domingo, 28 de junho de 2015

Vitalidade para Avaliar Ocasiões


Na caminhada pela estrada da existência humana, todas as pessoas têm as suas oportunidades na vida, sendo certo que a avaliação que se faz de cada uma, conduz ao seu aprofundamento e decisão sobre adaptá-la à realidade, implementá-la e aguardar os respetivos resultados ou, simplesmente, à rejeição, por considerar que não será o que estará nos planos dessa pessoa, ainda que mais tarde, possa vir a reconhecer que, afinal, fez uma má opção em relação à oportunidade rejeitada.
Entretanto e para melhor contextualização, interroguemo-nos sobre: «O que é a oportunidade e quando bate à sua porta? Não bate nunca. Poderá esperar a vida inteira, apurando o ouvido, esperando e não escutará batida nenhuma. Nenhuma, em absoluto. Você é a oportunidade e deve bater na porta que dá para o seu destino. Você se prepara para reconhecer a oportunidade, para perseguir e agarrar a oportunidade enquanto desenvolve a energia de sua personalidade e constrói uma auto-imagem com a qual é capaz de viver – com seu amor-próprio alerta e em crescimento (…). Você cria a oportunidade. Você desenvolve as habilidades para se moverem em direção à oportunidade. Você transforma as crises em oportunidades criativas, derrotas em sucessos e frustração em satisfação (…). Deve lutar pelo direito de aproveitar a oportunidade que Deus lhe deu para usar bem sua vida (…). Deve parar de se queixar sobre o passado infeliz ou a má sorte e abrir os olhos para as oportunidades que existem à sua disposição.» (Maxwell Maltz in MANDINO, 1982:95-96).
Em bom rigor, as oportunidades existem, sejam a partir da criatividade da própria pessoa interessada, seja quando alguém lhe faz uma proposta para um determinado projeto de intervenção, numa dada área de ocupação profissional, em diversos domínios: empresarial, político, social, religioso, literário-cultural, desportivo, científico-tecnológico, entre muitos outros.
A oportunidade, de facto, está lá, mas de nada servirá se não houver vontade de a agarrar, se não existir energia para a analisar sob vários ângulos e, nesse sentido, são as pessoas que têm de se dirigir ao encontro da possibilidade, favorável, procurando inteirar-se das vantagens e riscos.
Procurar oportunidade, seja de que natureza for, poderá ser, em princípio uma responsabilidade que, em caso de ela não surgir, também conduz à frustração, e para depois se ultrapassar este estado de espírito, será indispensável uma energia adicional, por forma a suplantar esta situação desagradável, sendo necessário estar-se mentalizado para se aceitar que: «Vivemos num mundo imperfeito, numa cultura imperfeita (…). Mas este também é um mundo de oportunidades. Nem todas as fronteiras estão fechadas e quase todas as portas estão abertas. Ainda podemos aguardar com ansiedade novas e excitantes oportunidades e nos lançarmos em sua direção.» (Ibid.:102).
Aparentemente, as oportunidades não nos batem à porta, com total evidência e objetividade, embora nos surjam: algumas vezes, sob a forma de propostas; outras, como um desafio que envolve riscos, mais ou menos elevados, mais ou menos calculados. Como quer que seja, o que se afigura mais realista é a criatividade para novas oportunidades e depois tentar estruturá-las, com estratégia, metodologia e objetivos bem definidos.
Antes, porém, de implementar ideias criativas, que visam gerar novas oportunidades, será necessário tomar algumas precauções, entre as quais: «Pare e comece – essa é a maneira de se mover para os objetivos. Ao formulá-los e ir em sua direção, lembre-se dos sucessos passados e, o mais importante ainda, veja-os em sua mente como se estivessem acontecendo agora. Assim o sucesso renasce em sua imaginação para que você viva e respire o sucesso do passado e projete-o no presente (…). Viva no presente. O passado se foi; o futuro é desconhecido - mas o presente é real e é agora que estão as oportunidades. (…).Pare de menosprezar-se. Muita gente faz isso (…). Aceite-se tal como é. Caso contrário jamais verá a oportunidade. Não se sentirá livre para ir ao encontro dela; vai achar que não é merecedor. Tente estabelecer metas construtivas. Já possuímos negativismo demais hoje em dia, violência demais e cinismo demais.» (Ibid.:103).
