entre muitas teorias sobre esta temática, consideram-se os seguintes tipos de Decisão: a) Decisão Impulsiva – Tomada, geralmente, sob a influência emocional, não ponderando a ação e suas consequências: b) Decisão, com Certeza – Os corolários de cada alternativa são, claramente, conhecidos; c) Decisão, com Incerteza – Os efeitos de cada alternativa são quase completamente desconhecidos; d) Decisão de Risco – Os desfechos de cada alternativa não são completamente conhecidos, mas conhece-se alguma coisa quanto à probabilidade de ocorrência de um dado resultado, e) A não-decisão ou a indecisão leva a pessoa a não querer, a não ser capaz ou não saber, respetivamente, como escolher uma alternativa viável para atingir o que inicialmente tinha previsto.
Tomar boas decisões dá trabalho. Exige dispêndio de tempo, de energia e de recursos. As pessoas podem ter um elevado grau de controlo sobre as suas vidas e sobre o que lhes acontece através, de um constante e consciencioso uso da tomada de Decisão. Para tal é necessário que seja conscientemente assumida a responsabilidade de tomar decisões.
Existe um processo para tomar boas decisões, que pode ser aprendido e praticado. Como qualquer outra competência, a capacidade para tomar decisões torna-se mais simples e mais efetiva com a prática, mesmo que por vezes se cometam erros, porque equivocar-se, corrigir e não repetir o engano, também é um processo de aprendizagem.
Uma boa Decisão é formada através da utilização do processo de tomada de “Decisão Planeada”, mesmo se as suas consequências não correspondam às que são sempre as desejadas. O uso do processo de tomada de “Decisão Planeada”, não significa, necessariamente, que as consequências sejam as melhores, porque pode surgir algum imponderável.
Assim, a forma mais eficaz de tomar uma Decisão é planear essa mesma Deliberação, adotando uma metodologia que se pode denominar como o “Processo de Tomada de uma Decisão Planeada” o que implica que: se reconhece a existência de um problema; se deve defini-lo correta e realisticamente; e responder-lhe como agir.
Uma outra abordagem, eventualmente mais complexa, é possível para se tomar decisões, resumindo-se os dez principais passos a observar: «1) Tomar decisões mais rápidas; 2) Evitar protelar; 3) Preparar para o inesperado; 4) Pensar antes de agir; 5) Cuidado com os pressupostos; 6) Aprender com o passado; 7) Ser sistemático; 8) Falar no assunto; 9) Esperar algum tempo antes de pensar no assunto; 10) Prever potenciais consequências.» (ARMSTRONG, 2005: 59-60)

Bibliografia

ARMSTRONG, Michael (2005). Como ser Ainda Melhor Gestor. Guia completo de técnicas e competências essenciais. Tradução, Geraldine Correia e Raquel Santos. Lisboa: Atual Editora

Com o protesto da minha perene GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

DOCTOR HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.

TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística  http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de
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domingo, 19 de maio de 2019

