domingo, 30 de agosto de 2015

Organização para um Trabalho Profícuo.


Qualquer que seja a atividade em que uma pessoa se envolva: profissional, amadora, empresarial, política, religiosa, social, cultural, lazer ou de outra natureza, se não houver um mínimo de organização, de disciplina, de rigor e de responsabilidade, a par do maior prazer possível, no que se está a fazer, o mais certo é não se conseguir um resultado positivo e ficar-se longe do sucesso que tanto se almejava.
A exigência da sociedade em geral, e dos consumidores de bens e serviços em particular, não se compadece com a falta de profissionalismo, empenho, modernização e técnicas reputacionais que, através de uma ética e deontologia apropriadas à atividade específica, conduzam os intervenientes à satisfação recíproca e, portanto, ao êxito.
Acredita-se que se pode estar de acordo que a organização, os bons hábitos, a disciplina, os princípios, os valores, devem começar e praticar-se em casa, na vida privada para depois, sem dificuldades de maior, se transporem para a vida pública, por isso: «Evidentemente, uma vida organizada é muito mais eficiente do que outra onde impera o caos. A maioria de nós poderia aumentar a própria eficiência com mais organização. Contudo, as regras muito rígidas atualmente não são mais regra geral quando se trata de organizar.» (Michael LeBoeuf, in MANDINO, 1982:256).
Muito dificilmente se consegue elaborar leis, regulamentos, estatutos, outras normas e documentos disciplinadores, que abranjam todas as situações possíveis, havendo sempre lacunas por onde é possível tentar-se a ilibação de uma eventual infração. Regulamentar no sentido amplo, identificando possíveis situações mais graves, deixando para a jurisprudência e para soluções casuísticas, simplificando o funcionamento das instituições, parece ser a metodologia mais aconselhável.
Adotando uma certa maleabilidade, na organização e funcionamento das pessoas e instituições, pode-se aceitar, possivelmente com alguma reserva que: «Há, no entanto, boas orientações para organizar sua vida e seus pensamentos. Se você as seguir apenas como instruções e não como leis inflexíveis, verá que lhe ajudarão a aproveitar o máximo de seu tempo e de seu esforço.» (Ibid.:257).
A organização não passa, apenas, por regulamentos, disciplina, rigor, profissionalismo, porque há outras variáveis, mais de natureza, psíquica, física, ergonómica e ambiental. Neste sentido o local de trabalho é essencial, para se obter resultados positivos, enfim, para se chegar ao sucesso.
Com efeito são muito importantes: «1. Localização. (…). Se o trabalho requer concentração, procure um lugar tranquilo e reservado. Por outro lado, se está começando um negócio próprio, escolha um local movimentado, para facilitar o acesso de possíveis fregueses do seu estabelecimento. 2. Espaço. (…). É útil saber o espaço disponível antes de provê-lo com as ferramentas necessárias. 3. Acesso fácil às ferramentas que utiliza com mais frequência. (…). Evite encher o espaço com coisas desnecessárias. (…). 4. Conforto. (…) Um local de trabalho confortável geralmente dispõe de cadeiras, ventilação e iluminação adequadas. (…) Uma ventilação adequada evita a fadiga desnecessária causada por ambientes abafados. Quanto à temperatura ideal para se trabalhar, há preferências pessoais. Entretanto é sempre bom garantir um local longe das correntes de ar.» (Ibid.: 258-59).
Um outro aspeto importante, no que respeita à organização para um trabalho profícuo, tem a ver com a mesa/secretária de trabalho que, em princípio, deve estar o mais limpa possível de papéis e objetos que nada têm a ver com as funções do trabalhador.
Nesta perspectiva pode-se concordar que a mesa/secretária não é: «1. Um depósito de papel velho. (…). 2. Um depósito de comida, roupas, guarda-chuvas e outras miudezas não relacionadas com o trabalho. (…). 3. Um lugar para empilhar papéis ou coisas de que você precisa se lembrar. (…). 4. Um símbolo de status ou lugar para exibir prémios, troféus e coisas afins. (…). (Ibid.:259-60).