Na busca da oportunidade é essencial que a autoestima, a confiança e o amor-próprio, sejam como que os motores nessa procura, porque partir para um projeto, qualquer que seja, com desânimo, sem esperança no seu sucesso e ficando praticamente passivo, esperando que tudo lhe caia do céu, poderá ser o caminho certo para o fracasso.
É importante um autoconhecimento, ter-se a noção bem exata das possibilidades para percorrer um caminho que, habitualmente e para a maioria das pessoas, é longo, penoso e cujo fim, por vezes, se ignora, mas que é necessário nele transitar com muita determinação, por isso é que: «Uma das grandes oportunidades em toda a sua vida deve ser uma tentativa direta para construir uma atitude respeitosa para consigo mesmo. Não basta respeitar nossas celebridades, nossos líderes e instituições. Para viver, bem precisa respeitar a si mesmo.» (Ibid.:106).
É provável que se possa admitir que, precisamente, porque nem todas as pessoas possuem determinadas qualidades inatas e/ou adquiridas, alguma vez consigam criar oportunidades, ficando, por isso mesmo, sujeitas ao que lhes possa ser “oferecido” por alguém: seja por uma pessoa singular, coletiva, instituições, familiar ou estranha e, até nestas circunstâncias, ainda ficará dependente de diversos fatores, para que a oportunidade lhe seja consignada.
Com efeito, muitas são as condicionantes para se vencer na vida, desde logo porque: «Não somos onipotentes e, às vezes, precisamos nos comprometer ou nos render. Ao nos rendermos precisamos ganhar. Você se rende à compaixão, contudo não ao ressentimento. À coragem, não à covardia. Aos seus triunfos, não aos riscos. E você se rende à oportunidade dentro de você que criou para si mesmo – uma oportunidade que o levará a uma vida mais rica e de maior amor-próprio.» (Ibid.).
Lutar pelas oportunidades: criadas, procuradas ou oferecidas, é um dever inalienável de qualquer pessoa que se preze da sua condição superior, dos seus princípios, dos seus valores e dos seus sentimentos. É, também, um direito porque o sucesso não pode ser apenas de alguns, mas tem de pertencer ao maior número possível, na medida em que quantas mais pessoas estiverem bem na vida, tanto melhor para a sociedade em geral.
O sucesso sempre fez parte dos legítimos e legais projetos da pessoa humana, mas o êxito é um resultado, na maior parte dos casos, de muito trabalho, de bastante resiliência, de liberdade de escolha. O futuro reserva-nos as três dimensões possíveis: sucesso, fracasso e comodismo. Importa, agora que se vive o primeiro quarto de um novo século, XXI, preparar as gerações mais novas: conciliar saberes científico-tecnológicos, com a experiência e sabedoria dos mais velhos.
A capacidade de persistir e resistir pode conduzir à vitória, por isso: «Organizações e seres humanos devem se preparar como profissionais, como pais, como amigos para fazer um grande pacto de despojamento e transformar esta terrível ameaça de um generation gap (conflito de gerações) de grande choque numa complementação de cabelos “grisalhos e cabeças raspadas”, formando a união indispensável à construção de um mundo cada vez melhor.» (VIANNA & VELASCO, 1998:139).
Uma atenção redobrada é necessária face a um mundo cada vez mais concorrencial, no que respeita à obtenção do sucesso, principalmente, ao nível material, já que, ter êxito noutros domínios, designadamente, no âmbito dos valores ético-morais e religiosos, os “apetites” não se afiguram assim tão óbvios, até porque para estes, possivelmente, o esforço para se conseguir notoriedade, é muito menor.
Apesar das imensas dificuldades, que à generalidade das pessoas se colocam, ainda assim: «Todo o mundo pode fazer tudo que realmente quiser desde que se decida fazê-lo. Todos somos capazes de coisas melhores do que imaginamos. O que uma pessoa consegue depende imensamente de: 1) Desejo; 2) Fé; 3) Perseverança; 4) Capacidade.» (Peale, Norman Vicente, 1985:10, in FRANCESCHINI, 1996:58).