O Docente e a Democracia

A democracia não foge à regra e como tal, também utiliza os sistemas educativo e a formação profissional para divulgar e implementar os seus princípios e valores humanistas. Uma vez mais se relacionam aqui três elementos essenciais: escola, professor e aluno, para se compreender que eles se inter-justificam: «Coloca-se não apenas a questão quantitativa de assegurar o acesso dos cidadãos à educação, mas é mister, além disso, garantir educação de boa qualidade a todos. Ora, se é verdade que a boa escola é imprescindível para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade, é certo também que são indispensáveis bons professores, pois sem eles não há boa escola.» (GOERGEN & SAVIANI, 1998:14)
Acontece que, a influência do professor na formação dos cidadãos, invade também o domínio político, porque a cidadania pressupõe, no indivíduo, as condições mínimas para o exercício da atividade política democrática, fundamentalmente na assunção de direitos e deveres.
Vislumbram-se algumas condições para admitir: por um lado, a indispensabilidade e importância do professor; por outro lado, as dificuldades e responsabilidades que sobre ele impendem.
Por isso, para alguns estratos da sociedade, a profissão de professor nem sempre é justamente reconhecida e recompensada. Situações menos favoráveis ao professor devem ser por ele tidas em atenção, mas jamais desmotivado para continuar no exercício da sua nobre profissão porque: «só uma sociedade subdesenvolvida não reconhece no professor um profissional de primeira linha para melhorar todo o contexto de vida. Os países desenvolvem-se por causa da educação.» (WERNECK, 1996:13)
O cidadão por cuja formação se desenvolve o presente trabalho, há-de ser uma pessoa dotada com sensibilidade, para refletir sobre a escola, sobre a educação, sobre o professor, e este será tanto melhor quanto mais disponível estiver para as atividades investigativa e  meditativa, direcionadas para o ensino, o que implica: «abertura de espírito (…) para ouvir e examinar pontos de vista diferentes; responsabilidade perante as decisões tomadas e suas consequências e entusiasmo para romper com rotinas e acomodações.» (GRILLO, 2000:77)
Apesar disso, a Filosofia, na sua dimensão educacional, nunca se eximiu a colaborar com todas as áreas disciplinares, submetendo-se, inclusivamente, à discussão de assuntos difíceis, hoje em dia tão difundidos: aborto, pena de morte, eutanásia, testamento vital, clonagem, bioética, sentido para a vida, toxicodependência, prostituição, tráfico de órgãos humanos, ecologia, e tantos outros.
A educação não poderia ficar de fora de uma profunda reflexão, sendo a principal interveniente no sistema educativo, como igualmente são importantes a escola, os professores, os alunos, os formandos, os encarregados de educação e a sociedade em geral. Ninguém pode fugir ao debate porque: «o papel da filosofia no planejamento educacional é pensar, a partir dos problemas levantados pelas outras disciplinas, numa perspectiva global.» (FURTER, 1973:11)
Esta humildade filosófica será a marca distintiva do bom professor, do bom aluno, do bom cidadão, ou seja, abertura para aceitar opiniões diferentes da própria. O cidadão que se está a construir, será tocado por esta dignificante virtude, precisamente porque a dimensão educacional do homem constitui um património inigualável e impossível de quaisquer outros seres o possuírem, pelo menos de forma consciente e com objetivos bem definidos.
É inadiável, para a pessoa humana, dar um sentido e dignidade à sua própria vida, porque não pode existir mais tolerância numa sociedade onde o homem continue a ser humilhado, torturado e assassinado. O cidadão que se deseja será suficientemente esclarecido para impedir que prossigam os atos de puro terrorismo, a diversos níveis e atividades humanas.

Bibliografia

FURTER, Pierre, (1973). Educação e Reflexão, 7ª Ed., Petrópolis, Rio de Janeiro - Brasil: Editora Vozes.
GRILLO, Marlene Carrero, (2000). “O Lugar da Reflexão na Construção do Conhecimento Profissional”, in: Marília Costa Marosini (Org), Professor do Ensino Superior: Identidade, Docência e Formação, Brasília-Brasil: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.

Venade/Caminha – Portugal, 2019

Com o protesto da minha perene GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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domingo, 12 de maio de 2019