A contrapartida para rentabilizar, com o maior sucesso possível, a mesa/secretária de trabalho, pode-se descrever como se segue: «1. Tenha sempre um só projeto de cada vez sobre a mesa – o qual deve ser a sua prioridade máxima naquele momento. 2. Mantenha as coisas fora da mesa até ao momento em que você está pronto para examiná-las. Guarde-as em armários, arquivos ou gavetas, mas deixe-as fora do caminho. 3. Não desvie seu trabalho para outras atividades por serem mais fáceis ou atrativas. (…). 4. Quando terminar uma tarefa, coloque-a no escaninho de saída, para ser encaminhado. Verifique em seguida suas prioridades e passe para o próximo item de sua lista. (…). (Ibid.:261).
No que respeita diretamente ao colaborador, às suas condições intrínsecas, também é interessante, refletir sobre alguns aspetos que influenciam na produtividade, como por exemplo a capacidade de concentração: «Na medida em que concentremos nossos esforços, teremos sucesso em conseguir o que desejamos da vida. A capacidade de concentração permitiu a muitos homens, de aptidões modestas, atingir cumes de sucesso que nem alguns gênios puderam alcançar.» (Ibid. 262).
Para além dos aspetos apontados, convém referir que o local dos afazeres deve estar afeto ao ato de trabalhar. De igual modo, em caso de cansaço temporário é aconselhável parar por alguns momentos, na medida em que: «Saber quando parar é uma sábia manobra tática, mas não suficiente para terminar o trabalho e ir até ao fim. Em algum momento do processo você tem de enfrentar o trabalho e ir até ao fim.» (Ibid.:263).
O recurso às capacidades intelectuais e, portanto, também à memória, aqui no sentido de a qualquer momento se ter a noção do que já foi realizado, do que é necessário iniciar e concluir, é feito através da recordação. Na verdade: «Nossa memória não é uma mera coisa, ela é um teste de habilidade. Ela pode ser vista, sentida, examinada, medida. As habilidades da memória são geralmente devidas a três grandes estágios: 1. Lembrar. Colocar a informação para ser armazenada. 2. Gravar. Armazenar o material no cérebro até que se necessita usá-lo. 3. Recuperar. Trazer à tona o material, quando necessário. É este último estágio a razão de nossos maiores problemas.» (Ibid.:264-65).
Na conceção de um bom sistema organizativo, deve-se considerar sempre os assuntos de menor importância, juntando-os para serem resolvidos, preferencialmente em conjunto, numa sequência que permita não ficar nada por executar, porque: «As sessões de pequenas tarefas são uma maneira eficiente de evitar que estas interfiram na realização de seus objetivos mais importantes.» (Ibid.: 266-67).
Na vida individual de qualquer pessoa, instituição ou empresa, sempre existem dificuldades, problemas para resolver, por isso é contraproducente ignorá-los, ou adiá-los por tempo indeterminado, até porque alguns nem podem aguardar muito tempo por uma solução.
Nesse sentido, considera-se que: «Organizar a maneira de encarar um problema já é meio caminho andado na sua solução. As orientações que se seguem o ajudarão a se manter alerta para quando tiver de enfrentar e ultrapassar todos obstáculos ao sucesso. Não complique seus problemas sem necessidade (…). Aborde o problema de forma criativa. (…) Aprenda a Distinguir entre a Urgência e a Importância (…). Procure se Antecipar a Crises Potenciais (…). Coloque seu Subconsciente para funcionar (…).» (Ibid.:267-70).
A organização pessoal, institucional, empresarial ou de qualquer outra natureza é, portanto, o “calcanhar de Aquiles” para a partir dela se chegar ao sucesso, ou tombar para o fracasso. A responsabilidade de quem tem por funções organizar, seja um setor, uma empresa, um conjunto de tarefas a distribuir pelos colaboradores, um país, é sempre muito grande, incompatível com improvisos, desleixos, incompetência anacronismos e outras situações prejudiciais para um Serviço Profícuo.
Organizar para um trabalho rigoroso, sério e produtivo, equivale a ter objetivos, resultados concretos, alcançar o sucesso e, para que todas as etapas decorram com a maior normalidade, também parece importante alguma capacidade de previsibilidade, quanto ao que pode acontecer em circunstâncias normais, nomeadamente, na gestão do tempo para a realização de determinadas tarefas, ou mesmo para enfrentar algum problema.
Assim e com efeito: «A solução de problemas em geral opera da mesma forma. (…). Um pouco de previsão e manutenção preventiva é uma garantia para que você possa usar seu tempo realizando seus objetivos ao invés de consumi-lo ao tentar reagir às crises.» (Ibid.:269).