Bibliografia.

FRANCESCHINI, Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São Paulo: Scortecci.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
VIANA, Marco Aurélio Ferreira, & VELASCO, Sérgio Duarte, (1998). Futuro: Prepara-se. Cenários e Tendências para um Mundo de Oportunidades. 3ª Edição. São Paulo: Editora Gente.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
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domingo, 21 de junho de 2015

Pode-se Ser um Vencedor?


É provável que toda e qualquer pessoa, que não seja “masoquista” e sem ser “narcisista”, prefere a vitória à derrota, em todas as atividades, intervenções e circunstâncias da vida, e esse querer não poderá ser censurável, muito menos condenável, pelo contrário, deverá ser aplaudida porque quanto melhor estiverem as pessoas em geral, também cada um, em particular, beneficiará com a situação, apesar de se saber que: «Muitas vezes nós somos nossos piores inimigos ao construirmos estupidamente obstáculos na trilha que conduz ao sucesso e à felicidade.» (MANDINO, 1982:54).
Claro que se pode argumentar que, em princípio: toda a gente quer vencer na vida; que muitas pessoas se esforçam, incessantemente, mas não conseguem sucesso; que muitas outras, dotadas de talento, vontade, capacidades diversas, não têm “sorte”, e ainda há as que se queixam de que lhes falta aquela “mãozinha” para lhes dar o “empurrãozinho” final, rumo ao êxito. Evidentemente que se respeitam todas as opiniões, mas também se deixa patente que há pessoas que nada fazem para conseguirem atingir algum resultado positivo na vida, embora se lamentando da falta de ventura.
É muito difícil que alguém possa, à partida, numa dada fase da sua vida, afirmar, perentoriamente, que vai, ou não, ter sucesso, mesmo que seja numa única atividade, num projeto, por mais perfeito que seja, porque poderão, entretanto, surgirem condicionalismos legais, legítimos, intelectuais, académicos, psicológicos, físicos, financeiros, ou de qualquer outra natureza, que constituam um obstáculo efetivo à concretização de um dado empreendimento, o que não impede, porém, de se tentar outra alternativa.
Há quem assevere que o ser humano tem capacidades quase ilimitadas, que só utiliza cerca de dez por cento das suas potencialidades e, nesta perspetiva, praticamente, tudo é possível. Na verdade: «Eu posso. É uma sentença poderosa: Eu posso. É surpreendente como muitas pessoas podem usar essa sentença de fato. Para a esmagadora maioria das pessoas, essa sentença contém uma verdade. Funciona. As pessoas podem fazer o que acreditam que podem. Exceto para poucas que, em sentido psicótico, estão iludidas. O espaço entre o que um homem pensa que pode alcançar e o que realmente é possível para ele é muito, muito pequeno. Mas primeiro deve acreditar que pode» (Richard M. DeVos, in MANDINO, 1982:86).
É possível haver acordo no entendimento de que sem vontade, sem querer, um: desejar muito, pouco, talvez muito pouco, se consegue na vida. A determinação inequivocamente assente numa intensa firmeza, seguramente que ajuda a alcançarem-se alguns bons resultados, pelo menos em relação àqueles projetos que se podem considerar exequíveis, sem megalomanias, que se sabe, inclusivamente, merecerem o apoio de outras pessoa e entidades.
É muito importante, eventualmente, numa ou noutra situação, estarmos rodeados de pessoas positivas, otimistas, que nos influenciam construtivamente, porque são solidárias, amigas, leais, gratas, sempre que necessário, mas que sempre desejam o nosso sucesso.
Acredita-se que não haverá muitas pessoas à nossa volta que nos sejam verdadeiramente sinceras, que não sintam inveja pelos nossos êxitos, que partilhem, sem reservas, nem hipocrisias os nossos desaires. Gente incondicionalmente nossa amiga, provavelmente, será uma raridade, mas devemos acreditar que ainda temos pessoas que nos são boas e fiéis amigas.
Entretanto, uma questão seguida de resposta se pode colocar: «Por que tantas pessoas deixam seus sonhos morrerem sem terem vivido? Creio que a razão principal está nas atitudes negativas e irônicas dos outros. Não os inimigos – são os amigos, inclusive pessoas de família. Nossos inimigos nunca nos importunam demais; normalmente podemos controlá-los sem muito trabalho. Mas nossos amigos – se são negativistas, constantemente perfurando nossos sonhos com um sorriso irônico aqui, uma rasteira ali, uma constante corrente de vibrações negativas – nossos amigos podem nos matar» (Ibid.:91).
Quando se invoca a posição dos amigos, na citação anterior, pretende-se enquadrar aqueles que: cínica e dissimuladamente se fazem passar por essa condição porque, em bom rigor, poderemos considerá-los como verdadeiros inimigos, disfarçados sob a capa de uma alegada amizade, quais “lobos vestidos de cordeiros”. Estes ditos “amigos”, realmente, são perigosíssimos e, lá bem no seu íntimo e valores pessimistas, pensam que se realizam com a desgraça daqueles de quem se dizem “amigos”.
É essencial não nos deixarmos afetar pelos “Profetas da Desgraça”, nem pelos “Velhos do Restelo” e, muito menos, por aqueles que não valorizam a existência humana: «Não deixe que os sujeitos que ficam deitados no sofá assistindo televisão todas as noites falem como a vida é fútil. Se tiver aquela chama de um determinado sonho em algum lugar nas profundezas do seu ser, agradeça a Deus por isso e faça alguma coisa por ela. E não deixe que ninguém a apague.» (Ibid.:93).
Aceitar, respeitosamente, a crítica educada, construtiva, aqui no sentido de apontar outras alternativas e soluções, naturalmente que será sempre uma mais-valia para que se possa chegar à vitória, de forma mais abrangente e consensual, não significando tal aceitação uma adesão cega e, muito menos, abandonar o projeto inicial, podendo-se, isso sim, se as ideias divulgadas por outras pessoas, forem consideradas plausíveis, apresentadas de boa-fé e, por que não, até com alguma simpatia, serem incorporadas no projeto que se pretende executar com sucesso.
Hoje em dia ninguém sabe tudo e: «Nossa habilidade mental é muito preciosa para ser desperdiçada com agulhadas em processos de vida e corporativos dos quais dependemos para construir nosso futuro. Apontar divergências também requer sensibilidade e às vezes muita coragem, mas sugerir soluções exalta a possibilidade de gerar condições favoráveis ao desempenho com resultados positivos às partes envolvidas.» (ROMÃO, 2000:162).
Normalmente, a maioria das pessoas tem projetos cujos resultados deseja alcançar positivamente, mas de natureza material, ou seja: atingir os objetivos, para muita gente, significa ganhar dinheiro, muito dinheiro e/ou, numa primeira fase, vencer um concurso, passar num exame, concluir um curso para, depois, conseguir uma vida confortável, em termos de bens materiais, estatuto socioprofissional, poder, influência, domínio sobre os seus semelhantes. Tudo isto é legítimo.
Existem, porém, projetos que conduzem os seus autores a outros níveis de sucesso. Abraçar, por exemplo: uma “vocação religiosa”; uma “missão altruísta”; um “voluntariado humanitário”, entre outros projetos de vida, e conseguir alcançar objetivos, no sentido da elevação espiritual e/ou ajudar quem mais precisa, respetivamente, também é um outro caminho para o êxito, extremamente nobre e digno, embora muito difícil para a maioria das pessoas.
A conquista do sucesso, através de atividades profissionais que diariamente lidam com a vida das pessoas é, igualmente, aliciante e, quando os resultados são positivos, em que a “vida vence a morte”, temporariamente, é sabido, então quem está envolvido nessas tarefas, pode considerar que alcançou êxito.
Muitos mais exemplos se poderiam invocar para demonstrar que, ao longo da vida, sempre é possível ter-se sucesso em alguma atividade, em algum projeto, em alguma intervenção, mesmo que esta seja de caráter mais intimista, aliás, para os crentes, a receção de uma “Graça Divina”, de uma “Bênção Celeste”, constitui uma vitória, a satisfação de um pedido, a realização de um desejo, de um sonho.
Da mesma forma, igualmente íntima, quando uma pessoa é correspondida por outra, nos seus princípios, valores, sentimentos e emoções, nomeadamente, existe reciprocidade de solidariedade, de amizade, de lealdade, de companheirismo e de cumplicidade, também aqui se pode afirmar que estão a ser atingidos objetivos muito nobres, imateriais, mas de imenso e intenso significado. As pessoas nestas condições também são umas vencedoras, porque o sucesso não é só materialismo.
No mundo e, principalmente, no domínio das grandes e milenares religiões, identificamos figuras que atingiram um sucesso imenso, desde já a nível espiritual, recordando-se aqui, entre outras: os papas João Paulo II e Francisco; Dalai Lama, Madre Teresa de Calcutá. A lista seria extremamente exaustiva. Nestas individualidades, provavelmente, o aspeto material, apenas se reporta ao que é indispensável para viverem com a dignidade que assiste a toda a pessoa humana e, eventualmente, aos elevados cargos que desempenham.
Portanto: «No que se refere ao sucesso, as pessoas não são medidas por centímetros ou quilos, pelos diplomas escolares que possuem ou pela linhagem; são avaliadas pelo tamanho de seus pensamentos que determinam o tamanho de suas realizações.» (FRANCESCHINI, 1996:115).

Bibliografia.

FRANCESCHINI, Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São Paulo: Scortecci.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
ROMÃO, Cesar, (2000). Fábrica de Gente. Lições de vida e administração com capital humano. São Paulo: Mandarim. 

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domingo, 14 de junho de 2015

A Responsabilidade da Vitória


Seria desejável que: tanto os vencedores; quanto os derrotados da vida, tivessem sempre atitudes compagináveis com as diversas situações, de tal forma que as vitórias de uns, não se transformassem em humilhação de outros, porque em ambas as posições: a dignidade deve estar presente, assim como o respeito, a compreensão, a tolerância e a abnegação, porquanto é inaceitável a ganância do triunfador, como é injustificável a vitimização do aniquilado, na medida em que, cada um só existe em função do outro, portanto, a consideração é devida reciprocamente.
O sucesso implica, portanto, grande responsabilidade, que deve ser manifestada e exercida, sempre, em quaisquer circunstâncias, através de um dos maiores valores – Humildade -, atendo a que: «A humildade não exige mediocridade. É por instinto que você é apenas isto ou aquilo, ou que jamais significará muito; em nome da humildade, você se deprecia até um estado de fracasso. Você se programa para a mediocridade. A humildade não exige esse sacrifício! Não exige esse desperdício de vida. A humildade exige apenas que não importa o que você faz, sempre reconheça que podia ter sido feito melhor. Que permaneça consciente de que a sua vida na terra é temporária e os outros ocupantes do planeta têm o mesmo direito de estar aqui como você.» (Keith DeGreen, in MANDINO, 1982:81).
A responsabilidade pelo sucesso postula que quem o alcança o merece, partindo-se dos pressupostos: da legalidade, da legitimidade, do esforço e do risco. Como em praticamente tudo na vida, o mérito só engrandece os êxitos obtidos na medida em que: «O sucesso é algo que deve ser merecido ou ganho. É mais um direito inerente – uma responsabilidade inerente. A única qualificação para o sucesso é que você seja você, que utilize o máximo possível a combinação de talento que possuir, seja qual for.» (Ibid.:82).
O pensamento vitorioso deve, portanto, existir: em cada pessoa, em cada instituição, em cada comunidade, em cada nação. É legítimo e justo que assim seja, porque, afinal, todos ganham, desde que os vencedores não subjuguem, humilhantemente, os derrotados. Individual ou empresarialmente, analisando as possibilidades de sucesso, chega-se à conclusão de que é possível conseguir resultados satisfatórios, nas intervenções que se vão sucedendo, desde que, naturalmente, se cumpram regras de concorrência leal.
O sucesso da empresa, por exemplo, será a vitória dos seus colaboradores e estes sentir-se-ão corresponsáveis, pelos êxitos da instituição. É claro que haverá um conjunto de instrumentos, como: legislação, apoios financeiros, formação e também toda uma infraestrutura constituída por: instalações, equipamentos, informatização e procedimentos eletrónicos que, bem operacionalizados, contribuem para o sucesso, sendo certo que no centro de toda esta panóplia de recursos, está, sempre, o ser humano.
A verdade não pode ser escamoteada e, nesse sentido: «A empresa tenderá a um aprimoramento ao nível da nobreza das relações humanas que a compõem: desconfiança, vaidade, inveja, fofoca cederão espaço para um ethos engrandecedor, no qual a prioridade deixará de ser a disputa com o outro e passará a ser o desenvolvimento dos fatores críticos de sucesso do próprio negócio. (a verdade, as energias dos seres humanos que inclui produtividade, qualidade, inovação, aprendizado, desenvolvimento, em substituição ao antigo conjunto que privilegiava de modo contundente os vícios das relações humanas)» (VIANA & VELASCO, 1998:80).
Quando alguém atinge um nível muito elevado de sucesso, é provável que tal situação não fique a dever-se, exclusivamente, à própria pessoa vencedora, mas também a um conjunto de circunstâncias favoráveis, nomeadamente, e sem dúvida, ao projeto idealizado, à coragem de o lançar, aos apoios externos que, entretanto, se conseguem, a toda uma rede de contactos sócio-profissionais, publicitários, económico-financeiros, aderentes e adquiridores do produto e, finalmente, à fidelização do público que conduz à consolidação do projeto e seus resultados.
Sabe-se que quanto maior for o sucesso, também a responsabilidade do vencedor aumenta proporcionalmente e, nestas circunstâncias, ele deve estar preparado para não ceder à tentação de se deixar ofuscar por uma “fama” que, muitas vezes, é efêmera, logo: «Precisamos resistir à nossa tendência para acreditar que o mundo virá a nós, que as coisas acontecerão para nós. Somos nós que devemos ir a ele. Precisamos acontecer para as coisas. Não há nada mais triste do que o homem que passa a vida inteira aguardando a chegada do seu navio quando jamais enviou algum. Não passe a vida aguardando por aquela “grande oportunidade”. Não conte com a sorte. Faça a sua. Seu talento pode ser enorme. Seu potencial pode ser excelente. Mas talento e potencial não apresentados ao resto do mundo ficam perdidos.» (Keith DeGreen, in MANDINO, 1982:82).
Conseguir ter sucesso na vida, não significa ter êxito em todas as atividades em que uma pessoa se envolve, porque na verdade, entre as intervenções profissionais, sociais, culturais, políticas, religiosas e outras, haverá pelo menos uma em que é possível demonstrar e tirar proveito maior do talento e do potencial, sendo certo que: «Nunca será feito com perfeição, não importa o que, quem você é ou o que está fazendo. Tudo que podemos fazer é fazer o melhor mesmo que possa ser imperfeito. Mas é melhor tentar alcançar a meta e alcançar um resultado imperfeito do que não tentar de forma alguma. Como tem sido dito muitas vezes: Prefiro tentar o sucesso e fracassar do que tentar fazer nada e ter sucesso.» (Ibid.:83).
Seguramente que quem se envolve com projetos, mesmo no âmbito de uma carreira profissional, cujos degraus de uma hierarquia ascensional estão definidos, sendo suficiente cumprir determinados requisitos, deseja obter o sucesso, aqui no sentido, por exemplo, de chegar ao topo dessa carreira mas, também, entretanto, pode optar por outras alternativas, abandonando, inclusivamente, o percurso profissional, no qual, inicialmente, tinha enveredado.
Igualmente, se tem a noção de que quando alguém divulga os seus projetos, e depois não alcança os resultados positivos que era suposto atingir, essa pessoa será alvo de comentários depreciativos e/ou, no mínimo, nada favoráveis, todavia é necessário entender que: «São poucos os que têm o direito de criticar. Apenas os que ficam ao nosso lado na linha de fogo e que sofrem os mesmos desafios, possuem esse direito; apenas os que, como disse Theodore Roosevelt, estão connosco na arena, com as mãos sujas e as testas suadas e um senso de objetivo, coragem e dedicação, podem nos criticar.» (Ibid.).
Em boa verdade, quem está connosco só quando estamos na posição de vencedores e, nas situações de fracasso nos abandona, não tem moral nenhuma, nem quaisquer valores positivos, aqui considerados necessários e superiores como: a solidariedade, a amizade, a lealdade, a gratidão. Tais pessoas apenas buscam usufruir do nosso sucesso, para se autopromoverem e tentarem conseguir na vida alguma notoriedade, porém, sem mérito próprio.
O sucesso será sempre um triunfo na vida, relacionado com algum projeto, desejo, intervenção, que resultou favoravelmente para a pessoa, grupo, instituição ou sociedade, por isso, até poderá ser partilhado em geral mas, particularmente, com quem nos apoiou, nos compreendeu, esteve sempre do nosso lado, acreditando e confiando em nós, incondicionalmente.
E se com os fracassos, que vamos sofrendo na vida, aprendemos, permanentemente, algo de importante, com as vitórias também devemos retirar ilações, para que não caiamos num outro extremo, que é o da vaidade, da arrogância, da soberba e da humilhação dos derrotados. No sucesso, a humildade, a simplicidade e a partilha serão atitudes que valorizam, ainda mais, os nossos méritos.
Necessitamos de nos libertar de certos preconceitos porquanto: «A mentalidade aberta oferece-nos a paz duradoura, a certeza de um querer bem-sucedido, a alegria e a leveza de um poder que transcende os nossos maiores ideais. (…). A felicidade, o sucesso, a alegria, a abundância e a saúde são os atributos naturais da mente una e íntegra, que é o seu estado natural.» (FERREIRA, 2002:230-31).
Em quaisquer atividades é preciso saber ganhar e perder. Uma situação só se justifica pela outra, por isso: existe mérito por parte de quem vence com legalidade, legitimidade e competência, sem humilhações para com os adversários; como existe, identicamente, mérito por parte de quem perde, desde que não procure a desculpa do “bode expiatório”, nem minimize a dignidade e capacidade do adversário. A vida ensina-nos ininterruptamente: seja no fracasso; seja no sucesso.

Bibliografia.