Formação de Professores/Formadores


Para alcançar tal antídoto, pode-se concordar que a formação dos professores, formadores e educadores, deve abarcar vários domínios, aos quais é necessário aplicar uma pedagogia/andragogia adequadas, o que implica novos currículos e conteúdos programáticos na formação destes profissionais da educação e da formação, que já terão revelado quais as necessidades que pretendem ver satisfeitas: «Os educadores levaram em conta três circunstâncias: o modelo de sociedade, as condições estruturais da universidade e o processo de desvalorização do profissional de educação». (BRZEZINSKI, 2000: 223)
As circunstâncias acima indicadas podem, pelo menos as duas primeiras, aplicar-se a Portugal porque, em boa verdade, ainda se assiste a práticas docentes que valorizam mais a memorização de saberes e teorias retóricas, avaliadas pela melhor ou pior reprodução que o aluno faz, em vez de se lhe pedir que, sobre elas, reflita e analise a possibilidade da sua aplicação prática, a situações concretas da vida real na sociedade, o que se agrava com alguns modelos rígidos ritualistas e excessivamente formais, ainda em vigor em diversos estabelecimentos de ensino, aprendizagem e formação profissional.
A terceira circunstância apontada, e no que a Portugal respeita, não se verifica uma desvalorização significativa do professor, haverá, eventualmente, uma discriminação entre professor do ensino básico, secundário e superior que, proporcionalmente às exigências: de formação, de investigação de investimento intelectual e financeiro, os professores do ensino superior estarão insuficientemente recompensados mas, também, nesta análise, não se vai discutir tal matéria porque parece extravasar os objetivos do trabalho.
O exercício da atividade docente não pode pactuar com interesses meramente casuísticos: de mais uma ‘ocupação parcial’ para formar currículo; ou, porque, tratando-se de uma figura pública, isso traz notoriedade ao estabelecimento de ensino, que admite tal personalidade para professor.
Por exemplo um político, um empresário, e outras profissões, podem ter muitos conhecimentos e experiências na sua área, mas, eventualmente, sem qualquer preparação para o exercício docente. São convidados, por certas instituições, só porque são considerados notáveis e pessoas de sucesso.
Com efeito: «Querendo atacar radicalmente o fracasso escolar, deve-se levar o corpo docente ao nível de formação do corpo dos engenheiros ou dos médicos. Não de um corpo de teóricos, ou de pesquisadores fundamentais, mas de um corpo de práticos ponderados, que baseiam a sua ação e a análise da sua ação sobre uma cultura científica e sobre o conhecimento de pesquisas e dos saberes profissionais coletivamente capitalizados. Por essa razão é importante: repensar a natureza das formações iniciais, não para correr atrás das reformas, mas para tornar possíveis as mais ambiciosas, fazer com que se voltem cada vez mais para um corpo docente que exista, ao menos em parte; fazer da formação contínua um vetor de profissionalização mais do que um simples aporte de conhecimentos, de métodos ou de novas tecnologias: …» (PERRENOUD, 2000:165-6).
A formação do cidadão defendida no presente trabalho depende, de facto e em parte significativa, do desempenho dos professores e formadores que, ao longo da vida, vão tendo na sua educação e formação.
Confirma-se, e por isso mesmo se justifica, a importância que se atribui aos professores e formadores, à sua preparação científica, pedagógica e prática. Ao conjunto de conhecimentos e técnicas que lhe permitem aplicá-los na vida real, com benefícios evidentes para a sociedade de cidadãos livres, competentes, solidários e tolerantes. Professores/Formadores para as realidades e vida concreta da sociedade.
Na formação do professor, muitas são as disciplinas que ele é obrigado a estudar. Nessa perspectiva: «o desenvolvimento de competências interpessoais pressupõe, da parte do candidato a professor, um aprofundamento do seu auto-conhecimento e o desenvolvimento de capacidades relacionais.» (RAPOSO, 1996:30).
A Psicologia pode proporcionar ao educador, muitos e diversificados conhecimentos teóricos e práticos, já testados e validados. Apesar disso, não se pretende, por manifesta impossibilidade intelectual, e de tempo, que se transforme o professor e o formador numa enciclopédia, sempre atualizada, ou numa máquina sempre modernizada e reprogramada. Ele, como pessoa, é limitado, finito e, dessa condição, deve dar conhecimento e discuti-la com os próprios alunos e formandos. A humildade do professor é já uma boa prática pedagógica
A formação de professores deverá ser um assunto da maior importância em todo mundo e, nesse sentido, os responsáveis pelos sistemas educativos e de formação profissional, nem sempre têm considerado prioritário este objetivo. A educação dos cidadãos, do ponto de vista político-ideológico, de um dado regime, é crucial para a manutenção desse mesmo regime.

Bibliografia


BRZEZINSKI, Iria, (2000). Pedagogia, Pedagogos e Formação de Professores: Busca e Movimento, 3ª Ed. Campinas - S.P. - Brasil: Papirus. (Colecção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico). P. 223
PERRENOUD, Philippe, (2000). Pedagogia Diferenciada: das intenções à acção, Tradução, Patrícia Chittoni Ramos, Porto Alegre: Artes Médicas Sul.
RAPOSO, Nicolau de Almeida Vasconcelos, (1996). “O Contributo da Psicologia para a Formação de Professores”, in: Arquipélago, Ciências de Educação – 1, Ponta Delgada: Universidade dos Açores, pp. 13-37
  
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
  
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal 

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

DOCTOR HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.
  