Bibliografia.

MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
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domingo, 23 de agosto de 2015

Adiar o Sucesso: É Conveniente?


Nem sempre a tomada de decisão, a quente, intempestivamente, ou infundamentada, conduz a bons resultados, pelo contrário, as consequências podem ser desastrosas e irreversíveis. Ponderação e cautela sempre foram boas “conselheiras”, todavia, protelar as deliberações, por tempo indefinido, sem motivos concretos e alicerçados, também não se afigura a melhor estratégia e, como refere o adágio popular: “Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje”. Há que procurar sempre o meio-termo.
E se o passado existe, olhado sob várias perspectivas: histórica, científica, tecnológica, pessoal, familiar, institucional, nacional e internacional, entre outras; e o presente consiste em cada momento vivido que, em frações de segundo já é passado, e que no mesmo lapso de tempo deixa de ser futuro, também há quem afirme: «Infelizmente, o amanhã não existe, só pode ser encontrado no calendário dos tolos. Para eles, o amanhã é o dia em que começarão sua jornada rumo ao sucesso e à riqueza; amanhã é o dia em que irão mudar, trabalhar de maneira árdua, modificar seus hábitos, retomar amizades desfeitas, pagar velhas dívidas, candidatar-se a um emprego melhor.» (MANDINO, 1982:231).
O sucesso, normalmente, é um resultado positivo de uma meta, um plano, uma estratégia e uma metodologia, sempre aguardado com ansiedade, expectativa e, por vezes, com receio, quando se conhece a possibilidade de interferências nefastas, para desenvolvimento do projeto. Claro que quando existem dúvidas, relativamente identificadas, um adiamento, se possível curto, poderá não prejudicar.
Acontece, no entanto, que também há quem, por sistema, esteja sempre a adiar a tomada decisões, manifestar posições (na política, por exemplo, adiar certos posicionamentos, pode ser conveniente, até para ver como uma determinada situação evolui). Em todo o caso, é da natureza humana, atitudes de adiamento em muitas circunstâncias da vida.
Possivelmente: «A procrastinação é o que há de mais próximo ao que se poderia considerar um ponto fraco universal. Poucos são os que podem afirmar em sã consciência não serem do tipo que adia, a despeito do fato disto não ser saudável com o decorrer do tempo.» (Wayne W. Dyer, in MANDINO, 1982:232).
A prudência, e também a sabedoria, aconselham, perante certas situações, que são compatíveis com uma gestão do tempo adequada, isto é: não requerem decisão imediata,  e portanto, se proceda a uma análise tranquila, livre de pressões, para depois se tomar a decisão que se considera a mais apropriada, como será a que se verifica na maior parte dos projetos, que desejavelmente se podem encaminhar para o sucesso.
Tudo na vida tem o seu tempo próprio. E se há situações que exigem uma tomada de decisão, praticamente, em cima do acontecimento, por exemplo: um árbitro de futebol e outras modalidades; um piloto de avião ou de qualquer outro veículo em velocidade rápida, enfim, muitas outras condições; também é verdade que, em determinadas circunstâncias, pode-se aguardar o tempo necessário, até que tudo seja esclarecido, cabendo aqui, a título de demonstração, as decisões judiciais que, carecem de extrema prudência, legalidade, justeza e legitimação, o que, naturalmente, leva o seu tempo e por isso se diz, com alguma frequência, eventualmente, com algum desrespeito, que a justiça é lenta.
Adiar não significa, necessariamente, esquivar-se à responsabilidade, acovardar-se acerca de algum assunto e/ou situação, até pode ser uma atitude estratégica, todavia, se algo tem de ser feito num dado momento, então que se faça, porque adiar pode representar a perda de uma oportunidade qualquer: seja de um negócio, um emprego, um investimento rentável e inadiável; seja um encontro para nele se tomarem decisões.
É possível que muitas pessoas adotem um modo de vida, ao estilo: “deixa ver como é que está para ver como é que fica” e, assim, vão protelando decisões, até na perspectiva de que outros tomem deliberações por elas, quando tal é possível. Este comportamento encaixa-se, relativamente bem, no que se convencionou denominar de procrastinação.
Segundo os especialistas: «A procrastinação como modo de vida é uma técnica que pode ser usada para evitar fazer qualquer coisa. Aquele que não faz frequentemente é um crítico, quer dizer, aquele que fica parado olhando os outros executarem a tarefa e depois, procuram polir filosoficamente a maneira como os outros realizam o trabalho. É fácil ser um crítico, mas ser um realizador requer esforço, risco e mudança.» (Ibid.:235).
Quando se trata do sucesso, assumi-lo de imediato, ou adiar a sua confirmação, segundo os resultados, que a ele conduziram, naturalmente que é uma decisão que deve ser muito bem ponderada, porque: quer perante o êxito; quer face ao fracasso, as críticas surgem sempre em dois sentidos – positivas ou negativas -, pelos mais diversos motivos: amizade ou ódio; solidariedade ou inveja; enaltecimento ou indiferença.
A crítica faz parte da cultura societária, por isso deve-se estar atento, separar o essencial do supérfluo, na medida em que: «Ao observar a si mesmo e pessoas ao seu redor, preste atenção ao quanto as relações sociais são dedicadas ao ato de criticar. Por quê? É mais fácil comentar a forma de alguém fazer alguma coisa do que ser alguém que realiza algo.» (Ibid.:236).
Adotando uma possível estratégia de adiar o sucesso, aquela só se justifica quando os resultados não estão totalmente consolidados, pela positiva, e se presume haver avaliações desfavoráveis, por isso, nestas circunstâncias, a gestão do tempo é uma habilidade a colocar em prática, na medida em que: «O tempo é a matéria-prima inexplicável de tudo. Com ele, tudo é possível. Sem ele, nada. A oferta do tempo é verdadeiramente um milagre diário, um acontecimento de fato surpreendente quando nós o examinamos.» (Arnold Bennett & Arthur Brisbane, in MANDINO, 1982:244).
A administração do tempo, face à responsabilidade do sucesso (ou do fracasso) realmente é fundamental, porquanto deve existir um “momento” certo para revelar: à família, aos amigos, aos colegas e à sociedade, o que de melhor (ou pior) nos acontece na vida, evitando-se, possivelmente, os elogios exagerados, ou então, as lamúrias, igualmente sinceras ou cínicas.
No adiar, ou não, do sucesso, quer no que respeita ao usufruto do mesmo, ou à sua divulgação, na verdade tudo indica que é necessário encontrar o tempo e o espaço adequados, mas principalmente o primeiro. Na verdade: «Aquele que sabe usar bem o tempo possui uma espécie de corrente formada de itens A fluindo constantemente pelos canais e não fica preocupado em escolher este ou aquele A para fazer, como fazer, ou ainda, tentar ser um perfeccionista em determinado A» (Alan Lakein, in MANDINO, 1982:254).
E se por um lado, procurar o sucesso, também pressupõe conjugar algumas condições, o que significa que não se deve, sem um mínimo de viabilidade, implementar, no terreno, uma ideia, um projeto, considerando, inclusivamente, que a precaução no seu justo equilíbrio, em princípio é, quase sempre, uma boa conselheira e, em algumas circunstâncias, pode evitar consequências irreparáveis;
Por outro lado, surgem oportunidades na vida que, à partida, se afiguram únicas, praticamente impossível de recusar, que por isso urge aceitar e desenvolver. Claro está que quando assim acontece, e se tem a noção bem explicita que tal oportunidade conduz ao sucesso, até porque ela é proporcionada em condições altamente vantajosas, por pessoas, e/ou instituições credíveis, onde os riscos são mínimos, ou nulos, então esta grande possibilidade de se chegar ao êxito, não deve ser adiada.
Conjugar o sucesso com o tempo pode ser a chave para uma melhor avaliação do êxito, por isso é que: «O bom uso do tempo é tão importante fora quanto dentro do trabalho. Você não quer ver sua vida particular transformada em situações semelhantes às que tem no trabalho …» (Ibid.:253).

Bibliografia.

MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
 
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domingo, 16 de agosto de 2015

Motivação: Alavanca para o Sucesso.


Acredita-se que atitudes como: a apatia, a indiferença, o desânimo, a introversão e, no limite, o “atirar com a toalha ao chão”, não conduzem a uma vida, minimamente, de qualidade e muito menos, com algum sucesso. A recolhimento em si próprio, alheando-se do mundo, inevitavelmente, conduz ao fracasso, à frustração e, eventualmente, em situações mais complexas, a desfechos que podem ser dramáticos e irreversíveis.
Entre outras atitudes, importa adotar aquelas que impulsionem a pessoa para uma vida relativamente extrovertida: virada para o mundo, com o mundo e sempre no mundo, no seio de uma sociedade complexa, difícil, exigente que, também ela, no seu todo, nem sempre se entende. Importa, certamente, aceitar o princípio, segundo o qual: «Ter sucesso pode ser divertido. A vida pode ser divertida. A vida é tremenda! Talvez, se eu tiver sorte, até vou conseguir fazê-lo sorrir algumas vezes …» (MANDINO, 1982:197).
Pode-se, pelo menos, tentar criar a motivação, necessária e suficiente, para que se consiga uma vida mais consentânea com as ambições legais e legítimas das pessoas, com a sua dignidade, afinal, com a sua condição superior, porque não é desejável, nem frutuoso, para a própria individualidade, nem para a sociedade, que se tenha uma existência, pouco mais que instintiva. O ser humano merece mais, sem dúvida alguma, mas para isso tem de ajudar-se a si próprio, automotivar-se.
É sabido que: «Hoje em dia estamos rodeados de motivadores – pessoas e coisas esforçam-se para motivar outras pessoas a comprarem um produto, pagarem por um conselho ou alistarem-se numa causa. As classes de motivação estão apinhadas e os livros de motivação são bestsellers. A motivação é o grande negócio.» (Charles “Tremendo” Jones, in MANDINO, 1982:197).
A vida não pode cingir-se a um percurso linear, com um princípio, meio e fim biológicos. A existência humana é muito mais do que isso, porque constituída por uma imensa diversidade de princípios, valores, sentimentos, emoções, atividades, projetos, conflitos, enfim, uma complexidade de intervenções, comportamentos e resultados. A vida da pessoa humana, em grande parte, é uma construção: por vezes, “gloriosa”; outras, “dramática”, com altos e baixos, mas nunca linear, cómoda, pacífica e sem dificuldades.
A automotivação é, certamente, uma das grandes alavancas, essencial para o sucesso. É necessário que toda e qualquer pessoa, que deseje uma vida melhor, tenha condições para encetar o caminho do êxito, não se podendo ignorar que: «As grandes coisas em sua vida ficarão maiores se investir nelas para ajudá-lo a ficar motivado. Lembre-se, você está construindo uma vida, não um império.» (Ibid.:200).
A vida, no seu decurso, mais ou menos longo, é sempre acompanhada de inúmeras circunstâncias: umas, favoráveis, ou negativas, mas previsíveis; Outras, imponderáveis. Ninguém tem a capacidade infalível de planear e executar, com sucesso absoluto, os seus projetos por isso é que: «… todos nós estamos na luta, saibamos disso ou não. E a pessoa que sabe como ficar motivada não precisa de nenhuma torcida (apoiantes). Tem a motivação em si mesma. Não está procurando por uma muleta que pode se quebrar, um bônus sem impostos; está aprendendo motivação que vem de dentro.» (Ibid.:205).
Para que a motivação surja, primeiro é fundamental que existam ideias, se possível, inovadoras, que estimulem a ação empreendedora. As ideias devem comportar alguns elementos necessários, para que se possa avançar, com relativa segurança, aceitando-se que: «A meta é um objetivo que você quer alcançar. O plano é o modo específico de alcançar essa meta. Metas e planos são ideias em sua mente. (…) Todos os objetos palpáveis começaram de metas, planos ou ideias nas mentes de certas pessoas. Este é um conceito revolucionário, desde que permite realmente que ele o domine, pois demonstra a importância do mundo do pensamento.» (Fitzhugh Dodson, in MANDINO, 1982:207).
Deixar que a vida “corra ao sabor do vento” de um certo determinismo irracional, não será próprio da pessoa humana, superiormente dotada de capacidades diversas para, pelo menos, ainda que parcialmente, eliminar, ou controlar, as consequências das leis da natureza e dos outros seres humanos que, quantas vezes, agem com autêntica “bestialidade”, e que, quando assim se verifica, seguramente, o sucesso fica muito mais inacessível, se não impossível.
Obviamente que, nem todas as pessoas reúnem as melhores condições, para elaborarem planos grandiosos, seja do ponto de vista material e/ou imaterial, mas não os ter, é uma situação que, em certa medida, poderá inferiorizar, social e economicamente uma determinada individualidade, família, grupo ou mesmo uma comunidade inteira.
Com efeito: «É triste saber que a maioria das pessoas não têm metas ou planos, mas não é de admirar, pois o conceito em seu todo é uma área negligenciada em nossa cultura. (na portuguesa, também - sublinhado meu). Muitas pessoas apenas existem dia após dia, semana após semana, ano após ano. Outras têm metas, mas são tão imprecisas ou passivas que são virtualmente sem mérito.» (Ibid. 209).
Até agora pode-se admitir, como condições “sine qua non” para se chegar ao sucesso, ainda que parcial, estar-se, claramente, motivado, ter metas e planos bem realistas, saber quais as estratégias e metodologias se vão utilizar e os recursos humanos, técnicos, financeiros e infraestruturais de que se dispõe. Congregar todos estes requisitos não será assim tão fácil, mas também é preciso saber como consegui-los.
Em qualquer atividade socioprofissional, realmente, é muito importante gostar-se do que se faz, fazer com orgulho, com amor, com arrebatamento, porque: «Nenhuma batalha, seja qual for a sua importância, poderá ser ganha sem entusiasmo.» (Padre O’Brien, in MANDINO, ibid.:220), logo, é muito importante cultivar-se estes valores e aplicá-los nas funções em que nos envolvemos.
Então: «Para tornar-se entusiasmado no sentido de alcançar certa meta desejada, mantenha a mente nessa meta, dia após dia. Quanto mais valioso e desejável seu objetivo … mais dedicado e entusiasmado você se tornará. (…) As emoções nem sempre estão sujeitas de imediato à razão, mas estão sempre sujeitas de imediato à ação.» (William James, in Ibid.). (…) O sucesso é alcançado pelos que tentam, e Onde não há nada para perder tentando e muito para ganhar se obtido o sucesso, tente sem dúvida. (…). (W. Clement Stone, in MANDINO, Ibid.). Os sentimentos … disposições e … emoções seguirão à ação. Se quer entusiasmo … aja entusiasticamente.» (William James, in MANDINO, Ibid.:221)
Havendo motivação, entusiasmo, metas, planos e recursos diversos, fica-se, relativamente, mais próximo do sucesso, e se alguém pretende que o seu êxito tenha uma dimensão ético-moral, que seja equivalente à perfeição, até onde seja possível atingi-la, pelo ser humano, então pode-se, e/ou deve-se, ter em conta a prática das treze virtudes consideradas adequadas: «Temperança, Silêncio, Ordem, Resolução, Frugalidade, Trabalho, Sinceridade, Justiça, Moderação, Limpeza, Tranquilidade, Castidade e Humildade.» (Benjamim Franklin, in MANDINO, 1982:225).

Bibliografia.

MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.

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domingo, 9 de agosto de 2015

O Êxito: Expectativas. Realidade. Riscos.


Aguardar com: expectativa, ansiedade, emoção; ou qualquer outro sintoma/sentimento, um determinado acontecimento, um resultado positivo, que se deseja muito, a concretização de uma oportunidade, é um comportamento que, ao longo da vida, qualquer pessoa tem, com maior ou menor intensidade, com mais ou menos serenidade.
Vive-se num mundo de expectativas, aqui no sentido de previsibilidade de um desfecho em relação a um acontecimento, a um desígnio, a um desejo, a um final. Cria-se um sentimento que pode conduzir ao sucesso, quando uma pessoa concebe um projeto e, precisamente, passa a ficar dominada por esperanças, quanto ao seu resultado, que pretende seja positivo, um sucesso.
Será muito difícil que alguém se envolva numa atividade qualquer e fique aguardando, calmamente, sem nenhuma expectativa, o que vai acontecer no futuro. É assim que se compreende que: «A expectativa é um sentimento. Gera as qualidades necessárias para a obtenção da meta, qualidades que penetram no subconsciente e diagramam um modelo. Os teóricos dizem: “Pensem grande, visualizem a grandeza, contem com a grandiosidade e sejam gratos.» (Marcos Bach, in MANDINO, 1982:175).
 Sempre esperamos algum resultado, uma solução, uma nova situação: seja de um projeto por nós concebido; seja de um acontecimento natural ou provocado pelo ser humano. A expectativa está integrada na nossa constituição biopsíquica, faz parte das nossas reações, e ela: «A expectativa é uma serva da vontade, a vontade é o resultado de um desejo e um desejo é formulado pela força do espírito. Isto está longe de explicar toda a natureza, nem explica por que alguns indivíduos parecem mais motivados espiritualmente ou psiquicamente do que outros. Algumas pessoas reagem mais prontamente a um nível profundo de sentimento, talvez porque sentem a sua recompensa, desejam a sua alegria, sentem o seu desafio ou prevêm o bem do seu carma. (…) A expectativa pressupõe a fé. É a fé mais fé sentida, fé fortificada.» (Ibid.:176).
Habitualmente, a expectativa é muito maior do que a realização do projeto, ou dos resultados esperados. Poderá ser um erro, derivado de um cálculo otimista, eventualmente, porque o desejo é muito forte, leva a cenários que alimentam grandes esperanças, todavia, é essencial ter-se bem a noção de que conceber, planear, executar e avaliar um projeto, se não houver o máximo rigor e um estudo atualizado da realidade, as expectativas, em relação ao seu êxito, podem ser goradas ou, então, não corresponderem, totalmente, ao que se desejava.
Alimentar esperanças, contra uma realidade que é adversa ao sucesso de um determinado projeto, situação, evento ou qualquer outro facto, dos quais se esperam resultados muito favoráveis, pode conduzir à frustração, ao abatimento e ao abandono de futuros planos, como à não-participação em atividades que, supostamente, até poderiam ter algum sucesso.
Mas também é verdade que sempre existe a possibilidade de “remar contra a maré” e, quem sabe, vencer: «Evidentemente, há uma determinada espécie de corrente divina pronta para nos levar através de certas fases da vida e, quanto mais a percebermos e a ela nos entregarmos, em melhor situação estaremos. Mas quem tem a coragem de acreditar nela, a audácia de esperar por ela, a sabedoria de entendê-la, ou a prudência de estar de acordo com ela?» (Ibid.:179).
Qualquer pessoa tem esperanças na vida: seja em relação a si própria; à família, aos amigos, às instituições. As expectativas como que são o motor da criatividade e respetiva implementação dos inventos, entretanto esboçados. Acredita-se mesmo que: «As pessoas verdadeiramente de sucesso sempre se agarram às grandes expectativas, mesmo que possam esconder um pouco, (…). Homens corajosos, embora receosos, nunca têm medo de ter medo. (…). Nós nos agarramos à verdade e à técnica da expectativa naqueles raros momentos em que somos provocados por uma consciência de direção aparentemente mais alta e maior do que a nossa, (…). Confiantes e livres, cheios de assombro e pronta aceitação, nos permitimos ser dominados pelo nosso eu inquestionável.» (Ibid.).
Na evolução das expectativas, também se pode constatar que, paralelamente, para as alimentar e reforçar, uma fé, por vezes inabalável, se vai formando, a esperança em que algo de bom aconteça, por vezes, é quase uma certeza, quanto a alcançar o sucesso, porque o desejo é intenso, o trabalho foi rigoroso e/ou o facto natural, não terá sido tão grave, como se poderia prever.
Por isso mesmo: «Se acharmos que estamos designados ao fracasso, talvez seja porque sabemos que somos designados para o sucesso. Nossas expectativas negativas são as nossas determinações positivas extraviadas, mas não de todo. Retornamos à fórmula: esperança é uma questão de sentimento, sentimento é um servo da vontade, a vontade é o resultado de um desejo e o desejo é formulado pela força do espírito.» (Ibid.:181).
Quando se eleva demasiado o nível das expectativas, face a uma realidade que é, razoavelmente, conhecida, pela negativa, os riscos de fracasso e frustração, são maiores, portanto uma análise prévia, bem estruturada, a partir do espaço e tempo disponíveis, nos quais se pretende desenvolver uma atividade, é fundamental, até porque: «As pessoas não mudam quando se sentem bem. Mudam quando estão aborrecidas. Quando tudo está indo bem, nossa tendência é fazer muito mais do que estamos fazendo. O sofrimento nos impele para aqueles pontos cruciais e decisivos … Estamos sofrendo, então finalmente escolhemos. É o advérbio finalmente. Quando chega, chega» (Tom Rusk & Randy Read, in MANDINO, 1982:185).
É verdade que a resistência à mudança é uma característica do ser humano, como igualmente se pode afirmar que a resiliência também é uma qualidade da pessoa, que até pode melhorar, em função das circunstâncias, todavia, de facto, o que mais predomina é um certo comodismo, principalmente quando tudo parece “certinho” e “seguro”, seja na vida pessoal, familiar, profissional, social, institucional, cívico-cultural e político-económico.
As pessoas tanto cometem atos heroicos, por vezes inconscientemente, como se remetem à indiferença. Com efeito: «Nós humanos nos entregamos com muita frequência à covardia de sermos “cuidadosos” demais, de nos vendermos por uma promessa de segurança. E nos enganamos. (…). Por incrível que pareça, muitas pessoas mantêm seus velhos estilos de vida, seus hábitos, mesmo se se sentem infelizes, solitárias, entediadas, inadequadas ou maltratadas. Por quê? Naturalmente … porque o hábito é um lugar fácil de se esconder.» (Ibid.: 186-87).
É preciso pensar que, mesmo no remanso dos hábitos inofensivos e comodistas, por vezes também se correm riscos, desde logo uma certa estagnação intelectual, psíquica, física, ou de qualquer outra natureza, conforme a situação de cada pessoa.
Restam poucas dúvidas que, seja qual for a conjuntura: «A vida tem seus riscos inevitáveis. Há uma chance de risco toda vez que respiramos. Ataques cardíacos, acidentes de carro, taxa de imposto, problemas comerciais – toda espécie concebível de notícias ruins está aguardando para abater-se sem aviso sobre nós. Portanto, não é fácil para nós humanos participarmos do jogo da vida. É um equilíbrio difícil.» (Ibid.:187).
Quantas vezes nossas expectativas ficaram aquém, ou nem sequer se realizaram, porque imponderáveis da vida a isso conduziram. Possivelmente nem sempre avaliamos os riscos com o maior rigor e os projetos correram mal. Certamente que os fenómenos humanos: psicológicos, intelectuais, físicos, patológicos e de outra natureza; bem como os acidentes naturais, nos impediram de avançar para o sucesso. Neste emaranhado de circunstâncias possíveis, a acomodação surge como uma tábua de salvação ou, se se preferir, um projeto com poucos ou nenhuns riscos.
A vida humana é relativamente curta para ser desperdiçada. A pessoa dotada de capacidades, conhecimentos, experiências e sabedoria, não vai acomodar-se, até porque ela sabe muito bem que: «Correr risco é a parte principal da “cura”, portanto não espere que de alguma forma você será capaz de evitá-lo. A capitulação crônica ao medo apenas assegura a mediocridade. (…) Portanto, explore e experimente. Procure o equilíbrio entre arriscar-se de modo suicida de um lado e fugindo dos riscos de outro.» (Ibid.:189).
Se procuramos o sucesso em nossas vidas, o comodismo é incompatível com os resultados positivos que desejamos, porque: «Ter sucesso significa viver corajosamente cada momento e viver o mais intensamente possível. Ter sucesso significa coragem de fluir, lutar, mudar, crescer e todas as demais contradições da condição humana. Ter sucesso significa ser autêntico para si mesmo.» (Ibid.:195).

Bibliografia.

MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone: 00351 936 400 689 

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domingo, 2 de agosto de 2015

Sentimentos que Afetam o Sucesso


Conceber uma fórmula mágica, ou geométrico-matemática, ou ainda físico-química, para se alcançar o sucesso, provavelmente, não será possível, porque se assim fosse, o mundo estaria repleto de vencedores, ele próprio seria um espaço de sucesso, para todos, independentemente do mérito de cada pessoa. Sabe-se, todavia, que assim não acontece.
Durante a vida, há imensos obstáculos que se colocam, na execução de um projeto, na concretização de um desejo, na realização de um sonho. Apenas, algumas pessoas, muito poucas, conseguem bons resultados, justamente, porque possuem: criatividade, habilidades, conhecimentos, experiência, sabedoria, capacidade de decisão, recursos diversos, autoconfiança e amor-próprio para vencer e assim alcançarem o sucesso e a notoriedade.
Idealizar um projeto de vida, no qual se integrem vários princípios, valores e até sentimentos, para através dele se obter resultados que permitam uma existência confortável, consolidada e condigna, é muito complexo, porque os imponderáveis sempre interferem, positiva ou negativamente, sendo certo que: em relação a uns, consegue-se resolvê-los ou, pelo menos, contorná-los; mas, quanto a outros, é praticamente impossível – doenças graves crónicas, acidentes incapacitantes, fenómenos naturais, entre outros.
Há quem tenha a capacidade de ultrapassar situações difíceis, extremamente negativas, porque sabem que: «Atitudes negativas, profundamente arraigadas, permeiam nossa cultura e, diariamente, pessoas que você conhece podem tentar afundá-lo nesse comportamento. Não deve permitir que seja forçado a adotar atitudes estereotipadas e humilhantes para com você mesmo.» (Maxwell Maltz, in MANDINO, 1982:156). E, ainda num raciocínio complementar: «Seus pensamentos, seus conceitos, suas imagens, são suas possessões mais preciosas. Preste atenção a um conhecedor enquanto ele o ensina como protege-las …» (MANDINO, 1982:156).
Assumindo-se uma atitude concreta, face aos condicionalismos que a vida coloca, não é despiciendo afirmar-se que, na caminhada para o êxito, quaisquer que sejam os projetos, “correm” sempre dois “adversários”: o sucesso e o fracasso, assim como no percurso da vida, quando o objetivo final é o bem-estar, igualmente, surgem dois “inimigos”: o bem e o mal. O verso e o reverso da medalha, estão sempre em disputa e, muitas vezes, não se sabe quem vai vencer.
E se para se alcançar o sucesso existem diferentes: estratégias, metodologias; vários recursos; também para superar as influências do fracasso se identificam as principais causas, que é necessário vencer, com firmeza e, em certas circunstâncias, com muita ponderação e bastante “sagacidade”, tudo dependendo dos oponentes previsíveis à conclusão do projeto.
Assim: «Os elementos do mecanismo do fracasso são – Frustração, Agressividade, Insegurança, Solidão, Incerteza, Ressentimento, Vazio. (…) 1. Frustração. Sentimos frustração quando não alcançamos metas importantes ou não satisfazemos nossos desejos básicos. (…) 2. Agressividade. A frustração produz a agressividade (mal dirigida). Não há nada de errado com a agressividade, adequadamente canalizada; para alcançar nossas metas, às vezes precisamos ser agressivos. Mas a agressividade mal dirigida é um sintoma infalível de fracasso que segue a frustração, contribuindo para o círculo vicioso da derrota. (…) 3. Insegurança. (…) baseia-se na sensação de insuficiência interior. Quando sentimos que não conhecemos os desafios adequadamente, nos sentimos inseguros. (…). 4. Solidão. Todos nós ficamos sozinhos de vez em quando, mas refiro-me aqui à sensação extrema de estar separado de outra pessoa, de si mesmo e da vida; é um sintoma importante do fracasso. (…). 5. Incerteza. Este sintoma do tipo fracasso caracteriza-se pela indecisão. A pessoa inconstante acredita que se não tomar uma decisão está salva! Salva das críticas que pode receber caso tenha-se arriscado e saiu-se mal (…). Esse tipo de pessoa deve considerar-se perfeita; logo não suporta estar errada. (…). 6. Ressentimento. Esta é a reação fabricante de desculpas para o seu status na vida da personalidade tipo fracasso. Incapaz de suportar a dor dos fracassos, busca bodes expiatórios que possam remover a dor aguda do próprio sentimento de culpa. (…) Não se dá conta que o ressentimento interior é um terreno reprodutor de fracasso. 7. Vazio. Será que você conhece pessoas “bem-sucedidas”, embora pareçam frustradas, ressentidas, inconstantes, inseguras, solitárias e com agressividade mal dirigida? Então essas pessoas alcançaram o sucesso sem ferramentas na mão! Não esteja tão certo de que o sucesso seja real. (…). O vazio é sintomático de uma autoimagem fraca. (…). A sensação de vazio simboliza o funcionamento total do seu mecanismo de fracasso sempre presente.» (Ibid.:162-165).
É sempre possível, pelo menos em parte, eliminar um ou outro mecanismo do fracasso, recordando que: «Para ganhar a guerra contra o seu inimigo – mecanismo de fracasso – precisa primeiro ser capaz de romper os disfarces atrás dos quais ele se esconde. Racionalizações plausíveis e ideias aparentemente lógicas podem obscurecer o seu funcionamento. Não engane a si mesmo pois perderá essa maravilhosa luta pela sobrevivência como ser humano contente. (…). O ato de falhar não faz parte do mecanismo do fracasso. O ato de falhar em determinada ação ou projeto, apenas significa que você é humano. Permita-me garantir-lhe isto: se nunca falhou em coisa alguma, na certa nunca tentou de fato alguma coisa.» (Ibid.:165).
A verdade indesmentível é que qualquer individualidade, ao longo da sua existência, neste mundo terreno, sempre alcança sucessos e sofre fracassos, muito embora se presuma que muitas pessoas, porque gostam de vangloriar-se dos aspetos relevantes e de maior notoriedade, escondendo, até por vergonha, os fiascos que tiveram: numa ou noutra fase da vida; neste ou naquele projeto, porque em bom rigor, a perfeição, em absoluto, não é característica, cientificamente comprovada, do ser humano.
O que mais importa é interiorizar que: «O segredo da vida bem-sucedida está em ser superior ao fracasso e em mostrar-se à altura dos bons momentos. Este é o conceito-chave, esquecer os erros, parar de lamentar-se deles, ter compaixão pela própria falibilidade humana. Depois, aliviado da culpa, poderá penetrar no mundo com determinação, achando-se ótimo, formulando metas e fazendo ressaltar seus instintos de sucesso no jogo da vida.» (Ibid.:166).
Sem dúvida alguma que o “Caminho do Sucesso” é longo e problemático mas, relativa e parcialmente, possível de vencer, com êxito. Quando não existem quaisquer apoios fornecidos por outras personalidades e/ou instituições, e é apenas a própria pessoa a lutar, naturalmente que os obstáculos são mais difíceis de remover, todavia, também é verdade que, chegando ao fim, com sucesso, este é muito maior e o “sabor” da vitória, será indescritível, inestimável e inesquecível.
Quase que em jeito de compilação de algumas “armadilhas” e sugestões, que foram abordadas, dir-se-á que se pode aceitar a seguinte ideia: «Todos os dias reative os instintos de sucesso até que o hábito do sucesso faça parte de você, até que o hipnotize – pois, afinal, o hábito é uma forma de auto-hipnose. Trabalhe com afinco para banir as opiniões negativas, para exterminar as sementes da solidão. Trabalhe duro; não é fácil. Mas você pode fazê-lo. A guerra é infernal e se sua mente estiver profundamente entrincheirada nos conceitos negativos, terá de lutar ferozmente para vencer sua batalha. Mas é uma batalha que vale a pena vencer. Para que possa viver criativamente – com alegria. Para que possa rir, cantar e andar pelas ruas orgulhosamente na luz clara do dia. Deixe que sua auto-imagem fortalecida o inspire a mover-se em direção a um modo de vida mais importante. Acredite, acredite em si mesmo, e esse é o melhor marcapasso de todos. (Ibid.:168).

Bibliografia.

MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone: 00351 936 400 689

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