FERREIRA, Maria Isabel, (2002). A Fonte do Sucesso. Cascais: Pergaminho.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
VIANA, Marco Aurélio Ferreira, & VELASCO, Sérgio Duarte, (1998). Futuro: Prepara-se. Cenários e Tendências para um Mundo de Oportunidades. 3ª Edição. São Paulo: Editora Gente. 

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domingo, 7 de junho de 2015

O Desafio do Sucesso


Durante a vida de cada pessoa, vão surgindo situações, oportunidades, desafios e diversas circunstâncias que estimulam a tomar certas decisões, em ordem a conseguir-se alcançar um determinado resultado, face a um projeto individual e/ou coletivo, concebido para que o sucesso seja uma consequência de todo um trabalho próprio e/ou de grupo.
O mundo atual comporta pessoas medíocres, médias, talentosas e excecionais. Todas têm o seu lugar e se consideram mais ou menos realizadas, com o que vão conseguindo da vida, mas a verdade é que: «Vivemos numa era que passou a aceitar a “média” como padrão de desempenho e depois é com assombro e um pouco de humilhação que assistimos alguém que conhecemos destacar-se do grupo para receber todas as recompensas justas pela excelência do seu desempenho. Segurança e garantia tornaram-se ideais neste mundo de choque do futuro, quase fazendo submergir completamente nosso desejo de crescimento.» (MANDINO, 1982:71).
Os desafios que se colocam às pessoas, grupos, instituições e à sociedade em geral são muito complexos nuns casos, mais simples noutros, mas todos exigem maior ou menor capacidade para os enfrentar e, desejavelmente, vencê-los com os melhores resultados possíveis, sendo certo que, provavelmente, ninguém pretende ficar abaixo das expectativas.
A ideia mais frequente que se tem sobre o sucesso, realmente, relaciona-se com a riqueza material: possuir bens concretos, quantificáveis, no limite, dinheiro e no que a este se alude, “quanto mais melhor”, até porque: «Na medida em que o dinheiro é a quantidade de serviços que desempenhamos para os outros, acumulá-lo é nobre. Na medida em que pesamos nosso dinheiro a serviço dos que amamos, suprindo-lhes com todo o calor, conforto e segurança possíveis, o dispêndio é compensador e divino.» (Ibid.:74).
Partindo de pressupostos legais, legítimos e idóneos, a ninguém pode ser vedado trabalhar, para obter sucesso, como não se afigura correto criticar destrutiva e difamatoriamente quem pelo estudo, trabalho, poupança e investimento atinge a felicidade pelos bens materiais, porque sendo um conceito subjetivo, cada pessoa poderá ser feliz a partir dos princípios, valores e sentimentos que vai adotando ao longo da vida.
Com efeito: «Por incrível que pareça, grande parte da raça humana ainda acredita que para um indivíduo chegar à felicidade eterna precisa primeiro passar por uma vida inteira de infelicidades. Precisamos sofrer, dizem, para ganharmos a recompensa. Mas como seria tremendamente inconsistente aceitar tal filosofia. Por um lado, descobrimos que fomos colocados neste planeta totalmente equipado para obtermos o nosso sucesso individual. Contudo, a psicologia do sofrimento iria exigir que não usássemos todas as ferramentas e talentos porque nos foram dados …). Nosso objetivo é fazer o máximo que pudermos para que nossas vidas sejam bem-sucedidas e felizes.» (Ibid.:75).
É claro que ao ser humano se colocam desafios, dos quais existe uma consciência, mais ou menos clara, e uma vontade, igualmente de maior ou menor intensidade, para os superar, de contrário, e entre muitas outras diferenças, não nos distinguiríamos dos restantes seres deste planeta, o que realmente não acontece, porque ao estudarmos a História da Humanidade, ao longo dos milénios, identificamos pessoas verdadeiramente excecionais, para o bem e para o mal.
Não temos muitas dúvidas de que: «Encontramo-nos num mundo repleto de desafios que só esperam ser assumidos. Encontramo-nos equipados com os talentos necessários para ir ao encontro desses desafios. Essa combinação de desafios e de possibilidades de enfrentá-los nos diz alguma coisa por que estamos aqui? Por acaso não confirma, finalmente, de uma vez por todas, que nenhuma outra voz estará disponível e que só a nossa existência é toda a permissão de que precisamos para ter sucesso?» (Ibid.:76).
Realmente, temos de ser diferentes porque fomos “talhados” para vencer, para termos sucesso, porque, efetivamente, merecemos alcançar os êxitos que as melhores oportunidades da vida nos proporcionam. Lutar no sentido da vitória é uma obrigação, na medida em que quanto mais pessoas vitoriosas a sociedade tiver, tanto melhor para o bem-comum, para o progresso e para a felicidade, esta nas suas diferentes perspetivas, e de acordo com a conceção que dela se tiver.
O sucesso é uma necessidade, um bem essencial, qualquer que seja a sua natureza: material, axiológico, espiritual, sentimental, obviamente, aqui, estimulado para o bem, sem fundamentalismos, sem prejuízos para as restantes pessoas, se possível, tendo sempre em vista o bem-estar individual, familiar, empresarial, institucional e societário, porque é numa situação de paz, tranquilidade e progresso que os seres humanos devem viver.
Naturalmente que ninguém tem o direito de ficar passivamente à espera que o sucesso lhe “caia no colo”, porque: «O sucesso, é claro, depende do esforço de cada um, no exercício efetivo das atividades mentais, fundamentalmente na vivência dos seis conceitos básicos – paz, carinho, compreensão, humildade, amor, perdão – que solidificam o amor e desembocam na paz, viga mestra para a harmonia social e condição básica para alcançar o grande ideal de todos: a eternidade.» (FRANCESCHINI, 1996:42).
Na caminhada para o sucesso, é muito importante que se trabalhe muito bem o relacionamento interpessoal, precisamente com a verdade, humildade, gratidão, objetividade e flexibilidade. Nada impede, por exemplo, que para se chegar ao sucesso, se utilizem técnicas utilizadas nas Relações Públicas, porque: «Na realidade, as relações públicas podem desempenhar um papel essencial na realização de objetivos específicos em todos os níveis do trabalho de uma organização, focalizando, reforçando e transmitindo uma mensagem eficiente. Devidamente utilizadas, as relações públicas são um método excelente e compensador em termos de custo para melhorar a imagem de um indivíduo, organização ou produto.» (AUSTIN, 1992:9).
Quando alguém consegue sucesso, presume-se que é no âmbito da realização material de uma ideia, de um projeto, de um desejo, contudo, o êxito global na vida será um objetivo difícil de alcançar, porque sempre haverá a vontade, por diversas razões: ambição, orgulho, soberba, poder, domínio, de se conseguir mais, porém, quantas pessoas parece terem tudo na vida e, na verdade, falta-lhes obter, por exemplo: saúdem reconhecimento, felicidade, respeito, dignidade, acabando tais pessoas por sucumbir ao abismo da solidão, do ostracismo, do esquecimento, da indiferença, enfim, do fracasso.
É desejável que todas as pessoas, famílias, instituições, povos e nações busquem, incessantemente, o sucesso, considerado este nos principais pilares que comportam este magnífico edifício, que faz mover o mundo: saúde, trabalho, amor, felicidade e a Graça Divina, aos quais se podem juntar as traves-mestras: da solidariedade, da amizade, da lealdade, do carinho, da humildade, da gratidão, da compreensão, do perdão e da paz. O “travejamento” deste fascinante edifício, fica assim concluído, bem consolidado e será difícil derrubá-lo.
Certamente que o “Desafio para o Sucesso” é complexo, talvez não esteja ao alcance de qualquer pessoa, porque é necessária muita determinação, elevada autoestima, grande competência nas atividades em que nos envolvemos, conhecermos muito bem os caminhos a percorrer, os instrumentos a utilizar, traçarmos com realismo as metas que possam ser alcançáveis, a partir das nossas habilidades, experiências e conhecimentos.
É essencial termos a noção de que: «A autoestima natural é uma avaliação de nós próprios que revela humildade e é um acto simples, porque não precisa de provar nada a ninguém, não se sente ameaçada de forma alguma e apenas nos oferece a consciência de quem se reconhece, naturalmente, completo e íntegro.» (FERREIRA, 2002:144).

Bibliografia.

AUSTIN, Claire, (1993). As Relações Públicas com Sucesso. Trad. Manuela Madureira. Lisboa: Editorial Presença.
FERREIRA, Maria Isabel, (2002). A Fonte do Sucesso. Cascais: Pergaminho.
FRANCESCHINI, Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São Paulo: Scortecci.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone: 00351 936 400 689

Imprensa Escrita Local:
 
Jornal: “O Caminhense”
Jornal: “A Nossa Gente”
Jornal: “Terra e Mar” 

Portugal: http://www.caminha2000.com (Link’s Cidadania e Tribuna)