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domingo, 5 de maio de 2019

Mãe: Eu Te Glorifico

Respeitando-se algumas opiniões, segundo as quais todos os dias são dias comemorativos, de um qualquer evento, a verdade é que na realidade, tal nem sempre se verifica, ou seja: por exemplo, quando se aborda a efeméride relacionada com o “Dia da Mãe”, isso representa que para além de todos os dias serem, ou que deveriam ser, dias da Mãe, ainda assim, haverá um, em todo o ano, que se destaca, com a maior relevância  e dignidade merecidas: o tributo que é devido às Mães; e a importância que elas têm nas nossas vidas, independentemente da sua natureza: biológica, adotiva ou aquela que nos cria, educa, protege e defende com amor e carinho.

Quem está minimamente informado, e tem uma formação familiar, assente em bons princípios, valores e sentimentos, sabe muito bem que o papel da Mãe, nesta sociedade pós-moderna, complexa e algo materialista, é fundamental: para orientar os filhos; obrigatória e desejavelmente em conjunto com o Pai; para enfrentarem aquela mesma sociedade que, atualmente, é muito pouco tolerante, e bastante fingida, designadamente para algumas pessoas, que não olham a meios para obterem determinados fins, quantas vezes injustos, ilegítimos e até ilegais.
Ser Mãe, neste emaranhado de interesses, conflitos e dificuldades sem fim, é muito complicado, por isso nunca será demais amarmos as nossas Mães, a quem devemos a vida, o maior ou menor conforto, dependendo das possibilidades económico-financeiras que ela possui e, que no dia que lhe é consagrado, a possamos abraçar, beijar e agradecer-lhe o amor que sempre nos dá, não olhando a sacrifícios, inclusive, privando-se, ela própria, quantas vezes, de bens que tanto gostaria de ter, mas que para ajudar os filhos, deles abdica generosa e amorosamente.
A Mãe, muitas vezes, mais do que o Pai, é, quase sempre: o grande baluarte da família; aquela que, à mínima dificuldade não abandona os seus filhos, salvo raras e excecionais situações; a mulher que para além de Mãe é amiga, companheira, parceira, confidente, protetora e cúmplice, por isso, as instâncias governamentais, em vez de retirarem os filhos às respetivas Mães, deveriam avaliar muito bem, ao nível técnico-científico, económico-financeiro e ainda psicossocial, a situação e só depois tomarem decisões, evitando medidas drásticas, como tantas a que se tem vindo a assistir.
É preciso mais humanismo na análise das circunstâncias em que se encontram muitos agregados familiares. É fundamental dar dignidade à pessoa humana, de resto como se vem fazendo já com os animais, em que o Estado disponibiliza cerca de dois milhões de euros para um projeto de acolhimento de animais abandonados, medida que se aplaude, sem quaisquer reservas mentais, todavia, não se queira colocar ao mesmo nível a pessoa humana, desde logo a Mãe, o Pai os Filhos, enfim, a família.
Neste “Dia da Mãe”, infelizmente, assiste-se por este país a: situações vergonhosamente degradantes, de autêntica desumanidade; crianças a serem retiradas aos pais, porque estes, alegadamente, não têm uma habitação, dita condigna, e por este facto, são entregues a instituições para, posteriormente, em muitos casos, serem encaminhadas para a adoção; idosos a habitarem  autênticas barracas (pardieiros) a cair de podre, onde o frio, a chuva, o vento e todo a espécie de intempéries entra; pessoas a viverem nas ruas, sem abrigo, doentes, esfomeadas e descartadas por uma sociedade insensível às virtudes da compaixão e do amor ao próximo.
Saibamos, também, amar, respeitar e dignificar todas as Mães, porque: são elas que sentem, verdadeiramente, o pulsar das nossas dificuldades; são elas que mais se preocupam com as nossas carências; são elas que intransigentemente nos defendem, quantas vezes, em situações em que elas próprias estão a sofrer violências, justamente para nos defender e proteger. Amar as nossas Mães em vida, ou a sua memória, é um tributo que lhes devemos prestar, hoje e sempre.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo


PRESIDENTE do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
  
TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, agraciado com a “Grande Cruz da Ordem Internacional do Mérito do Descobridor do Brasil Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística, organizada pelo Governo do Estado de S. Paulo – Brasil

DOCTOR HONORIS CAUSA EN LITERATURA, pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos